Este artigo está baseado na apresentação realizada na Conferência de
Estudo do Norte da California, USA, em
julho de 2000. Jeanny Chen nasceu em Taiwan, sendo o chinês sua língua materna, e
emigrou aos Estados Unidos em 1986. Teve uma infância difícil em Taiwan. O
negócio do seu pai fracassou várias vezes. "Cada vez, para poder fugir dos
credores, tínhamos que mudar para uma nova cidade e começar de novo. Numa
ocasião minha mãe foi parar na cadeia durante um ano e meio porque meu pai
tinha usado seu nome para montar um negócio e deu cheques sem fundos. Lembro
que devido à situação caótica da minha família, fui parar em quatro orfanatos
durante minha adolescência. Minha irmã caçula e meu irmão mais velho não
conseguiram suportar estes sofrimentos e viraram uns fracassados. Eu virei
cínica e ressentida”. Jeanny tornou-se membro da SGI faz onze anos e
desenvolveu dez pontos para obter o máximo benefício da prática através da sua
própria experiência. Abre a sua apresentação dizendo: Gostaria de
compartilhar com vocês os dez pontos chaves que aprendi e apliquei durante anos
na experiência pessoal. Eles me permitiram conseguir grandes resultados. Não é
minha intenção fazer ostentação de dinheiro nem exagerar. Meu único objetivo é
ilustrar de maneira concreta os resultados que consegui criar através da minha
prática ao Gohonzon. Gostaria de pedir-lhes que imaginem que tenho um punhado de pedras numa
mão e na outra um colar de ouro maciço. É difícil conseguir pedras? São caras
ou difíceis de obter? Não! E obter ouro? É muito caro! Não seria maravilhoso se
pudéssemos trocar livremente pedras por ouro? Como praticantes do budismo de
Nitiren Daishonin, definitivamente temos o poder para fazer um intercâmbio tão
inacreditável. Nitiren Daishonin escreve em “Comportamento do Budha”: “Cada um dos
senhores deve acalentar esta resolução: sacrificar a sua vida por causa do
Sutra de Lótus é como trocar uma pedra por ouro ou imundice por alimento” (END,
vol. 1, págs. 155-156). Em essência, estamos trocando um destino infeliz por
uma vida feliz. Conquistamos isto orando seriamente, atuando pelo Kossen rufu e
combatendo as influências negativas na nossa vida e na nossa sociedade. Poderia
parecer que precisa-se de muito tempo para mudar os grandes problemas
transformar nossa vida desde suas raízes, mas isso deve-se a que o ouro que
recebemos em troca das pedras que foram alguma vez nossa vida é: mais boa
sorte, mais benefícios e uma felicidade que nunca teríamos imaginado. 1. Fé. Dito o anterior,
comecemos com o primeiro dos dez pontos chaves, a fé. Nitiren Daishonin diz em
“A Estratégia do Sutra de Lótus”: "Não importando o quão incessante
Nitiren ore por você se a sua fé for fraca, será como tentar atear fogo na
lenha molhada” (MW, pág. 1.000). É importante que desenvolvamos a nossa fé.
Para alguns de nós isto não acontece fácil ou rapidamente. Há várias coisas que
podemos fazer para fortalecer a nossa fé. Primeiro, podemos praticar com afinco
para obter resultados ou benefícios. Segundo, podemos assistir às reuniões de
diálogo (palestra) e escutar as experiências dos nossos companheiros. Terceiro,
podemos estudar as publicações da Soka Gakkai para aprofundar nosso
entendimento do budismo. E quarto, podemos entrar em contato com as pessoas com
maior experiência na fé para obter orientação e incentivo. O benefício do
Gohonzon é crescente, infinito e não tem limites. Meu filho recomenda-me para
ser cuidadosa quando digo "crescente", porque se digo que a prática
deste budismo é "crescente" vou causar medo às pessoas. Bom, os que duvidarem
da validade destes conselhos, pelo menos concedam-me o benefício da dúvida. 2.
Missão. Agora, o segundo ponto chave é ter um propósito na vida, uma Missão. Algumas vezes
pensamos que nossa missão deva ser o sofrimento. Porém, porque sofremos,
estamos dispostos a esforçarmos na prática deste budismo. Enquanto pratiquemos
correta e sinceramente, conseguiremos benefícios e superaremos nossas
dificuldades. Estas experiências fortalecem nossa fé e nos permitem mostrar a
prova real. Como resultado, teremos o desejo e a credibilidade para iniciar
outras pessoas no budismo. Assim, concretizaremos nossa missão de propagar este
budismo; precisamos milhares de pessoas que mostrem a prova real, cada uma sob
circunstâncias diferentes. Não se trata de que só alguns praticantes tenham boa
sorte e desfrutem de benefícios. Todos temos esse potencial. Qual é nossa missão
dentro do budismo de Nitiren Daishonin? Nossa primeira missão é que cada um de
nós seja feliz. A segunda missão é ajudar a outros a serem felizes, que é o que
chamamos Kossen rufu ou paz mundial. É muito importante apoiar nosso mestre, o
presidente da SGI, Sr. Ikeda e apoiar a missão da Soka Gakkai Internacional de
promover a paz, a cultura e a educação assim como desenvolver pessoas capazes e
positivas que se tornem os jovens sucessores para o século vinte e um. Gostaria de
compartilhar com vocês uma história. Depois de ter conquistado as minhas metas
pessoais no terreno do dinheiro durante meu terceiro ano de prática, eu já
estava pronta para parar de trabalhar. Como nova imigrante chinesa, meu inglês
era muito pobre, e pensei que isso me impediria de fazer algo importante. Ao
invés de frustrar-me pela minha escassa habilidade com o idioma inglês, orei
para poder fazer algo que criasse valor com meu único recurso que era falar
chinês. Pouco tempo depois me encontrava escrevendo cartas para meus amigos e
boletins (Newsletters) para um grupo de escoteiros que era formado por cem
rapazes chineses. Depois, comecei a fazer os boletins (Newsletters) de uma
escola chinesa com 1.000 alunos. Decidi que ajudaria naqueles lugares aos quais
ninguém mais lhes dava importância. Eu aproveitava meu elevado estado de
espírito, a felicidade e a sabedoria que derivavam da minha prática, para
escrever com estilo humanístico e com senso de humor. Mesmo não mencionando o
budismo, podia alegrar meus leitores e criar uma relação de coração a coração
com eles. Quando parei de escrever os boletins, meus amigos me presentearam com
uma lâmpada. Também me deram um cartão assinado por todos que dizia: "Jeanny,
você é como uma lâmpada. Brilhas com luz própria e iluminas aos que te
rodeiam". No grupo de escoteiros me converti em algo semelhante com uma
heroína e na escola chinesa me apelidaram de "super enlace" entre a
escola e os pais de família. Esta era minha forma de trabalhar pelo Kossen rufu
quando ainda não era capaz de compartilhar a filosofia do budismo de Nitiren
Daishonin com os outros. Orava para obter sabedoria e assim
poder encontrar minha habilidade e minha fortaleza única; aquilo que pudesse
desenvolver como a minha própria missão na sociedade. Atribuía-me missões
específicas quando via uma oportunidade. Quando desde o fundo de nosso coração
temos o senso de missão pelo Kossen rufu, sem que seja uma mera formalidade,
conseguimos nossas metas. Um aspecto muito importante sobre a missão é o
conceito de espírito Soka. A intenção do espírito Soka é nos permitir atingir o
estado de Budha através de vencer a maldade que tenta destruir o movimento do
Kossen rufu e nos afastar de nossa felicidade individual. O presidente Ikeda
disse recentemente que ninguém pode permanecer como simples observador nestes
tempos críticos. Todos precisamos ser parte da batalha. 3. Metas. O terceiro ponto é
ter metas. No livro “Aprendendo do Gosho: Os Eternos Ensinamentos de Nitiren
Daishonin”, o presidente Ikeda cita o mestre budista chinês Tien-t’ai, "O
coração é como um hábil mestre de pintura". O presidente Ikeda disse que
"devemos pintar no nosso coração a visão de nossa vida, de maneira tão
detalhada como for possível. Este “quadro” se converte no desenho de nosso
futuro". Neste sentido, desenhar nosso próprio futuro significa ter metas,
nossas metas pessoais, metas com respeito à felicidade de outros e metas com
respeito ao movimento de paz da SGI. Geralmente nos dizem que as metas devem
ser específicas e detalhadas. Devemos estabelecer metas ambiciosas e audazes.
Quanto mais incansáveis nos pareçam, maior será a recompensa que sentiremos
quando as conquistarmos. Também podemos estabelecer metas com as quais nos
sintamos cômodos. Basicamente estabelecemos metas para superar dificuldades e
criar valor. Neste ponto, gostaria de compartilhar com vocês a experiência da minha
campanha de Daimoku pelo sucesso na carreira do meu esposo. Dois anos após ter
parado de trabalhar, tinha acumulado suficiente sabedoria para perceber que
tinha que fazer algo muito seriamente com respeito à carreira do meu esposo se
quisesse desfrutar a vida dali em diante. Queria que ele fosse vitorioso para
poder estar livre de preocupações de dinheiro de uma vez por todas, já que
assim poderia dedicar todo meu tempo para ajudar os outros. Também queria
pagar-lhe por todo seu amor. Adicionalmente queria mostrar uma grande prova
real para poder propagar este budismo mais efetivamente. Em outras palavras,
queria poder ficar na minha casa e não ter que voltar a sair para trabalhar.
Tinha vivido na moleza durante dois anos! Naquela época, a muitas fujimbus e
joshibus também gostaram dessa ideia! Inclusive, na conferência de estudo do
ano passado, teve um sonembu que fez seu objetivo de orar para que sua esposa
fosse vitoriosa, para que ele pudesse ficar na casa. No budismo não há
discriminação sexual, assim que, tomara consiga! Queria que as pessoas
valorizassem a habilidade do meu esposo para que ele pudesse ter sucesso e
avançasse na sua carreira. Eu tracei uma meta muito ambiciosa, que nunca teria
sequer imaginado se não estivesse praticando este budismo. Fiz com grande
meticulosidade no referente ao "como", "que" e "para
que" deveria ele chegar a ter um grande sucesso. Não estabeleci o
"quando" já que esta era minha primeira meta verdadeiramente grande.
Não tive a coragem para fixar um tempo limite. Eu estava disposta a orar
durante todo o tempo que fosse necessário. Também orava pela nossa relação,
nosso amor, nossa saúde, nosso crescimento e nossa felicidade. Foram
necessários três milhões de Daimoku e 18 meses para conquistar estes objetivos.
O resultado foi que a carreira do meu marido chegou muito além do que teria
pensado ainda nos meus sonhos mais mirabolantes. Foi tornando-se realidade
exatamente como o tinha estabelecido, cada passo, cada detalhe. Sua habilidade,
experiência e capacidade no seu ramo foram as "causas internas"
conforme o conceito dos "dez fatores". Porém, durante anos não lhe
foi possível encontrar a oportunidade certa para usá-las. Minha meta, minha
determinação e minhas orações converteram-se na "causa externa" que o
levou ao lugar exato no momento adequado. Assim é como funciona nossa prática.
O mais importante, nossa relação, nosso amor, puderam crescer e fortalecer-se
cada dia. Vocês se perguntarão como uma pessoa pode amar a outra cada dia mais.
Podemos fazê-lo porque os benefícios do Gohonzon são crescentes, infinitos e
ilimitados. A conquista destes objetivos me deu a prova de que nada é impossível com
o Gohonzon, nada! O Gohonzon é muito poderoso e criativo. Por favor, não temam
aspirar a chegar à lua! Fixem uma meta e lutem por ela! 4. Determinação. Agora que temos
convertido todos nossos sonhos e desejos em metas bem concretas, o seguinte
passo é meu quarto ponto chave, a determinação. Devemos ter a
determinação de mudar, a determinação de nunca nos darmos por vencidos e a
determinação de atuar corretamente, agora! Falemos da determinação de mudar.
Significa fazer a revolução humana. É importante mudar nossa tendência básica
para poder mudar nosso destino e nosso carma. Se não o fizermos, simplesmente
estaremos repetindo os mesmos padrões de vida. Por exemplo, quando
repetidamente nos encontramos numa mesma situação, novamente respondemos com a
mesma atitude e a mesma ação. Literalmente, estaremos criando o mesmo
resultado. A revolução humana não é um slogan. É algo muito importante, muito
prático e muito real. Necessitamos orar para obter a sabedoria para reconhecer
nossas limitações e pontos fracos e para obter a energia para mudá-los. Temos
que deixar para trás nossos velhos maus hábitos e ver as coisas desde um ângulo
diferente. Não devemos ser indulgentes com nós mesmos. Agora falemos de
nunca dar-nos por vencidos. Uma vez que temos estabelecido nossas metas, não há
volta atrás. Não há "e se não quero comprometer-me?”. Não aceito um
"não" como resposta. Seria tão obstinada como fosse possível para
manter-me fiel às minhas metas. Esta é a melhor oportunidade para
demonstrar-me: quão obstinada posso ser! Mas, como nos mantermos firmes? É tão
difícil! Devemos refrescar nossa determinação diariamente através de nossas
orações pela manhã e à tarde e orando tanto Daimoku como possamos. Também nos
ajuda a manter uma condição de vida elevada assistir às atividades da SGI
regularmente. Geralmente, quando regresso de uma atividade da SGI sinto-me
muito emocionada. Meu marido brincava comigo dizendo-me "Por quê está tão
emocionada? Que cavalheiro viu na reunião?". Quando oro, tento não
concentrar-me nos meus sofrimentos. Ignoro-os e vivo pacificamente com eles. O
que mantenho na minha mente são minha clara determinação e minha meta final.
Sem importar qual pareça ser a realidade da situação, sem importar o que as
outras pessoas pensem ou falem, mantenho-me inamovível na minha meta e oro ao
Gohonzon para conquistá-la. Vejo o processo da minha campanha de Daimoku para
atingir minha meta como se fosse um duro treinamento para forjar-me,
desenvolver-me e transformar-me. É como preparar-se para a colheita. Se não
estamos prontos, não poderemos desfrutar ao máximo do benefício de atingir
nossa meta. Necessitamos paciência conforme oramos com o único objetivo de
conquistar nossa meta. Não importa quanto tempo for necessário, não importa
quão difícil seja, devemos continuar orando até chegar lá. E chegaremos! Eu
costumava garanti-lo às pessoas, mas isso soava a comercial de televisão, por
isso deixei de fazê-lo. Porém, tenho certeza disso. Honestamente tenho certeza
de que conquistaremos qualquer coisa sendo persistentes. Façam a determinação
de agir corretamente agora. Gostaria muito de incentivá-los para que comecem agora.
Este é o momento. 5. Daimoku. Até aqui, temos fé, entendemos nossa missão, temos fixado nossas metas e
determinamos não sermos derrotados até atingirmos nossos objetivos. Daqui em
diante necessitaremos de grandes quantidades de Daimoku. A chave número cinco é
o Daimoku, recitar Nam myoho rengue kyo. Além de nossas orações da manhã e da
tarde devemos recitar tanto Daimoku como nos for possível. A chave é abundante
oração. Sabem, uma das coisas curiosas sobre o budismo é que tudo é chave.
Neste artigo temos 10 pontos chave, e há chaves dentro de cada ponto. Porém, o
presidente Ikeda tem falado em repetidas ocasiões sobre a importância do
Daimoku. Algumas das suas frases que me vêm à mente são: "Não há
estratégia melhor que a do Sutra de Lótus", “Orem até que seu aspecto se
ilumine", "Avancemos sempre com daimoku em primeiro. Não há como sua
vida não mudar". Houve um lema que utilizei nas minhas campanhas de Daimoku pelo sucesso
do meu marido, "Recite um Daimoku que estremeça o universo". Bom, o
que na realidade devemos fazer é recitar um Daimoku que faça estremecer nossa
própria vida desde os seus alicerces, os quais estão conectados com o universo.
Quando oramos, o fazemos com um espírito penetrante e com profunda
determinação, sentindo que este é um assunto de vida ou morte e que esta é a
nossa única oportunidade na vida. Quando oramos com outras pessoas isto nos
ajuda a desenvolver um vigoroso ritmo; mas também devemos ter uma prática por
motivação própria. Não podemos ficar dependendo sempre do apoio dos outros. Podemos querer
orar várias horas ou mais por metas muito grandes. Podemos ir avançando passo a
passo. Mas se nem sequer começamos, nunca chegaremos ao ponto de recitar várias
horas por dia quando tivermos uma emergência. A chave do Daimoku é fazê-lo
alegres, não com sentimento de obrigação. Necessitamos orar até sentir-nos
satisfeitos. Lutar para recitar Daimoku é uma manifestação da nossa firme
determinação. Se não tenho emprego e não posso orar várias horas por dia, não
posso dizer que estou lutando. Porém, se você tem um emprego de tempo integral,
responsabilidades de família, etc. e ainda assim dá um jeito para recitar tanto
Daimoku como lhe for possível, isso é lutar! Quando tenho estado realmente lutando
por algo crucial na minha vida, faço da oração minha primeira prioridade.
Deixei de lado a ociosidade e dediquei-me totalmente à minha campanha de
Daimoku. Ligavam-me minhas amigas para convidar-me para festas ou para sair às
compras e eu lhes respondia que estava ocupada. Elas não entendiam por
quê estava ocupada. Mesmo não tendo emprego, dava à minha campanha de Daimoku o
sentido de ser a minha única responsabilidade, além de cuidar da minha família.
Nada era mais importante. Quando oramos, podemos ver os resultados nitidamente
com todos nossos sentidos, ver que nossas metas se realizam perante nossos
olhos. Sentimos a alegria e a emoção de atingir nossos objetivo. É importante
que durante nosso objetivo de Daimoku fiquemos fortalecendo-nos constantemente
lendo as escrituras de Nitiren Daishonin e as orientações do presidente Ikeda.
Também podemos usar as experiências de outras pessoas para nos sentir
incentivados. Quando estava orando pelo sucesso do meu marido, li a história de Victor
Frankle (1905-1997). Ele esteve preso num campo de concentração nazista durante
a Segunda Guerra Mundial. Desejava fugir do campo de concentração para poder
contar sua história ao mundo inteiro. Numa ocasião em que estava trabalhando
fora das barracas, viu uma pilha de cadáveres, todos sem roupa. Nesse momento começou
a planejar sua fuga. A seguinte ocasião que esteve fora das barracas foi sua
oportunidade. Esperou até o anoitecer, tirou a roupa e misturou-se entre a
pilha de cadáveres, fazendo-se passar por morto. Mais tarde os cadáveres foram
tirados do campo de concentração. Daí ele correu 25 quilômetros para
alcançar sua liberdade. Imaginem seus captores quando repararam que tinha
fugido, devem ter procurado até o cansaço. Por outro lado, ele andava sem
roupas, sem água nem comida. Era uma situação muito perigosa e difícil. Mesmo
assim, conseguiu! E agora, ele tem compartilhado sua experiência através dos
seus livros e sua história tem comovido às pessoas de todo o mundo. Desde que conheci sua
história tenho comparado minhas horas diárias de Daimoku com sua corrida de 25
quilômetros. Tenho orado no conforto do meu lar. Tem sido muito mais fácil que
correr 24 Km nas circunstâncias nas quais ele o fez. Lembro que uma vez pensei:
"Se ele conseguiu, eu também vou conseguir. E vou contar minha experiência
a todo o mundo". Daí em diante, tenho corrido 25 Km na minha mente cada
vez que orava. Cada Nam myoho rengue kyo era como um passo aproximando-me à
minha meta. Necessitamos de uma profunda oração quando recitamos Daimoku, mas
lembrem, nada de rogar. Sempre orem ao Gohonzon manifestando sua determinação
de atingir suas metas, sem importar o que acontecer! Já que temos diferente
missão e diferente carma, cada um de nós obteremos um resultado diferente numa
velocidade diferente. Mas se há algo do que podemos ter certeza é de que se
investirmos 10% de esforços, obteremos 10% de resultados. Quando investimos
100% de esforços, com toda certeza colheremos 100% de resultados. 6. Ação. Bom, a
continuação temos a chave número seis, agir. Tudo fica vazio sem a ação. No
budismo, temos que agir. Temos que dizer a nós mesmos: "Sou a única pessoa
que pode fazê-lo. É meu carma, meu destino. Quando conquistar minhas metas,
será minha felicidade e minha boa sorte". Gostaria de
compartilhar minha experiência de atingir minha primeira meta. No início da
minha prática, que foi três anos após ter imigrado desde Taiwan (China
Nacionalista), compramos uma casa endividando-nos fortemente. Meu marido estava
muito preocupado, e eu também! Eu era tão nova nesta prática que pensava:
"se não abro a janela quando recito Daimoku, mesmo assim meu Daimoku
chegará ao universo e funcionará?". Porém, aprendi que devia estabelecer
metas e orar para conquistá-las. Fixei uma meta financeira muito elevada para
mim, o que significava ganhar 8 vezes mais do que ganhava. Isto foi há onze
anos. Minha segunda meta foi reduzir nossa dívida para fazê-la mais
gerenciável. E minha terceira meta foi que meu marido me amasse mais e mais a
cada dia. Três meses depois, sem procurá-lo, apareceu-me um emprego de vendas numa
empresa de computadores. Devido à grande quantidade de Daimoku acumulada
apareceram muitas oportunidades de negócios que atribuí aos deuses budistas, as
funções protetoras do universo. Com a sabedoria e energia que tinha
desenvolvido através do Daimoku, detectei várias oportunidades e agi para criar
negócios. Nessa época era, e ainda continuo sendo, ignorante a respeito de
computadores. É surpreendente que depois de trabalhar dois anos e meio na
indústria de computação, tenha conseguido conquistar minhas duas primeiras
metas. O ponto é que, com o benefício desta prática, pude ter sucesso mesmo
sendo muito inexperiente. Mas isto não teria sido possível se não tivesse feito
os esforços suficientes ou se não tivesse agido. Permitam-me sair do assunto um
momento para compartilhar com vocês duas anedotas. Uma vez estava trabalhando e
quando apresentei-me como Jeannie, o cliente me perguntou "você é o gênio
da garrafa?". Todos conhecemos o gênio da garrafa do velho seriado da
televisão. Era uma mulher bonita, que sempre saía adiante. E principalmente
tinha magia para converter tudo em qualquer coisa que quisesse. Eu tinha visto
o programa antes mas nunca tinha pensado nisso até esse momento, "Sim,
sim, eu sou o gênio da garrafa" respondi. Estava muito contente pela minha
nova imagem recentemente descoberta. A partir desse dia eu pensava, respirava e
atuava como se fosse o gênio da garrafa. A outra anedota ocorreu quando acabava
de começar a orar pelo sonho impossível que era a carreira do meu marido. Meu
filho imprimiu meu horóscopo e chamou-me a atenção pois dizia:
"Concentre-se em transformar as ilusões em realidades". Nesse
momento, eu era ainda muito nova na prática, não tinha a menor ideia de como
iam realizar-se minhas metas. Essa frase foi como uma poderosa afirmação para
continuar com meu objetivo. Imediatamente fiz minha a frase e declarei perante
o Gohonzon que daí em diante, com toda minha energia, praticaria este budismo
totalmente centralizada em fazer realidade meus sonhos. Quando praticamos o
budismo de Nitiren Daishonin podemos alcançar uma imensa sabedoria e energia
vital, escolher algo grande ou pequeno e fazer que funcione maravilhosamente
para nós. Lembrem que todo o universo está ao nosso alcance. A pergunta é:
temos coragem para aspirar tê-lo? Com respeito à minha meta referente ao
amor, não me limitei a orar e ficar sentada esperando que acontecesse. Fiz a
minha parte. Naturalmente, o resultado que consegui estava além da minha compreensão.
É a meta mais inteligente que estabeleci para a minha vida. Tenho mais de vinte
e três anos de casada e cada dia, a cada momento, ainda estou vivendo minha lua
de mel. É inacreditável. Esta não é a vida que imaginei quando
era criança. Sofri muito durante a minha infância. Tornei-me cínica e
ressentida. Pouco depois de ter começado a praticar este budismo, meu marido
começou a comentar: Por quê cada vez que olho para você, te vejo tão feliz? O
que aconteceu? É fácil fingir sorrisos quando estamos com amigos, mas não
podemos fingir em casa. Um dia meu marido me disse: “Como te vejo tão contente,
isso me faz sentir ainda mais contente do que você. Sou tão feliz que não sei o
que fazer. É demais". Além de tornar-me feliz e vitoriosa como resultado
dos meus esforços, reparei que sobressaía em todos os grupos em que me integrava.
Meu esposo via como as pessoas me apreciavam. E ele sentia muito orgulho de
mim. Também, devido à minha revolução humana, desapareceram a maioria das
minhas limitações e pontos fracos, o que permitiu que a vida do meu marido
fosse muito mais fácil. Provei-lhe, através das minhas atitudes, que sou
merecedora do mais terno amor. Vocês poderiam tentar esta fórmula em casa.
Funciona. Como resultado, meu esposo realmente aprecia minha prática budista.
Apoia totalmente à SGI. Cada um destes pontos chaves, requerem
da sua ação correta para realizá-los. Para construir uma fé forte requer-se
ação. Recitar Daimoku é uma ação incessante. Espero ser clara na ideia de quão
importante é atuar corretamente. 7. Estudo. O sétimo ponto chave
é o Estudo. Quando a maioria das pessoas pensa no estudo, a primeira coisa que
lembram é da escola e pode ser que não tenham boas lembranças. E na SGI também
há exames. As pessoas costumam pensar "Poxa, não quero voltar à
escola". Como humanos, adquirimos o conhecimento lendo, dialogando e
escutando. O estudo é parte fundamental da prática deste budismo. O mais
profundo desta filosofia está disponível através de vários programas na SGI.
Temos as Conferências do Centro da Cultura e da Natureza de Florida, reuniões
de estudo para exame, reuniões de estudo mensais e outras. No livro de
orientações do presidente Ikeda “For Today and Tomorrow” (Para Hoje e Amanhã)
(pág. 180) diz: "O estudo do budismo é a alma da SGI". Devemos fazer
a causa assinando e lendo as publicações da SGI e as orientações do presidente
Ikeda. Necessitamos ler “Os Principais Escritos de Nitiren Daishonin”. Cada dia
devemos estudar mesmo que seja uma frase ou um parágrafo como se cada palavra
tivesse sido escrita para nós, para nossa vida. Quando as coisas não estão
saindo como gostaríamos, ou quando estamos vivendo alguma crise, o que nos
mantêm avançando até superar esses momentos, é precisamente o entendimento da
filosofia de vida do budismo. Confio em que cada pessoa seja capaz de entender
a importância do estudo. 8. Compartilhar o Budismo. O oitavo ponto chave é compartilhar o
budismo com os outros. O desejo de Nitiren Daishonin é a paz e a felicidade de
todas as pessoas através da propagação do budismo. Não existe causa maior que
recitar Daimoku e compartilhar este budismo e o movimento de paz da SGI com as
pessoas. Devemos fazer dessa grande causa o instrumento para transformar nosso
próprio carma. Tenho chegado ao ponto em que desfruto muito compartilhando este
budismo. Sinto-me muito orgulhosa e sinto-me muito afortunada de poder praticar
este grande budismo na organização SGI. Quando compartilho este budismo é como
um presente de valor incalculável que ofereço a outra pessoa. É uma poderosa
ferramenta que ponho nas mãos da outra pessoa para mudar seu destino e para que
a transmita aos outros. Algumas vezes, iniciar aos outros nesta prática nos
leva muito tempo, devemos plantar as sementes. Se temos sucesso nesta ocasião
ou não, não muda o fato de que fizemos a mesma causa e que vamos conservar o
prezado presente para nós, não está nada mal! A maneira mais fácil de iniciar outros
neste budismo é gerar uma grande prova real na nossa vida. Tenho muitas
experiências nas quais mesmo sem mencionar a prática, meus amigos sentiram-se
atraídos para o budismo simplesmente porque minha prova real falava por si
mesma. A prova real é como um imã para as pessoas que estão procurando melhorar
sua qualidade de vida. Meu filho mais velho acaba de formar-se
na Universidade de Califórnia em Berkeley este ano (2.000). No dia do último
semestre, ligou pra casa muito agoniado. Perguntou-me como eu fazia para manter
minha condição de vida tão alta na maior parte do tempo. Foi uma grande
oportunidade para dialogar com ele; foi a primeira vez que não só compartilhava
com ele minha prática budista, mas que também escutava a opinião que ele tinha
de mim. Sempre me perguntava o que pensaria meu filho vendo que cada dia
dedicava muito tempo à minha prática budista. Pensaria que sua mãe era tão boba
que desperdiçava sua vida orando hora após hora? Caramba, que alívio! Sua
resposta foi muito doce e positiva. Ele não teria me procurado para buscar
consolo e incentivo se não tivesse visto a prova real. Como resultado, começou
a praticar. 9. Compartilhar nossas experiências. Agora chegamos ao
nono ponto chave, compartilhar nossas experiências. No livro do presidente
Ikeda "Preleção dos Capítulos 'Hoben' e Juryo'" ele diz: "A
experiência vitoriosa de um único indivíduo pode prover coragem, esperança e
uma sincera compreensão para muitas pessoas”. Devemos compartilhar a essência
de nossas experiências, não só os resultados. Gostaria de incentivá-los para
que orem para obter a sabedoria para saber a melhor forma de compartilhar sua
luta, sua determinação e os esforços que realizaram. Desta forma as pessoas
levarão consigo informação concreta, sabendo como podem esforçar-se eles
também. É assim como criamos a mais valiosa de todas nossas valiosas
experiências. 10. Continuar com a nossa prática. Muito bem, temos abarcado tudo, então,
qual acham vocês que seja o décimo ponto chave? Continuar na nossa prática da
fé. A meta deste budismo é atingir nossa felicidade e a dos outros. Quando
temos alcançado nossas metas pessoais, temos maior capacidade para ajudar
outros. Num sentido mais profundo, este é o começo real da nossa prática, e não
o final. A lâmpada que acendemos para iluminar outros, ilumina nosso próprio
caminho. Quando nos esforçamos pela felicidade dos outros, simultaneamente
estamos ajudando-nos a nós mesmos. Uma vez que fazemos realidade nossos sonhos
e nossas metas, não devemos fraquejar na nossa fé. É uma luta contínua na vida
entre o negativo e o positivo, entre o bem e a maldade. Se deixamos de polir
nossa vida, nesse momento um benefício pode ser um obstáculo. Também é muito
importante apoiar nossa organização em tudo o que for possível. Espero não ter
lançado demasiadas chaves para vocês! Estão prontos para agir? Não haverá quem os
detenha! A chave máxima está nas suas próprias mãos. Espero que em pouco tempo
possam dizer que conquistaram mais benefícios do que ninguém e que são as
pessoas mais felizes do mundo. http://www.maisbelashistorasbudistas.com.br.
Abraço. Davi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário