Religião
Afro-brasileira. UMBANDA. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico
Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Dez. I. O MOVIMENTO UMBANDISTA —
Ressurgimento do Vocábulo Umbanda no Solo Brasileiro — Movimento Astral — Os
Tupy-nambá e seu Reencontro Kármico com os Tupy-guarany — Os Tubaguaçus — O
Egito — A Índia. O VOCÁBULO TRINO-SAGRADO AUM-BAN-DAN, que foi revelado à
portentosa Raça Vermelha através de seus Condutores Kármicos (Pais da Raça,
tubaguaçus), designava a Proto-Síntese Cósmica, na qual está implícita a
Proto-Síntese Relígio-Científica. Claro está que, naqueles idos tempos,
tínhamos o Conhecimento Uno, indivisível, que abrangia o que hoje conhecemos
como RELIGIÃO, FILOSOFIA, CIÊNCIA e ARTE. Como também já explicamos, o
AUMBANDAN foi sendo revelado gradativamente, para, na 3a Raça Raiz, a Raça
Lemuriana, alcançar seu apogeu, isto é, ser o CONHECIMENTO TOTAL, integral, que
abrangia conhecimentos do Reino Natural e conhecimentos das Coisas Divinas num
único bloco. Não se poderia entender a physis (assim fonetizaram muito mais
tarde, milhares de anos depois, os gregos), isto é, a Natureza e tudo que dela
fazia parte, sem se entender a Divindade e seus atributos; tudo isso era pois o
Aumbandan — a 1a SÍNTESE ou a Síntese das Sínteses, a Proto-Síntese Cósmica.
Infelizmente, em virtude de várias cisões, iniciadas na 4a Raça Raiz (na metade
de sua passagem pelo planeta), a Raça Atlante, houve degenerações, interpolações
e inversões de valores, fazendo com que o Aumbandan fosse se apagando e
finalmente acabasse esquecido pela grande maioria da humanidade. Mesmo as
disciplinas que constituem o atual conhecimento, já fragmentado, desassociado,
segundo os métodos cartesianos, desconhecem por completo a forte TRADIÇÃO DO
SABER que representava o AUMBANDAN, embora não raras vezes reencarnem no meio
científico abnegados emissários da Confraria dos Espíritos Ancestrais que de
todos os meios tentam incrementar e direcionar as Ciências para rumos mais
justos e seguros. Alguns resultados, ainda imperceptíveis, já foram
conseguidos. Aguardemos... Mas dizíamos que o Aumbandan, pelos motivos já
expostos, foi sendo esquecido pela maior parte, ou melhor, por quase toda a humanidade,
só sendo relembrado, onde aliás nunca foi esquecido, no interior de raríssimos
Santuários ou Academias Divinas, os quais tinham velado e fechado a 7 chaves ao
olhar de profanos e aproveitadores vários, todo o conhecimento integral — o
Aumbandan. Esses Magos da Luz, os Sacerdotes dos Santuários que velaram o
AUMBANDAN, como já visto em outro capítulo, deram-lhe vários sinônimos que se
adaptavam à sonância sagrada dos vários locais do planeta, adaptando-se aos
processos lingüísticos de cada povo, mas que em uma análise quantitativa e
qualitativa, através de pequenas chaves de interpretação, retornavam ao
excelso, trino, vibrado e Sagrado vocábulo — AUMBANDAN. Assim, todas as Escolas
Iniciáticas de Tradição no passado guardaram seus ensinamentos que, como
dissemos, já haviam sido adulterados no seio da grande massa humana, para
depois também sofrer severas e cruéis perseguições, traições etc, no interior
dos Templos ou Ordens Iniciáticas. Dessa forma iniciou-se a dissolução do
PRINCÍPIO ESPIRITUAL, a queda do TEMPLO DA RELIGIÃO CÓSMICA e com ele seus
Sacerdotes e seus Conhecimentos consubstanciados na Proto-Síntese
Relígio-Científica. Salvo raríssimas exceções, a Proto-Síntese Cósmica foi
cultuada e velada, mesmo já disfarçada e modificada, adaptando-se através do
MITO, ao conhecimento ainda fragmentado de muitos tidos e havidos como
Iniciados. Bem, Filho de Fé, sucintamente avivamos sua memória. Fizemo-lo desde
as sub-raças atlantes, faltando citar os tempos mais modernos, isto é, de 60 a
100 séculos até os dias atuais. Antes de recuarmos perto de 8.000 anos em nossa
viagem que respeitosamente devassa o tempo, não podemos deixar de reavivar a
memória do leitor amigo sobre o surgimento do Aumbandan, em pleno solo do
Planalto Central Brasileiro, nas terras do Baratzil, no seio da valorosa Raça
Vermelha, desde a Segunda Raça Raiz, a Adâmica, alcançando o apogeu na 3a Raça
Raiz, a Lemuriana, indo se extinguir, por motivos já aludidos, no final da 4a
Raça, a Raça Atlante. Claro está que mesmo após a 4a Raça, a sua sucessora, a
5a Raça, a atual Raça Ariana, guardou resquícios da Grande Síntese, do
Aumbandan, o qual, desde o seu esquecimento, tende a ser relembrado através de
Emissários da Luz ou Guardiães da Tradição, que ao encarnar deixam fortes
mensagens e vislumbres à grande massa humana que ainda anda perambulando sem
rumos certos e seguros. Vejamos pois como iniciou-se seu RESSURGIMENTO. Digo
iniciou-se, pois ainda estamos em fases iniciais do processo. Mas algo é certo:
se tínhamos descido até os últimos degraus na queda que tivemos, hoje,
lentamente, estamos subindo degrau por degrau e com determinação no Bem e na
Luz conseguiremos retornar ao PARAÍSO PERDIDO — a TERRA DAS ESTRELAS ou da LUZ;
o BARATZIL-MUNDO; o BARATZIL-PLANETA. Caminhemos sem esmorecer. Antes de
citarmos e vivermos as fases do ressurgimento do vocábulo Aumbandan, vejamos
como estava a humanidade há 8.000 anos e como se entrosavam as deturpações e
cisões da sombra com o esclarecimento e a reunião do conhecimento da Luz. Por
volta de oito a dez milênios atrás, segundo os arquivos do astral superior, na
Babilônia, tentava-se reunir as várias Sínteses, as concepções filorreligiosas
de todos os povos. Na realidade, o Conhecimento, que já estava adulterado,
adulterou-se ainda mais, em virtude de nenhuma das partes integrantes ter
cabedal tradicional-moral para tomar a dianteira e sanear e separar o joio do
trigo. Viu-se pois um embaralhamento ainda maior do Conhecimento Integral. Esse
movimento, o da Torre de Babel, na verdade foi uma investida muito séria das
hostes do submundo, tanto encarnado como desencarnado, pois, como devemos nos
lembrar, nesta época o mediunismo já era vigente e os médiuns eram pontes vivas
entre o plano astral e o plano físico. Se eram pontes vivas, segundo suas
afinidades e evolução conseguidas, ligavam-se através da sintonia vibratória e
moral à Luz ou às Sombras. Muitos deles eram pontes vivas entre o plano físico
e o plano astral inferior, quando não das zonas abismais, com seus ataques
vorazes através de seus magos-negros que de todas as formas não queriam, como
não querem, a reconstrução da Síntese, pois com Ela não haverá mais ignorância,
ódio, competição, poder, que são os alimentos indispensáveis aos magos da face
negra. Então, como dizíamos, Babel, é claro, não foi uma torre que ligaria a
Terra aos Céus, no sentido de "ter sido construída uma torre". Visava
sim ligar o plano inferior ao superior, mas por motivos já aludidos fracassou
fragorosamente. Assim, desde aquelas épocas, ficou Babel como sinônimo de anarquia,
deturpação, confusão, militarismo, poder, etc. Era a desorganização total.
Assim se arrastava naqueles tempos, a humanidade, embora no interior dos
Templos Sagrados, orientados por portentoso enviados da Confraria dos Espíritos
Ancestrais, a TRADIÇÃO era velada e cultuada. Neste momento pode perguntar o
Filho de Fé ou o leitor amigo: Mas para que deixar-se um CONHECIMENTO INTEGRAL
no interior dos Templos, se a humanidade está se digladiando e triturando?
Afinal, a Lei Divina é para uma pequena minoria elitizada ou é para todos? Ou
nesta Lei Divina há os privilegiados? Bem, Filho de Fé, raciocine conosco
serenamente. Você mesmo, Filho de Fé, já disse que a humanidade estava se
arrastando e se enlameando cada vez mais nos seus próprios erros, que vinham
desde as grandes cisões e desde o surgimento das reencarnações dos marginais do
universo de todos os tempos. Mais uma vez pedimos que redobre sua atenção,
Filho de Fé. Ao permitir que descessem (encarnassem no planeta Terra) muitos
Seres Espirituais delinqüentes, as CORTES DE OXALÁ visavam novos prenúncios a
vários Seres Espirituais encarnantes, os quais, através de seus próprios erros,
teriam que se soerguer. Para que isso não ficasse tão difícil ou impossível,
gerando um círculo vicioso em que novos débitos sempre seriam contraídos,
impulsionando-os para maiores cobranças, é que no seio deles surgiram sempre e
de maneira muito oportuna os vários Enviados das Cortes de Oxalá, os quais
procuravam, segundo o alcance médio de entendimento das humanas criaturas, lançar
o esclarecimento, a evolução e a Luz para níveis de entendimentos mais
refinados, dando-lhes condições para subir novos degraus. Mas se alguns
quiseram subir os degraus do entendimento que os libertou, outros, por sua vez,
se enlearam ainda mais nos desmandos e desatinos que suas mentes e concepções
estreitas ainda pediam, tornando-se joguetes de forças inferiores com as quais
se afinizavam e se prendiam em verdadeiras algemas cativas. Enfim, eram
escravos de si mesmos, pois a quem vamos culpar por nossos próprios erros? Mas
dizíamos dos Emissários ou Enviados das Cortes de Jesus ou Oxalá que eram, por
sua vez, a maior parte deles, originários da pura Raça Vermelha, estando
radicados na Confraria dos Espíritos Ancestrais. Quando encarnados, embora se
ligassem aos Templos Iniciáticos, velando a Tradição, também saíam para pregar
e ensinar a grande massa humana e é claro que seus ensinamentos não poderiam
ser de pronto sobre a Proto Síntese Cómica, sobre o Conhecimento Total. O povo,
a grande massa, estava faminta e sedenta de Luzes, mas não se poderia dar a Luz
sem os véus, pois a mesma poderia cegá-la ou enlouquecê-la. E assim foram
feitas adaptações e mais adaptações, visando incrementar a evolução das grandes
massas populares nos 4 cantos do orbe terreno. O terráqueo se ergueria, como se
erguerá, mas de forma bem suave, que não venha ferir seu consciencial, o que
sem dúvida traria graves conseqüências aos seus organismos mais sutis. Vimos,
pois, os Iniciados saírem do Templo; aliás, só tinham entrado para preservar a
própria humanidade e não a Tradição, pois a mesma existe em toda a sua pureza e
originalidade nos planos mais elevados do universo astral, bem distante do
ataque ou saque das Forças Negras ou dos Magos-Negros de todos os tempos e
locais. Em verdade, os Templos Iniciáticos guardam, velam a Tradição e não a
escondem para si como monopólio divino ou intelectual, e sim para que não seja
adulterada, como já foi quando eram seus fundamentos abertos a todos. As ORDENS
INICIATICAS ou os TEMPLOS INICIÁTICOS, portanto, são fiéis depositários da Lei
Cósmica ou Proto Síntese Cósmica, até o momento em que a humanidade, como um
todo, esteja preparada e queira evoluir mediante esta. Voltando, dizíamos que
muitos Iniciados* saíram do Templo Sagrado e o ensinamento que deveriam
transmitir à grande massa popular carente em todos os setores deveria ser o
mais próximo do real, sendo inteligível a todos os graus de Consciência,
tomando-se por base a média de maior ou menor aprofundamento nos ensinamentos.
Quando se depararam com Seres Espirituais que entendiam bem o que ministravam e
que perguntavam se não havia algo mais profundo atrás daquelas Verdades, eles,
os Iniciados, encaminhavam esses Seres Espirituais ao Templo Iniciático, onde
poderiam ser Iniciados dentro de seus graus afins e tornarem-se, no futuro,
novos pontasde-lança das VERDADES IMUTÁVEIS para a grande massa popular.
Realmente assim era feito, através de um rigoroso selecionamento. O Iniciando
era aceito no Templo e dava curso a sua Iniciação. Observaremos que a
finalidade primeira dos Templos Iniciáticos ou Ordens Iniciáticas era e é
preparar, através da Iniciação, numa primeira instância, Iniciados que levem à
grande massa popular a Luz do esclarecimento, a Luz do Entendimento. Esse
ensinamento só pode ser de caráter moral, impulsionando-os ao domínio das
torpes paixões e vis sentimentos, que aliás são os responsáveis diretos pelos
desatinos e desequilíbrios em que se arrasta a nossa humanidade. Após a
catástrofe da Raça Atlante, os Senhores da Confraria dos Espíritos Ancestrais
incrementaram a evolução através de seus membros integrantes agora encarnados
no planeta como verdadeira CONSTELAÇÃO DA LUZ a iluminar e abrandar a fúria das
Sombras, a aplacar a ignorância que infelizmente assola a humanidade. Ao aprenderem
os aspectos morais que devem ser alcançados, eles se livram das garras dos
Seres das Sombras, cortam-se ou anulam-se os efeitos-pontes pela falta de
sintonia moral e mental vibratória, pela mudança de atitudes e pensamentos.
Como os Filhos de Fé podem ver, tudo era feito através de uma profunda ação
psicológica e muito mais cosmológica. Sim, pois visamos à melhora moral do
planeta Terra, nosso cosmo momentâneo. Visa-se acabar com o intercâmbio
clandestino das Sombras que se utilizam de Seres Espirituais carentes e que
infelizmente se encontram ignorantes diante desses fatos. Essa ação da Luz nas
Sombras não acontece apenas aqui no plano físico, mas muito mais no plano
astral, onde ajustam-se e inclinam-se mentes deturpadas para o reequilíbrio e reajuste.
Conseguindo-se isto, a reencarnação é o próximo passo, que seguramente será
dado. Então, Filho de Fé, entendeu como a Lei Divina ajusta seus filhos caídos?
Percebeu que não há privilégios e nem privilegiados? Existem sim a justiça e a
misericórdia, aplicadas nas suas mais puras essências. Assim, caro Filho de Fé,
é que desde os tempos longínquos existem as Ordens Iniciáticas, os Templos, as
Academias de Deus, os Santuários, todos visando incrementar a Lei perdida e de
há muito esquecida. Entendemos agora o porquê do ensinamento velado no interior
do Templo, o ensinamento hermético ou esotérico e o ensinamento mítico ou
popular, que como vimos visa atingir as grandes massas, o povo, preparando-o
para o futuro não distante em que as realidades se reapresentarão e todos
precisarão estar preparados. E do preparo e das condições desse preparo que se
preocupam os Condutores Raciais ou kármicos da atual humanidade. Para isso, de
todas as formas, a Lei tem sido levada às grandes massas populares, tal qual o
Movimento Umbandista da atualidade. Vejamos como desde os mais remotos tempos
tem sido tentada e executada a reimplantação da Proto Síntese Cósmica no seio
das massas populares e quais os entraves de vários matizes que surgiram e
surgem para que esse processo encontre pleno êxito. Após a catástrofe da Raça
Atlante, os Senhores da Confraria dos Espíritos Ancestrais incrementam a
evolução através de seus membros integrantes agora encarnados no planeta como
verdadeira Constelação de Luz a iluminar e abrandar a fúria das Sombras, a
aplacar a ignorância que infelizmente assola a humanidade. Vamos ver nos 4
cantos do planeta, como estrelas cintilantes, os Emissários da Confraria dos
Espíritos Ancestrais tentando iluminar os entendimentos rudimentares e
embaralhados da humanidade já corrompida e corroída pelas paixões e bárbaros
costumes, os quais cada vez mais faziam com que o planeta abrisse brechas
enormes e incontroláveis ao ataque das Trevas. Nesse ciclo vicioso, víamos
nossa casa planetária transformada em casa planetária degenerada, pois as
finalidades, às quais se propunha, as de albergar todos os filhos desgarrados
do Universo, já não mais estava se prestando, em virtude da grande saturação
fluídico-mental que ocasionaria, como ocasionou, verdadeiras hecatombes e
mortes em massa. Era o desatino do homem pagando seu tributo segundo a Lei, que
embora seja misericordiosa é limpidamente justa. Foi diante dessas convulsões
que vários povos, não mais os Vermelhos, se sucederam no domínio do planeta
sempre assaltado pelo terror e discriminações várias, que culminavam sempre em
injustas sanções. Entre dominadores e dominados é que veremos surgir GRANDES
CONDUTORES, PATRIARCAS TAUMATURGOS, enfim, GRANDES REFORMADORES, como RAMA,
KRISHNA, SIDARTA GAUTAMA (O BUDA), JETRO, ZOROASTRO, LAO-TSÉ, FO-HI, MOISÉS e
tantos outros, que vieram preparar a descida de OXALÁ — o CRISTO JESUS. E o que
ensinavam todos eles? Ensinavam o bem como único caminho para a humanidade
sofrida e corrompida. E como conseguir este bem. Com o amor. E como conseguir o
amor? Com a educação sobre as coisas divinas, com a certeza da existência da
divindade que precisou ser travestida de várias formas para ser aceita pelos
diversos graus conscienciais que ainda hoje em verdade se encontram em nosso
planeta. Nessas fases evolutivas de nossa humanidade, já havia florescido o
povo de cútis branca na Europa, bem como todo o Oriente já se saturava de
cisões e deturpações várias, o mesmo acontecendo no continente africano. No
continente africano, tínhamos os egípcios, povo remanescente dos atlantes, os
quais iluminavam com sua cultura todo o Oriente, para não dizermos todo o
mundo. Tinham também, por sua vez, recebido grandes acréscimos dos caldeus,
embora esses não tivessem o alto padrão moral que predominava nos egípcios. Os
egípcios tinham no seio de seu povo, como Seres Espirituais encarnados, os
Tupynambá da pura Raça Vermelha, os quais tinham-lhes transmitido a Proto
Síntese Cósmica. Os Sacerdotes de Osíris e mesmo os de Ísis, com seus Templos
famosos, velavam e transmitiam a Tradição ocultada que, como vimos, para eles
foi chamada de ITARAÔ ou TARÔ. Foi no seio da civilização egípcia que um de
seus Iniciados, cujo nome era Assarsif, reuniu várias tribos cativas para
formar o povo hebreu. E quais eram os ensinamentos de Moisés? Os mesmos de
Rama, já que Rama tinha deixado seus fundamentos no Egito, nos Templos de Ísis
ou Yoshi e nos de Osíris ou Yoshirá. Venerava-se o VERBO DIVINO através do
CARNEIRO (AMON-RÁ). Assim, a Tradição no Egito havia sido implantada pelos
Tupy-nambá reencarnados, os quais também já tinham reencarnado na Índia e na
Europa. O próprio Rama era um enviado da pura Raça Vermelha, haja vista que sua
pregação foi toda calcada nas Sínteses ou na Proto Síntese Religião Científica,
por meio de seu Livro Estrelado, que velava o Aumbandan, que entre os egípcios
era o dito Tarô. Nesse instante, queremos que os Filhos de Fé vão entendendo
como aconteceu o RESSURGIMENTO DO AUMBANDAN. Assim, resumamos esse importante
fato. Na África, encontraremos os egípcios com todo o seu acervo
relígio-científico calcado na transmissão de seus altos sacerdotes que eram
reencarnações dos Tupy-nambá (no seio da civilização egípcia). No próprio Egito
encontraremos um alto sacerdote que aparentemente tinha sido revolucionário,
pois reuniu várias tribos e retirou-se para o deserto. Claro que estamos
falando de Assarsif, Moisés, o qual implantaria a Lei Divina a esses povos que
mais tarde se espalhariam por toda a Europa, também levando a PALAVRA DIVINA, a
LEI — O TORAH. Anteriormente, na Ásia, Rama já havia firmado uma sólida
Tradição que se fundamentaria nas Leis Divinas. Tínhamos pois um movimento que
visava ao restabelecimento do Aumbandan, ainda velado. Os ensinamentos de Rama
eram os mesmos dos egípcios, os quais foram levados à Ásia e também a toda a
África. Somos sabedores que a Tradição do Conhecimento — via Tupy-guarany —
havia chegado à Índia e às plagas tibetanas e lá, através das migrações
espirituais, refletir-se-ia para o Ocidente, onde na verdade havia surgido. Ensina-se
que o povo himalaio refletiu essa Síntese do Conhecimento, isso em sentido
figurado, em virtude da "cor branca" do LAR DAS NEVES (HIMALAIA) ser
refletora da Luz, o que de fato aconteceu através das migrações espirituais
para o Egito. Perguntará o leitor atento: — Mas o Egito já não era Guardião da
Lei Divina, do AUMBANDAN? Respondemos: Sim. Toda a TRADIÇÃO DO SABER, do
CONHECIMENTO TOTAL, estava velada, como vimos, nas 78 Lâminas Sagradas que
compunham o TARÔ e esse Conhecimento era de curso único e exclusivo aos
Iniciados mais graduados ou magos. Rama, por sua vez, além de conhecer em sua
pureza a Tradição do Saber, também velou-a através de seu Livro Estrelado, de
um ensinamento exotérico, público, que atendesse ao entendimento das massas
populares. Assim, divulgou um Conhecimento calcado na mais forte e pura
Tradição do Saber, que já conjugava as Ciências, Artes, Filosofia e Religiões.
Divulgou esse Conhecimento a raríssimos Iniciados, nas ditas Academias do
Cordeiro ou Carneiro. Assim, tínhamos os lamas ou ramas como Sacerdotes do
Cordeiro, precursores do advento do Cristo Jesus e da restauração da Proto
Síntese Cósmica, através de seus discípulos nos mais variados locais do
Universo. Além desse Conhecimento que ficou concentrado nos Colégios de Deus
(Ordens Iniciáticas), tivemos uma popularização desses mesmos Conhecimentos
através de KRISHNA, o qual transmitiu as grandes verdades de forma alegórica,
para que atingissem mais o coração e os atos das massas populares. A par disso,
tivemos grandes variedades de cultos com seus panteões de deuses e deusas, tão
bem retratados nas diversas mitologias. As Ordens Sagradas seriam as formadoras
do sacerdócio organizado e fonte de conhecimento em que a humanidade beberia,
segundo as épocas e os diversos graus de entendimento ou conscienciais. Nessas
épocas, as filiações templárias eram as guardiãs do Saber, principalmente na
ORDEM DE MELQUISEDEQUE, a qual era também denominada a ORDEM DE RAMA, e seus
sucessores e adeptos. Dizemos das filiações, pois muitos filiados Iniciados
dessa Ordem é que foram os vanguardeiros dessa Tradição do Saber nos 4 cantos
do Universo. Era a Ordem de Melquisedeque que reunia as várias Sínteses que
havia no Oriente, na África, etc. Na Europa, ficaria conhecida como Ordem
Dórica, a Ordem do Princípio Uno — da Unidade do Conhecimento — do Espírito de
todas as coisas. Por isso chamam-na de Ordem do Princípio Espiritual, Solar,
Direito, Masculino, Sinárquico, da Não violência, etc, ao contrário da Ordem
Yônica, que combateu a ferro e a fogo a Ordem Dórica, muito principalmente
através do Cisma de Irshu, na Índia, há 60 séculos mais ou menos. Combateu e
aparentemente destruiu a Ordem de Melquisedeque ou Ordem Dórica. A Ordem Yônica
pregava o contrário da Ordem Dórica, isto é, seu princípio era o natural ou do
conhecimento fragmentado, da heterogeneidade e destruição do conhecimento. Por
isso foi chamada de Ordem que venerava a Natureza e repudiava o Espiritual.
Necessário que fique bem claro que, a princípio, eles repudiavam o Conhecimento
Integral, a Síntese do Conhecimento, sendo que posteriormente começaram a
repudiar o Princípio Espiritual. Temos assim que a Ordem Yônica de Yoná (pomba
— representação da natureza feminina) — pregava o princípio da natureza como
princípio de tudo. Era pois Lunar, Feminina, Esquerda, Anárquica e Militarista.
Fica claro que a Ordem preconizada por Rama era a Dórica, ou seja, a mesma da
pura Raça Vermelha, da qual encontramos vestígios nas construções
arquitetônicas do Baratzil e de outros locais em que a Raça Vermelha também
firmou seu conhecimento, tal como os quíchuas, maias e mesmo no Egito. Era uma
Ordem essencialmente teocrática, ao contrário da Yônica, que era essencialmente
"naturocrática". Rama e sua Ordem, firmada em toda a sua pureza no Egito,
era essencialmente monoteísta, como era monista a Síntese de seu Conhecimento.
A Ordem Yônica era politeísta, panteísta e já não mais monista, pregando a
diversidade e separação do Saber. Bem, acreditamos que o caminho que traçamos
até agora nos levará aonde queremos chegar. Queremos chegar ao RESSURGIMENTO DO
VOCÁBULO AUMBANDAN e ao SURGIMENTO DO MOVIMENTO QUE VISA A RESTAURAÇÃO, em sua
totalidade, da Proto-Síntese Cósmica — a Tradição do Saber Integral — a Religio
Vera. Para delinearmos a trajetória final de nosso caminho, precisamos remontar
a Moisés e dele partir com clareza ao encontro do Movimento Umbandista.
Dizíamos que Rama havia velado no Templo a Proto-Síntese Cósmica, enquanto
Krishna também velava a Proto-Síntese, mas dava um ensinamento popular através
do mito e do véu deliberadamente colocado sobre certos pontos chave. Moisés
também fê-lo da mesma forma, só que popularizou certos aspectos da
Proto-Síntese Cósmica, transmitindo-a através de um inflexível Monoteísmo. A
Divindade Suprema em verdade não era pronunciada, somente muito tarde é que
denominaram-lhe de YEOVAH ou JEOVAH. Em verdade, o que Moisés velava no seu
Yeovah (babilônico) ou Yahuah (sânscrito bramânico) eram os quatro pilares em
que se apoiava o conhecimento humano; era o seu Tetragrama Sagrado EVE-I, que
também podia ser representado pelo X algébrico, ou segundo o alfabeto vatânico
ou devanagárico (alfabeto originado do Abanheenga, que como vimos grafava a
fonetização dos objetos e seus fenômenos, ou seus sons, através da onomatopéia)
pelo K (qualitativo e quantitativo — o que acoberta, o que vela — o numerai
20). Assim, o EVE-I de Moisés era a Proto-Síntese Relígio-Científica, era o
monismo do conhecimento, o dito depois monoteísmo. EVE-I era e é a Ciência, a
Filosofia, a Arte e a Religião. Moisés preparou uma nova fase para o planeta.
Preparou, sem dúvida, o advento do mago dos magos, do rei dos reis — o SENHOR E
AUGUSTO OXALÁ — O CRISTO JESUS. A vinda de JESUS, sem dúvida, foi um grande
marco evolutivo para o planeta Terra. A Sua vinda foi preparada durante
milênios. Assim como outros da Hierarquia Crística, sua descida foi marcada por
grandes convulsões mesológicas, além das de caráter moral e essencialmente
espiritual. Já dissemos que o Cristo Cósmico é o Verbo Divino em qualquer plano
ou casa cósmica no reino natural ou Universo Astral. Esse Cristo Cósmico,
através de sua Hierarquia, enviou-nos o Cristo Jesus como Senhor do Planeta
Terra, como tutor máximo de nossa casa planetária, a qual guarda nos céus o
símbolo cosmogônico de sua missão e compromisso redentor sobre o planeta e sua
humanidade cósmica. Assim, o Cristo Jesus nasceu no seio do povo hebreu, pois
havia sido o único a levar em caráter popular o monoteísmo, um grande avanço
para uma humanidade que vivia se arrastando e subjugando se a deuses
sanguinários e inimigos do homem, bem como de outros seus iguais — (outros
deuses). Deveu-se também o nascimento de Cristo Jesus — Yoshi (Yeshua) ou
Yoshila — no seio do povo hebreu pois o mesmo cumpria forte Tradição, começando
pelo seu nome, que era diferente do preconizado pelos sucessores de Moisés
(Emanuel), os quais já também achavam-se o povo escolhido de Jeovah ou da
Divindade Suprema, sendo possuidores de feroz orgulho, vaidade e egoísmo
destruidor, que infelizmente até hoje se estendem no seio desses amados Filhos
de Fé tidos hoje como judeussemíticos. Judeus sim, mas semíticos é inverídico,
pois o povo que saiu com Moisés do Egito era descendente dos celtas. Em boa
hora é bom que frisemos que quando Moisés esteve no Monte Sinai, na verdade
transcreveu a Tradição em placas, em petróglifos, de forma a ocultá-la. Mais
tarde, conforme consta de forma alegórica nas ditas Sagradas Escrituras, essas
placas foram destruídas e Moisés transmitiu às massas populares o ensinamento
de caráter externo, exotérico, na forma dos chamados 10 MANDAMENTOS. Claro está
que o que era guardado na ARCA eram as 78 placas já escritas em Aramaico. Tanto
é verdade que a dita Arca era cercada por verdadeiros elementos naturais que
produziam elementos ígneos, os quais contundiam os usurpadores com curiosos
encantos — o fenômeno era o da eletricidade estato-dinâmica que por Moisés era
conhecida. Após citarmos o Grande Reformador e Condutor do Povo Hebraico,
retornemos ao apostolado do Senhor Jesus, nosso Oxalá, o qual não mediu
esforços para que a Religio Vera fosse reimplantada, pois o Augusto Senhor
disse em voz lirial e humilde — Eu não vim destuir a lei e nem os profetas, mas
sim cumpri-los. Com isso afirmava-nos o Mestre Jesus, Pai Oxalá, que desde há
muito Seus Enviados já tinham preconizado a Lei Divina, e Ele só vinha
cumpri-la, já que a mesma, na época, havia sido postergada em seus valores
moraisespirituais, ficando ao bel-prazer dos sacerdotes politiqueiros e
interessados em projeções pessoais e na ganância do vil metal. Já haviam sido e
ainda seriam pontes vivas dos mais baixos e torpes desejos, tão comuns aos
Seres Espirituais ligados ao submundo astral ou zonas condenadas abismais, os
quais, através da cristalização no mal, não reconhecem o Cordeiro Divino como o
Verbo Sagrado e sim o dragão como seu Mestre. Por tudo isso é que o Mestre
Jesus, Pai Oxalá, o Verbo Divino simbolizado pelo Sol, veio resgatar as
deturpações, cisões e amalgamações que já estavam cristalizadas no planeta
Terra. Com a passagem vibratória de Oxalá pelo planeta Terra, inclusive em suas
Zonas Subcrostais, há mais ou menos 2.000 anos, deu-se forte influxo para a
mudança da mentalidade do homem futuro. A PAZ, o AMOR, a JUSTIÇA, a VERDADE, o
PERDÃO, a FRATERNIDADE e a IGUALDADE, são os portentosos VOCÁBULOS-LUZ que
iluminariam e iluminarão a humanidade. Bem poucos de seus ensinamentos foram
aprendidos e, infelizmente, quase todos esquecidos. Passaram-se os tempos e os
mesmos desvios de sempre, o orgulho, a vaidade e o egoísmo continuaram fazendo
do homem um ser primitivo, distanciado da Coroa Divina. Impérios e mais
Impérios surgiram e surgem. Os romanos, antes de Cristo e após, tiveram tudo
para unificar o mundo, mas perderam a oportunidade, calcados que estavam no
orgulho e egoísmo destruidor que lhes trouxe a morte e a destruição de sua
civilização. No pensamento helênico tivemos grandes Almas, mas que não
encontraram eco num povo que estava mais interessado nas guerras fratricidas
entre espartanos e atenienses e na sua pseudocultura. A Ásia desarticulada
desde o Cisma de Irshu não foi diferente dos povos latinos e gregos,
encolhendo-se na sua dor e passando a viver de per si. Os africanos,
completamente dominados, encontravam-se já em plena e total decadência,
mormente os povos de pele negra, cuja origem sem dúvida é a Ásia. Incursionaram
para a África, onde foram poderosos em suas civilizações, adiantadíssimos em
plena Era da Raça Vermelha. Pregaram a Proto-Síntese Cósmica que haviam
recebido dos povos de pele vermelha, através dos egípcios. Quando receberam
esses Conhecimentos, muitos de seus sacerdotes velaram e guardaram a Tradição e
para os que entravam em processos iniciáticos era Ela proferida oralmente. Com
o decorrer do tempo foi corrompida, deturpada e completamente esquecida. Para
que fique claro, mais avante em nossos apontamentos diremos que os bantos
atuais foram os que tiveram contato com os egípcios, sendo que os Yorubanos ou
Sudaneses tiveram contatos também, mas muito mais com povos iranianos — e já
Muçulmanos. Sua Teogonia não é original, é um totemismo calcado em mitos
milenares dos egípcios, caldeus, hindus e outros povos. Não vejamos aqui algo
de inferior ou retaliações. Podemos entender como uma tentativa de reencontrar
a Síntese perdida, o que é verdade, pois os grandes condutores da Raça Negra de
há muito vêm lutando para incrementar em seu povo um sentimento de unidade e
reconstrução do Conhecimento, que por ora está no culto do Orisha, no culto dos
Ancestrais (Eguns) e na ilusão de ligarem-se à Essência do Orisha, nas ditas
"feituras de cabeça", com seus rituais ainda que simples, mas
perigosos por se aproveitarem de entidades inferiores do astral que ficam como
que vampirizando o dito "Filho de Santo" ou "Yaô" que
passou pelo ritual de um simples ogbory ou bory, ou seja, a FEITURA TOTAL DA
CABEÇA, termo inapropriado pelo menos para os rituais que se fazem na
atualidade. Sobre isso falaremos pormenorizadamente no capítulo Umbanda e suas
ramificações atuais. Aliás, fazem parte do abarcamento que o Movimento Umbandista
irá processar. Bem, após citarmos muito por alto o povo africano, citemos o
povo amarelo, o qual tem fortes Tradições filo espirituais, mas que atendem ao
estreitismo racial que lhes é peculiar. Livro A Proto Síntese Cosmica. Abraço.
Davi
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