Religião
Afro-brasileira. UMBANDA. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico
Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Dez. II. O MOVIMENTO UMBANDISTA –
Ressurgimento do Vocábulo Umbanda no Solo Brasileiro – Movimento Astral – Os
Tupy-nambá e seu Reencontro Kármico com os Tupy-guarany. Não olvidamos a
Sabedoria de um Fo-Hi, de um Lao Tsé, a pureza nirvânica de Sidarta Gautama — o
Buda — e nem também o Vedantismo, o Bramanismo e as fontes yogues. Todas, sem
nenhuma exceção, são merecedoras de nossa mais alta estima e compreensão e
muito estamos fazendo nós, Seres Espirituais astralizados, para que o povo
amarelo reencontre a Síntese e reencontrará, pois seus condutores no Astral já
se filiaram às Ordens das Santas Almas do Cruzeiro Divino, onde renasceu o
magnífico Verbo-Luz, a Proto-Síntese Cósmica — o Aumbandan. Aguardemos e
vibremos por todos. A Raça Branca, dita CRISTÃ, ainda se arrasta no
convencionalismo do culto exterior, em desacordo com os ensinamentos de Oxalá,
o Cristo Jesus. Os desregramentos iniciaram-se quando houve a separação
judeu-cristã. Ainda hoje vemos vários cultos, alguns não conscientes de seus
compromissos para com seus fiéis, dizerem-se cristãos e atacarem-se uns aos
outros. Ficamos a pensar se o Cristo Jesus, nosso Oxalá, traria realmente a
espada e a dissensão, pois é isso que exemplificam a todos esses pobres Filhos
de Fé. Um dia eles amadurecerão, a morte tirar-lhes-á os véus. Sabe Deus
quantas mortes despertadoras precisarão? Sabe quantos nascimentos necessitarão
para acordar? Que a misericórdia do Senhor Jesus, Oxalá, abençoe os e nos dê forças
para guiá-los na linha justa do verdadeiro cristão. Se a Igreja Católica
Apostólica Romana se propuser a ser Católica ou Universal, que o seja, lidere e
pastoreie seu rebanho, que infelizmente está "doente". No entanto,
infelizmente, seus pastores também foram infectados pelas doenças, tornando-se
os mais necessitados de auxílio e medicação espiritual. Assim, o grande rebanho
católico está acéfalo, em virtude da contaminação de seus pastores com as
doenças de seus rebanhos. Ergamos o católico, é nosso Filho de Fé, é irmão em
Oxalá. Vibremos por novos dias mais límpidos e brilhantes para o clero romano e
seus rebanhos. Se citamos o católico romano, que é merecedor de nossa simpatia
e afeto, não poderíamos deixar de citar as "religiões de cultos reformados",
o Protestantismo, em toda a gama de cultos que o compõem. O grande Lutero,
assim como Calvino, foram espíritos abnegados, que de forma contundente
dissociaram e cindiram a Igreja Católica, sendo fundadores de cultos cristãos
melhorados, embora distantes, da real pureza do primitivo cristianismo. Todas
as demais derivadas cristãs, ligadas ao ensino da Bíblia, tanto do Velho como
do Novo Testamento, não cogitam e até discutem sério quando lhes falam de
reencarnação e de outros fenômenos que para muito breve serão explicados pela
Ciência oficial. No século XIX, sem dúvida, tivemos uma grande revolução nos
cultos ou seitas tidas como cristãs. Veio-nos da Europa, da França, a
Codificação da Doutrina dos Espíritos", através das irmãs Crookes, por
Allan Kardec. Interessante que, segundo nossa humilde contribuição à
coletividade umbandista da atualidade, já expusemos que o poderio da Raça
Vermelha tinha se estendido à Índia através das migrações espirituais dos
Tupy-guarany, o que dá a pensar do porquê do pseudônimo "Allan Kardec
(1804-1869)", que é de origem hindu. Claro que Allan Kardec, assim como
disse Jesus, "não veio destruir a Lei e nem os profetas, mas sim
cumpri-los". E foi o que fez, através de um trabalho de compilação e de
caráter externo, visando ao soerguimento moral da grande massa que se arrastava
presa a conceitos estáticos sobre nascimento e morte, reencarnação, mediunismo,
planos de evolução e Lei Kármica (por ele chamada de causa e efeito). O corpo
astral foi identificado para esses cristãos novos e outros que se diziam
cristãos. Chamam o corpo astral de perispírito. A Lei das Consequências, a Lei
das vidas sucessivas para evoluirmos, a negação da condenação eterna, a
infinita misericórdia dos Prepostos de Jesus e a aplicação correta dos Evangelhos
de Jesus formam a base de todo esse sistema filo religioso científico chamado
kardecismo. No Governo do Mundo surgiu o Kardecismo, não como uma nova
revelação, mas sim como uma compilação popular, para a grande massa, dos
conceitos que acima expusemos. Faz parte dele, assim como outros, pregar com
veemência e cristalinamente que a MORTE NÃO EXISTE. Viver, nascer e morrer são
fenômenos tão necessários quanto salutares ao Espírito, que necessita evoluir,
caminhar para novos rumos. Claro que os Senhores D'aruanda não iriam abrir
espaço vibratório para mais um inócuo e improfícuo sistema filorreligioso. Esse
sistema, na verdade, vislumbrou de forma ainda empírica a necessidade da proto
síntese relígio-científica, veio preparar o advento do Aumbandan na Terra da
Luz — o Baratzil. Assim, vimos que o Kardecismo veio despertar a Alma indolente
para as realidades da vida que a aguarda, relembrando-lhe que a vida é eterna e
que cada um colhe o que semeia. Iniciou-se o Religare Verdadeiro. Esse
movimento teve e tem o controle direto da "Corrente das Santas Almas do
Cruzeiro Divino". Bem, Filho de Fé, estamos bem no âmago de nosso caminho,
através do qual chegaremos frente a frente com a SAGRADA CORRENTE ASTRAL DE
UMBANDA, através de seu Movimento e do ressurgimento do vocábulo sagrado
AUMBANDAN. Estamos no final do século XV e no limiar do século XVI. A majestosa
Europa da época era dominada por dois grandes povos da península ibérica —
Portugal e Espanha. Na época, tanto os lusitanos como os espanhóis disputavam a
hegemonia nas grandes conquistas, fazendo-se exímios comerciantes, tal qual
eram em tempos idos os fenícios, os quais estavam reencarnados no seio das
nações portuguesa e espanhola. Visando a uma expansão marítima, claro que
orientada por digníssimos e elevados mentores da Confraria dos Espíritos
Ancestrais, os portugueses alcançaram em 1500 as costas brasileiras. Deu-se
nesse instante um verdadeiro "balanço cósmico", em que se reuniram
novamente os povos. O Baratzil seria um miniuniverso, albergaria brancos, negros,
vermelhos e amarelos, e assim aconteceu. Não demorou quase nada para que muitos
cativos em suas próprias Pátrias fossem trazidos até nós, como os africanos —
negros escravos. O branco tinha domínio sobre o negro e sobre o índio
degenerado, e através de algemas pesadíssimas, do ponto de vista astral, negros
e vermelhos se reuniram, visando opor resistência ao agressor, ao algoz, ao
povo da Raça Branca. Em favor da monocultura do café, da cana de açúcar, nos
ditos engenhos, o branco sacrifica e animaliza seus irmãos de pele negra,
passando a vê-los e a tratá-los como subumanos. Momentos terríveis viveu a
Terra da Cruz. Dores atrozes, sentimentos destruídos, sangue derramado, ódio
consubstanciado na agressão de todas as formas. O ressurgimento do vocábulo
AUMBANDAN estava prestes a eclodir. Antes, vejamos como foi precipitado esse
momento em sua acepção externa. Na tormentosa escravatura, em pleno século XVI,
neste Baratzil, Terra da Cruz, os africanos aportados aqui, em comunhão com o
indígena nativo (degenerações dos Tupy-nambá e Tupy-guarany), firmaram na luta
pela liberdade os seus sentimentos e desejos, através de seus ritos
religiosos-mágicos degenerados. Dessa fusão surgiram e permanecem até os nossos
dias os mais variados ritos, os quais refletem os sentimentos e ideais de seus
"fundadores" na época. Nem todos com ideais e sentimentos nobres.
Muitos deles com sentimentos de ódio e vingança, que se consubstanciaram em
rituais pesados, com um baixíssimo sistema de oferendas (solidificação de
elementos vibratórios para que seja movimentada a magia). Esse sistemático
conflito racial, que perdurou até no astral, fez com que os TRIBUNAIS
PLANETÁRIOS resolvessem incrementar sobre essa coletividade em litígio um
Conjunto de Leis Regulativas que viriam disciplinar os rituais nefandos e
retrógrados que eram vigentes na época. Em poucas palavras, assim surgiu o
Movimento Umbandista. Neste momento, queremos frisar que o escravagismo, bem
como o massacre dos indígenas, não foi somente praticado no Brasil. Interessante
ressaltar que nos EUA, Cuba, Haiti e outros, também tivemos a escravatura, e
por essas plagas o vocábulo Umbanda não surgiu. Como se explica esse fato? É o
que tentamos explicar até agora em nosso humilde trabalho. Isso se deveu à
supremacia da Raça Vermelha, a qual tinha se radicado no astral brasileiro,
onde teve início o processo reencarnatório no planeta Terra. Como o vocábulo
Aumbandan, ou seja, a Proto-Síntese Cósmica, aqui tinha sido revelado, aqui
mesmo ressurgiria, e ao ressurgir teria de vir como sendo bandeira, a priori,
de um movimento que atingisse as grandes massas populares que aqui no Brasil,
por motivos vários, se encontravam em litígio. A oportunidade era inadiável.
Aproveitar-se-ia para lançar no seio da grande massa o vocábulo Aumbandan, que
serviria de escopo para a formação de um sentimento inter-racial uno, acabando
com os conflitos entre Seres Espirituais irmãos, independentemente da
vestimenta cutânea que usassem. Outrossim, o Baratzil, como vimos, é a Terra
predestinada a ser o celeiro espiritual do mundo, a Pátria Universal, a Pátria
Una, onde todos os povos se reuniriam. Também seria o local onde a
Proto-Síntese Cósmica ressurgiria, aproveitando-se da ocasião de discórdias
raciais tanto no plano físico, como no plano astral inferior. Assim somos
forçados, desde já, a entender que o que se pratica hoje, generalizado como
Umbanda (Aumbandan — nem se cogita do termo, a não ser raríssimos Filhos de Fé
Iniciados), seria melhor denominado Movimento Umbandista, o qual visa fazer
ressurgir ou restaurar o Aumbandan. Mas, para que isso seja conseguido, tem e
terá de fazer a união racial em nossa terra, a qual é predestinada a ser o
CORAÇÃO ESPIRITUAL DO MUNDO. Estamos muito longe do Aumbandan revelado aos
Seres terrenos pelos Condutores da pura Raça Vermelha, a qual ainda hoje, no
astral, detém esse direito que através do Movimento Umbandista é exercido de
fato, em participação com Seres Espirituais que se radicaram nas Raças Negra,
Amarela e Branca. E a Corrente Astral de Umbanda uma confraria que reúne os
ancestrais do planeta Terra, Seres Espirituais que, em primitivas eras, foram
os grandes Condutores das raças que por aqui passaram, em especial da Raça
Vermelha e dos troncos raciais dela originados. Tal é o estágio evolutivo em
que se encontram, que hoje muitos desses Seres Espirituais formam uma Corrente
diretamente ligada às Correntes de Oxalá, o Cristo Jesus, constituindo o
Governo Oculto do Planeta Terra. Ela própria, a Umbanda, encerra a Verdade
Universal sintetizada na Proto-Síntese Cósmica. Muitos de seus mais altos
expoentes e militantes são ligados à Corrente das Santas Almas, a qual é de
ação e execução das Leis Divinas no planeta Terra. A própria palavra Umbanda,
como ficou conhecido o Aumbandan, pode ser traduzida como CONJUNTO DAS LEIS DE
DEUS. Portanto, em sentido oculto, a Umbanda não é apenas um sistema religioso,
mas sim a própria Lei Divina, origem de todos os sistemas religiosos,
filosóficos, científicos e artísticos de todos os tempos, motivo pelo qual,
como já dissemos e repetimos, é a Proto-Síntese Cósmica, que encerra em si a
ProtoSíntese Relígio-Científica. Reavivando a memória dos Filhos de Fé e dos
leitores amigos, resumamos: Em primitivas eras, os conhecimentos e concepções
que direcionavam a vida e a evolução da humanidade eram plenamente integrados
entre si e consoantes à Lei Divina, constituindo a dita Proto-Síntese
Relígio-Científica. No entanto, através dos tempos, esses conceitos foram
fragmentados, deturpados e perdidos, permanecendo vivos apenas no seio das
Confrarias Espirituais do mundo astral, ou seja, no seio da própria Corrente
Astral de Umbanda e também em raríssimos Templos ou Ordens. Eis o porquê de
dizermos que essa Corrente é a Guardiã dos Mistérios que encerram a VERDADE
UNIVERSAL. Como dissemos, a Corrente Astral de Umbanda constitui o Governo
Oculto do planeta Terra. Dessa forma, ela achou por bem lançar mão de um
Movimento que viesse restaurar gradativamente esses conceitos, fazendo a
humanidade retomar um caminho evolutivo o mais reto e seguro possível. Assim,
tivemos o ressurgimento do vocábulo AUMBANDAN, adaptado como UMBANDA e o
surgimento do Movimento Umbandista, ocorrendo o mesmo no Brasil. O surgimento
da Umbanda ou Movimento Umbandista em terras brasileiras certamente não se deve
ao acaso. Vimos que o Brasil é o berço da primitiva Síntese. Logo, nada mais
natural que seu ressurgimento ocorra no local de sua origem, principalmente
porque aqui se encontram plasmadas as condições astrais mais propícias para
tal. Assim, as Entidades integrantes da Corrente Astral de Umbanda foram, aqui
e ali, através de seus veículos mediúnicos (médiuns), lançando as bases do
Movimento Umbandista, que numa primeira fase visa abarcar o maior número de
pessoas no menor espaço de tempo possível. Devido ao rápido crescimento do
Movimento, o que realmente era esperado, o mesmo se deu de forma aparentemente
desordenada, originando certas confusões que devem ser consideradas até certo
ponto naturais e mesmo necessárias, devido à necessidade de adaptação aos
diferentes graus de entendimento que o Movimento Umbandista pretende abarcar.
Outros fatores também colaboram para que ocorra essa desorganização, sendo
alguns deles bastante perniciosos, originários da atuação das correntes do
baixo mundo astral que, como vimos, pretende criar uma forte oposição ao
ressurgimento da Umbanda. Após essas ligeiras elucidações, queremos citar como
na realidade humana aconteceu o Movimento Umbandista, já que de ordem astral já
explicamos. Aqui nas terras brasileiras, tínhamos já observado a miscigenação
de cultos que atendiam aos anseios raciais afins. Já vimos como e por que
tivemos a união de cultos e ritos e, nessa mistura, embora aparentemente
deturpada, estávamos nos aproximando do surgimento do Movimento Umbandista. A
par da miscigenação entre vermelhos e negros, ou melhor, de seus resquícios
religiosos e místicos, tivemos a influência do branco através do catolicismo e
logo a seguir do kardecismo. Note, Filho de Fé e leitor estudioso, que a
miscigenação de cultos propiciou uma miscigenação cultural e até racial, também
prenunciando a RAÇA UNIVERSAL FUTURA. Essa é uma das funções primeiras da
Corrente Astral de Umbanda, através de seu Movimento atual, o qual abarca a
todos independentemente da cor, credo ou raça. Com as raças já delineadas,
dentro do Movimento Umbandista, não podemos nos esquecer de nossos Filhos de Fé
ligados aos cultos de nação africana, vulgarmente chamados de candomblecistas,
ou seja, adeptos dos Candomblés. Todos esses Filhos de Fé são merecedores de
nossas mais altas expressões de carinho e respeito, mas devem procurar suas
verdadeiras raízes, pois tanto falam em manter a Tradição e a cultura negra,
que se fizerem uma pesquisa aberta e honesta, com toda isenção de ânimo, verão
que de há muito seus fundamentos já estão deturpados, sendo que os mesmos, em
sua total pureza, já eram do conhecimento de caldeus, egípcios e hindus, esses
principalmente no que se refere ao mito e fetichismo que ficou arraigado nesses
Filhos de Fé ligados aos cultos de nação africana. Isso para não irmos mais
longe, pois em verdade beberam um dia as Verdades Universais reveladas pela
Raça Vermelha, para depois, assim como outras raças, deturparem completamente
os fundamentos verdadeiros da Proto-Síntese Relígio-Científica. Assim,
precisamos muito lentamente orientar esses Filhos para alcançarem novos
patamares da evolução e afastá-los do atavismo espirítico que os persegue há
milênios. No capítulo Umbanda e suas ramificações atuais mostraremos como podem
esses Filhos de Fé - que mais uma vez afirmamos não estamos criticando, e sim
buscando ajudá-los —, erguerem-se cada vez mais. Faremos no capítulo dito acima
um completo apanhado de um culto que se adapta muito positivamente aos filhos
ligados aos cultos de nação africana em suas várias nações. Assim, o Movimento
Umbandista da atualidade se preocupa com todos os filhos terrenos e, muito
especialmente, com os Filhos de Fé ditos como adeptos dos cultos
afro-brasileiros. Em uma fase futura do Movimento Umbandista, buscaremos novos
objetivos que, não obstante, hoje já são supervisionados por Seres da Corrente
Astral de Umbanda. Dando sequência a nossa conversa, falaremos como realmente
surgiu o Movimento Umbandista. Por ordens das Cortes de Jesus, por meio de Seus
Prepostos, o mediunismo já invadira os cultos deturpados e miscigenados entre
os indígenas e escravos africanos, quando por volta de 1889, aproveitando-se de
uma forma de governo mais justa que iniciava sua peregrinação no Brasil, o
vocábulo Umbanda foi lançado em vários pontos do país. Foram pontos luminosos
que, nas sombras em que estavam, logo chamaram a atenção e sem perda de tempo
iniciaram a árdua tarefa. A princípio, usamos médiuns que foram nossos
discípulos em longínquos tempos, ainda aqui no Brasil, fato que hoje, embora
raríssimo, ainda ocorre. Assim, iniciamos com o poderoso vocábulo Umbanda, que
hoje serve de Movimento abarcador a milhares de Consciências. Amanhã o
Movimento Umbandista há de restaurar o Aumbandan — a Proto Síntese Cósmica, que
sem dúvida trará à toda humanidade terrena a Evolução Cósmica semelhante a
outras casas planetárias felizes e luminosas. Continuando nossa conversa,
dizíamos que vários pontas-de-lança do astral e mesmo encarnados lançaram o
vocábulo Umbanda por volta de 1889 e vale ressaltar que esse vocábulo foi
lançado, em geral, em locais pouco frequentados. Quando não, diziam as
Entidades atuantes que Umbanda era um Movimento novo que iria se espalhar por
todo o Brasil, trazendo esperança, secando lágrimas, espargindo compreensão e
amor, acendendo a Fé, centelha divina que de há muito se apagara em muitas
infelizes criaturas humanas. Aí iniciou-se o Movimento silencioso mas contínuo
da Luz contra as Sombras, dos magos da face branca contra os magos da face
negra. O Mal já tinha encontrado o Bem, e com o mesmo disputava a supremacia
das Almas. Ontem como hoje vem perdendo terreno; a Luz chegando, obviamente,
dissipa as Sombras e as Trevas. Foi assim que, desde 1889, Falanges e mais
Falanges de integrantes da Corrente Astral de Umbanda começaram a tarefa saneadora.
Como veremos no próximo capítulo, quando citarmos as 7 VIBRAÇÕES ou LINHAS DE
FORÇAS ESPIRITUAIS que compõem a Umbanda, valorosos e indômitos guerreiros
cósmicos em favor da Paz já haviam soado seus clarins, anunciando a todos sua
chegada, bem como convidando a todos para a grande tarefa regeneradora que se
faria no planeta Terra, iniciando-se pelo miniuniverso, o Baratzil. Estamos
falando da lª Vibração Espiritual a descer do Astral em seus cavalos (médiuns),
a Vibração de OGUM, que trazia em seu termo de identificação, que é vibrado e
sagrado, no sufixo, o fonema UM, de Umbanda. Assim as Vibrações harmoniosas de
Ogum e sua corrente contagiosa de fé, pelos novos conceitos vieram derramar-se
sobre toda a coletividade afim dos cultos ditos e havidos como
afro-brasileiros. Citando-se Ogum, não poderíamos deixar de citar um grande
enviado de Ogum, a Entidade Caboclo Curuguçu, que preparou vários e vários anos
o advento primeiro do Caboclo 7 Encruzilhadas, também da Vibratória de Ogum,
que atuaria nas grandes massas populares visando tornar popular o termo Umbanda
e o culto apregoado por esse portentoso enviado de Ogum. Também o Caboclo 7
Encruzilhadas veio trazer aos humildes do corpo e da alma um ritual de fácil
assimilação, que de alguma forma os fizesse ascender aos degraus evolutivos.
Muito lutou com seu cavalo exemplarão filho Zélio Fernandino de Morais, para
implantar já naquela época, 1908, a Umbanda sem as deturpações dos Filhos de Fé
arraigados a níveis vibratórios inferiores que estavam ligados ao hábito
infeliz do sacrifício de animais de duas ou quatro patas, para homenagear ou
mesmo ritualisticamente saudar seus Orishas. O Caboclo 7 Encruzilhadas lançou a
semente, ajudado por Orisha-Malé, outro portentoso emissário da Luz para as
sombras da Faixa Vibratória de Ogum, já no plano mais terra-a-terra. Não
poderíamos esquecer do poderosíssimo e sumamente sábio, mas não menos humilde,
Pai Antônio. Não queremos citar outros nomes, pois não seria justo esquecermos
uma plêiade de colaboradores, tanto de nosso lado como do lado dos Filhos de Fé
encarnados. Nosso sincero e profundo respeito ao Caboclo Curuguçu e sua
portentosa Corrente Cósmica. Nosso saravá à falange do Caboclo 7 Encruzilhadas,
que preparou por cima vários médiuns que seriam vanguardeiros das Verdades
Imutáveis que seriam trazidas como chaves de doutrina e manancial filosófico,
científico, religioso e artístico, onde a Umbanda, em sua parte Iniciática,
beberia de seus Fundamentos, transmitindo-os futuramente a outros. Dizemos
assim que Caboclo 7 Encruzilhadas preparou por cima, no astral, o advento do
Pai Guiné, sapientíssimo e poderoso mago da luz, que junto com seu aparelho
mediúnico, o filho W. W. da Matta e Silva, remodelaram os conceitos sobre o
Movimento Umbandista, bem como lançaram sementes riquíssimas em sua essência, a
qual visa ao ressurgimento do Aumbandan — a Proto Síntese Relígio-Científica.
Nas obras escritas pelo Pai Guiné, encontraremos não somente o lado popular da
Umbanda; nelas, encontraremos também o lado esotérico, iniciático, selecionado,
que sem dúvida há de preparar sacerdotes conscientes, bem como dirigentes de
verdadeiras Casas de Umbanda. Muitos Filhos de Fé perguntarão: Há alguém que
ainda siga os ensinamentos do Caboclo 7 Encruzilhadas? Responderemos que, na
sua pureza, não. Isso porque nada na Umbanda, ou melhor, no Movimento
Umbandista, é definitivo. Sempre há novos véus a serem desvelados. Assim,
diremos que, se o Caboclo 7 Encruzilhadas baixasse hoje em algum médium, daria
como Fundamentos os mesmos dados pelo Pai Guiné e só. Ao término de nossa
conversa com você, Filho de Fé e leitor amigo, queremos que fique registrado em
sua Alma nossa vibração de PAZ e AMIZADE ETERNA. É, Filho de Fé e leitor amigo,
a amizade é uma bênção que Caboclo gosta sempre de cultivar e somente pela
amizade sincera, Filho de Fé, você terá para sempre seu mentor espiritual.
Mediunidade talvez seja aquilo que costumamos falar com nosso cavalo:
DIMENSÃO-AMIZADE! Bem, ao fecharmos este capítulo, que esperamos ter sido
entendido pelos leitores, Filhos de Fé ou não, abramos o próximo capítulo, que
sem dúvida nos fará sentir mais de perto o âmago da Corrente Astral de Umbanda.
Vamos a ele. Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.
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