Religião Afro-brasileira. Livro A Proto Síntese Cósmica.
Texto de Yamusiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador. Médium F. Rivas Neto.
Capítulo Quinze. II. UMBANDA E A MAGIA — Artes Teúrgicas — O Médium-Magista — As
Leis da Magia — Magia do Som (Mantras, Pontos Cantados de Raiz) — Grafia dos
Orishas — Alfabeto do Astral — Magia Talismânica — Como Preparar o Verdadeiro
Talismã — Magia das Oferendas. Como dissemos, cada caso é um caso, que é
julgado pela Confraria dos Espíritos Ancestrais, através da Corrente dos 12
Anciãos do Templo, na Corrente dos Magos Brancos do Astral. Bem, dissemos do
sensualismo, faltando comentar sobre a vaidade e a excessiva cobrança que vem
pela Lei de Salva ou Lei de Amsra, que é uma cobrança ou recompensa financeira
somente aplicada a certos trabalhos essencialmente mágicos e que manipulam
energias ligadas às coisas do plano físico exclusivo, tais como assuntos
financeiros, afetivos e mesmo demandas astrais com grande repercussão nas
coisas do terra-a-terra. Mesmo assim, essa cobrança deverá ser para a sua
guarda ou preceitos que às vezes precisará fazer, pois as demandas de ordem
astral poderão desabar vibratoriamente sobre ele ou até seus familiares,
precisando é claro estar salvaguardado de tais entre choques, os quais, para
serem debelados, necessitam de preceitos sérios e reais, e muitas vezes um
descanso físico e mental do dito mago, que se assim não o fizer, colocará em
risco sua própria vida física, como também colocará em risco toda a Confraria
Astral que nele tem um ponto avançado aqui no plano físico denso. Como vêm, a situação
é delicadíssima, mas o que queremos frisar é que hoje em dia todos, sem estarem
debaixo de uma outorga nem de médium magista, cobram por tudo e de todos, mesmo
daqueles que nada têm e que por desespero pagam, na expectativa de verem
resolvidos seus casos. Esse sim, aqueles que cobram e pensam que estão fazendo
os outros irmãos de tolos, não sabem os transtornos que os aguardam aqui mesmo
como encarnados e também quantas cobranças terão lá pelo outro lado da vida,
após a morte. Verão que de espertos mesmo não tiveram nada, pois ficarão
escravos de um submundo que os explorará sem piedade! Mais uma vez reiteremos:
a única vantagem que se pode levar desta vida é a de ser bom e amigo leal; o
resto é utopia, é ilusão e muito passageira, tenham certeza! Antes de
encerrarmos sobre o médium magista ou mago, não citamos a mulher, pois desde a
remota Lemúria, à mulher foi vetada a manipulação mágica, porque. Bem, citamos
os percalços que podem entravar o bom caminho do magista ou do mago, mas ainda
achamos piores os que vêm pelas traições de que os mesmos são vítimas,
principalmente por aqueles que gostariam de ser iguais a eles e, não o
conseguindo, no início até se aproximam e se fazem de amigos, até submissos.
Mas sabemos bem quais são suas reais intenções, pontes que são do submundo
astral, e como a inveja é a reação da incapacidade e a traição o atestado dessa
incapacidade, caem sobre os verdadeiros magos as mais torpes falsidades e
infâmias, além de inverossímeis relatos. Não estamos afirmando com isso que os
nossos tutelados magos sejam isentos de erros ou culpas. Não, achamo-los tão
humanos como outros quaisquer, só que, sendo comuns aos demais, mesmo assim
conseguem a Iniciação, o que sem dúvida já é um mérito. Portanto, estaremos
junto deles impedindo sua caída, já que muitos assim o querem, sejam encarnados
ou desencarnados, rangendo os dentes de inveja e despeito. Podem ranger os
dentes, pobres Filhos de Fé, um dia vocês aprenderão, mas até lá o Caboclo os
deixará bem distanciados do verdadeiro Mago ou Babalawô, coisa que muitos
gostariam de ser, mas sem perguntarem se estão capacitados, ou se teriam o
suporte para tal. Paciência, a Natureza caminha se amoldando; após o dia, virá
a noite e assim sucessivamente. Esperemos, pois, eles amadurecerem! Amadurecerão,
sem dúvida, que Oxalá os abençoe, mas permita que este Caboclo, representando
todos os Caboclos, os coloquem bem distanciados de nosso Filho de Fé, não pelo
nosso Filho de Fé, mas mais por eles mesmos, que não se conformam com o
progresso e a evolução que acontece aos magos, coisa que os envenena de ódio e
ciúmes. Assim, que Oxalá os afaste de nossos Filhos diletos. Bem, após citarmos
o médium-magista e suas funções, não poderíamos deixar de dizer que o
verdadeiro Mago manipula não só a magia, mas muito principalmente a teurgia, a
qual pode ser definida como a aplicação mágica superior ou transcendental. É o
mestrado da magia; é a Ciência Teúrgica, pois, a arte é aplicação superior da
Alta Magia. Bem, e dentro da teurgia que se aplicam os mantrans ou mantras, que
são palavras especiais vocalizadas de forma especial, que estão relacionadas
com a produção de certos fenômenos, sejam eles físicos, astrais ou espirituais.
Sem falarmos dos termos sagrados que eram mantranizados na pura Raça Vermelha,
mencionemos apenas um que se perpetua até os nossos dias, inclusive hoje até
vulgarizado, o termo litúrgico SARAVÁ. Façamos do termo sagrado saravá, que
proveio do Abanheenga, um estudo arqueo métrico para aí acharmos, na sua
original pureza, seu significado: Assim, o termo litúrgico saravá se pronuncia
segundo a modulação própria de uma das 7 Variantes da Lei, ou seja, os 7
Mantrans Sagrados, os quais denominam as 7 Potências Originais ou Orishas
Originais, que por sua vez, ao consubstanciarem suas qualidades e propriedades
na Natureza (reino natural), fizeram-no através das sutis correntes elétricas
ativas e magnéticas passivas, que em síntese são as Linhas de Força. Assim,
estamos observando que, segundo a Coroa do Verbo, o vocábulo místico sagrado
saravá tem como um primeiro significado: força propulsora da natureza ou
atributo externo operante das Potências Superiores ou Orishas. Ao pronunciar-se
esse termo, está-se ativando e veiculando pelas Linhas de Força quanta
energetica afins à movimentação desejada na evocatória, sendo pois suporte
vibratório aos seus objetivos, que surgem em sua esfera mental e concretizam-se
em sua esfera física. Elevados sacerdotes Iniciados sabem que na profunda
ritualística hermética da Umbanda esse termo é vocalizado de 7 formas diferentes,
obedecendo ao metro musical original não temperado. Ainda segundo as
necessidades do médium magista, pode ser pronunciado em tons e subtons, oitavas
acima e abaixo, devendo essa palavra ser pronunciada voltando-se a determinados
pontos cardeais afins. O Filho de Fé já deve ter entendido ou mesmo percebido
que o termo saravá é um mantra fixador da Luz Astral em movimento, bem como,
dependendo de como é pronunciado, pode ser dissipador da Luz Astral em repouso.
Coagula e dissipa correntes segundo a necessidade, podendo fixar ou dissipar
vibrações tanto na esfera mental, como na astral e na física. Após essas
ligeiras observações sobre esse mantra, só nos falta dizer que ele
frequentemente é utilizado sem nenhum critério, servindo muitas vezes como chacota
para o profano, devido ao uso vulgarizado pelos próprios adeptos umbandistas,
os quais esperamos venham a entender melhor, com o decorrer do tempo, que a
palavra é remédio quando bem administrada e na dose certa, pois quando mal
administrada e em doses elevadas pode tornar-se veneno. Como outros, também
afirmamos que a palavra, antes de ser proferida, deve ser pensada, pesada,
medida e contada, assim. Ao prosseguirmos em nossa jornada pelos meandros da
magia, chegamos em algo essencial para o ritual da Magia, algo que a grande
maioria dos Filhos de Fé, mesmo alguns que se dizem médiuns magistas,
desconhece quase que na íntegra em seus fundamentos. Estamos nos referindo, é
claro, à Lei de Pemba ou Grafia dos Orishas. Quando dissertamos sobre as 7
Vibrações no Capítulo XI, vimos algo sobre a Lei de Pemba, que agora
procuraremos mostrar como é utilizada em nossos rituais e como é a mola mestra
de toda a magia etéreo-física. Todos os sinais da Lei de Pemba são uma espécie
de verdadeiro código entre os mentores que atuam na Sagrada Corrente Astral de
Umbanda. Esses sinais ou pontos riscados traduzem e imantam forças da magia
celeste, pois são clichês-códigos que traduzem ordens, direitos,
responsabilidades, movimentos de forças ou energias (fixação ou dissipação),
hierarquia da Entidade e seus vínculos iniciáticos com esta ou aquela Vibração,
Falange, etc. Indicam também poderes de quem os riscou, pois podem ordenar
vários setores que se encontrem vinculados a quem riscou o ponto. Sendo assim,
também é um mensagem, uma espécie de código entre a Confraria dos Magos da
Umbanda. Já vimos que uma Entidade Espiritual, quando quer se identificar por
completo, dá seu ponto fundamentado em 3 princípios: 1. A FLECHA, que
identifica qual a banda da Entidade, isto é, se é Caboclo, Preto-Velho ou
Criança. 2. A CHAVE que identifica a vibração original ou a linha, isto é, uma
das 7 Variantes da Lei. Uma variação sutil da Chave pode identificar o grau dos
Protetores e Entidades Astrais com grau de Comando ou Chefia (de sub grupamento,
Protetor Superior, ou de grupamento, Guia). 3. A RAIZ, que caracteriza sua
afinidade, seu grau e sua própria identificação (algo raríssimo). Pode dar o
plano, isto é, se a Entidade Astral é um Orisha, Guia ou Protetor. São
sutilezas da Lei de Pemba — Verdadeira. O que podemos afirmar é que os
verdadeiros sinais riscados da Lei de Umbanda são magia pura, sendo poucos os
que conhecem seus significados e expressões. Mesmo algumas Entidades não têm
permissão de riscar certos sinais, embora os conheçam, saibam "ler" o
que significam e até lhes obedeçam; mas daí a dar a eles próprios o direito de
riscarem vai uma distância meridiana. Com isso, afirmamos também que raras
Entidades, na atual conjuntura do Movimento Umbandista, riscam pontos. Pedimos
especial atenção aos Filhos de Fé para de forma alguma tentarem reproduzir um
ponto riscado, ou mesmo tentar fazê-lo só porque viu este ou aquele sinal,
querendo juntá-los na expectativa milagrosa de se conseguir algum efeito. Sim,
o efeito que se pode conseguir é o de trazer sérias confusões para seu próprio
caminho, bem como para os que estão debaixo de suas vibrações. Riscar pemba é
algo seriíssimo, pois implica ser iniciado de verdade pelo astral, e conhecer
não apenas letras, mas conjuntos forma que variam ao infinito e traduzem vários
objetivos. Portanto, àqueles que se interessam pela Lei de Pemba, aconselhamos
que procurem uma verdadeira Entidade que lhes poderá informar sobre essa sua
"curiosidade", e se você tiver afinidades reais, tenha certeza de que
ela ou quem ela assim determinar lhe ensinará o Alfabeto Sagrado Mágico. Aí
sim, sem tatear, mas sabendo o que faz, mesmo em movimentos leves, poderá
riscar conscientemente os sinais relativos à Sagrada Lei de Pemba. Essa mesma
Lei de Pemba pode ser grafada em 3 ângulos: 1º ângulo ou positivo; 2º ângulo ou
relativo ou metafísico; e 3º ângulo — o mágico propriamente dito. Gostaríamos
de revelar muito sobre a Lei de Pemba, mas até a caneta do aparelho que usamos
foge do papel, sinal de que já abrimos demais certos ângulos, embora sejam eles
ainda muito externos, sendo que o mais ficará por conta da Iniciação no
interior do templo, segundo o grau consciencial kármico de cada Filho de Fé. Em
seguimento aos nossos humildes apontamentos, vamos falar sobre a Magia Talismânica,
a qual também é de valia inestimável aos vários Filhos de Fé e mesmo ao leitor
amigo que deseja fortes proteções, cobertura e mesmo magnetismo pessoal. Assim,
vamos dividir os talismãs nos 4 elementos e, dentro desses, nos signos
correspondentes. Iniciemos pelo elemento fogo, no qual se encontram os signos
de Leão, Sagitário e Áries. Daremos um talismã de uso pessoal, usado no
dia-a-dia, servindo para rebater correntes contrárias, fortalecer a vontade,
ativar o magnetismo positivo e cuidados vibratórios do aura individual. Em
todos os elementos usaremos a cruz, e sobre ela determinadas formas
geométricas. Por que usaremos a cruz? A cruz sempre foi a representação da
união pelo sacrifício, o qual é redentor. A cruz também é símbolo da Divindade
ou mesmo da Luz, como dissemos ao citarmos o vocábulo BARATZIL, em que CRUZ é
LUZ e LUZ é DIVINDADE. Após explicarmos sobre a cruz, façamos uma tabela para
fácil compreensão dos talismãs pelos diversos Filhos de Fé. Filhos de Fé dos
signos do Fogo — A base é a cruz e o elemento movimentador é o triângulo
equilátero, assim como está na ilustração: Este talismã, sobre o qual daremos
os detalhes, deve ser feito em duas peças, sendo o triângulo sobre a cruz. A
medida da cruz será de 5 cm de comprimento por 3,6cm de largura, guardando as
proporções da ilustração. O triângulo será equilátero e terá 3 cm de lado. O
material para os Filhos de Fé que tenham nascido sob os influxos dos signos do
fogo é o latão ou cobre, com um pequeno banho em ouro. As pedras serão: brilhante
para os nascidos em Leão; topázio para os nascidos em Sagitário; rubi para os
nascidos em Áries. Essa pedra será apenas para ser cravada no alto da cruz.
Deverá ser usado em uma corrente colocada ao pescoço. Filhos de Fé dos signos
do Ar — A base é a cruz e o elemento movimentador é o círculo, assim como na
ilustração: Este talismã, sobre o qual daremos os detalhes, deverá ser feito em
2 peças, sendo o círculo sobre a cruz. A medida da cruz será 5 cm de
comprimento, sendo que seu braço menor terá 3,6 cm. O círculo terá, também, 3
cm de diâmetro. O material para os Filhos de Fé que tenham nascido sob os
influxos dos signos do ar é a alpaca ou mesmo o latão. As pedras serão:
turmalina para os nascidos em Libra; esmeralda para os nascidos em Gêmeos;
turquesa para os nascidos em Aquário. Essas pedras serão apenas cravadas no
alto da cruz. O talismã deverá ser usado com uma corrente, sendo ela colocada
ao pescoço. Filhos de Fé dos signos da Terra — A base é a cruz e o elemento
movimentador é o quadrado, assim como na ilustração: Este talismã, sobre o qual
daremos os detalhes, deverá ser feito em 2 peças, sendo o quadrado sobre a
cruz. A medida da cruz será de 5 cm de comprimento, sendo que seu braço menor
terá 3,6 cm. O quadrado terá 3 cm de lado. O material para os Filhos dos signos
da terra é o cobre, com um banho de níquel. As pedras são: safira para os
nascidos em Touro; granada para os nascidos em Virgem; ônix para os nascidos em
Capricórnio. Essas pedras serão apenas cravadas no alto da cruz. O talismã deverá
ser usado com uma corrente, sendo ela colocada ao pescoço. Filhos de Fé do
signos da Água — A base é a cruz e o elemento movimentador é o semicírculo,
assim como na ilustração que segue: Este talismã, sobre o qual daremos os
detalhes, deverá ser feito em 2 peças, sendo o semicírculo sobre a cruz. A
medida da cruz será de 5 cm, sendo a medida do braço de 3,6 cm. O semicírculo
também terá um diâmetro de 3 cm. O material para os Filhos dos signos da água é
a prata. As pedras são: água marinha para os nascidos em Escorpião; ametista
para os nascidos em Peixes; ágata-branca (ou cristal branco) para os nascidos
em Câncer. Após essa 1ª tabela, façamos o talismã individual, segundo alguns
dados que aqui daremos, mesmo porque, além dos sinais que são de altíssima
relevância, teremos os processos de imantação, que são o meio de torná-lo
eletromagneticamente ativo, pois caso contrário será apenas um objeto sem
nenhum poder ou aura de ação. Nas figuras abaixo vão estes sinais da ALTA MAGIA
DA UMBANDA, relacionados com o que há de mais sério e justo dentro da Lei de
Pemba. Para os nascidos em LEÃO — ORIXALÁ. Estes sinais podem ser gravados ou
feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua cabeça, na parte posterior, deve-se
gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as iniciais). Para os nascidos em SAGITÁRIO
— XANGÔ. Estes sinais podem ser gravados ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em
sua cabeça, na parte posterior, deve-se gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as
iniciais). Para os nascidos em ÁRIES — OGUM. Estes sinais podem ser gravados ou
feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua cabeça, na parte posterior, deve-se
gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as iniciais). Para os nascidos em GÊMEOS —
YORI. Estes sinais podem ser gravados ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua
cabeça, na parte posterior, deve-se gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as
iniciais). Para os nascidos em LIBRA — OXOSSI. Estes sinais podem ser gravados
ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua cabeça, na parte posterior, deve-se
gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as iniciais). Para os nascidos em AQUÁRIO —
YORIMÁ. Estes sinais podem ser gravados ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em
sua cabeça, na parte posterior, deve-se gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as
iniciais). Para os nascidos em TOURO — OXOSSI. Estes sinais podem ser gravados
ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua cabeça, na parte posterior, deve-se
gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as iniciais). Para os nascidos em VIRGEM —
YORI. Estes sinais podem ser gravados ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua
cabeça, na parte posterior, deve-se gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as
iniciais). Para os nascidos em CAPRICÓRNIO — YORIMÁ. Estes sinais podem ser
gravados ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua cabeça, na parte posterior,
deve-se gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as iniciais). Para os nascidos em
CÂNCER — YEMANJÁ. Estes sinais podem ser gravados ou feitos em alto-relevo. Na
cruz, em sua cabeça, na parte posterior, deve-se gravar o nome no Alfabeto
Adâmico (as iniciais). Para os nascidos em ESCORPIÃO — OGUM. Estes sinais podem
ser gravados ou feitos em alto-relevo. Na cruz, em sua cabeça, na parte
posterior, deve-se gravar o nome no Alfabeto Adâmico (as iniciais). Para os
nascidos em PEIXES — XANGÔ. Estes sinais podem ser gravados ou feitos em
alto-relevo. Na cruz, em sua cabeça, na parte posterior, deve-se gravar o nome
no Alfabeto Adâmico (as iniciais). Bem, após entendermos a ilustração sobre os
12 Talismãs Sagrados, resta-nos dizer que esses talismãs, quando bem preparados
e bem projetados com correntes da vontade e do pensamento sobre eles, tornam-se
possantes acumuladores e condensadores de positivíssimas correntes
eletromagnéticas, as quais formarão sobre o indivíduo uma aura de defesa que se
casará com a própria emanação do indivíduo possuidor do talismã. Se o mesmo não
livra o indivíduo de todas as mazelas, seguramente dará ao mesmo equilíbrio e
forças para não rebaixar seu tônus vibratório, o que sem dúvida seria porta
aberta para a entrada de correntes, de toda sorte de larvas, miasmas, bactérias
de ordem astral (que depois se densificam e produzem doenças), fungos e mesmo
agentes agressivos provenientes de magos-negros que se aproveitam do
rebaixamento vibratório para atacar e mesmo contundir através de elementos
físicos desmaterializados ou que tenham sua contraparte etérica que, quando
adentram no indivíduo, vencendo suas barreiras áurico etéricas, podem se
consubstanciar em perfeitos elementos daninhos, que agem de forma insidiosa
sobre vários sistemas orgânicos e muito especialmente sobre determinados
órgãos alvo, à escolha do mago-negro que
tentou "embruxá-lo". Se não desfeito a tempo, esse trabalho de magia
inferior, mas que tecnicamente foi executado de forma correta, certamente leva
o indivíduo a reproduzir uma grave doença, com deterioração fisiológica e
anatômica do órgão atingido, podendo levá-lo à morte. Isso não é fantasia ou
supervalorização dos elementos morbosos e hostis colocados em ação pelos
magos-negros; isso é realidade, que logo poderá ser explicada pela nossa
ciência oficial. Tudo parece fantasioso, pois não se conhece o plano etérico,
vizinho primeiro do físico denso, onde se estende um universo paralelo, onde
bons e maus também convivem, e infelizmente há os choques e os confrontos, tal
qual no plano mais denso, a par da constante vigilância de verdadeira polícia
de choque do astral, os Exus Guardiães, que vêm frenar e equilibrar essas ações
funestas, mas que são inerentes ao homem, em virtude dos baixos padrões morais
assumidos e ainda hoje praticados. Os marginais do astral nada mais são do que
homens, sem seus corpos físicos, que delinquiram através do ódio, inveja,
ciúmes, orgulho, egoísmo e vaidade, sendo portanto filhos da discórdia,
verdadeiros filhos da falange do mal, que em todos os planos têm pontes
avançadas para executar seus atos escusos e ignominiosos. Bem, já chega, pois
os Filhos de Fé são sabedores dessas coisas; apenas quisemos repisar e também
mostrar a necessidade do talismã, que de forma alguma é um objeto embalado em
fetichismo ou auto sugestão. Estamos dando um talismã condensador de energias
várias, por isso entram em sua composição o metal, a pedra e a magia
cabalística proveniente da "Ciência do Verbo" que traduz e imanta
forças da Magia Celeste. Assim, entregamos a você, Filho de Fé e leitor amigo,
um talismã astro magnético que realmente, se usado como vamos verificar,
ajudará em muito os seus usuários. Portanto, vamos à parte fundamental, que é a
imantação do talismã sagrado, vibrado e consagrado pela Cúpula da Corrente
Astral de Umbanda. A Imantação do Talismã. Imantar, para nós, significa agregar
forças de determinados elementos ou mesmo de Seres Espirituais através de seus
eflúvios eletromagnéticos. Então, teremos que usar meios condutores para essas
forças, os quais serão projetados e ligados no talismã. Bem entendido esse
processo, que tentamos expor sem que traga grandes dificuldades ao interessado,
expliquemos como iremos imantar o talismã. Para a nossa imantação,
necessitaremos de vibrações que se enquadrem nos 4 elementos da Natureza, ou
seja, elementos radicais da mesma, que são denominados fogo, água, terra e ar.
Além deles, precisamos selecionar elementos vitais dos reinos mineral, vegetal
e animal. Estando com essa parte já arrumada, estaremos prontos para o
processo, de imantação. Comecemos por partes: 1. Uma vasilha ou recipiente de
madeira, que deve ser furado (pequenos furos em seu fundo). 2. Quando a Lua
estiver no 1° dia do quarto crescente, colher em uma praia, no horário
planetário correspondente ao signo do indivíduo, água e areia do mar. A areia
do mar a ser colhida deve ser aquela que estiver molhada, isto é, que esteja
sendo banhada pelo mar naquele momento (pode ser no horário do Orisha). 3. Após
a colheita da areia e água do mar (que poderão ser substituídas por areia de
rio e água de cachoeira), o interessado colherá na hora planetária de seu signo
uma das ervas que constam da relação que já demos no Capítulo XI, e que também
podem ser substituídas pela erva dormideira ou sensitiva. 4. Já de posse de
todos esses elementos, o indivíduo interessado adquire 1 copo grande virgem, 7
pedaços de carvão, 7 agulhas de aço (tamanho que se queira), azeite de
amêndoa-doce e lamparinas, não devendo esquecer-se das flores e da essência
líquida particular. 5. Na caixa de que falamos, que deve ter um furo ou vários
em seu fundo, coloque-se a areia do mar e, no horário particularizado de seu
signo, coloque no interior da areia as 7 agulhas e os 7 pedaços de carvão.
Neste mesmo horário, coloca-se no copo virgem o sumo de erva misturado com a
água do mar e 7 gotas da essência líquida. Em seguida, em forma de triângulo,
acendem-se 3 lamparinas em louvor dos Senhores da Luz. Depois de acesas as
lamparinas (com azeite de amêndoa doce, possante fixador da luz astral —
coagula muitas forças, fixando-as), em volta da bacia ou recipiente de madeira
coloque várias pétalas de flores de cor branca, amarela e vermelha, podendo
também colocar-se algumas pétalas dentro da vasilha. (Deve ser feito no 3º dia
da Lua crescente.) Após ter preparado esses elementos assim como explicamos,
coloque o talismã com a corrente dentro da areia, que neste momento deve ser
molhada com a mistura da erva, água do mar e essência. A seguir, pegue o copo,
que ainda deve ter água do mar, erva e essência (na 1ª vez usar só a metade do líquido),
volte-se para o ponto cardeal leste, inspire bem o perfume do líquido contido
no copo e, ao expirar, faça-o sobre a bacia onde está o talismã, pronunciando
ASTHÉ e IOÁ. Fazer 6 inspirações, alternando a pronúncia, ora ASTHÉ, ora IOÁ.
Tudo isso deve ser feito na hora favorável do indivíduo, ou quando não, na hora
do Orisha, cuja tabela também demos no Capítulo XI. Esse processo deve ser
refeito no dia seguinte, permanecendo todo o material no sereno e aceso; caso
apaguem, acenda novamente as lamparinas. No dia seguinte, repete-se o mesmo
ritual, com a diferença de que o talismã, na hora da inspiração e expiração, já
deve estar nas mãos do indivíduo, que, após exalar seu hálito pela última vez
sobre o talismã, fará a seguinte evocatória: Em nome de TUPÃ, Supremo Espírito,
Evoco os poderes da Sagrada Corrente Astral de Umbanda, para que através dos
Senhores da Luz, da Sabedoria e da Vida, Orishas Virginais, imantem este
talismã, e que o mesmo esteja imantado com as Forças da Sagrada Corrente Astral
de Umbanda; assim, em Espírito e verdade, eu
(Fulano) peço filiação à Sagrada Corrente Astral de Umbanda e sua
cobertura, através deste talismã sagrado, que me livrará de todos os males, me
trazendo Luz, Sabedoria e Vida. ASTHÉ SAVATARA AUMBANDAN Meu Filho de Fé, que
Oxalá o abençoe ainda mais, pois você já está abençoado, e nessa bênção possa
viver a doce paz dos justos, dos sinceros e humildes de coração. Bem, seu
talismã está pronto para ser usado; coloque-o no pescoço com uma corrente e
permaneça com ele o dia inteiro. Ao deitar-se, retire-o e coloque o próximo a
um copo com água. No dia seguinte, antes de usá-lo, jogue em água corrente a
água do copo, peça agô aos Orishas ou Mentores afins que coloque o talismã,
antes porém passando-o na testa, no centro do peito e entre as mãos. Neste
momento, o Filho de Fé ou mesmo o leitor amigo (que não o esquecemos) devem
estar perguntando o que farão com a bacia ou vasilha de madeira, o copo, etc. A
vasilha de madeira será guardada, sendo que esse ritual deverá ser refeito
sempre que o Filho de Fé sentir essa necessidade, na Lua Crescente, é claro.
Quanto às flores, as mesmas poderão ser encaminhadas a um rio ou mesmo a uma
pequena mata, mas que seja limpa, e só. A priori, poderá parecer difícil ao
Filho de Fé ou leitor amigo a preparação de todo esse ritual, começando
inclusive pelo talismã, o que de fato é trabalhoso mas não complicado.
Importante notar que é o próprio indivíduo interessado que faz e passa por
todas as fases de preparação do objeto, que ficará impregnado de suas forças,
sendo, pode-se dizer, seu cartão pessoal vibratoriamente falando. E algo
personalíssimo, tal qual suas próprias impressões digitais. Não nos demoraremos
mais neste tópico, pois já estamos entrando em outro aspecto deveras importante
da magia ritualística, qual seja o RITUAL DAS OFERENDAS. No prólogo de nosso
enfoque sobre a magia ritualística, em que nos ateremos às oferendas rituais,
já queremos firmar e reafirmar o conceito de que Entidade Espiritual com
responsabilidades e compromissos perante o astral superior não tem nenhuma
necessidade de oferendas materiais, sejam elas quais forem. Nenhuma Entidade
Espiritual atuante na Corrente Astral de Umbanda pede aos seus Filhos de Fé ou
mesmo prosélitos que façam esta ou aquela oferenda, por necessidade disto ou
daquilo, sendo a oferenda dirigida a ela (Entidade). Se assim o fizer, pode até
ser Entidade astralizada, mas sem vínculo, com certeza, com a Corrente Astral
de Umbanda. Estamos afirmando que Espírito nenhum, mesmo os mais materializados,
com seus corpos astrais grosseiros, comem, no sentido de pedir esta ou aquela
comida, mesmo que muitos digam que seja votiva. Carnes e sangue, nem o submundo
astral interessa-se em comer ou absorver os elementos etéreos desses abjetos
alimentos, quanto mais um Orisha ou mesmo qualquer Entidade responsável. É
óbvio ululante que nenhuma Entidade tida e havida como Orisha vai se comprazer
com o sacrifício de um animal, seja ele de pelo, penas, de 4 ou 2 patas, como é
costume falar-se por aí afora. Já não bastam os matadouros, com seus depósitos
de larvas, que alimentam os desejos mais baixos das humanas criaturas e
daqueles que lhes compartilham a vivência, os Espíritos ignorantes e doentes?
De onde pensa o Filho de Fé que vêm as grandes discórdias e ambições mundiais,
que terminaram em terrível morticínio fratricida e que perduram até hoje? Sim,
vêm da incongruência de atitudes do Ser humano, ainda distanciado dos
princípios da Justiça Cósmica. Dentre essas atitudes incongruentes está o
hábito infeliz de sacrificar-se animais para deles retirar as energias
suficientes para a própria manutenção, que cada dia mais se torna grosseira e
esquisita, haja vista as concepções que muitos dos ditos jovens nos 4 cantos do
mundo vêm apregoando. Não somos radicais, e achamos que a fonte proteica do Ser
humano não necessariamente precisa ser oriunda de animais pacíficos e
auxiliares do homem. Por que não se utiliza a alimentação marinha, rica em
todos os elementos necessários à manutenção da vida? Tanto isso é verdade que não
podemos nos esquecer que no mar teve início a grande odisseia da vida em nosso
planeta. E os vegetais, será que não são ricos em aminoácidos que proverão a
vida? Bem, deixemos esses reajustes aos humanos; a nós, Seres Espirituais
astralizados, compete ajudá-los a lentamente entenderem essas verdades e jamais
coagi-los ou criticá-los. Mas, vez por outra, lançamos a semente. Quando
germinará? Não sabemos, mas estamos esperando, sem desânimo, jamais nos
esquecendo que, embora distanciado dos princípios maiores do Bem e mesmo de
Espiritualidade Superior, temporariamente enredado no mundo do átomo
planetário, o homem é herdeiro da Coroa Divina, e lá chegará. Para isso vamos
trabalhar, e iremos trabalhar sem esmorecer, mesmo que o cansaço tente nos
fazer parar. Mesmo assim continuaremos, pois nosso cansaço de agora será o
descanso dos justos de amanhã. Vamos em frente, Filho de Fé. Vejam só,
estávamos falando em oferendas e acabamos em alimentação humana o que também
não deixa de ser uma oferenda da Mãe Natura a todos que gozam da morada
planetária. Para deixarmos claro, não estamos pedindo para ninguém deixar de
comer carnes sangrentas; mas, na medida do possível, que se vá substituindo a
carne de porco pela bovina e essa pela ave, até gradativamente chegar nos alimentos
marinhos, que juntamente com os vegetais serão a alimentação do futuro não
distante. Se pedimos a vocês para evitar o uso da carne, como Entidades podem
pedir que se lhes ofereçam carnes, vísceras ou sangue? Dirão que é devido ao
axé? Mas qual axé é esse que Entidade Espiritual precisa? Não, Filho de Fé, não
se iluda, pois mesmo em outros setores dos cultos afro-brasileiros, seus mais
altos expoentes, que são desimbuidos do sectarismo retrógrado, já estão de
forma bem sutil levando essas verdades a outros seus iguais. Eles mesmos já não
aceitam "orisha vampiro", que se compraz com sangue, nem mesmo para
axé ou outros awôs que querem emprestar a esse rito esdrúxulo e anacrônico. Não
é crítica não, é bom senso, coisa que muitos Filhos desses cultos já estão
tendo. O que também existe, e não podemos deixar de citar, é que muitos
curiosos se dizem praticantes do ritual africano, mas dele não conhecem
absolutamente nada, fazendo com que muitos acreditem que os rituais de nação
são bárbaros e fora de propósito. Os que assim pensam é porque, com certeza,
não estiveram num ritual de nação seleto; viram sim é misturas em cima de
misturas, repletas de deturpações, algumas até absurdas, que são sim pontes de
ligação com o submundo cavernoso, com seus kiumbas, arregimentados pelos
sorrateiros e não menos frios e calculistas magos-negros do reino da Kiumbanda.
Alguns poderão achar que Caboclo quis dizer Kimbanda; não, repito, é Kiumbanda.
Embora esses agrupamentos sejam pontes para o baixo astral, de todas as formas
a Corrente Astral de Umbanda está interpenetrando lentamente esses subúrbios
avançados do submundo, na expectativa de frenar sua ação. Não nos afobemos, a
hora chegará, e... Esperamos ter deixado claro que não somos a favor das
matanças, ebós, obis e orobôs dos Cultos de Nação Africana, mas não podíamos
atribuir a eles fardos que não lhes são devidos. Acreditamos que tudo tem uma
razão de ser e existir; assim, acreditamos que o Culto de Nação atende aqueles
que ainda estão presos karmicamente ao seu tipo de ritual, algo que já
explicamos em outro capítulo. Mas o que nos interessa no momento são as
oferendas na Sagrada Corrente Astral de Umbanda que existe sim, mas para
movimentos de forças mágicas, nunca com o uso de animais, vísceras ou sangue. A
oferenda na Umbanda é mágica. Procuram-se elementos básicos, pois interessa-nos
sua repercussão no plano etérico e astral, como também a movimentação mágica
que vem pela evocação dos elementares, os ditos Espíritos da Natureza. Pelo
exposto, concluímos que a oferenda é inerente à movimentação das forças mágicas
e essas são movimentadas através dos elementos radicais da Natureza, que se
associam aos sólidos, líquidos, gases, éteres, etc. Também movimentam e atraem
a corrente de Elementares, Seres Espirituais que não encarnaram ainda uma só
vez sequer, e que estagiam nos reinos da Natureza, sendo que, em última
análise, as oferendas estão diretamente ligadas aos Elementares, que podem ser
serventias de um Caboclo, Preto-Velho, Criança e mesmo de um Exu Guardião, que também
sabe como movimentá-los. Deve o Filho de Fé perceber a gravidade de se ofertar
aos reinos da Natureza sem estar debaixo de Ordens e Direitos para tal, como se
pode intervir de forma deletéria nestes Seres que, embora tenham percepção,
consciência e inteligência, ainda lhes falta a devida experiência, sendo pois
muitas vezes levados a manipular certas forças agressivas ou mesmo grosseiras,
acarretando-lhes reações kármicas passivas no futuro. E aquele que os
movimentou? Seguramente a Lei sobre eles incorrerá e agirá severamente. Não é
da Lei que quem deve paga? E aqueles que não sabem dessas coisas e perturbam a
Natureza e esses Seres Elementares? Bem, como explicamos, os imprudentes
deverão se responsabilizar pela imprudência. No mínimo são réus culposos, pois
neste caso não poderemos qualificá-los de dolosos, em virtude de ignorarem os
efeitos. Que façam as oferendas rituais, mas ordenadas por quem saiba e não
simplesmente pelo que viram ou veem aqui e ali de forma vulgar, coisas que em
verdade só têm sentido se observadas pelo lado da ingenuidade e credulidade
cega de muitas criaturas. Nosso dever se prende a ensinar e alertar, nunca a
criticar. Que adianta a crítica e a impaciência, se elas não mudam as coisas?
Sejamos pois tolerantes, pacientes e não fiquemos de peito estufado dizendo-nos
sabedores disto ou daquilo, criticando este ou aquele, achando que só é bom o
que se faz, pois isso pode ser o início do fim. Para trás com as críticas, o
importante é fazer o correto e não se importar com o que os outros façam, a não
ser que os mesmos se interessem em querer melhorar e mudar. Aí, e somente neste
caso, deve-se falar, explicando, orientando. Se você é médium da Sagrada
Corrente Astral de Umbanda, saiba que: — Não é falando o que se aprendeu que de
repente os outros vão pensar ou agir como você. Não faça assim, pois muitos
dissabores o aguardam, se é que já não chegaram. — Nunca pretenda ensinar
Umbanda àqueles que vêm ao seu terreiro querendo resolver suas dores ou seus
problemas, que para eles, sem dúvida, são os maiores do mundo. — Ensine,
mostrando quando lhe pedirem, com calma, serenamente. Lembre-se que, assim como
o alimento da matéria, o alimento psíquico e mesmo o espirítico deve ser dado
em pequenas doses, para não trazer indigestão e completa ojeriza. Bem, Filho de
Fé, tudo isso para lhe mostrarmos as oferendas rituais. Mas, como nosso
conhecimento tem de ser de Síntese, aproveitamos todos os momentos para
elucidar sem perder os objetivos a que nos propusemos, e agora entraremos
direto no âmago da questão Oferendas Ritualísticas. OFERENDAS RITUALÍSTICAS Os
mecanismos mágico-vibratórios, já os expusemos ainda neste capítulo. Vamos,
pois, explicar as finalidades das oferendas e os elementos para suas projeções
alcançarem os objetivos visados. É fundamental que se entenda que, na oferenda,
joga-se muito com a energia ou matéria radiante e suas diversas transformações.
A oferenda é fonte energética concreta para os diversos rituais mágicos. Esse é
o axioma das oferendas ritualísticas. Vejamos o esquema que tentará demonstrar
o que explicamos: O mental do operador busca os elementos de ordem astral, os
quais são por equivalência ajustados aos elementos materiais que ao refletirem
as forças mágicas, fazem-no com liberação de energias. Eram energias armazenadas
que são detonadas através das oferendas físicas para que com isso seja
alcançado o objetivo visado. São energias potenciais que ao se projetarem nos
elementos físicos, por equivalência se condensam ainda mais, até
descondensarem-se pelo aumento vibratório. Esse, ao detonar, atinge primeiro o
plano etéreo, depois o astral e por último o mental. Para mais fácil
assimilação, vejamos aquilo que Caboclo chama de respiração da natureza, em que
os elementos radicais ou neumas se entrecruzam e se transformam. Do FOGO para a
TERRA, tivemos a dita inspiração, com ganho de energia (setas mostram o
caminho). Da TERRA para o FOGO, tivemos a dita expiração, com liberação de
energia (setas mostram o caminho). É o próprio metabolismo mágico, com sua
parte anabólica (inspiração) e catabólica (expiração), fazendo com que o grande
organismo chamado NATUREZA tenha seus ciclos e seus ritmos. Essa respiração é
um deles, e é dentro desse conceito que também mostramos ciência, podendo-se
demonstrar o que expusemos. Corrobora também o que dissemos que a magia é a Mãe
de todas as ciências, e como Mãe é possuidora do CONHECIMENTO TOTAL. Essas
verdades não eram desconhecidas dos povos da Lemúria e nem da Atlântida, que
eram povos considerados exímios manipuladores da magia. Em capítulos passados,
falamos sobre a Coroa do Verbo ou a Ciência do Verbo que produzia sons que se
relacionavam com a Natureza. Faltou-nos dizer que esses sons se harmonizam com
os ritmos e ciclos da Natureza, que os mesmos trazem ou movimentam muitas forças.
Tudo na Magia é som, cor, número e forma, e dentro desse conceito vamos mostrar
como se movimentavam num passado longínquo, através do som projetado sobre as
oferendas, as forças mágicas. Lembremos das 3 letras arquetipais que, como é
óbvio, eram fonetizadas. As 3 letras são: A S TH = ASTHÉ — esse termo foi,
através dos tempos, por alterações fono semânticas, sendo pronunciado como AXÉ,
o qual não perdeu seu significado de princípio básico, força vibrátil
primordial de todas as coisas, princípio dinâmico e poder de realização. Bem,
desvelamos mais este véu segundo a Coroa do Verbo, pois chegamos num termo por
demais vulgarizado, mas que em verdade traduz princípio e poder, os quais são
encontrados nas oferendas, que agora passamos a analisar segundo as 7 Vibrações
Originais, as 7 Potências — ORIXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGÔ, YORIMÁ, YORI,
YEMANJÁ. Essas oferendas, com as 7 Potências Sagradas, dizem respeito aos
elementos vibráteis que os integrantes, sejam nos 3 planos ou 7 graus,
manipulam, dentro da magia etéreo-física, para fins vários, mas tudo de acordo
com as correntes eletromagnéticas chamadas Linhas de Força e com os Espíritos
Elementares, os ditos Espíritos da Natureza. Oferendas para as 7 Vibrações. A)
Pano da cor da Vibratória, na medida de 50 x 50 cm. B) 3 vasilhas de louça
branca. C) Frutas diversas. D) Vinho tinto suave. E) Velas ímpares ou pares na
dependência da Vibração original. F) Flores diversas. G) Elemento ígneo-aéreo —
charutos ou cigarrilhas. H) Fazer a oferenda ritualística dentro do horário
próprio da Vibração Original. Após a disposição do material, o qual se ajusta
ao que há de mais positivo dentro da movimentação mágica superior ou alta
magia, passemos a explicar o mecanismo da oferenda em si como um todo. A
oferenda ritualística, para concentrar as energias envolvidas, deve limitar a
atenção do interessado por meio do pano que serve de mesa, onde serão fixados
os sinais da Lei de Pemba. Sua cor será a da Vibração evocada. Os sinais
riscados poderão ser os mesmos que foram dados a cada Vibração Original ou
Linha. As 3 vasilhas prestam-se para conter os elementos vibráteis, quer sejam
sólidos, líquidos ou mesmo aéreo-etéreos. Na verdade, as frutas com. as ervas
afins devem ser colocadas em um prato de louça branca, e as frutas nunca em mais
de 3 qualidades. As frutas são elementos essencialmente vitais, sendo
carregadas de prana ou éter vital. Na outra vasilha, que se coloque o vinho
tinto suave, que além de ser líquido, é provido de elementos voláteis ou
aéreos, e também possui equivalência de éter refletor. As velas são compostas
de elementos fixadores, ao mesmo tempo que são potentes catalisadores da ideia
e dos desejos. Enquanto perdurar a vela, os mesmos são amplificados e repetidos
incessantemente. Além de amplificadora e repetidora dos efeitos mágicos, a vela
se mostra como transformadora dos 3 elementos inferiores nos 4 superiores.
Assim, temos o sólido se consumindo, produzindo gás carbônico e outros, além de
água, tudo isso com equivalência no plano etérico. Quanto ao número, cor e disposição
geométrica das velas, são de suma importância, caracterizando e direcionando
vibrações. Assim, para efeitos espirituais, velas ímpares; para efeitos
materiais, velas pares, sempre harmonicamente dispostas e nas cores que vibrem
com as intenções da oferenda ritual. O elemento ígneo-aéreo representado pela
queima do fumo, através de charutos, condensa as ideias, que logo atingem o
éter químico, desencadeando os processos de transferência, que em resumo
refletem a oferenda. As flores são elementos abundantes em prâna, sendo também
fonte de éteres químico, refletor, luminoso e vital, os quais são espargidos e
formam o substrato etérico condutor da ideia e desejos, que encontram
ressonância no plano astral, se refletindo sobre o plano etérico potencializado
e ativando certas energias que encontram realização no plano denso da vida.
Assim, em suma, se processa em ações e efeitos a oferenda ritual, alhures já
por nós explicada, sendo que agora procuraremos sintetizar e entender o aspecto
das transformações das energias que são colocadas em jogo. Ao encerrarmos mais
este tópico, esperamos que fique claro ao Filho de Fé e leitor amigo que a
oferenda ritual existe, em sentido hermético, como uma transferência de
elementos e energias, e se prende muito mais ao fato de restituir à Natureza
aquilo que temos gasto, inclusive na manutenção vibratória do corpo físico.
Assim, tem ciência ofertar-se ritualisticamente e de forma medida, pesada e
contada, através da Natureza e a seus Espíritos Elementares, os quais refletirão
seus auras puros sobre as pessoas envolvidas na magia ritualística, além de
atuarem energizando os pedidos, os quais, dependendo da necessidade, serão
atendidos, mas repetimos que se prestam mais aos processos de equilíbrio
vibratório etéreo-físico daqueles que fazem seus pedidos e daqueles que
movimentam a dita Magia Etéreo-física através da oferenda ritual. Esperamos ter
dado os aspectos mais positivos e simples dentro da arte mágica de ofertar-se
elementos materiais aos Espíritos da Natureza, visando obter-se deles vários
benefícios. É REPETITIVO, MAS DEVEMOS DIZER QUE TODOS OS ENSINAMENTOS AQUI
MINISTRADOS, SE ATEM À MAGIA BRANCA, NEM DEVENDO SE COGITAR DESSAS OFERENDAS
PARA FINS EM PREJUÍZO DE ALGUÉM, POR MÍNIMO QUE SEJA. Antes de encerrarmos, gostaríamos
de citar que a Magia Etéreo-física, como estudo teórico e prático, é
vastíssima. Não tivemos a pretensão de esgotá-la. Aliás, passamos muito por
alto desse intento, mas esperamos que essas orientações sejam úteis aos Filhos
de Fé, que em conjunto com o que até aqui expusemos, não terão dificuldades em
coordenar adequadamente, para fins vários, sempre em benefício do próximo ou de
si mesmo, os efeitos simples, mas positivos, da ALTA MAGIA DE UMBANDA. Livro A
Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi
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