Religião Afro-Brasileira. Texto de
Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador. Médium F. Rivas Neto.
Capítulo Dezesseis. UMBANDA INICIÁTICA OU ESOTÉRICA — As Escolas Iniciáticas
do Astral Superior — Revelação sobre o Vocábulo Aruanda — A Iniciação nos
Templos Sagrados Ontem e Hoje — O Iniciado na Umbanda — Rituais Iniciáticos — O
Mestre de Iniciação — As Artes Mágicas Reveladas — Quiromancia — Erindilogum
(Jogo de Búzios) — Opele Ifá e Oponifá. Aumbandan (Umbanda), alhures
demonstrado em nossos humildes apontamentos, é a Proto-Síntese Cósmica, a qual
encerra a Proto-Síntese Relígio-Científica. Lembremos que foi no seio da Raça
Vermelha, aqui no solo brasileiro, vibrado pelo Cruzeiro do Sul, que essa
SÍNTESE DAS SÍNTESES foi revelada. Essa revelação chegou à Raça Vermelha por
intermédio dos Tubaguaçus e mesmo dos Tubaraxás, os quais vieram, como vimos,
de distantes Pátrias Siderais para ajudar e incrementar a evolução dos Seres
Espirituais que estavam diretamente ligados ao Karma Constituído do planeta
Terra, ou mesmo dos "estrangeiros" que também estavam,
temporariamente, sob o mesmo sistema kármico. Os Tubaguaçus e os Tubaraxás
vinham de Pátrias Siderais distantes, algumas até de outras galáxias, mas
permaneciam radicados no plano astral do planeta Terra, ficando como
integrantes da Hierarquia Crística, supervisores das 7 Escolas Iniciáticas do
astral superior inerentes ao Planeta Terra. Essas 7 Escolas Iniciáticas estão
diretamente ligadas à Corrente Astral de Umbanda, através de suas 7 Vibrações
Virginais ou 7 Linhas. Essas Escolas Iniciáticas do astral superior se
encontram nas zonas superiores ( 5a , 6a e 7a zonas) do dito plano astral
superior. Na zona de transição do planeta Terra para outros planetas
superiores, ou seja, na 7a zona, encontra-se o NÚCLEO SUPERIOR DE INICIAÇÃO, o
qual supervisiona as 7 Escolas Iniciáticas nos seus devidos planos afins. Esse
Núcleo Superior de Iniciação tem como Mestres no grau de Magos da Luz muitas
das Entidades Espirituais que, por misericórdia, se dignam em
"baixar" nos "terreiros" do Movimento Umbandista da
atualidade. Muitas dessas Entidades Espirituais nem mais se encontram no Campo
Gravitacional Kármico inerente ao planeta Terra, mas mesmo assim baixam por amor
a seus irmãos cósmicos ainda distanciados das Leis Maiores que regem todo o
Universo. Dentro dessa mesma Confraria, há entidades astralizadas que são
oriundas de vários planetas do nosso próprio sistema solar, sendo os mais
atuantes os oriundos de Vênus, Júpiter e Saturno, os quais são extremamente
evoluídos, sumamente poderosos e não menos simples, encontrando-se em missão
nos 4 cantos do planeta, incrementando a evolução do Ser encarnado terreno.
Dizíamos dos 7 Núcleos Superiores de Iniciação localizados na última zona (a 7a
), a qual, segundo a tradição planetária, é chamada de Arianda ou Aruanda —
Pátria da Luz — Cidade-Luz que detém os conhecimentos da Lei Divina. Os 7
Núcleos Superiores são denominados: TEMBETÁ (ORIXALÁ); HUMAITÁ (OGUM); JUREMÁ (OXOSSI);
YACUTÁ (XANGÔ); YOMÁ (YORIMÁ); YORIÁ (YORI) e YNÂYÁ (YEMANJÁ). São desses 7
Núcleos Superiores que vem todo o conhecimento no âmbito da Religião, Ciência,
Filosofia e Artes. Esses conhecimentos são atinentes ao adiantamento moral e
intelectual do planeta obediente, é claro, à Lei dos Ciclos e Ritmos. Desses 7
Núcleos Superiores ou mesmo das Escolas Iniciáticas do Astral são enviados
vários discípulos, ou mesmo Iniciados em seus vários graus, para o planeta
Terra, em seu plano físico denso através da reencarnação. Esses missionários
estão cada vez mais reencarnando no seio das Ciências, dando-lhes novo
dinamismo e outra visão, e dentro da Religião, visando exterminar para sempre
os cultos inócuos e dogmáticos que tanto inibem e impedem a evolução humana. O
mesmo acontece com a Filosofia e as Artes. Na Corrente Humana de Umbanda,
vários desses discípulos vêm tentando incrementar a dita Umbanda Iniciática,
com seus aspectos de Síntese, conhecida e aceita por raríssimos adeptos, mas
que vem ganhando mais simpatizantes, não só umbandistas mas também os que se
afinizam com os mecanismos da Iniciação, e que na Umbanda Iniciática encontram
suas verdadeiras raízes, muitas vezes perdidas há vários reencarnações. Na
Umbanda Iniciática, por dentro de sua sistemática, o genuíno Iniciado
encontrará substrato e sustentáculo para as suas necessidades, como também
encontrará vasto campo de atividades em favor de seu semelhante muito
distanciado até mesmo dos comezinhos princípios espirituais, os quais, de forma
muito simples e com objetivos bem estabelecidos, são transmitidos nos ditos
terreiros. No momento presente, esses núcleos herméticos ou Ordens Iniciáticas
de Umbanda* são raríssimos, mas a partir do 32 milênio aumentarão
sensivelmente, fazendo com que a coletividade umbandista e mesmo aqueles tidos
como adeptos dos cultos afro-brasileiros alcancem novos níveis conscienciais,
conseguindo a tão propalada evolução. Em verdade, a UMBANDA É UMA SÓ, sendo
suas 2 fases necessárias ao atual estado evolutivo de seus adeptos. Afirmamos
que, para o estado atual do Movimento Umbandista, em especial para as grandes
massas populares, a Umbanda Iniciática ou Esotérica é inviável em seus
conceitos de âmbito metafísico e oculto, mas realmente oportuna na separação de
joio e trigo que se infiltram nesses ditos Terreiros de Umbanda popular. É
essa, no momento, uma das principais contribuições da Umbanda Iniciática, ou
seja, a de selecionar os futuros e reais condutores da Umbanda, como também
orientar e mesmo fiscalizar a Umbanda tida e havida como popular. Embora não
sendo de fácil acesso às grande massas populares, os terreiros de Umbanda
Iniciática têm aberto suas portas não somente à Iniciação, mas àqueles que são
a grande maioria, ou seja, os aflitos e desesperados que necessitam de socorro
e medicamento para seus corpos e almas. Assim é que, quando temos a felicidade
de encontrar os verdadeiros MédiunsIniciados (raríssimos no momento), temos
procurado lhes encaminhar os Filhos de Fé que já se encontram maduros para um
primeiro contato com a Iniciação, sendo que, se levarem a bom termo essa
Iniciação aqui por baixo, vão gabaritar-se a freqüentar como
assistentes-ouvintes as ditas Escolas do Astral Superior. Os médiuns-iniciados
freqüentam essas Escolas Iniciáticas do astral superior, através dos momentos
do sono físico ou de transes mediúnicos, quando estão a serviço mediúnico em
pleno terreiro. Muitos deles têm recebido a Iniciação, e aqui por baixo se
gabaritam a iniciar outros, ou seja, fazê-los, gradativamente, sem choques,
frequentar as Escolas Básicas do Astral Superior, para futuramente serem
matriculadas e frequentarem as Escolas Iniciáticas Avançadas do Astral
Superior. Como veem, a Umbanda Esotérica (Iniciática) ainda é uma porta
estreitíssima e por isso incompreendida pela grande massa de adeptos desta
nossa Umbanda. Não nos importa essa incompreensão momentânea, importa-nos
ajudar aqueles que estão debaixo deste Movimento, tendo ciência de que, como já
falamos, a incompreensão e o Mal são estágios passageiros do Ser encarnado,
ainda não maduro para as realidades maiores do Espírito. O tempo há de passar,
a vida serenamente os ensinará e eles amadurecerão e compreenderão as Verdades
Universais que ontem, hoje e amanhã serão imutáveis, embora adaptáveis aos
vários graus conscienciais das humanas criaturas ainda afetas ao sistema
kármico do planeta Terra. Esse amadurecimento acontecerá no seu devido tempo,
onde as palavras do MESTRE JESUS: "Nada há escondido que não haja de
aparecer, nada há oculto que não seja mais tarde revelado" serão
compreendidas. Não podemos nos esquecer que, enquanto houver ignorância e
imaturidade, haverá o mistério, o qual desaparecerá quando o sol do progresso
surgir. Até lá, trabalhemos serenamente. Não olvidamos que na Lemúria e na
Atlântida e mesmo mais recentemente, há alguns milhares de anos, nos povos como
os egípcios e outros, muitos desses mistérios de que falamos eram conhecidos e
postos em prática, sendo, como vimos, gradativamente esquecidos devido ao
decréscimo moral de nossa humanidade. Vejamos como naqueles tempos, há milhares
de anos, eram os processos, as formas e o selecionamento para a Iniciação
dentro da ditas Escolas Iniciáticas, Ordens, Colégios de Deus, etc. Assim o
faremos para que o entendimento esteja iluminado quando viermos a falar sobre a
Iniciação dentro das Ordens Iniciáticas do Movimento Umbandista da atualidade,
dentro da Umbanda Iniciática (universalista), a qual caminha a passos largos
para o entendimento e a prática da ProtoSíntese Relígio-Científica. Agora,
então, vamos ao encontro da Iniciação daqueles gloriosos tempos de há muito
esquecidos, mas gravados nos arquivos planetários em pleno astral superior e
que, com a permissão superior, agora relembraremos: Naqueles idos tempos, as
Ordens Iniciáticas eram detentoras de todo o Conhecimento, do Conhecimento Uno,
a Síntese das Sínteses. Assim, todos aqueles que tinham inclinações para
desvendar o desconhecido através do Conhecimento Integral se candidatavam a
freqüentar, como discípulos, as ditas Ordens Iniciáticas ou Academias Sagradas.
Isso iniciou-se no final da grande civilização atlante, perdurando, deturpada,
até nossos dias. Os egípcios, gregos, caldeus, hindus, himalaios e tibetanos,
além de alguns nativos das Américas, mais recentemente, também tinham seus
Templos Sagrados, suas Ordens, nos moldes que agora citaremos. O candidato, ao
chegar à porta do Templo, era recebido por um Sacerdote Menor, o qual vestia
uma túnica vermelha, e com humildade dava as primeiras explicações ao futuro
discípulo, dizendo-lhe inclusive que a aceitação do mesmo naquela Ordem só
seria feita após um longo período de observação e se o mesmo também se
adaptasse às normas vigentes na dita Ordem. Essa possível aceitação na Ordem
não implicaria que o mesmo fosse aceito na Iniciação, podendo sim até ser
guardião-menor do templo, ou mesmo serviçal, o qual era remunerado (não era
escravagismo). Após essas e outras recomendações, o sacerdote de túnica
vermelha olhava profundamente no olhar do candidato e se ele baixasse os olhos
ou não olhasse nos olhos do sacerdote, não era aceito, sendo-lhe falado que os
olhos são as janelas da alma e, se essas estão fechadas, isto é, não se abrem
para as realidades, inútil seria o processo iniciático, pois os olhos também
refletiam o caráter firme ou fraco, e se fraco, não serviria para a Iniciação e
nem para ocupar, por menor que fosse, qualquer função no templo. Vencidos os
primeiros testes, era pedido ao candidato que, se desejasse mesmo a Iniciação
da Ordem, retornasse após 30 dias e trouxesse apenas o essencial, representado
por vestimentas, objetos pessoais e só. Se o candidato desejasse ardentemente a
Iniciação, voltaria, e voltando era novamente recebido pelo sacerdote de túnica
vermelha, o qual o mandava para um local onde havia uma quedad'água, para que
lá se banhasse, como se estivesse limpando-se de todas as mazelas profanas.
Logo a seguir era-lhe dada apenas uma túnica escura, de cor acinzentada. Após
esse pequeno ritual de purificação, o candidato era levado a uma horta, a qual
era fonte alimentar de todos os membros da Sociedade-Ordem. Mostrar-lhe toda a
horta e o local de que iria cuidar. Tudo ali respirava paz, alegria e uma
profunda harmonia, e neste clima o candidato era levado ao seu local de
trabalho. Aprendia desde logo que trabalhar com a terra era algo abençoado e
sagrado e, como tal, deveria proceder sempre em posição de respeito, isto é,
ajoelhado e com muito amor. Trabalhava a terra, para depois fazer a semeadura.
Essa preparação além dos processos técnicos, era feita através de orações e
mantras, os quais pediam bênçãos aos Senhores da Terra, como também permissão
para manipulá-la e que a mesma fosse benéfica com a produção alimentar. Tudo
era feito de joelhos, onde gradativamente se aprendia a humildade sem
fraquezas, pois o manuseio da terra dava margem a profundas perquirições por
parte do candidato observador e com propensão para as coisas da Iniciação, que
são as coisas da própria vida. Após longos períodos de trabalhos com a terra,
entendendo os processos de transformações, vida, morte e renascimento com os
vegetais, iam esses discípulos se credenciando a penetrar outros patamares
evolutivos dentro da mesma Ordem. Assim é que um dos sacerdotes de túnica
vermelha o chamava e lhe dizia que outros objetivos estavam sendo para ele
preparados e que se aprontasse, pois para breve entraria no templo reservado a
todos, inclusive aos que, como ele, tinham passado pela primeira fase. No
templo, simples mas majestoso em luzes, viam-se em semicírculo os Sacerdotes de
Túnica Vermelha; de costas, viam-se, mais ao alto Sacerdotes de Túnica Amarela;
em outro plano, também superior, viam-se também de costas, os Sacerdotes de
Túnica Azul. Entre eles todos, surgia muito veladamente um sacerdote, o qual
era o GRÃO SACERDOTE DO TEMPLO, o MESTRE DE INICIAÇÃO, que vestia a
túnica alvíssima. Abençoava a todos, rapidamente, mas muito fraternalmente, e
se retirava ao som de cânticos maravilhosos e sublimes. O nosso candidato está
a observar atentamente tudo e neste exato momento é chamado por um dos sacerdotes
de túnica vermelha, que em cerimônia singela e simples, mas não menos
portentosa, ordena-o SACERDOTE DA TERRA, recebendo nesta hora a túnica
vermelha, sem certos detalhes que caracterizavam os sacerdotes mais experientes
e Iniciados nos misteres que lhes eram pertinentes. Após essa primeira fase,
recebe uma Iniciação de ordem simples em vários ramos do Conhecimento, sendo
considerado SACERDOTE INICIADO NOS MISTÉRIOS PRIMEIROS. O candidato já poderia
ser considerado Iniciado nesse grau, não precisando alcançar novos patamares
iniciáticos. Se desejasse e tivesse condições de evoluir, se candidataria a
novos processos superiores da Iniciação, sendo que o próximo degrau a ser
atingido deveria ser o dos mistérios relativos aos sacerdotes de túnica
amarela. Esses sacerdotes eram versados nos mistérios do plano astral,
conhecedores da comunicação entre os dois planos e também manipuladores da alta
magia em seus aspectos leves. E como se processavam as provas ao candidato?
Vejamos... No recôndito do templo "externo" da dita Ordem, era
conduzido o candidato e deixado diante de um efígie do "Deus da
Iniciação". Saíam todos e ele ficava no interior do templo. Ao olhar
detidamente a efígie, observa que no lado direito da mesma há uma porta, que
lhe parece pesadíssima em virtude de seu descomunal tamanho. Interessante para
ele é que não via fechadura ou algo para abri-la, até o momento em que se
ajoelhou e observou que havia uma pequena fechadura, que ao ser tocada fazia
com que a imensa porta se abrisse. Ao abrir-se a porta, ainda de joelhos, o
candidato observa que há somente uma profunda treva à sua frente, e então
vacila; um arrepio lhe percorre o corpo todo, quando ouve: "Chegaste no
limiar dos mistérios; avança se tiveres um Espírito forte e indômito. Caso
contrário, recua e afasta-te para sempre, senão encontrarás a morte não só do
corpo, mas da alma". Ao ouvir essas palavras, muitos retornavam e, como
dissemos, prosseguiam sua Iniciação onde já estavam. Outros, porém, indômitos,
prosseguiam (...). Aquele que prosseguia, via a porta fechar-se às
suas costas, encerrando-o em completa escuridão. Instintivamente, tentava
caminhar avante, quando sentia à sua frente uma parede irremovível. Tentava os
lados e a mesma parede, como fazer? Ajoelhava-se e apalpava o chão, tal como
fizera no início de sua Iniciação, e assim fazendo percebe que, de joelhos, é
possível caminhar avante. Nessa posição, caminha célere em direção a uma luz
que, embora distante, é agora o seu objetivo. Afinal, quem está nas trevas
busca sempre a luz, e ele vai ao seu encontro. Tenta levantar-se e não
consegue, pois onde caminha é uma espécie de túnel muito baixo. Num determinado
momento, percebe que dá para levantar-se. Levanta-se. Ao levantar-se, continua
caminhando, sempre na direção da luz, mas começa a sentir que seus passos
começam a pisar em pequenas depressões, até o momento em que um dos pés pisa
numa depressão maior. Neste momento, começa a andar mais devagar, e pisando bem
para sentir onde pisa. De repente, percebe que há um vazio à sua frente, e
quase que ele cai nesse vazio... Ao parar, de repente, ajoelha-se de novo para
apalpar o chão, que neste momento foge das suas mãos. Há um imenso abismo entre
ele e a outra porção de terra firme, se é que a mesma existe! Como fazer?
Retornar é impossível. Como disse, de joelhos, apalpando, observa que um pouco
acima do nível do chão há uma espécie de pequeno degrau, no qual se agarra e
sente que há outros. Assim, agarrando-se aos degraus, vence mais essa barreira.
Ao levantar-se, observa que a fonte de luz está mais próxima, e assim avança
até ela, mas (...) depara-se com uma imensa fogueira, que parece incendiar o
mundo. Impossível transpô-la. Desespera-se, aflige-se, mas lembrando-se de tudo
que já havia suplantado e suportado, acalma-se e tenta apalpar o fogo. Ao
apalpar, observa que não sentiu a mão arder ou queimar-se. Aí encoraja-se e,
apalpando mais uma vez, observa que a superfície do chão é lisa e espelhada e
que a fogueira imensa é uma pequena tocha colocada em posição adequada para
refletir-se indefinidamente em vários espelhos colocados em posição que
reproduzem essas imagens. Ao asserenar o Espírito e sobrepujar mais uma dura
prova, o candidato sente-se exausto e faminto, mas o desejo de alcançar o
objetivo fá-lo caminhar avante, e mais próxima parece a fonte luminosa. Ao
chegar no lugar, na fonte luminosa, que lhe parece um cenário encantador
iluminado pelo astro-rei, observa uma linda cachoeira a formar um rio
caudaloso. Instintivamente olha para a outra margem e observa, em uma grande
laje, uma esteira, um prato com pão, frutas e um cantil com água. Tenta logo
entrar no rio e nadar até a outra margem, mas sente que a correnteza é
fortíssima, e mesmo que estivesse completamente descansado não conseguiria
fazer a travessia. Desta vez, porém, não se desespera e fica observando
atentamente todos os detalhes. Ao chegar próximo da avalanche de água, que cai
de uma grande altura, percebe que, por inércia da massa líquida, forma-se um
túnel entre ela e as pedras, e que, novamente de joelhos, poderá fazer a travessia
até o outro lado da margem. Assim o faz. Chegando no outro lado, sacia sua fome
e sede, e cai num profundo sono. Ao acordar, vê-se cercado por vários
sacerdotes de túnica amarela, os quais o saúdam fraternalmente, recebendo ele
neste instante a túnica amarela. É agora, depois de tantas provas, um Iniciado
que poderá vir a ser um Iniciado Sacerdote de Túnica Amarela. Nesta fase, é
conhecedor dos pequenos mistérios; aprende profundamente a Filosofia, a
Ciência, as Artes e o elo de ligação entre o homem e a Divindade: a Religião.
Após vencer todas essas etapas, tornando-se um Iniciado nos Pequenos Mistérios,
tendo vencido e sendo SENHOR DOS ELEMENTOS DA NATUREZA, o nosso agora Iniciado
pode continuar a sua Iniciação ou mesmo ser sacerdote do grau alcançado.
Através de seu próprio grau kármico, nosso Iniciado agora busca a INICIAÇÃO
SUPERIOR. E levado aos sacerdotes de túnica azul, os quais são Senhores da
Síntese Cósmica, ou seja, a Proto-Síntese Cósmica. No Templo Sagrado dos
sacerdotes de túnica azul, há 22 colunas que sustentam todo o templo. Da porta
do templo até o santuário propriamente dito há 11 colunas de cada lado, sendo
as mesmas numeradas de 1 a 22. Em cada coluna há velado um mistério, uma
síntese, a qual gradativamente é revelada ao candidato à Iniciação Superior, o
qual já está desimbuído das paixões humanas e está possuído de uma profunda
Sabedoria e indestrutível Amor. Seus ideais são os do próximo. Revelara então
os 21 Arcanos Maiores, pois o número 22 era negro, era o oculto, aquele que intermediava
as coisas de cima com as de baixo, aquilo que pode ser entendido pelo Iniciado
e nunca pelo leigo, a não ser que o mesmo queira enlouquecer (alegoria do
louco). Após essa Iniciação, que compreendia além do despertar do ego superior
o despertar do verdadeiro Amor, o Iniciado Superior via pela primeira vez seu
Mestre de Iniciação, o qual o recebia fraternalmente, abraçando-o
paternalmente, saudando-o pelo conseguido e dizendo-lhe que tinha vencido
apenas uma etapa da Iniciação, pois a mesma é infinita, e lhe augurava votos de
que prosseguisse cada vez mais se conhecendo, conhecendo seu próximo e o seu
meio. Essa era a maneira de se encontrar a verdadeira essência espiritual, ou
seja, seu Orisha Original, o qual já era vocalizado no recesso dos templos; são
as tão mal compreendidas, hoje em dia, FEITURAS DE CABEÇAS. Assim, fazer a
cabeça queria dizer encontrar a essência espiritual real, a qual está debaixo
do Senhor Vibratório da dita Vibração Original, e ficar em sintonia direta com
os mesmos (Orishas Originais — Ancestrais). Bem, em poucas palavras tentamos,
de forma apagada, expressar os reais e verdadeiros processos iniciáticos
daqueles gloriosos tempos em várias Escolas Iniciáticas sou Ordens
Iniciáticas.* Bem, Filho de Fé ou leitor amigo, após essa nossa ligeira
dissertação sobre a Iniciação daqueles idos tempos, entremos direto naquilo que
denominamos Iniciação na Umbanda Esotérica da atualidade. Entendemos por
Iniciação, o despertar gradativo e ordenado da consciência do Ser Espiritual,
seja ele carnado ou desencarnado. Então, Iniciar-se é conhecer-se
gradativamente, sendo consciente de suas limitações, o que trará ciência de
suas ações. È atingir um degrau acima da compreensão comum, sem que com isso
sinta-se superior, pois o verdadeiro Iniciado é aquele que sempre vê o bem como
acima de todas as coisas, inclusive de si mesmo. Assim, Iniciar-se é
renovar-se, adquirir e cultivar cada vez mais as faculdades nobres do Espírito,
buscar a sua própria Essência, entendendo-a e incorporando-a cada vez mais para
melhor cumprir sua tarefa em relação a si e aos outros na sua atual
reencarnação. É desse conhecimento de si mesmo, acima de tudo, além do
conhecimento do meio e de outras consciências, que se preocupa a Iniciação do
Movimento Umbandista da atualidade. O Movimento Umbandista da atualidade,
dentro da Umbanda Iniciática, nos aspectos esotéricos de nossa Doutrina, divide
a Iniciação em 3 partes, que são: 1a FASE — AUTOCONHECIMENTO 2a FASE —
CONHECIMENTO DO MEIO E DE OUTRAS CONSCIÊNCIAS 3a FASE — CONHECIMENTO DA
CONSCIÊNCIA CÓSMICA 1a Fase — Autoconhecimento Dentro do Movimento Umbandista,
esta seria uma fase de conscientização, em que gradativamente o Iniciando vai
tomando conhecimento de si mesmo, sabendo de suas virtudes e defeitos. No
momento, ainda são raros aqueles que buscam se conhecer integralmente, buscando
incessantemente aperfeiçoamento, que vem pela meditação sincera e mudança de
hábitos. Mudanças não bruscas e nem radicais, mas sim conscientes, as quais
visam retirar o Ser da materialidade comum e elevá-lo aos mais altos planos
onde se agita a Vida Universal. É nessa fase que o Ser Espiritual busca a sua
essência, que na Umbanda é chamada de VIBRAÇÃO ESPIRITUAL. A par da Iniciação,
o Ser Espiritual traz como corolário reencarnatório a tarefa mediúnica, a qual
caminha paralela com a Iniciação, sendo a mediunidade condição necessária e
suficiente para o indivíduo candidatar-se à Iniciação. Os que já se encontram
nesta fase mostram um bom mental e uma forte predisposição às coisas do alto
misticismo, sendo pois aceitos como Iniciados, os quais dentro desta fase
passarão por uma série de ajustes moraisintelectuais, de caráter e de
personalidade, algo que os credencia a serem Iniciados nesta fase, podendo aí
permanecer ou evoluir para a fase seguinte. Os rituais desta fase, assim como
das demais, serão dados a posteriori. É o despertar da Consciência (...) 2a
Fase — Conhecimento do e de Outras Consciências Meio Depois de ser Iniciado no
autoconhecimento, que vem pelo amadurecimento espiritual, o indivíduo se
credencia a novos patamares da Iniciação. O próximo patamar é o conhecimento do
meio. Entendemos como meio tudo aquilo que cerca o indivíduo, inclusive as
outras Consciências Individuais. É o meio a própria Natureza, com seus reinos e
as Leis que regem a energia e a vida aqui no planeta Terra. É uma fase de
aprendizado iniciático, em que os verdadeiros Iniciandos são aprendizes, em
suas raízes, das Religiões, Filosofias, Ciências e Artes. É a busca, de forma
consciente, da síntese de todas as coisas, inclusive das outras consciências.
Se a síntese do conhecimento é importante para o intelecto, só a síntese do
entendimento das demais consciências é fato básico para as coisas do coração,
criando o sentimento pelo próximo, naquilo que se consubstancia na
fraternidade, liberdade e igualdade. Além de possuírem um ótimo mental e nobre
coração, esses Iniciandos são excelentes veículos das Verdades da Umbanda,
através do mediunismo que lhes é inerente. Esses estão se gabaritando a serem
sacerdotes e condutores de nosso Movimento Umbandista, como podem também
alcançar os níveis mais altos da Iniciação. São aqueles que em futuro serão,
sem dúvida, os grandes condutores da Umbanda nos primeiros 150 anos do 32
milênio. Estão hoje no Movimento Umbandista como importantes pontas-de-lança.
Amanhã, em outras reencarnações, continuarão a tarefa, já como condutores do
Movimento. O tempo há de chegar. Até lá, aguardemos... trabalhando... 3a Fase —
Conhecimento da Consciência Cósmica Após o indivíduo ter-se Iniciado dentro dos
conhecimentos relativos ao meio e às demais Consciências, dependendo de suas
aquisições ontem e hoje, obediente à Lei Kármica, poderá ser Iniciando na 3a e
última fase, qual seja do Conhecimento da Consciência Cósmica. Esta fase também
poderá ser chamada de conquista individual ou conquista iniciática, que é
relativa ao grau de interpenetração do indivíduo nas coisas do místico, do
sagrado e do oculto. Esta fase não é transmitida por um outro Ser Espiritual,
seja encarnado ou desencarnado, mas sim por meio das experiências vividas e
armazenadas pelo próprio indivíduo. Além do autoconhecimento, do conhecimento
do meio e das outras consciências, gradativamente vão conquistando o corolário
da Iniciação, que é dada pelo binômio AMOR e SABEDORIA. Raríssimos são os que
atingem esse grau iniciático, sendo que, quando atingem, são merecidamente
chamados de cabeças-feitas. Sim, "fizeram suas cabeças com a Luz" e,
como tal, são emissários dos Senhores da Luz — os Orishas de Umbanda. Após
termos tratado resumidamente das 3 fases iniciáticas ideais, ainda não
completamente seguidas, mas seguidas pelo menos parcialmente por alguns
raríssimos Iniciados chamados de Mestres de Iniciação de 7º grau do 3º ciclo,
vejamos pois como se entrosam os rituais relativos a essa preparação mediúnica
ou Iniciação. A dita FEITURA DE CABEÇA, a qual explicaremos pormenorizadamente
no transcurso deste capítulo, atende a lógicos e racionais processos do mundo
astral superior, dirigidos aos seus discípulos encarnados. O Iniciado na Umbanda
é Senhor e, ao mesmo tempo, Guardião de 4 poderes que compreendem a Iniciação.
Esses 4 poderes são: a CRUZ, a ESTRELA, a ESPADA e a COROA. A CRUZ — É o
símbolo sagrado da Iniciação, pela renúncia, pelo amor, sendo que todo iniciado
possui sua cruz cabalística. A ESTRELA — È a cobertura astral — a filiação às
Escolas Iniciáticas do astral superior — simbolizada na Guia Cabalística do
médium-magista. A ESPADA — É o poder e a justiça — são as forças inerentes ao
Iniciado e à Justiça que sempre há de prevalecer em seu caminho, simbolizados
na Espada Cabalística (poder atuante). A COROA — É o corolário do legítimo
médium magista ou mago, o qual é Iniciado diretamente pelo astral superior. É a
feitura de cabeça, ou seja, a Iniciação Consciencional, o encontro com sua
Vibração Espiritual ou essência espiritual, o dito pai-de-cabeça, simbolizada
na Toalha Iniciática completa (com 14 sinais) marcada com sinais da Lei de
Pemba inerentes a cada Filho de Fé. Após essa ligeira descrição, veremos como
esses 4 poderes se entrosam dentro das 3 fases de Iniciação na Corrente Astral
de Umbanda. O Iniciando que já pertence e atua na corrente mediúnica de uma
Casa de Iniciação (não são todos os terreiros que têm condições de promover a
dita Iniciação) há algum tempo, por ordem do astral, se seu grau
espiritual-kármico assim o permitir, pode ser chamado a participar dos rituais
iniciáticos. Esses rituais iniciáticos, como dissemos, só são estendidos a
médiuns que de fato e de direito estejam maduros para receber essa outorga e não
por mera escolha pessoal. A seleção deverá ser rigorosíssima, pois tentar
iniciar alguém que ainda não esteja maduro é levar a dita pessoa a toda classe
de distúrbios, trazendo prejuízos incalculáveis a toda sua constituição mental
astro etéreo-física. Assim afirmamos, pois só quem de fato trouxe a outorga
iniciática é que poderá ser Iniciado e isso feito por quem saiba fazê-lo e seja
reconhecidamente um genuíno Mestre de Iniciação, Iniciado diretamente pelos
emissários-magos do astral superior. Vejamos então como se entrosam os rituais
para quem de fato seja médium e tenha no seu karma a predisposição para a
Iniciação. Os rituais consistem, primeiramente, em desbloquear, desinibir e
desimpregnar de forma exequível e coordenada os chacras de uma maneira geral,
iniciando-se, é claro, pelos que atuam de forma fisiológica, para depois
alcançarmos os que são responsáveis pelos desejos e vontades, e por último os
responsáveis pelo complexo mecanismo psíquico espiritual do Ser. Todos esses
rituais podem ser feitos por quem sabe verdadeiramente fazê-lo, através dos
ditos amacys de cabeças. O próprio vocábulo amacy já exprime ou expressa sua
função: AMA/CY Lei/Natureza — assim, amacy é o ritual que rege, segundo a Lei,
a natureza humana. Desperta o consciencial do indivíduo. É a MÃE que gera a LEI
INTERIOR. O despertar desses chacras pode, em ordem crescente, seguir a
seguinte sequência de ativação: a) FÍSICO — atuando nas ações e realizações; b)
ASTRAL — atuando nos desejos, vontades e no plano afetivo; c) MENTAL — atuando
nas ideias, no pensamento. E como são feitas essas ativações ou fixações
vibratórias no indivíduo que é médium de fato e de direito? Vejamos: Todos
sabem que certos tipos de alimentação e mesmo determinados hábitos qualificam o
caráter do indivíduo. Assim, uma alimentação sóbria, frugal e desprovida de
excessos de carnes faz com que os chacras atuem de forma mais ativa. A abolição
do uso do álcool e mesmo do fumo também ativa os chacras. A permuta
afetivo-sexual entre parceiros que se amam também é altamente positiva na
ativação do complexo dos chacras. Banhos de ervas, como também defumações
corretas, são singulares e portentosos ativadores dos Núcleos Vibratórios e
todo o seu mecanismo, até alcançarem o corpo físico denso, nos ditos núcleos ou
plexos nervosos. Assim é que o verdadeiro Mestre de Iniciação orienta seus
discípulos sobre as vantagens de saber se alimentar e de saber permutar as
várias forças adequadamente, visando conseguir uma ativação completa dos 7
chacras principais. Vejamos agora como se processam, através do Amacy, certas
fixações-chave no mediunismo daqueles que realmente são médiuns e que estão se
preparando para receber a verdadeira Iniciação. Em verdade, são feitas 7
fixações, dentro de rituais de alta magia, sobre o ori ou cabeça do Iniciando,
sendo que a cada fixação, com a devida ativação do Núcleo Vibratório, é
projetada sobre uma Toalha Iniciática. O período ou intervalo entre cada
ativação obedece à individualidade do Iniciando, sendo que o menor período é de
1 mês e o máximo de 7 meses. O período variará segundo o grau de assimilação
vibratória do Iniciando, devendo-se ser criterioso no ajuste do período ou
intervalo entre uma fixação e outra. Vejamos, na Lei de Pemba, como são os
ideogramas (sinais riscados) dos Núcleos Vibratórios ou chacras e das energias
que veiculam seus atributos e atividades. 1. CHACRA CORONAL OU SAHASRARA Esse
Núcleo Vibratório atua por equivalência no plexo coronal (coroa), situado no
corpo físico denso na região póstero-superior da cabeça e na verdade está
assentado ou fixado na epífise, a glândula da vida espiritual. — Sua energia é
essência divina. — Seu atributo é a fortaleza. — Sua atividade, se em estado
positivo, gera a paciência; se em estado negativo, gera a ira. Esse Núcleo
Vibratório e seu próprio fluido cósmico estão sujeitos à Vibração Original de
Orixalá. Na Lei de Pemba, temos o ideograma que corresponde a este chacra no
sinal da pág. 324, o qual deve ser feito na cor branco ou amarelo-ouro. Na alta
magia e na terapêutica vegetoastromagnética, consideramo-lo como a parte
masculina. 2. CHACRA FRONTAL OU AJNA Este Núcleo Vibratório atua por
equivalência no plexo frontal, localizado na parte súpero-anterior da cabeça, e
na verdade está assentado ou fixado na dita cela túrcica, na hipófise, que
juntamente com o hipotálamo são responsáveis pelo controle das demais glândulas
endócrinas, exceto a epífise. — Sua energia é o poder oculto da palavra. — Seu
atributo é o respeito. — Sua atividade, em estado positivo, gera a firmeza; em
estado negativo, gera a leviandade. Este Núcleo Vibratório e seu próprio fluido
cósmico estão sujeitos à Vibração Original de Yemanjá. Na Lei de Pemba, temos o
ideograma que corresponde a este chacra no sinal da pág. 324, o qual deve ser
feito na cor amarelo-claro. Na alta magia e na terapêutica vegeto
astromagnética, consideramo-lo como a parte feminina ou passiva. 3. CHACRA
CERVICAL OU VISUDDHA Este Núcleo Vibratório atua por equivalência na glândula
tireóide e muito principalmente no timo (responsável pela produção de
linfócitos timo dependentes — defesa imunológica do organismo, como também
produz, em nível etérico, elementos defensivos), localizado na região anterior
do pescoço, da dita região cervical. — Sua energia é o poder supremo. — Seu
atributo é o entendimento. — Sua atividade, em estado positivo, gera a
esperança; em estado negativo, gera o receio. Este Núcleo Vibratório e seu
próprio fluido cósmico estão sujeitos à Vibração Original de Yori. Na Lei de
Pemba, temos o ideograma que corresponde a este chacra no sinal da pág. 324, o
qual deve ser feito na cor vermelho puro. 4. CHACRA CARDÍACO OU ANÂHATA Este
Núcleo Vibratório atua por equivalência no plexo cardíaco (em seu automatismo,
no nó sinusal e atrioventricular, e todo o sistema de condução), localizado no precórdio,
ou seja, no meio do tórax, assentado no coração, o qual marca, através da
freqüência de seus batimentos, a freqüência vibratória própria de cada
indivíduo, bem como seu estado de vitalidade. É neste plexo que se assenta o
Corpo Astral, ou seja, suas Linhas de Força se condensam em processos de
ligação muito fortemente neste plexo. — Sua energia é o poder do conhecimento.
— Seu atributo é a sabedoria. — Sua atividade, em estado positivo, gera a
humildade; em estado negativo, gera a soberba. Este Núcleo Vibratório e seu
próprio fluido cósmico estão sujeitos à Vibração de Xangô. Na Lei de Pemba,
temos o ideograma que corresponde a este chacra no sinal da pág. 324, o qual
deve ser feito na cor verde. 5. CHACRA SOLEAR OU SVADISTHANA Este Núcleo Vibratório
atua por equivalência no plexo gástrico (no complexo inervado pelo nervo vago),
e em glândulas tais como fígado e pâncreas. — Sua energia é o poder do
pensamento criador. — Seu atributo é a justiça. — Sua atividade, em estado
positivo, gera a generosidade; em estado negativo, gera o egoísmo. Este Núcleo
Vibratório e seu próprio fluido cósmico estão sujeitos à Vibração Original de
Ogum. Na Lei de Pemba, temos o ideograma que corresponde a este chacra no sinal
da pág. 324, que deve ser feito na cor alaranjada. 6. CHACRA ESPLÊNICO OU
MANIPURA Este Núcleo Vibratório atua por equivalência no plexo esplênico, ou
seja, no baço e nas glândulas suprarrenais e mesmo nos rins. — Sua energia é o
poder da vontade. — Seu atributo é o conselho. — Sua atividade, em estado
positivo, gera a prudência; em estado negativo, gera o arrebatamento. Este
Núcleo Vibratório e seu próprio fluido cósmico estão sujeitos à Vibração
Original de Oxossi. Na Lei de Pemba, temos o ideograma que corresponde a este
chacra no sinal da pág. 324, o qual deve ser feito na cor azul-claro. 7. CHACRA
GENÉSICO OU MULADHARA Este Núcleo Vibratório atua por equivalência no plexo
sacral, ou seja, nos órgãos genésicos, tais UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica
como: útero, ovários, próstata e testículos, isto é, nas gônadas. — Sua energia
é o fogo serpentino regenerador (kundalini). — Seu atributo é a pureza. — Sua
atividade, em estado positivo, gera a castidade; em estado negativo, gera a
luxúria. Este Núcleo Vibratório e seu fluido cósmico estão sujeitos à Vibração
Original de Yorimá. Na Lei de Pemba, temos o ideograma que corresponde a este
chacra no sinal abaixo, o qual deve ser feito na cor lilás-violeta. Após
especificarmos cada Núcleo Vibratório, devemos ainda citar que as energias
correspondentes transitam de condutos ditos nadis ou tubos. O lº CANAL — é o
grande canal nervoso do centro da medula espinhal, que corre desde a sua base
(no sacro) até a parte superior do crânio (porta de Brahma). E o dito tubo
sushumnâ. O 2º CANAL — corresponde ao complexo simpático esquerdo, cuja
corrente vibratória (fogo fohático) percorre esse lado de sushumnâ. É chamado
idá. O 3º CANAL — corresponde ao complexo simpático direito, cuja corrente
vibratória (fogo fohático) percorre esse lado de sushumnâ. É o chamado pingalá.
Após essa explicação, para melhor entendermos como fluem as energias,
necessário se faz que mostremos como são as fixações e preparações nos ditos
"aparelhos" mediúnicos. Essas preparações ou fixações visam trazer o
devido equilíbrio entre os corpos mentais, astral e físico, os quais são
mobilizados, em suas energias, no processo medianímico e iniciático
propriamente dito. É importante que deixemos claro que na Corrente Astral de
Umbanda a Iniciação está afeta ou vinculada somente àqueles que realmente sejam
médiuns (veículos de Espíritos) e que tenham suficiente maturidade para
despertar seus conscienciais. A Iniciação, com todos os seus rituais, visa
despertar essa consciência e gradativamente fazer o indivíduo encontrar sua
Essência, através do Orisha Ancestral que o coordena. Para ficar bem claro ao
médium-chefe, que deve ser Mestre de Iniciação, daremos em detalhes, por meio
de um exemplo, como se processa a Iniciação, com suas fixações, consagrações
etc. O nosso exemplo é de um Filho de Fé nascido no signo de Leão, e que tem
como Entidades atuantes um Xangô (Caboclo) e um Pai-Velho (Yorimá). Antes de
mais nada, o Filho de Fé já deve ter à mão uma toalha de linho ou de qualquer
tecido que seja resistente, na cor branca, nas dimensões de 100 x 70 cm, onde
serão fixados por equivalência os sinais que são inerentes à sua Iniciação. De
posse desta toalha iniciática, o Mestre de Iniciação dará os sinais que
correspondam às preparações específicas para o médium. Vejamos a toalha
iniciática, cujos sinais deverão ser bordados nas cores correspondentes: Sinal
(1) — Reconhecemos o ideograma que se relaciona com a Vibração de Orixalá, o
qual deverá ser o primeiro a ser fixado na Toalha Iniciática, na cor
amarelo-ouro e que se relaciona com a Vibração Original do Filho de Fé de nosso
exemplo, ou seja, o seu Orisha Kármico, que também é chamado de Entidade de
Guarda, que no caso é Orixalá. A primeira fixação através do Amacy inicia-se
sempre pela Vibração Original do médium, sendo isso de fundamental importância,
não podendo jamais ser invertida, pois é sobre o corpo mental, astral e físico
do dito médium que serão evocadas as energias ou forças espirituais, que para
poderem atuar de forma equilibrada, terão de ser coordenadas pela Vibração
do Sinal (2) — No complexo (2), estamos observando que há ideogramas
cruzados. Os ideogramas cruzados correspondem aos das Entidades atuantes, ou
seja, as que são responsáveis pelo mediunismo de nosso Filho de Fé do exemplo.
Qual deles será traçado primeiro? Aquele que corresponde ao pai-de-cabeça, ou
seja, a Entidade responsável por todos os processos mediúnicos do indivíduo. Em
nosso exemplo, é um Caboclo de Xangô, e o ideograma tem de ficar na posição da
esquerda para a direita. Após o Amacy relativo à atuação desse chacra, entrará,
no devido período, também cruzado, o ideograma da Entidade atuante auxiliar,
que em nosso caso é um Pai-Velho ou PretoVelho de Yorimá. Sinal (3) — Este
sinal ou ideograma é relativo à Entidade de Xangô, que em nosso exemplo
"cruza" ou é intermediário para Ogum. Então, é aí que se faz o 4º
Amacy, fixando-se as devidas Vibrações, que são correspondentes a Ogum. Sinal
(4) — Este sinal ou ideograma é relativo à Entidade de Yorimá, que em nosso
exemplo "cruza" ou é intermediário para Yemanjá. Então, é aí que se
faz o 5a Amacy, fixando-se as devidas Vibrações, que são correspondentes a
Yemanjá. Sinal (5) — Este sinal ou ideograma é relativo ao reforço vibratório
que surge cronologicamente em primeiro lugar e no caso é um Yori (Criança),
sendo aí fixadas as forças vibratórias do 6º Amacy. Sinal (6) — Este sinal ou
ideograma corresponde a um segundo reforço vibratório, ou reforço auxiliar, e
no caso é de um Caboclo da Faixa Vibratória de Oxossi, sendo aí fixadas as
forças vibratórias do 7º Amacy. Demos um exemplo genérico, que pode variar ao
infinito, mas que não terá segredos ao verdadeiro Mestre de Iniciação que
saberá como fazer as devidas amarrações ou desdobramentos, tudo é claro na
dependência kármica do futuro Iniciado. Após essa fase, o médium é dito pronto
ou Iniciado, podendo ser valioso auxiliar nos trabalhos espirituais
desenvolvidos em sua Casa Iniciática. Estará apto a dar consultas e depois, se
assim o desejar, ter sua própria Casa Espiritual ou terreiro, mas ficará sob a
responsabilidade de seu Iniciador ou de seu Mestre de Iniciação, o qual será
responsável por qualquer trabalho mágico ou mesmo Iniciático que se processar
no terreiro, em virtude do médium-chefe não ser um Iniciado nos mistérios
superiores e nem ter o grau de Mestre de Iniciação, que é o que acontece em
mais de 99% dos casos nos terreiros da atualidade. Após essas 7 fixações, em
que o médium está preparado para o trabalho mediúnico, se estiver no seu karma,
poderá receber a verdadeira Iniciação, que vem pelo astral superior, através de
seu Mestre de Iniciação que também é médiummagista. Essa Iniciação consta de
mais 4 sinais que entrarão na Toalha Iniciática. Esses 4 sinais se relacionam
com as 4 forças cósmicas dementais, ou seja, o fogo, a água, a terra e o ar.
Esses sinais entrarão de acordo com as características do Iniciado, a par de o
mesmo receber uma série de conhecimentos teórico-práticos que o farão levar a
bom termo sua tarefa mediúnica. Nessa fase, o médium Iniciado, num ritual
especial, recebe sua cruz cabalística e sua guia cabalística ou de ligação com
a Corrente dos Magos Brancos do Astral. Pode ou não receber a Ordenação
Iniciática, dita também Sagração ou Coração. Nessa fase, o médium Iniciado é um
Mestre de Iniciação de 6° ou 7º grau no lº ou 2° ciclo, sendo também um médium-magista
auxiliar. Esses são os que de fato poderiam ser chamados de BABALORISHAS. Após
essa 2a fase, em que o Iniciado é chamado de Mestre de Iniciação de 62 ou 72
grau, vem a fase final, a dita Feitura de Cabeça, naquilo que se consubstancia
como corolário da Iniciação ou Coroação Iniciática. Coroação Iniciática, pois
realmente é o grau mais elevado que um médium Iniciado pode alcançar aqui no
plano físico denso. É a sua cabeça coroada pela luz de seu Pai-deCabeça,** ou
seja, seu Orisha Original. Sua essência consciencial foi ajustada em suas
freqüências vibratórias, o que o faz entrar em sintonia direta e verdadeira com
a freqüência do Orisha dono de sua cabeça. Isso é o que dizem fazer a cabeça,
que infelizmente é tão mal compreendida e completamente adulterada na sua
feitura. Assim é que o médium com Coroa dos Magos é chamado Mestre de Iniciação
de 72 grau no 32 ciclo, sendo profundo conhecedor das Leis que regem a Magia
Etérico-Física, como também conhece muitos sinais riscados da Lei de Pemba, tanto
positivos como negativos, usados em seus trabalhos, sendo também um aguçado
clarividente e profundo conhecedor dos mistérios do destino dos Seres e do
cosmo, que vêm através do perfeito conhecimento do oponifá, oráculo sagrado.
Sua Toalha Iniciática, que já tinha 7 ideogramas dos chacras (agora despertos)
e os 4 sinais básicos da Natureza, recebe agora mais 3 sinais relacionados com
o campo mental, isto é, com a coroa astral que lhe desceu como suporte
espiritual para levar avante sua árdua tarefa-missão, já no grau de
médium-magista ou mago. Esse grau, como vimos, confere ao Iniciado grandes
condições mágicas e mesmo mediúnicas, mas não é menos verdade que o mesmo tem
um compromisso dificílimo, em que muitos desistiram mesmo antes de começar a
tarefa, que mais uma vez repetimos ser exaustiva, requerendo do Iniciado
atividade espiritual mágica, quase que em tempo integral, não do seu dia, mas
sim de sua vida. Teve de escolher entre a vida material e a espiritual; entre
os prazeres da vida terrena e os do espírito. Na verdade lhe estendemos
cobertura, segurança e auxílios vários, pois não é fácil, sendo humano, tendo
corpo físico denso, preterir certas coisas. Realmente é uma missão, e (...).
Após essa ligeira, mas necessária elucidação, a qual esperamos seja por todos
demoradamente analisada, entraremos com as preparações propriamente ditas, ou
seja, os rituais que fixam e assentam certas forças de ordem mágico-mediúnicas
sobre os indivíduos que serão Iniciados. Essas fixações são feitas em
determinadas regiões da cabeça do Filho de Fé, regiões equivalentes a certos
centros nervosos localizados no seu encéfalo (cérebro), nos seus 12 lobos.
Dizemos equivalentes, pois o cérebro do corpo físico denso é uma densificação
de certas Linhas de Força provenientes do corpo mental. É uma equivalência
concreta da matéria mental, veículo das ideias e pensamentos do Ser Espiritual
e, como sabemos, é através desse complexo aparelho, verdadeiro computador
inigualável, que todas as funções são realizadas e mantidas. Não podemos nos
esquecer de que na própria cabeça (crânio) temos registros que correspondem com
todos os plexos localizados em outras regiões do organismo físico denso.
Realmente, o encéfalo é dirigente-mor de todo o complexo celular do corpo
físico denso, mantendo-lhe as diversas funções em harmonia, através de seu
comando, quer seja através de mediadores químicos ou através de influxos
vibratórios sutilíssimos, inacessíveis à ciência acadêmica terrena da
atualidade. Mas deixemos esse tópico aos fisiologistas terrenos e entremos
diretamente em nossa sublime ritualística de aplicação do Amacy, nas ditas
preparações, fixações, sagrações etc. Vejamos e analisemos a figura esquemática
do encéfalo (p. 328). Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário