Judaísmo. www.morasha.com.br. A
LISTA DE SCHINDLER CELEBRA 25 ANOS. Em dezembro 1993, na estreia do novo filme
de Steven Spielberg (1946- ), A Lista de
Schindler, ao se acenderem as luzes a plateia permaneceu em silêncio profundo,
angustiada e pensativa. Era a mesma reação que tantos outros espectadores
teriam ao longo dos anos que se seguiram. 25 anos após o lançamento, com o
ressurgimento do antissemitismo e dos movimentos de negação do Holocausto, o
filme se torna ainda mais relevante. A Lista de Schindler consegue
chegar ao âmago de milhões de pessoas, fazendo-as compreender a extensão
da Shoá. À época do seu lançamento, apesar do Holocausto ter
ocorrido há menos de meio século, o assunto era desconhecido por grande parte
da humanidade. Após a 2a Guerra Mundial, foram produzidos
alguns livros, filmes e documentários a respeito do Holocausto, mas A
Lista de Schindler foi o que conscientizou e emocionou centenas de
milhões de pessoas ao redor do mundo. Hoje, quando grande parte das novas
gerações desconhecem o próprio fato e a história do Holocausto. O filme de
Spielberg continua sendo instrumento indispensável para mostrar o intenso
sofrimento judaico durante a Shoá e até onde a maldade humana
pôde chegar. Em 26 de abril de 2018, o Festival de Cinema de Tribeca, um dos
mais importantes do mundo, realizado no Beacon Theatre, em Nova York, organizou
a exibição em homenagem ao 25º aniversário de A Lista de Schindler.
Assistindo o filme na companhia de parte do elenco, Spielberg se disse muito
orgulhoso de sua realização, afirmando que nenhum outro filme que tenha
dirigido, antes e depois, lhe tinha dado tamanha sensação de missão cumprida. O
filme, como veremos adiante, é a história dramatizada, mas verdadeira, de Oskar
Schindler (1908-1974), um ganancioso e oportunista empresário alemão, que se estabeleceu
em Cracóvia durante a 2ª Guerra, para enriquecer. Num momento de heroísmo, ele
decidiu utilizar a grande fortuna que ganhara para “comprar” dos nazistas os
judeus que empregava, que se autodenominavam os Schindlerjuden, os
judeus de Schindler. Impedindo que fossem enviados para Auschwitz mediante
pagamento, ele salvou a vida de 1.200 judeus, entre homens, mulheres, velhos e
crianças. Lançado em uma época em que o revisionismo histórico e o negacionismo
do Holocausto estavam tomando força, o diretor afirmou, em entrevistas, que,
enquanto produzia o filme, via-se como um “jornalista”. E queria produzir “um
documento” sobre o Holocausto, tendo como alvo os que desconheciam a história
dos judeus europeus durante a 2ª Guerra. “Estava preocupado em contar a
história de Schindler da forma mais próxima possível da verdade. Este filme não
deve jamais ser analisado como a história do Holocausto; é apenas uma das
histórias do Holocausto”. Contrariando a previsão de que seria um fracasso de
bilheteria, o filme faturou mais de US$ 321 milhões de dólares nas primeiras
semanas, valor 14 vezes superior ao custo da produção. Ao se decidir a dirigir
o filme, Spielberg declarou que abriria mão de seu salário e destinou seus
ganhos pelos direitos autorais à criação da Fundação Sobreviventes da Shoá,
ajudando a preservar a memória do Holocausto através de testemunhos filmados
dos sobreviventes, mundo afora. O filme foi indicado a 12 prêmios no Oscar de
1994. Venceu em sete categorias: melhor fotografia, melhor diretor (primeiro
Oscar de Spielberg nessa categoria), melhor adaptação, melhor edição, melhor
cinematografia, melhor direção artística e melhor trilha sonora original. Em
2007, o American Film Institute classificou-o em oitavo lugar
na lista do 100 melhores filmes norte-americanos de todos os tempos. Para
transmitir os horrores ocorridos e a forte mensagem de que um único homem pode
salvar a vida de muitos outros, A Lista de Schindler se
utiliza de inúmeras ferramentas artísticas. O longa-metragem foi filmado em branco
e preto, para intensificar a dor e o sofrimento, à época e, ao mesmo tempo,
tornar menos gráficas certas cenas. Spielberg utilizou as referências visuais
do expressionismo alemão, o estilo que marcou os filmes europeus na época da 2ª
Guerra. As únicas cores – além das cenas finais – são das velas de Shabat
acesas no início do filme, no mundo pré-nazismo, onde ainda havia luz e cor, e
o casaco vermelho de uma menina em plena Aktion nazista, no
Gueto de Cracóvia. A trilha sonora de John Williams tornou-se um clássico e
reflete o drama da história, elevando cada sequência ao seu auge e mantendo o
espectador suspenso e angustiado. Mas, não há dúvida que a ferramenta mais
poderosa utilizada foi a individualização – das vítimas, dos algozes, da
população polonesa perante o extermínio de judeus. Spielberg queria que os
espetadores entendessem que o Holocausto foi algo personificado e contínuo – um
nome, uma pessoa após a outra. Para os que não passaram pelos horrores da Shoá,
é praticamente impossível compreender o sofrimento imposto aos judeus. Os
números de judeus assassinados pelos nazistas e seus colaboradores, que hoje se
acredita tenham sido cerca de 7 milhões, são uma realidade difícil de se
assimilar emocional e intelectualmente. É menos dolorido se perder nas
estatísticas, discutir números, e não entrar na monstruosidade ocorrida... Mas
isso seria desumanizar as vítimas, uma vez mais (...). O projeto. Por
mais de 40 anos, Poldek Pfefferberg (19013-2001), um dos judeus salvos por
Schindler e que, em 1948, mudou-se para Beverly Hills, na Califórnia, tentou
tornar conhecida a história dos Schindlerjuden. Finalmente, em
1982, o assunto interessou Thomas Keneally (1935 - ), autor australiano, que
escreveu o livro Schindler’s Ark. Steven Spielberg, leu esse livro à época em que filmava E.T. Impressionado
com a história, particularmente com a apresentação do Holocausto através de
relatos individuais, sentiu que queria fazer um filme sobre o livro. Mas foram
necessários 10 anos até que ele estivesse emocionalmente pronto para embarcar
em projeto daquela magnitude. Tentou convencer outros diretores a dirigir o
filme, entre eles Roman Polanski e Martin Scorsese, sem sucesso. Polanski
recusou por considerar o filme “muito pessoal”, pois ele e seus pais foram trancados
pelos nazistas no gueto de Cracóvia – Polônia. Ele e o pai sobreviveram, mas
sua mãe morreu em Auschwitz. Posteriormente, Polanski dirigiria “O Pianista”,
seu próprio filme sobre a perseguição nazista aos judeus. Após ler um roteiro que lhe fora enviado,
Spielberg decidiu que chegara a hora de levar adiante o projeto, apesar de os
executivos do estúdio lhe perguntarem “por que simplesmente não fazia alguma
doação a entidades judaicas, ao invés de desperdiçar o tempo e o dinheiro de
todos num filme tão ‘deprimente’”. Ao saber da intenção de Spielberg, muitos
historiadores e críticos mostraram-se céticos, questionando se um diretor
de blockbusters de efeitos visuais, como ET e Tubarão,
conseguiria abordar tema tão profundo quanto o Holocausto. Outros tinham receio
de que a história de Schindler poderia ser capciosa, caso a ênfase recaísse
mais sobre ele – e não nos judeus. Será que o filme criaria o mito de que na
Polônia haviam surgido muitos heróis prontos a salvar judeus, ou que entre os
membros do partido nazista havia justos? – pois esse é muitas vezes
o ônus por querer dar como exemplo uma pessoa que é uma exceção à regra. E se
os documentários sobre o Holocausto, com suas dolorosas filmagens de
crematórios e escavadeiras e cadáveres, mortos e vivos, são tão duros de se
assistir – ao se misturar Hollywood com o Holocausto, os resultados seriam
medíocres e melodramáticos, trivializados. Mas Spielberg provou estar à altura
do projeto. Os Schindlerjuden – sua história. A Lista de Schindler é
construído com base no cuidadoso roteiro de Steven Zaillian (1953 - ). Esse
script, de um extremo realismo, contém informações históricas precisas sobre a
perseguição aos judeus na Polônia, a criação do Gueto de Cracóvia, em 1941, a
invasão e fim do Gueto e a transferência de todos para o infame campo de
concentração de Kraków-Płaszów, comandado pelo SS-Hauptsturmführer Amon
Göth (1908-1946) – (Ralph Fiennes). Em termos históricos e pelos relatos
das testemunhas, o roteiro atinge níveis de documentário. No filme, Spielberg
consegue transmitir aos espectadores o horror que os judeus poloneses
enfrentavam, fazendo com que se sintam participantes dos acontecimentos, não
meros observadores. O espectador conhece os nomes e rostos dos judeus,
acompanha seu sofrimento de perto, desenvolvendo uma conexão com cada vítima.
Tal conexão é o objetivo principal de Spielberg. Ele quer que o espectador se
identifique com os personagens, sinta sua dor e seu pavor. Essa
individualização força a plateia a perceber que cada judeu vítima dos nazistas
tinha a sua história, seus entes queridos, um lar, um negócio, e, sobretudo,
uma vida. Nos minutos iniciais do longa-metragem, conhecemos o protagonista,
Oskar Schindler (Liam Neeson), um membro do partido nazista, entretendo os
oficiais alemães. Determinado a lucrar com a guerra, ele utiliza pessoas em seu
favor. Ele enriquece usando o trabalho de judeus em sua fábrica de panelas,
dirigida por seu contador judeu, Itzhak Stern (1901-1969) (Ben Kingsley), pois
Schindler nada entende de negócios. A princípio, Schindler mantém-se afastado
dos horrores que acontecem à sua volta, mas ao ver as atrocidades cometidas
pelos nazistas, ele vai se modificando. O momento da transformação ocorre
quando Schindler, a cavalo, do alto de uma colina durante uma importante
operação nazista contra os judeus do Gueto de Cracóvia, avista uma menina com
um casaco vermelho – único objeto de cor além das velas de Shabat até o final
do filme – que corre, perdida, em meio à multidão de judeus e nazistas. Naquele
instante, ele é forçado a confrontar o horror e sua própria cumplicidade com
aquele horror. Posteriormente, Schindler avista a menina numa pilha de
cadáveres exumados, que estavam sendo levados para serem cremados em valas
comuns. Schindler não consegue mais ser um mero espectador e deixar “seus”
funcionários judeus, com quem já tinha uma conexão pessoal, serem mortos.
Decide, pois, usar os recursos financeiros que já ganhara para salvar o máximo
de judeus que fosse possível, passando então a subornar os nazistas. Em julho
de 1944, a Alemanha nazista, ciente que irá perder a guerra, ordena às SS que
fechem os campos de concentração e evacuem os prisioneiros que ainda estavam
vivos. Schindler consegue “convencer”, através de um polpudo suborno, o SS-Hauptsturmführer Amon
Göth a transferir sua fábrica e seus operários para Brünnlitz – e os salva mais
uma vez da morte. A metamorfose de Schindler atinge seu clímax nos últimos
momentos do filme, quando ele desaba frente a todos os judeus que tinha
salvado, não suportando a noção de que poderia ter salvo ainda mais pessoas.
Terminada a guerra, sem fortuna, às voltas com fracassos comerciais e a
dissolução de seu casamento, Schindler foi ajudado financeiramente “pelos seus
judeus” e por organizações judaicas internacionais. Em 1963, Oskar Schindler
recebeu de Yad Vashem o honroso título de “Justo entre as Nações”. Ele veio a
falecer em 1974. A “consciência” de Schindler é Itzhak Stern, seu contador
judeu. Stern é essencial para toda a narrativa. Desde o início do filme, salva
judeus da morte certa, tudo enquanto convive com Schindler, incentivando-o a
fazer algo. É Stern quem aproxima Schindler de centenas de judeus. Spielberg
procurou “individualizar” também aos nazistas. O personagem de Amon Göth nos
oferece a visão da mente doentia de um oficial nazista corrompido pelo
antissemitismo. Ele é um perfeito psicopata, a encarnação da ideologia nazista.
Göth não vê os judeus como seres humanos, mas como uma massa não humana.
Contudo, está apaixonado por sua criada judia. Luta contra seus sentimentos. De
um lado, a atração por ela e, do outro, o ódio puro aos judeus que ele não
consegue superar. Com interpretação brilhante, Ralph Fiennes se torna a
manifestação física de todo o terror ali presente. O que mais choca e assusta é
a causalidade com que Göth comete as maiores crueldades. De sua varanda, por
exemplo, ele atira nos judeus para praticar a pontaria. (O verdadeiro Göth foi
enforcado em 1946 por crimes contra a humanidade). Spielberg não nos poupa nem
por um momento sequer. Os focos pontuais nos personagens secundários ao longo
da narrativa nos levam do interior do gueto e dos campos de concentração às
câmaras de gás. Podemos sentir o medo de cada um daqueles judeus, sabendo que
pode ser morto a qualquer instante, sem nenhuma razão. A hostilidade declarada
aos judeus demonstrada pelos poloneses cristãos, seus compatriotas, aparece
claramente no filme em várias ocasiões, uma delas quando os judeus de Cracóvia
são forçados a entrar no gueto. Uma garotinha grita, na rua, repetidamente,
“Adeus, judeus”. Através dela, Spielberg manda a mensagem de que a maldade
nazista “infectara” comunidades inteiras (...). Spielberg transformou a cena da
“liquidação” no gueto de Cracóvia, apenas uma página no script original, em uma
cena de 20 minutos de filme, com base em depoimentos dos sobreviventes. Por
exemplo, a cena em que o jovem escapa da captura dizendo aos soldados alemães
que tinha recebido ordens de retirar as bagagens da rua, foi tirada diretamente
da história de um sobrevivente. A morte e o medo da morte governam a vida dos
judeus em A Lista de Schindler. As cenas de mulheres,
homens e crianças sendo friamente assassinados, de modo aleatório e
indiscriminado, são cruas, difíceis de se ver, mas nunca apelativas. E, ao
contrário do que alguns críticos temiam, os judeus de A Lista de
Schindler demonstram um espírito inquebrantável e o desejo de
sobreviver. O evento que talvez melhor ilustre esse triunfo do espírito é o
casamento no campo de trabalhos forçados de Plaszów. Ainda que vivessem sob
constante medo da morte, com praticamente nenhum futuro à sua frente, os dois
jovens se casam na esperança de sobreviver. Spielberg segue com a ideia de
individualismo até a forte cena final do filme. Pela primeira vez, com todas as
cores, aparecem os Schindlerjuden que sobreviveram.
Enfileirados, a perder de vista, muitos ao lado de suas contrapartes no filme,
eles colocam pedras no túmulo de Oskar Schindler. A decisão de Spielberg de
mostrar os atores ao lado dos sobreviventes a quem representavam teve dois
propósitos. Primeiro, mostrar aos espectadores que os personagens do filme são
pessoas reais, não figuras inventadas. Segundo, com isso, ele está enviando uma
mensagem a todos aqueles que colocam em dúvida a realidade do Holocausto, de
que há provas humanas da tragédia e que a barbárie que lá ocorreu jamais poderá
ser apagada. As testemunhas daquele horror estão vivas para contar sua história
e assegurar-se de que jamais seja esquecida. 25 anos depois. Como parte da programação, o Festival de
Cinema de Tribeca promoveu um debate com Spielberg, Liam Neeson (Oskar
Schindler), Ben Kingsley (Itzhak Stern), Caroline Goodall (Emilie Schindler) e
Embeth Davidtz (Helen Hirsch). No debate, cada um dos participantes contou suas
experiências e impressões ao longo das filmagens. Spielberg revelou que quando
levou para casa os Oscars pela Melhor Fotografia e por Melhor Diretor, ele não
sentia motivo para festejar. “Aquela noite não foi uma celebração (...). Não
julgo que este filme seja uma celebração. O tema e o impacto que o filme causou
em nós todos… retirou qualquer confraternização que pudesse haver”, disse.
“Vencer foi maravilhoso, mas ao mesmo tempo me fez lembrar como me emocionei
quando Branko Lustig (1932 - ), nosso coprodutor mostrou ao mundo que ele também
estivera em Auschwitz, como comprovavam os números em seu braço”. Spielberg e
alguns atores relataram fatos que os marcaram durante a gravação. Spielberg
contou que quando já haviam rodado a maior parte do filme, ele começou a temer
que as pessoas não acreditassem que A Lista de Schindler era
uma história verdadeira. Mas, vencer aquele temor levou a um dos momentos mais
pungentes do filme, quando os sobreviventes e os atores que lhes representavam
colocaram as pedras no túmulo de seu benfeitor, em Jerusalém. O diretor
relembrou as longas caminhadas noturnas que fazia, quando lhe ocorreu a cena
final com os sobreviventes salvos por Schindler. “Enquanto caminhava, pensei:
Que tal se eu mostrasse muitos dos judeus de Schindler, sobreviventes do
Holocausto, colocando pedras ao redor do seu túmulo?”. Ele também revelou que a
maioria dos atores que interpretaram os judeus eram de Israel e a maior parte
dos que fizeram o papel de alemães eram alemães ou austríacos. Foi uma decisão
difícil, pois sabia que ele e sua equipe teriam muita dificuldade em ver os
atores com os uniformes nazistas. Durante as primeiras semanas, Spielberg disse
que evitou contatos pessoais, principalmente por causa do realismo das cenas.
“Conscientemente, eu sabia que eram atores, homens gentis e educados, mas eu
não conseguia ser diferente”. Mas o ambiente mudou completamente após a
realização do Seder de Pessach, durante as
gravações. Em meio ao jantar, os atores alemães e austríacos entraram no local,
sentaram-se ao lado dos demais participantes e começaram a acompanhar a Hagadá.
“Algo se rompeu dentro de mim. Comecei a chorar e, a partir do dia seguinte,
consegui conversar com todos”, contou Spielberg. Neeson relembrou uma cena
inesquecível, fora dos portões de Auschwitz, quando o coprodutor Branko Lustig
lhe disse: “Você está vendo aquela cabana? Foi nela que eu fiquei” (...).
Muitas cenas foram baseadas em traumas reais e, por isso, difíceis de serem
rodadas, para os atores. Spielberg relembrou a cena das mulheres entrando nos
chuveiros em Auschwitz. “Foi traumático. Duas atrizes israelenses ficaram tão
impactadas que não conseguiram filmar por três dias”. O elenco se lembrou da
sinistra realidade de sentir, enquanto filmavam, que mesmo após 50 anos, o
antissemitismo não fora erradicado na Polônia. Spielberg lembrou que, quando
Fiennes estava de uniforme das SS rodando uma cena, uma mulher
no andar superior de um prédio próximo gritou, pela janela, que desejava que
as SS ainda estivessem lá para protegê-los. Com frequência
surgiam suásticas pintadas nas paredes ao redor dos sets de filmagem,
lembraram. Kingsley recordou que, em um hotel, ele discutiu com um empresário,
chegando ao ponto de expulsá-lo. A discussão tinha começado quando o homem
fingiu estar amarrando uma corda no pescoço do ator Michael Schneider, que
dissera ser judeu, respondendo a uma pergunta do tal empresário. O Holocausto
foi, sem dúvida, um capítulo decisivo na história do Povo Judeu. A
Lista de Schindler permitiu que um número incontável de pessoas,
inclusive muitos judeus, aprendessem a respeito do extermínio de sete milhões
de judeus, inclusive um milhão e meio de crianças, perpetrado pelo regime
nazista. Passados 25 anos após o lançamento de A Lista de Schindler,
o filme se tornou ainda mais relevante, especialmente com o ressurgimento da
direita europeia, do antissemitismo e do negacionismo do Holocausto. www.morasha.com.br. Abraço. Davi
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