Editor do Mosaico.
Todas as tradições religiosas e espiritualistas são unânimes quanto a
existência de Deus, isso até onde tenho conhecimento. Chamo existência de Deus
toda manifestação de divindades exteriorizadas pelas culturas humanas através
de práticas intuitivas e dedutivas. Bem como a representação de conceitos e
formas advindas dos arquétipos passados que chegaram a nós pelo inconsciente
coletivo. Assim, religiões monoteístas, politeístas e não teísta
compartilham o conceito de Deus de maneira singular em suas culturas.
Cristianismo, Judaísmo, Islamismo e suas tradições místicas como Gnosticismo,
Cabalismo e Sufismo principiam a existência de Deus em seus ensinamentos
exotérico (externo) e esotérico (interno). Explicando o termo não teísta
contrário de ateísta (a) é negação e (Theo) é Deus), portanto, a não existência
de Deus. O não teísta é aquele que conceitua Deus de uma forma não pessoal
desprovido de atributos humanos como bondade e maldade, crueldade e
misericórdia. Os mesmos vícios e virtudes que estão na personalidade do
indivíduo. Nesse parecer temos como exemplos o Budismo, Confucionismo, Taoísmo,
Lamaísmo e o Zoroastrismo. O não teísta percebe Deus como o Criador e Criação.
O Hinduísmo é heteromorfismo, onde a manifestação de Deus está em todos os
reinos humano e da natureza. As Escolas de Mistério Antigas desde Platão e os
Neo Platônicos todos entendiam Deus através de suas características
filosóficas como Nous, Demiurgo, Primeiro Motor, Sustância Primordial e
outros termos. Rosa Cruz, Maçonaria e Teosofia as "modernas" Escolas
de Mistério em atividade atualmente corroboram os princípios da existência de
Deus. Concluindo essa introdução para entrarmos nas provas Tomísticas da
existência de Deus, as tradições cristã, judaica e islâmica absorveram grande
parte dos conceitos Neo Platônicas em suas espiritualidades. Dentre os mais
importantes citamos: Deus Único, Trindade, céu, inferno, encarnação,
reencarnação, ressurreição, carma, dahma, nirvana. Evidentemente que os
princípios receberam novas nomenclaturas nas tradições religiosas, mas foi
mantido os pressupostos filosóficos. Como justiça podemos falar que Platão e os
Neo Platônicos aprenderem grande parte de seus conceitos das filosofias antigas
do Oriente, retratadas nos ensinamentos revelados e ocultos dos povos egípcios,
hindus, babilônios, assírios, chineses e caldeus. Razão que muitos filósofos
dessas escolas eram iniciados nos mistérios ocultos da Sabedoria Divina como
Platão (428 AC 347), Pitágoras (570 AC 495), Proclo (412-485), Jâmblico
(245-325), Apolônio (262 AC 190), Amônio Saccas (175-242), Orígenes de Alexandria (184-253) e outros.
Cristianismo. Por
São Tomás de Aquino. Da Súmula Teológica. AS CINCO PROVAS DA EXISTÊNCIA DE
DEUS. DEUS COMO PRINCÍPIO DE TODO SER. “As cinco vias.
"Provas da Existência de Deus. Didaticamente há a discutir
primeiramente as vias que conduzem a Deus e a seguir sua natureza, tudo isto
aliás, como se processou no pensamento de Tomás de Aquino. Uma vez estabelecida
a tese gnosiológica (parte da filosofia que estuda as bases do conhecimento
humano), de que o objeto formal e próprio da inteligência humana é o ser
existente na matéria corpórea, quer isto dizer que a filosofia não pode
começar sua investigação por Deus, mas pelo referido objeto do ser colhido no
modo sensível. Diferentemente, a teologia sobrenatural principia por ele, porque
a primeira coisa da revelação é a manifestação do próprio Deus; eis a razão
porque a Summa theológica de Tomás de Aquino e as similares
iniciam a exposição em Deus. Mas, como se advertiu, o inverso ocorre na
filosofia, cuja caminhada começa no sensível, para seguir até a pergunta sobre
Deus. Somente depois de analisado o ser em seus princípios, se continua para
inquirir fora dele, em Deus, sua inteira razão de ser. Todas as provas Tomistas
da existência de Deus partem de uma realidade sensível, ou seja, de um fato a
reclamar uma explicação maior. Nesta realidade ocorrem cinco problemas, a
reclamarem uma explicação maior. Eis onde se abrem as cinco vias,
que conduzem a Deus: Primeira Via, a do Movimento. Segunda Via, a da Série das
Causas. Terceira Via, a da Contingência. Quarta Via, a dos Graus de Perfeição.
Quinta Via, a da Ordem do Mundo. O que falta explicar em toda as cinco
indicações que levam a Deus, é a razão suficiente que nelas
não se encontra. Em decorrência do princípio da razão suficiente as ditas
indicações conduzem até Deus como razão suficiente extrínseca. Desdobra-se o
princípio da razão suficiente em princípios menos amplos. Em cada argumento se
alegam um destes princípios menos amplos. São eles: 1) O móvel é movido, em
última instância por um motor imóvel; 2) As causas com efeito segundo a
existência, em última instância são causadas por uma causa não causada; 3) O
que não é necessário e contudo existe, em última instância existe por obra do
necessário; 4) O mais e o menos se dizem de diversos atributos enquanto se
aproximam de um máximo; 5) Os seres sem conhecimento não tendem ao fim senão
dirigidos do exterior por um ente conhecedor e inteligente. Nenhuma das cinco
vias expostas por Tomás de Aquino, para provar a existência de Deus, é
historicamente nova. A primeira via, a do movimento, o móvel é movido, em
última instância por um motor imóvel, já surge em Platão em que Deus é a alma
do mundo, por ele movido (se for válida a interpretação); não vê, porém, ainda
a Deus como motor imóvel. Nem se encontram todos os argumentos em
Aristóteles (384- AC 322), que desenvolveu amplamente apenas o do movimento, em
que alcança a noção de motor imóvel e que move como pensamento. Encontram no
mestre do Liceu todos os elementos com os quais poderia Tomás criar as cinco
vias. Embora o argumento criacionista, pela terceira via, a da
contingência, o que não é necessário, contudo existe, em última instância
existe por obra do necessário, ainda não ocorresse entre os gregos clássicos,
contudo não é São Tomás o seu inovador, porque ele começa a surgir com os
cristãos e começa a ter sua verdadeira forma filosófica com os árabes. O
argumento da contingência traz ainda a cooperação do místico cabalista Moisés
Maimônides (1135-1204). Mas foi sobretudo com São Tomás que este argumento
eminentemente criacionista ganhou os detalhes. O argumento da causa eficiente
foi apresentado por São Tomás de Aquino a primeira vez entre os latinos
adequadamente. É tipicamente platônica e agostiniana a quarta via, o mais
e o menos se dizem de diversos atributos enquanto se aproximam de um máximo que
procede pelos graus de perfeição, de que Deus seria o termo máximo de
perfeição. A quinta via que procede pela harmonia do mundo, os seres sem
conhecimento não tendem ao fim senão dirigidos do exterior por um ente
conhecedor e inteligente, já aparece em Homero (3500 AC) e é amplamente exposta
por Sócrates (469 AC 399), como se aprecia num relato de Xenofonte (430 AC 354)
em seus Ditos memoráveis. Os estoicos, Cícero (106 AC 46 DC) e Sêneca
(4-65) principalmente, voltarão a realçá-lo. Embora como dissemos, nenhuma das
cinco vias seja nova, deu-lhes Tomás de Aquino uma sequência até então ainda
não conhecida. Procede dos signos mais evidentes da não suficiência, aos mais
profundos. O movimento da primeira via, que se processa hic
et nunc, (aqui e agora em latim) se mostra manifestamente contingente. Este
argumento, assim como tem ponto de partida fácil de perceber (o movimento) tem
também ponto de chegada inteligível (Deus como primeiro motor; imóvel). Os
argumentos seguintes prosseguem progressivamente revelando a Deus como causa
segunda, ser em si mesmo necessária terceira via, grau máximo de ser quarta
via, ordenador universal existe harmonia quinta via. As cinco vias de São
Tomás de Aquino alcançam também a primeira vez uma certa irredutibilidade
interna. O conjunto orgânico elimina os argumentos que repetiam outros por
partes. Reduz à terceira via a prova pela contingência da mente. A
mesma redução se faz à quarta via, da prova que, por meio das verdades
eternas, conduzia ao maximamente verdadeiro. Enfim, reduz-se à quinta via a
prova que tomava início da obrigação moral para chegar ao
supremo ordenador e legislador. Tecnicamente, do ponto de vista meramente
formal, os argumentos como foram formulados por Tomás de Aquino seguem a prosa
displicente, em que em geral a primeira figura silogística se apresenta na
forma galênica. Omitem palavras óbvias, como sujeito da conclusão, e põem as
justificativas das premissas junto das mesmas antes de prosseguir o silogismo.
Mas, qualquer seja a forma literária e a maneira galênica ou não de expor a
primeira figura silogística, os argumentos da existência de Deus de Tomás de
Aquino obedecem rigorosamente ao esquema discursivo de um princípio universal e
de um fato alegado. Claramente fica determinado, que os argumentos importam na
prova de um princípio geral e de um fato. Na falta de se poder provar, ou o
fato, o princípio, o argumento deixa de ter validade. Primeira Via, a do movimento. O texto de Tomás de Aquino, principia enfático: Por cinco
vias pode-se provar a existência de Deus. A primeira e mais manifesta é a
procedente do movimento, pois é certo e verificado pelos sentidos, que alguns
seres são movidos neste mundo. Ora, todo o movido por outro o é. Porque nada é
movido senão enquanto potência, relativamente àquilo a que é movido, e um ser
move enquanto em ato. Pois mover não é senão levar alguma coisa da potência ao
ato; assim, o cálido atual, como o fogo, torna a madeira, cálido potencial, em cálido
atual, e dessa maneira, a move e altera. Ora, não é possível uma coisa estar em
ato e potência, no mesmo ponto de vista, mas só em pontos de vista diversos;
pois o cálido atual não pode simultaneamente ser cálido potencial, mas é frio
em potência. Logo, é impossível uma coisa ser motora e movida ou mover-se a si
própria, no mesmo ponto de vista e do mesmo modo, tudo o que é movido há de
sê-lo por outro. Se, portanto, o motor também se move, é necessário seja movido
por outro, e este por outro. Ora, não se pode assim proceder até ao infinito,
porque não haveria nenhum primeiro motor e, por consequência, outro qualquer;
pois os motores segundos não movem, senão movidos pelo primeiro, como não move
o báculo (cajado, bordão, bastão episcopal) sem ser movido pela mão. Logo, é
necessário chegar a um primeiro motor, de nenhum outro movido, ao qual todos
dão o nome de Deus. Estão os termos colocados conforme a primeira
figura do silogismo, se forem dispostos na sua natural sequência: O móvel é
movido, em última instância, por um motor imóvel; ora, o mundo é um móvel,
Logo, o mundo, em última instância, é movido por um motor imóvel. Estão
os termos colocados, conforme a primeira figura do silogismo: Termo
médio sujeito na premissa maior e predicada na premissa menor. Na
conclusão, como predicado, o predicado da premissa maior; e como sujeito, o
sujeito da premissa menor. Na figura galênica, (inversão das premissas)
usada na Summa theologica: O mundo é móvel. Ora, o móvel é movido em
última instância por um motor imóvel. Logo, o mundo em última instância é
movido por um motor imóvel. Na forma displicente e literária da exposição de
Tomás de Aquino. "É certo e verificado pelos sentidos, que alguns seres
são movidos neste mundo. Ora, todo movido por outro o é; (...) se o motor
também se move, é necessário seja movido por outro, (...) pois os motores
segundos não movem, senão movidos pelo primeiro. Logo, é necessário chegar a um
primeiro motor, de nenhum outro movido ao qual todos dão o nome de Deus".
Em Aristóteles (384 AC 322), de quem Tomás toma o argumento, as premissas são
as mesmas. Já não ocorre o argumento rigorosamente igual em Platão, porque não
sub estabelecia que o primeiro motor fosse imóvel. A Segunda Via, a da
série das causas: "A segunda via procede da natureza da causa
eficiente. Pois descobrimos que há certa ordem das causas eficientes nos seres
sensíveis; porém, não concebemos, nem é possível que uma coisa seja causa
eficiente de si própria, pois seria anterior a si mesma; o que não pode ser.
Mas, é impossível, nas causas eficientes, proceder-se até o infinito; pois, em
todas as causas eficientes ordenadas, a primeira é causa da média e está, da
última, sejam as médias muitas ou uma só; e como, removida a causa, removido
fica o efeito, se nas causas eficientes não houver primeira, não haverá média
nem última. Procedendo-se ao infinito, não haverá primeira causa eficiente, nem
efeito último, nem causas eficientes médias, o que evidentemente é falso. Logo,
é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de
Deus". A Segunda Via alega que as causas do ponto de vista da
existência, devem, em última instância, supor uma causa eficiente primeira. O
silogismo tem a mesma estrutura do da Primeira Via. Mas o que importa
sobremaneira é saber distinguir as duas vias. Neste sentido se faz necessário
esclarecer de que espécie de causa se trata, pois também o motor como origem do
movimento é uma causa. São Tomás ao enunciar a Segunda Via, mostrou-se breve
neste particular e apenas diz: "A Segunda Via procede da natureza da
causa eficiente". Dos detalhes referentes à natureza da causa eficiente
tratou depois, ao abordar a conservação da criatura. Por
redundância, criação e conservação se reduzem ao mesmo problema geral.
Distinguiu Tomás de Aquino entre causa do vir a ser (fieri)
e causa segundo a existência, ou forma (secundum
esse). O simples vir a ser ocorre nos casos chamados também de causa
passiva, Reginald Garrigou Lagrange (1877-1964), e em que o efeito não
depende no seu mesmo existir da causa referida; é capaz por isso, de subsistir
após o desaparecimento da causa, como se vê do pai para o filho que gerou, do
motor para o movimento que transmitiu. Nesta hipótese incluem-se os entes da
mesma espécie quando se criam uns aos outros. O efeito procede segundo o vir a
ser e não segundo a existência. No caso, se trata apenas de aplicar a forma já
existente a uma certa matéria. Explica-se Tomás de Aquino: "É manifesto
que, se dois entes são da mesma espécie, um não pode ser, por si, causa da
forma como tal do outro; porque então seria também causa da própria forma, pois
ambas tem a mesma essência. Mas pode ser causa da dita forma, enquanto
pertencente a uma determinada matéria, isto é, enquanto esta matéria adquire a
tal forma. O que é ser causa só do vir a ser, como quando um homem gera outro e
um fogo, outro fogo". Este é o caso da Primeira Via; nela o
primeiro motor imóvel é concebido apenas como causa do vir a ser do movimento;
este movimento já existe como forma, pelo menos virtual. Na causa secundum
esse, como se toma na Segunda Via, é a mesma forma que se há de criar. A
causa segundo a existência (secundum esse) tem como propriedade atuar
sobre o efeito mesmo depois de já realizado, e este desaparece ao cessar a
causa. Assim, vale a conclusão, enquanto conclusão, apenas enquanto
permanecerem as premissas; invalidadas estas, cessa a conclusão. A sensação externa
se mantém enquanto atua o objeto sensível e desaparece com ele; aliás, todo o
conhecimento só se exerce com a presença real ou intencional do objeto. A seu
modo e em sua proporção, a pressão atmosférica e o calor solar se fazem
necessários para condicionar o nascimento e a conservação da vida. Do mesmo
modo quer Tomás de Aquino que a criação seja um efeito que de Deus recebe a
existência e só por ele a conserva. Os exemplos que alega para explicar seu
conceito de causa segundo a existência (secundum esse) são da física
superada de então, mas, dentro de tal hipótese, explicam suficientemente.
Começa distinguindo São Tomás: "De duplo modo um ser é conservado por
outro de um modo, indiretamente e por acidente; assim, diz-se que conserva uma
coisa quem dela remove o que a corrompe. De outro modo se diz que um ser
conserva outro, por si e diretamente, quando o conservado depende do
conservador, a tal ponto que não pode existir sem este. E deste modo todas as
criaturas necessitam da conservação divina. Pois todas dependem de Deus, a tal
ponto que nem por um momento poderiam subsistir, mas voltariam ao nada, se a
operação divina não as conservasse na existência, como diz São Gregório
(257-331)". Diferente é o caso em que a causa não só atua em função
ao vir a ser; este se diz enquanto apenas causa a forma como pertencente à uma
determinada matéria; mas se causa também a existência, o efeito não pode
permanecer sem o agente. "A existência da coisa não pode permanecer,
cessada a ação do agente que causa do efeito, não só segundo o vir a ser mas
também segundo a existência". Aceitando Tomás de Aquino a opinião corrente
da geração espontânea provocada pelos astros, via nisto um exemplo de uma causa
com efeito segundo a existência; o mesmo pensava da luz, que o sol provocaria
no ar segundo a existência. Quanto ao calor, este se passava do fogo (elemento
no conceito de então) à água, sendo recebido a maneira de forma na matéria,
portanto como um efeito em termos de vir a ser e não segundo à existência; por
esta razão, cessada a causa, poderia continuar o efeito; se contudo a água
perdia mais rapidamente o calor, isto ocorria por outra circunstância, qual era
a da fraca participação de tal forma. No contexto de tais hipóteses fazia as
exemplificações. "Mas, as vezes, não é da natureza do efeito receber
a impressão do agente com a mesma essência que ela tem neste; como é patente em
todos os agentes que não produzem o especificamente semelhante; assim os corpos
celestes são causa da geração dos corpos inferiores especificamente deles
dissemelhantes. E tal agente pode ser causa da forma, quanto à essência de uma
determinada forma e não só enquanto é recebida em tal matéria; por conseguinte
não é só causa do vir a ser, mas também da existência". Ao ar de nenhum
modo é natural receber a luz do mesmo modo pelo qual ela está no sol de maneira
que receba a forma do sol, que é o princípio da luz; e por isso, cessada a ação
do sol, imediatamente cessa a luz, que se não radica no ar. Ora, todas as
criaturas estão para Deus como o ar para o sol iluminador. Pois, assim como o
sol luz por natureza, ao passo que todas as criaturas tem a existência
participada, e não porque se identifique nelas a existência como a
essência". A terceira Via, a da contingência: "Procedendo
do possível e do necessário, é a seguinte. Vemos que certas coisas podem ser e
não ser, podendo ser geradas e corrompidas. Ora, impossível é existirem sempre
todos os seres de tal natureza, pois o que pode não ser, algum tempo não foi.
Se, portanto, todas as coisas podem não ser, algum tempo nenhuma existia. Mas,
se tal fosse verdade, ainda agora nada existiria, pois o que não é, só pode
começar a existir por uma coisa já existente; ora, nenhum ente existindo, é
impossível que algum comece a existir, e portanto, nada existiria, o que,
evidentemente é falso. Logo, nem todos os seres são possíveis, mas é forçoso
que algum dentre eles seja necessário. Ora, tudo o que é necessário, ou tem de
fora a causa da sua necessidade, ou não a tem. Mas não é possível proceder ao
infinito, nos seres necessários, que têm a causa da própria necessidade, como
também o não é nas causas eficientes, como já se provou. Por onde, é forçoso
admitir um ser por si necessário, não tendo de fora a causa da sua necessidade,
antes sendo a causa da necessidade, antes, sendo a causa da necessidade dos
outros; e a tal ser, todos chamam Deus". A experiência
efetivamente, mostra que certos seres poderiam ser e não ser (a contingência).
O que pode não ser, ao algum dia não foi. Ora, se todas as coisas estivessem em
tal condição de contingência, algum dia nenhuma existia, e por isso nem hoje
deviam existir. Para que existam, como efetivamente existem as outras. O
princípio universal em que se baseia uma das premissas é o da razão suficiente
em sua forma a mais geral: o que não tem a razão suficiente de si mesmo, o tem
em outro. A rigor não se diz diretamente no argumento que o contingente é
causado, mas que é explicado pelo ser suficiente; não a exclui implicitamente. A
Quarta Via, a dos graus de perfeição: "Procede dos graus que se
encontram nas coisas. Assim, nelas se encontram em proporção maior e menor o
bem, a verdade, a nobreza e outros atributos semelhantes. Ora, o mais e o menos
se dizem de diversos atributos enquanto se aproximam de um máximo,
diversamente; assim, o mais cálido é o que mais se aproxima do maximamente
cálido;. Há, portanto, algo verdadeiríssimo, ótimo e nobilíssimo e, por
consequente, maximamente ser; pois as coisas maximamente verdadeiras são
maximamente seres, como diz o Filósofo. Ora o que é maximamente tal, em um
gênero, é causa de tudo o que esse gênero compreende; assim o fogo, maximamente
cálido, é causa de todos os cálidos, como no mesmo lugar se diz. Logo, há um
ser, causa do ser, e da bondade, e de qualquer perfeição em tudo quanto existe,
e chama-se Deus". A caminhada até Deus se processa na Quarta
Via por certos graus de perfeição encontrados no mundo dos fatos, e que somente
se explicam por um grau máximo, Deus. A especificidade do argumento é efetiva;
enquanto a Primeira Via considera o movimento, a Segunda causa do existir, a
Terceira o princípio da necessidade, esta Quarta considera o fato em si mesmo
da multiplicidade dos graus de perfeição. Este fato não pode passar sem
explicação e é quando verifica o filósofo que ele reclama a existência do
próprio Deus, como grau máximo de todo o ser. Chamou-se também ao argumento henológico
(crença em vários deuses, contudo com um supremo a todos), em vista de
levantar-se do múltiplo ao uno. Em princípio, ter graus é propriedade da
qualidade, bem como da essência enquanto dá aos seres a respectiva
determinação. Há neste modo de argumentar um que de platônico, no sentido de
que os platônicos eram eminentemente racionalistas, tudo provando como que a
partir de cima. De outra parte, porém, se trata de um argumento a partir de
baixo, e por isso bem do espírito aristotélico. Ele é um argumento a partir de
baixo, porque o ponto de partida é o fato de haver graus, e que provocam a
pergunta por uma explicação. Entende-se que o infinito possa existir por si.
Mas não se entende um ser finito a partir de sua finitude. Tudo o que se pode
reduzir ao uno se torna razoável. O que não se explica é a multiplicidade,
senão como criada por quem já possui a unidade, e depois passa a criar o que
não é uno, mas diversificado, isto é, com graus. A prova em questão, a da
Quarta Via, é uma das mais sutil e complexas em virtude das noções que envolve,
como a do transcendente e os princípios, os mais diversos, desde o mais
fundamental da identidade até os mais restritos em que se desdobram a
contingência e a necessidade. No começo da Summa theologica a
prova de Deus pela via dos graus aparece apenas em seus termos gerais; detalhes
são dados depois, no Tratado do Homem, um dos capítulos da Suma Teológica, no
da Moral, e no da Lei Divina, capítulos também incluídos nessa obra de Tomás de
Aquino. O argumento se apoia sobre o princípio da identidade. O ser e seus
transcendentais a unidade, a verdade, a bondade, não implicam em sua razão
formal nenhuma imperfeição. Se contudo, se realizam com imperfeição esta
composição do perfeito com o imperfeito, portanto estes graus, implicam em
contingência, que, não se explicando por si, se explica por um não contingente,
o grau máximo, que lhes deu existência. Immanuel Kant (1724-1804) não se ocupou
com esta prova. Quinta Via, a da ordem do mundo: "Procede do
governo das coisas, pois vemos que algumas, como os corpos naturais, carecentes
de conhecimento, operam em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre
ou frequentemente do mesmo modo, para conseguirem o que é ótimo; donde resulta,
que chegam ao fim, não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, os seres sem
conhecimento não tendem ao fim, sem serem dirigidos por um ente conhecedor e
inteligente, como a seta, pelo arqueiro. Logo, há um ser inteligente, pelo qual
todas as coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus".
Por último, retomou Tomás de Aquino o argumento mais conhecido, que procede por
meio do princípio de finalidade, alegado já por Homero quando
atribuiu a Zeus (divindade grega) a ordenação de todas as coisas. Se o
argumento dos graus concluía da multiplicidade para a unidade superior, este se
eleva da multiplicidade ordenada para uma unidade de
concepção. Partiu pois, Tomás, de uma multiplicidade, não enquanto apresenta
graus, porém enquanto mostra ordenação, harmonia, finalismo. Ocorre, aqui uma
especificidade nova. Vale o argumento na medida que possam manter-se o
princípio alegado e o fato posto para explicar. Reza o princípio: os seres
desprovidos de inteligência não tendem para um fim, senão por um ser, no caso
exterior, que conheça este fim. Já Aristóteles afiançava: "Todo o agente
age em vista de um fim". Mas não aproveitou Aristóteles o
princípio como premissa de um argumento da existência de Deus. Eduard Zeller
(1814-1908) alegou que, mesmo que o Deus de Aristóteles não fosse conhecedor do
mundo, o que entretanto parece exagero atribuir ao Mestre do Liceu, o qual
definiu mesmo a Deus como pensamento de pensamento. Quanto aos fatos alegados,
prova-os Tomás de Aquino: "Os animais conhecem a coisa que é fim (...) mas
não conhecem as razões do fim", porque não tem inteligência,
pois só está é capaz de atingir as razões das coisas. Portanto, se é inegável
que o animal busca um fim, apesar de não conhecê-lo como tal, ele é conduzido
por uma inteligência exterior. Não obstante, o argumento da existência de Deus
pelo finalismo parece o mais fraco dentre todos. É possível mesmo que, por
isso, o tenha Tomás de Aquino posto em último lugar. Rejeitou São Tomás
o argumento a priori de Santo Anselmo (1033-1109).
Admitindo embora que a proposição "Deus existe" seja evidente em si,
não à é para nós. "De dois modos pode uma coisa ser conhecida por si,
absolutamente, e não relativamente a nós; e absolutamente e relativamente a nós.
Pois qualquer proposição é conhecida por si, quando o predicado se inclui em a
noção do sujeito, por exemplo: O homem é animal, pertencendo animal
à noção de homem. Se, portanto, for conhecido de todos o que é o predicado e o
sujeito, tal proposição será para todos evidente; como se dá com os primeiros
princípios da demonstração, cujos termos, o ser e o não ser, o todo e a parte e
semelhantes, são tão comuns, que ninguém os ignora. Mas, para quem não souber o
que são o predicado e o sujeito, a proposição não será evidente, embora o seja,
considerada em si mesma. E por isso, como diz Boécio (480-524), "certas
concepções de espírito são comuns e conhecidas por si, mas só para os
sapientes, como por exemplo: os seres incorpóreos não ocupam lugar.
Digo, portanto, que a proposição Deus existe, quanto à sua
natureza, é evidente, pois o predicado se identifica como o sujeito, sendo Deus
o seu ser, como adiante se verá. Mas, como não sabemos o que é Deus, ela não
nos é por si evidente, mas necessita de ser demonstrada, pelos efeitos mais
conhecidos de nós e menos conhecidos por natureza". Mais tarde
também Immanuel Kant (1724-1804) rejeitará o argumento, com uma análise
semelhante, em que põe à vista haver efetivamente uma relação lógica
indissolúvel entre o conceito de Deus e o conceito da existência necessária.
Dito de outro modo, teríamos: Aquele, cuja não existência é impossível, existe
necessariamente. Afirmou-se ali apenas a conexão lógica dos extremos. Conclusão
sobre A Quinta Via da existência de Deus. Havendo reunido
os argumentos validos, rejeitando os impróprios, coordenando e esclarecendo
tudo da maneira mais ampla, as investigações de São Tomás sobre a existência de
Deus ultrapassaram em muito às de Aristóteles e de todos os demais investigadores
de até então. Passaram a servir de padrão didático para aqueles que continuaram
a se ocupar com o tema. Natureza de Deus: ato puro,
onipotente, absoluto, perfeitíssimo, onisciente, eterno, imutável e livre. A
especulação de Tomás de Aquino em torno da natureza divina é uma continuação
dos princípios em que se apoiavam as vias, ou argumentos que conduziram até
Ele. Todos os atributos cognoscíveis de Deus derivam dos mesmos argumentos que
lhe provaram a existência. O conhecimento de Deus é obtido por analogia com o
ser do mundo, por via da remoção, ou negação dos defeitos, e via da eminência
das propriedades positivas. Deus não pode por exemplo ter
multiplicidade numérica, que envolve essencialmente propriedades negativas, mas
pode ter inteligência, uma propriedade positiva, a qual nele se eleva à
eminência. Limitado o conhecimento de Deus à analogia com o ser sensível,
a deidade, tal qual é em sua totalidade, fica radicalmente incognoscível. Desistiu
entretanto Tomás de Aquino da tese da matéria eterna do seu mestre
Aristóteles e de todos os antigos. O criacionismo, já adotado por Santo
Agostinho (354-430) em sua obra Confissões, é aprofundado por
Tomás de Aquino. Neste sentido aproveitou elementos do mesmo Aristóteles, como
de sua teoria do ato e potência, e ainda elementos do filósofo árabe Ibn Sinã
(980-1037) mais conhecido como Avicena, como de seus conceitos sobre a razão
suficiente. Primeiramente Tomás de Aquino estabeleceu a tese geral da criação,
e depois adverte especialmente para a criação da matéria prima. Com
referência à tese geral da criação, ponderou: "Necessário é admitir-se,
como causado por Deus tudo o que de qualquer modo existe. Pois, a coisa
existente em outra, por participação, é nesta outra causada, necessariamente
pelo ser ao qual ela essencialmente convém: assim o ferro torna-se ígneo pelo
fogo. Ora, já quando antes se tratou da divina simplicidade demonstrou-se que
Deus é o ser mesmo por si subsistente; e demonstrou-se também que o ser
subsistente não pode ser mais de um; assim, se fosse subsistente, a brancura
não podia ser mais de uma, pois a brancura se multiplica pelos seres que as
contêm. Donde se conclui, que todos os seres, exceto Deus, não têm o ser por si
mesmo, mas por participação. Logo, todos os seres diversificados, por
participarem diferentemente do ser, e, assim, mais ou menos perfeitos,
necessariamente devem ser causados por um ser primeiro perfeitíssimo. Por onde
disse Platão ser necessário admitir a entidade anterior à toda a multidão. E
Aristóteles (384 AC 322) diz que o ser maximamente ser e verdadeiro é causa de
todos os seres e de toda a verdade; assim como, o maximamente cálido é causa de
toda a calidez (quente)". Depois, como que complementarmente, ponderou
Tomás de Aquino, sobre se Deus causa apenas as formas, que faz as coisas serem
tais coisas, ou se também causa a matéria prima: "A causa das coisas
enquanto entes deve sê-lo não somente enquanto são tais coisas, pelas formas
acidentais, nem somente enquanto são estas coisas, pelas formas substanciais; mas
também segundo tudo o que lhes pertence ao ser de qualquer modo. É necessário,
pois, admitir que também a matéria prima seja causada pela
causa universal dos seres. A universalidade da criação se baseia
particularmente nos princípios que regem o argumento chamado Quarta Via,
que parte dos graus de perfeição". É o que advertiu Tomás de Aquino em
parte do todo já citado "Todos os seres diversificados, por participarem
diferentemente do ser, e, assim, mais ou menos perfeitos, necessariamente devem
ser causados por um ser primeiro perfeitíssimo". Neste sentido também se
deve atender a demonstração de que Deus é simples e o mesmo ser subsistente e
que um ser subsistente não pode senão ser uno. Por conseguinte, ao lado de
Deus, tudo há de depender dele, que é o único ser, ao qual a existência convém
de modo essencial. Criar é ação própria apenas de Deus. É
difícil admitir a possibilidade que algo se possa fazer do nada, questão
advertida pelos eleatas (filósofos da Escola de Eléia – Xenófanes, Parmênides e
Zenão). Na extrema posição oposta se situaram os filósofos neoplatônicos e
árabes, estabelecendo criações sucessivas. Veio agora Tomás de Aquino elimina a
proposta das criações sucessivas, colocando a tese de que a criação é própria
apenas de Deus. "É necessário que os efeitos mais universais sejam
reduzidos a causas mais universais e primeiras. Ora, dentre todos os efeitos, o
mais universal é o ser em si mesmo. Por onde, importa seja ele o efeito próprio
da causa primeira e universal que é Deus. Produzir o ser em absoluto, e não
enquanto tal ou tal, pertence a noção de criação". Afastou ainda
São Tomás a hipótese de uma criação, em que a criatura servisse de causa
instrumental ou ministerial como havia proposto Pedro Lombardo (1100-1160):"A
causa segunda instrumental não participa da ação da causa superior, senão
enquanto, por alguma causa que lhe é própria, coopera para o efeito do agente
principal. Se assim não agisse, segundo o que lhe for próprio, em vão se
esforçaria para agir; e nem seria necessário haver instrumentos determinados de
determinadas ações; vemos que o machado, cortando a madeira, o que faz em
virtude de uma propriedade de sua forma (de machado), produz a forma do
banco, que é efeito próprio do agente principal. Mas, o efeito próprio de Deus
criador - o ser em absoluto - é pressuposto que possa ser disposto por ação do
agente principal. Assim, é impossível convenha a uma criatura o criar quer por
virtude própria, quer instrumentalmente". A criação se
atribui à potência de Deus, mas é de difícil explicação. Já distinguia
Aristóteles entre potência ativa e potência passiva. Mas, vacilou Aristóteles
em atribuir a Deus pelos menos a potência ativa (causante, criadora), porque
lhe parecia que se prendesse à outra. Para o estagirita Deus era pensamento
de pensamento. Ainda isto ele o colocava com restrições, pois
conceituava a Deus como inteligibilidade, mais do que como inteligência para
conhecer outro. O mundo, que ele não criou, ficava-lhe ao lado, como algo
incognoscível. Parecia não atribuir a Deus uma vontade no
sentido de potência ativa. O mundo Deus o movia como uma espécie de desejo,
pois não podia atuar diretamente sobre ele, como motor imóvel que era. Tomás de
Aquino desenvolveu o alcance da noção de potência ativa e a estabeleceu como
propriedade iminentemente própria de Deus. Por meio dela passou a explicar com
mais facilidade a criação, quer do movimento, quer da mesma substância dos
seres. "Há duas espécies de potência: a passiva, que nenhum modo existe em
Deus; e a ativa, que lhe devemos atribuir, soberanamente. Pois, como é
manifesto, um ser é princípio ativo de um efeito, na medida em que é atual e
perfeito. Ora, como demonstramos, Deus é ato puro, absoluta e universalmente
perfeito, não deixando lugar a nenhuma imperfeição. Por isso, soberanamente lhe
convém ser princípio ativo, mas, de nenhum modo, passivo. Pois a natureza de
princípio ativo convém à potência ativa, por ser esta princípio de ação
transitiva. A potência passiva, pelo contrário, é princípio de sofrer a ação
exterior, como diz o Filósofo. Donde se conclui, que Deus tem soberanamente a
potência ativa". Esclareceu Tomás de Aquino que em Deus a potência e o ato
se identificam o que põe a questão em pés diferentes que na criatura, onde
ocorre a separação. Considera esta objeção: "Segundo o Filósofo, melhor
que a potência é o seu ato, pois é melhor a forma que a matéria, e a ação que a
potência ativa, da qual é o fim". E responde, distinguindo conforme
adiantamos: "Sempre que o ato difere da potência, necessariamente aquele é
que é mais nobre que está. Ora, a ação de Deus não difere da sua potência, pois
tanto esta como aquela lhe pertencem à essência, porque o seu ser não difere da
sua essência. Por onde, nenhuma necessidade há de existir nada mais nobre que a
potência de Deus". Estabeleceu Tomás de Aquino que o mundo, criado embora
por Deus, não o foi necessariamente, isto é, Deus não foi por nada impelido,
havendo-o feito livremente: "A vontade de Deus é a causa das coisas;
portanto existem necessariamente as coisas que Deus quiser necessariamente,
porque a necessidade do efeito depende da necessidade da causa, como diz
Aristóteles. Ora, já antes se demonstrou que, falando em absoluto, Deus não
quer necessariamente senão a si mesmo. Logo, não é necessário Deus querer que o
mundo sempre exista; mas o mundo existe enquanto Deus assim o quiser, porque a
existência do mundo depende da vontade de Deus como da sua causa. Logo, não é
necessário que o mundo tenha existido sempre; e por isso não pode ser provado
por demonstração". Considerando pois que não sendo necessário a Deus
querer, que o mundo sempre exista, abre-se dupla possibilidade: Deus poderia
ter criado o mundo ab aeterno e podê-lo-ia ter criado no
tempo. Não temos elementos para apurá-la, determinar sobre qual foi a opção
divina. Da parte de Deus, a questão é indiferente, resta indagar da parte da
criatura. Ponderou Tomás de Aquino: "Não se pode dar uma demonstração de
que o mundo começou, tirada do próprio mundo. Pois o princípio da demonstração
é aquilo que a coisa é. Ora, cada ser, segundo a natureza da sua espécie, faz
abstração do lugar e do tempo e, por isso, se diz que os universais existem em
toda a parte e sempre. Por onde, não se pode demonstrar que o homem, o céu e a
pedra não existem sempre". Somente resta, a revelação feita pelo mesmo
Criador. Esta revelação teria ocorrido, de acordo com a crença de São Tomás e
estaria na Bíblia". Abraço. Davi.
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