Religião
Afro descendente. Umbanda. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico
Curador F. de Rivas Neto. Capítulo X. O MOVIMENTO UMBANDISTA- RESSURGIMENTO DO VOCÁBULO UMBANDA NO SOLO
BRASILEIRO – MOVIMENTO ASTRAL - OS TUPY-NAMBAS E SEU REENCONTRO CÁRMICO COM OS TUPY-GUARANIS – OS TUBAGUAÇUS – O EGITO
E A ÍNDIA. O VOCÁBULO TRINO-SAGRADO AUM-BAN-DAN, que foi revelado à portentosa
Raça Vermelha através de seus Condutores Kármicos (Pais da Raça, tubaguaçus),
designava a Proto-Síntese Cósmica, na qual está implícita a Proto-Síntese
Relígio-Científica. Claro está que, naqueles idos tempos, tínhamos o
Conhecimento Uno, indivisível, que abrangia o que hoje conhecemos como
RELIGIÃO, FILOSOFIA, CIÊNCIA e ARTE. Como também já explicamos, o AUMBANDAN foi
sendo revelado gradativamente, para, na 3a Raça Raiz, a Raça Lemuriana,
alcançar seu apogeu, isto é, ser o CONHECIMENTO TOTAL, integral, que abrangia
conhecimentos do Reino Natural e conhecimentos das Coisas Divinas num único
bloco. Não se poderia entender a physis (assim fonetizaram muito mais tarde,
milhares de anos depois, os gregos), isto é, a Natureza e tudo que dela fazia
parte, sem se entender a Divindade e seus atributos; tudo isso era o Aumbandan
— a 1a SÍNTESE ou a Síntese das Sínteses, a Proto-Síntese Cósmica. Infelizmente,
em virtude de várias cisões, iniciadas na 4a Raça Raiz (na metade de sua
passagem pelo planeta), a Raça Atlante, houve degenerações, interpolações e
inversões de valores, fazendo com que o Aumbandan fosse se apagando e
finalmente acabasse esquecido pela grande maioria da humanidade. Mesmo as
disciplinas que constituem o atual conhecimento, já fragmentado, desassociado,
segundo os métodos cartesianos, desconhecem por completo a forte TRADIÇÃO DO
SABER que representava o AUMBANDAN, embora não raras vezes reencarnem no meio
científico abnegados emissários da Confraria dos Espíritos Ancestrais que de
todos os meios tentam incrementar e direcionar as Ciências para rumos mais
justos e seguros. Alguns resultados, ainda imperceptíveis, já foram conseguidos.
Aguardemos (...). Mas dizíamos que o Aumbandan, pelos motivos já expostos, foi
sendo esquecido pela maior parte, ou melhor, por quase toda a humanidade, só
sendo relembrado, onde aliás nunca foi esquecido, no interior de raríssimos
Santuários ou Academias Divinas, os quais tinham velado e fechado a 7 chaves ao
olhar de profanos e aproveitadores vários, todo o conhecimento integral — o
Aumbandan. Esses Magos da Luz, os Sacerdotes dos Santuários que velaram o
AUMBANDAN, como já visto em outro capítulo, deram-lhe vários sinônimos que se
adaptavam à sonância sagrada dos vários locais do planeta, adaptando-se aos
processos linguísticos de cada povo, mas que em uma análise quantitativa e
qualitativa, através de pequenas chaves de interpretação, retornavam ao excelso,
trino, vibrado e Sagrado vocábulo — AUMBANDAN. Assim, todas as Escolas
Iniciáticas de Tradição no passado guardaram seus ensinamentos que, como
dissemos, já haviam sido adulterados no seio da grande massa humana, para
depois também sofrer severas e cruéis perseguições, traições etc, no interior
dos Templos ou Ordens Iniciáticas. Dessa forma iniciou-se a dissolução do
PRINCÍPIO ESPIRITUAL, a queda do TEMPLO DA RELIGIÃO CÓSMICA e com ele seus
Sacerdotes e seus Conhecimentos consubstanciados na Proto-Síntese
Relígio-Científica. Salvo raríssimas exceções, a Proto-Síntese Cósmica foi
cultuada e velada, mesmo já disfarçada e modificada, adaptando-se através do
MITO, ao conhecimento ainda fragmentado de muitos tidos como Iniciados. Bem,
Filho de Fé, sucintamente avivamos sua memória. Fizemo-lo desde as sub-raças
atlantes, faltando citar os tempos mais modernos, isto é, de 60 a 100 séculos
até os dias atuais. Antes de recuarmos perto de 8.000 anos em nossa viagem que
respeitosamente devassa o tempo, não podemos deixar de reavivar a memória do
leitor amigo sobre o surgimento do Aumbandan, em pleno solo do Planalto Central
Brasileiro, nas terras do Baratzil, no seio da valorosa Raça Vermelha, desde a
2a Raça Raiz, a Adâmica, alcançando o apogeu na 3a Raça Raiz, a Lemuriana, indo
se extinguir, por motivos já aludidos, no final da 4a Raça, a Raça Atlante.
Claro está que mesmo após a 4a Raça, a sua sucessora, a 5a Raça, a atual Raça
Ariana, guardou resquícios da Grande Síntese, do Aumbandan, o qual, desde o seu
esquecimento, tende a ser relembrado através de Emissários da Luz ou Guardiães
da Tradição, que ao encarnar deixam fortes mensagens e vislumbres à grande
massa humana que ainda anda perambulando sem rumos certos e seguros. Vejamos
como iniciou-se seu RESSURGIMENTO. Digo iniciou-se, pois ainda estamos em fases
iniciais do processo. Mas algo é certo: se tínhamos descido até os últimos
degraus na queda que tivemos, hoje, lentamente, estamos subindo degrau por
degrau e com determinação no Bem e na Luz conseguiremos retornar ao PARAÍSO
PERDIDO — a TERRA DAS ESTRELAS ou da LUZ; o BARATZIL-MUNDO; o BARATZIL-PLANETA.
Caminhemos sem esmorecer. Antes de citarmos e vivermos as fases do
ressurgimento do vocábulo Aumbandan, vejamos como estava a humanidade há 8.000
anos e como se entrosavam as deturpações e cisões da sombra com o
esclarecimento e a reunião do conhecimento da Luz. Por volta de oito a dez
milênios atrás, segundo os arquivos do astral superior, na Babilônia,
tentava-se reunir as várias Sínteses, as concepções filorreligiosas de todos os
povos. Na realidade, o Conhecimento, que já estava adulterado, adulterou-se
ainda mais, em virtude de nenhuma das partes integrantes ter cabedal
tradicional-moral para tomar a dianteira e sanear e separar o joio do trigo.
Viu-se um baralhamento ainda maior do Conhecimento Integral. Esse movimento, o
da Torre de Babel, na verdade foi uma investida muito séria das hostes do
submundo, tanto encarnado como desencarnado, pois, como devemos nos lembrar,
nesta época o mediunismo já era vigente e os médiuns eram pontes vivas entre o
plano astral e o plano físico. Se eram pontes vivas, segundo suas afinidades e
evolução conseguidas, ligavam-se através da sintonia vibratória e moral à Luz
ou às Sombras. Muitos deles eram pontes vivas entre o plano físico e o plano
astral inferior, quando não das zonas abismais, com seus ataques vorazes
através de seus magos-negros que de todas as formas não queriam, como não
querem, a reconstrução da Síntese, pois com Ela não haverá mais ignorância,
ódio, competição, poder, que são os alimentos indispensáveis aos magos da face
negra. Então, como dizíamos, Babel, é claro, não foi uma torre que ligaria a
Terra aos Céus, no sentido de "ter sido construída uma torre". Visava
sim ligar o plano inferior ao superior, mas por motivos já aludidos fracassou
fragorosamente. Assim, desde aquelas épocas, ficou Babel como sinônimo de
anarquia, deturpação, confusão, militarismo, poder, etc. Era a desorganização
total. Assim se arrastava naqueles tempos, a humanidade, embora no interior dos
Templos Sagrados, orientados por portentoso enviados da Confraria dos Espíritos
Ancestrais, a TRADIÇÃO era velada e cultuada. Neste momento pode perguntar o
Filho de Fé ou o leitor amigo: Mas para que deixar-se um CONHECIMENTO INTEGRAL
no interior dos Templos, se a humanidade está se digladiando e triturando?
Afinal, a Lei Divina é para uma pequena minoria elitizada ou é para todos? Ou
nesta Lei Divina há os privilegiados? Bem, Filho de Fé, raciocine conosco
serenamente. Você mesmo, Filho de Fé, já disse que a humanidade estava se
arrastando e se enlameando cada vez mais nos seus próprios erros, que vinham
desde as grandes cisões e desde o surgimento das reencarnações dos marginais do
universo de todos os tempos. Mais uma vez pedimos que redobre sua atenção,
Filho de Fé. Ao permitir que descessem (encarnassem no planeta Terra) muitos
Seres Espirituais delinquentes, as CORTES DE OXALÁ visavam novos prenúncios a
vários Seres Espirituais encarnantes, os quais, através de seus próprios erros,
teriam que se soerguer. Para que isso não ficasse tão difícil ou impossível,
gerando um círculo vicioso em que novos débitos sempre seriam contraídos,
impulsionando-os para maiores cobranças, é que no seio deles surgiram sempre e
de maneira muito oportuna os vários Enviados das Cortes de Oxalá, os quais
procuravam, segundo o alcance médio de entendimento das humanas criaturas,
lançar o esclarecimento, a evolução e a Luz para níveis de entendimentos mais
refinados, dando-lhes condições para subir novos degraus. Mas se alguns
quiseram subir os degraus do entendimento que os libertou, outros, por sua vez,
se enlearam ainda mais nos desmandos e desatinos que suas mentes e concepções
estreitas ainda pediam, tornando-se joguetes de forças inferiores com as quais
tinham afinidade e se prendiam em verdadeiras algemas cativas. Enfim, eram
escravos de si mesmos, pois a quem vamos culpar por nossos próprios erros? Mas
dizíamos dos Emissários ou Enviados das Cortes de Jesus ou Oxalá que eram, por
sua vez, a maior parte deles, originários da pura Raça Vermelha, estando
radicados na Confraria dos Espíritos Ancestrais. Quando encarnados, embora se
ligassem aos Templos Iniciáticos, velando a Tradição, também saíam para pregar
e ensinar a grande massa humana e é claro que seus ensinamentos não poderiam
ser de pronto sobre a Proto-Síntese Cómica, sobre o Conhecimento Total. O povo,
a grande massa, estava faminta e sedenta de Luzes, mas não se poderia dar a Luz
sem os véus, pois a mesma poderia cegá-la ou enlouquecê-la. E assim foram feitas
adaptações e mais adaptações, visando incrementar a evolução das grandes massas
populares nos 4 cantos do orbe terreno. O terráqueo se ergueria, como se
erguerá, mas de forma bem suave, que não venha ferir seu consciencial, o que
sem dúvida traria graves consequências aos seus organismos mais sutis. Vimos,
pois, os Iniciados saírem do Templo; aliás, só tinham entrado para preservar a
própria humanidade e não a Tradição, pois a mesma existe em toda a sua pureza e
originalidade nos planos mais elevados do universo astral, bem distante do
ataque ou saque das Forças Negras ou dos Magos-Negros de todos os tempos e
locais. Em verdade, os Templos Iniciáticos guardam, velam a Tradição e não a
escondem para si como monopólio divino ou intelectual, e sim para que não seja
adulterada, como já foi quando eram seus fundamentos abertos a todos. As ORDENS
INICIATICAS ou os TEMPLOS INICIÁTICOS, portanto, são fiéis depositários da Lei
Cósmica ou Proto-Síntese Cósmica, até o momento em que a humanidade, como um
todo, esteja preparada e queira evoluir mediante está. Voltando, dizíamos que
muitos Iniciados* saíram do Templo Sagrado e o ensinamento que deveriam
transmitir à grande massa popular carente em todos os setores deveria ser o
mais próximo do real, sendo inteligível a todos os graus de Consciência,
tomando-se por base a média de maior ou menor aprofundamento nos ensinamentos.
Quando se depararam com Seres Espirituais que entendiam bem o que ministravam e
que perguntavam se não havia algo mais profundo atrás daquelas Verdades, eles,
os Iniciados, encaminhavam esses Seres Espirituais ao Templo Iniciático, onde
poderiam ser Iniciados dentro de seus graus afins e tornarem-se, no futuro,
novos pontas-de-lança das VERDADES IMUTÁVEIS para a grande massa popular.
Realmente assim era feito, através de um rigoroso selecionamento. O Iniciando
era aceito no Templo e dava curso a sua Iniciação. Observaremos que a
finalidade primeira dos Templos Iniciáticos ou Ordens Iniciáticas era e é
preparar, através da Iniciação, numa primeira instância, Iniciados que levem à
grande massa popular a Luz do esclarecimento, a Luz do Entendimento. Esse
ensinamento só pode ser de caráter moral, impulsionando-os ao domínio das
torpes paixões e vis sentimentos, que aliás são os responsáveis diretos pelos
desatinos e desequilíbrios em que se arrasta a nossa humanidade. Após a
catástrofe da Raça Atlante, os Senhores da Confraria dos Espíritos Ancestrais
incrementaram a evolução através de seus membros integrantes agora encarnados
no planeta como verdadeira CONSTELAÇÃO DA LUZ a iluminar e abrandar a fúria das
Sombras, a aplacar a ignorância que infelizmente assola a humanidade. Ao
aprenderem os aspectos morais que devem ser alcançados, eles se livram das
garras dos Seres das Sombras, cortam-se ou anulam-se os efeitos-pontes pela
falta de sintonia moral e mental vibratória, pela mudança de atitudes e
pensamentos. Como os Filhos de Fé podem ver, tudo era feito através de uma
profunda ação psicológica e muito mais cosmológica. Sim, pois visamos à melhora
moral do planeta Terra, nosso cosmo momentâneo. Visa-se acabar com o
intercâmbio clandestino das Sombras que se utilizam de Seres Espirituais
carentes e que infelizmente se encontram ignorantes diante desses fatos. Essa
ação da Luz nas Sombras não acontece apenas aqui no plano físico, mas muito
mais no plano astral, onde ajustam-se e inclinam-se mentes deturpadas para o
reequilíbrio e reajuste. Conseguindo-se isto, a reencarnação é o próximo passo,
que seguramente será dado. Então, Filho de Fé, entendeu como a Lei Divina
ajusta seus filhos caídos? Percebeu que não há privilégios e nem privilegiados?
Existem sim a justiça e a misericórdia, aplicadas nas suas mais puras
essências. Assim, caro Filho de Fé, é que desde os tempos longínquos existem as
Ordens Iniciáticas, os Templos, as Academias de Deus, os Santuários, todos
visando incrementar a Lei perdida e de há muito esquecida. Entendemos agora o
porquê do ensinamento velado no interior do Templo, o ensinamento hermético ou
esotérico e o ensinamento mítico ou popular, que como vimos visa atingir as
grandes massas, o povo, preparando-o para o futuro não distante em que as
realidades se reapresentarão e todos precisarão estar preparados. E do preparo
e das condições desse preparo que se preocupam os Condutores Raciais ou
kármicos da atual humanidade. Para isso, de todas as formas, a Lei tem sido
levada às grandes massas populares, tal qual o Movimento Umbandista da
atualidade. Vejamos como desde os mais remotos tempos tem sido tentada e
executada a reimplantação da Proto Síntese Cósmica no seio das massas populares
e quais os entraves de vários matizes que surgiram e surgem para que esse
processo encontre pleno êxito. Após a catástrofe da Raça Atlante, os Senhores
da Confraria dos Espíritos Ancestrais incrementam a evolução através de seus
membros integrantes agora encarnados no planeta como verdadeira Constelação de
Luz a iluminar e abrandar a fúria das Sombras, a aplacar a ignorância que
infelizmente assola a humanidade. Vamos ver nos 4 cantos do planeta, como
estrelas cintilantes, os Emissários da Confraria dos Espíritos Ancestrais
tentando iluminar os entendimentos rudimentares e embaralhados da humanidade já
corrompida e corroída pelas paixões e bárbaros costumes, os quais cada vez mais
faziam com que o planeta abrisse brechas enormes e incontroláveis ao ataque das
Trevas. Nesse ciclo vicioso, víamos nossa casa planetária transformada em casa
planetária degenerada, pois as finalidades, às quais se propunha, as de
albergar todos os filhos desgarrados do Universo, já não mais estava se
prestando, em virtude da grande saturação fluídico-mental que ocasionaria, como
ocasionou, verdadeiras hecatombes e mortes em massa. Era o desatino do homem
pagando seu tributo segundo a Lei, que embora seja misericordiosa é
limpidamente justa. Foi diante dessas convulsões que vários povos, não mais os
Vermelhos, se sucederam no domínio do planeta sempre assaltado pelo terror e
discriminações várias, que culminavam sempre em injustas sanções. Entre
dominadores e dominados é que veremos surgir GRANDES CONDUTORES, PATRIARCAS
TAUMATURGOS, enfim, GRANDES REFORMADORES, como RAMA, KRISHNA, SIDARTA GAUTAMA
(O BUDA), JETRO, ZOROASTRO, LAO-TSÉ, FO-HI, MOISÉS e tantos outros, que vieram
preparar a descida de OXALÁ — o CRISTO JESUS. E o que ensinavam todos eles?
Ensinavam o bem como único caminho para a humanidade sofrida e corrompida. E
como conseguir este bem. Com o amor. E como conseguir o amor? Com a educação
sobre as coisas divinas, com a certeza da existência da divindade que precisou
ser travestida de várias formas para ser aceita pelos diversos graus
conscienciais que ainda hoje em verdade se encontram em nosso planeta. Nessas
fases evolutivas de nossa humanidade, já havia florescido o povo de cútis
branca na Europa, bem como todo o Oriente já se saturava de cisões e
deturpações várias, o mesmo acontecendo no continente africano. No continente
africano, tínhamos os egípcios, povo remanescente dos atlantes, os quais
iluminavam com sua cultura todo o Oriente, para não dizermos todo o mundo.
Tinham também, por sua vez, recebido grandes acréscimos dos caldeus, embora
esses não tivessem o alto padrão moral que predominava nos egípcios. Os
egípcios tinham no seio de seu povo, como Seres Espirituais encarnados, os
Tupynambá da pura Raça Vermelha, os quais tinham-lhes transmitido a
Proto-Síntese Cósmica. Os Sacerdotes de Osíris e mesmo os de Ísis, com seus
Templos famosos, velavam e transmitiam a Tradição ocultada que, como vimos,
para eles foi chamada de ITARAÔ ou TARÔ. Foi no seio da civilização egípcia que
um de seus Iniciados, cujo nome era Assarsif, reuniu várias tribos cativas para
formar o povo hebreu. E quais eram os ensinamentos de MOISÉS? Os mesmos de
Rama, já que Rama tinha deixado seus fundamentos no Egito, nos Templos de Ísis
ou Yoshi e nos de Osíris ou Yoshirá. Venerava-se o VERBO DIVINO através do
CARNEIRO (AMON-RÁ). Assim, a Tradição no Egito havia sido implantada pelos
Tupy-nambá reencarnados, os quais também já tinham reencarnado na Índia e na
Europa. O próprio RAMA era um enviado da pura Raça Vermelha, haja vista que sua
pregação foi toda calcada nas Sínteses ou na Proto-Síntese Relígio-Científica,
por meio de seu Livro Estrelado, que velava o Aumbandan, que entre os egípcios
era o dito Tarô. Nesse instante, queremos que os Filhos de Fé vão entendendo
como aconteceu o RESSURGIMENTO DO AUMBANDAN. Assim, resumamos esse importante
fato. Na África, encontraremos os egípcios com todo o seu acervo
relígio-científico calcado na transmissão de seus altos sacerdotes que eram
reencarnações dos Tupy-nambá (no seio da civilização egípcia). No próprio Egito
encontraremos um alto sacerdote que aparentemente tinha sido revolucionário,
pois reuniu várias tribos e retirou-se para o deserto. Claro que estamos
falando de Assarsif, Moisés, o qual implantaria a Lei Divina a esses povos que
mais tarde se espalhariam por toda a Europa, também levando a PALAVRA DIVINA, a
LEI — O TORAH. Anteriormente, na Ásia, Rama já havia firmado uma sólida
Tradição que se fundamentaria nas Leis Divinas. Tínhamos um movimento que visava
ao restabelecimento do Aumbandan, ainda velado. Os ensinamentos de RAMA eram os
mesmos dos egípcios, os quais foram levados à Ásia e também a toda a África.
Somos sabedores que a Tradição do Conhecimento — via Tupy-guarany — havia
chegado à Índia e às plagas tibetanas e lá, através das migrações espirituais,
refletir-se-ia para o Ocidente, onde na verdade havia surgido. Ensina-se que o
povo himalaio refletiu essa Síntese do Conhecimento, isso em sentido figurado,
em virtude da "cor branca" do LAR DAS NEVES (HIMALAIA) ser refletora
da Luz, o que de fato aconteceu através das migrações espirituais para o Egito.
Perguntará o leitor atento: — Mas o Egito já não era Guardião da Lei Divina, do
AUMBANDAN? Respondemos: Sim. Toda a TRADIÇÃO DO SABER, do CONHECIMENTO TOTAL,
estava velada, como vimos, nas 78 Lâminas Sagradas que compunham o TARÔ e esse
Conhecimento era de curso único e exclusivo aos Iniciados mais graduados ou
magos. RAMA, por sua vez, além de conhecer em sua pureza a Tradição do Saber,
também segredou-a através de seu Livro Estrelado, de um ensinamento exotérico,
público, que atendesse ao entendimento das massas populares. Assim, divulgou um
Conhecimento calcado na mais forte e pura Tradição do Saber, que já conjugava
as Ciências, Artes, Filosofia e Religiões. Divulgou esse Conhecimento a
raríssimos Iniciados, nas ditas Academias do Cordeiro ou Carneiro. Assim,
tínhamos os lamas ou ramas como Sacerdotes do Cordeiro, precursores do advento
do CRISTO JESUS e da restauração da Proto-Síntese Cósmica, através de seus
discípulos nos mais variados locais do Universo. Além desse Conhecimento que
ficou concentrado nos Colégios de Deus (Ordens Iniciáticas), tivemos uma
popularização desses mesmos Conhecimentos através de KRISHNA, o qual transmitiu
as grandes verdades de forma alegórica, para que atingissem mais o coração e os
atos das massas populares. A par disso, tivemos grandes variedades de cultos
com seus panteões de deuses e deusas, tão bem retratados nas diversas
mitologias. As Ordens Sagradas seriam as formadoras do sacerdócio organizado e
fonte de conhecimento em que a humanidade beberia, segundo as épocas e os
diversos graus de entendimento ou conscienciais. Nessas épocas, as filiações
templárias eram as guardiãs do Saber, principalmente na ORDEM DE MELQUISEDEQUE,
a qual era também denominada a ORDEM DE RAMA, e seus sucessores e adeptos.
Dizemos das filiações, pois muitos filiados Iniciados dessa Ordem é que foram
os vanguardeiros dessa Tradição do Saber nos 4 cantos do Universo. Era a Ordem
de Melquisedeque que reunia as várias Sínteses que havia no Oriente, na África,
etc. Na Europa, ficaria conhecida como Ordem Dórica, a Ordem do Princípio Uno —
da Unidade do Conhecimento — do Espírito de todas as coisas. Por isso chamam-na
de Ordem do Princípio Espiritual, Solar, Direito, Masculino, Sinárquico, da Não
violência, etc, ao contrário da Ordem Yônica, que combateu a ferro e a fogo a
Ordem Dórica, muito principalmente através do Cisma de Irshu, na Índia, há 60
séculos mais ou menos. Combateu e aparentemente destruiu a Ordem de
Melquisedeque ou Ordem Dórica. A Ordem Yônica pregava o contrário da Ordem
Dórica, isto é, seu princípio era o natural ou do conhecimento fragmentado, da
heterogeneidade e destruição do conhecimento. Por isso foi chamada de Ordem que
venerava a Natureza e repudiava o Espiritual. Necessário que fique bem claro
que, a princípio, eles repudiavam o Conhecimento Integral, a Síntese do
Conhecimento, sendo que posteriormente começaram a repudiar o Princípio
Espiritual. Temos assim que a Ordem Yônica de Yoná (pomba — representação da
natureza feminina) — pregava o princípio da natureza como princípio de tudo.
Era assim Lunar, Feminina, Esquerda, Anárquica e Militarista. Fica claro que a
Ordem preconizada por Rama era a Dórica, ou seja, a mesma da pura Raça
Vermelha, da qual encontramos vestígios nas construções arquitetônicas do
Baratzil e de outros locais em que a Raça Vermelha também firmou seu
conhecimento, tal como os quíchuas, maias e mesmo no Egito. Era uma Ordem
essencialmente teocrática, ao contrário da Yônica, que era essencialmente
"naturocrática". Rama e sua Ordem, firmada em toda a sua pureza no
Egito, era essencialmente monoteísta, como era monista a Síntese de seu
Conhecimento. A Ordem Yônica era politeísta, panteísta e já não mais monista,
pregando a diversidade e separação do Saber. Bem, acreditamos que o caminho que
traçamos até agora nos levará aonde queremos chegar. Queremos chegar ao
RESSURGIMENTO DO VOCÁBULO AUMBANDAN e ao SURGIMENTO DO MOVIMENTO QUE VISA A
RESTAURAÇÃO, em sua totalidade, da Proto-Síntese Cósmica — a Tradição do Saber
Integral — a Religio Vera. Para delinearmos a trajetória final de nosso
caminho, precisamos remontar a Moisés e dele partir com clareza ao encontro do
Movimento Umbandista. Dizíamos que Rama havia velado no Templo a Proto-Síntese
Cósmica, enquanto KRISHNA também velava a Proto-Síntese, mas dava um
ensinamento popular através do mito e do véu deliberadamente colocado sobre
certos pontos chaves. Moisés também fê-lo da mesma forma, só que popularizou certos
aspectos da Proto-Síntese Cósmica, transmitindo-a através de um inflexível
Monoteísmo. A Divindade Suprema em verdade não era pronunciada, somente muito
tarde é que denominaram-lhe de YEOVAH ou JEOVAH. Em verdade, o que Moisés
velava no seu Yeovah (babilônico) ou Yahuah (sânscrito bramânico) eram os
quatro pilares em que se apoiava o conhecimento humano; era o seu Tetragrama
Sagrado EVE-I, que também podia ser representado pelo X algébrico, ou segundo o
alfabeto vatânico ou devanagárico (alfabeto originado do Abanheenga, que como
vimos grafava a fonetização dos objetos e seus fenômenos, ou seus sons, através
da onomatopeia) pelo K (qualitativo e quantitativo — o que acoberta, o que vela
— o numerai 20). Assim, o EVE-I de Moisés era a Proto-Síntese Relígio-Científica,
era o monismo do conhecimento, o dito depois monoteísmo. EVE-I era e é a
Ciência, a Filosofia, a Arte e a Religião. Moisés preparou uma nova fase para o
planeta. Preparou, sem dúvida, o advento do mago dos magos, do rei dos reis — o
SENHOR E AUGUSTO OXALÁ — O CRISTO JESUS. A vinda de JESUS, sem dúvida, foi um
grande marco evolutivo para o planeta Terra. A Sua vinda foi preparada durante
milênios. Assim como outros da Hierarquia Crística, sua descida foi marcada por
grandes convulsões mesológicas, além das de caráter moral e essencialmente
espiritual. Já dissemos que o CRISTO Cósmico é o VERBO DIVINO em qualquer plano
ou casa cósmica no reino natural ou Universo Astral. Esse CRISTO Cósmico,
através de sua Hierarquia, enviou-nos o CRISTO JESUS como SENHOR do Planeta
Terra, como tutor máximo de nossa casa planetária, a qual guarda nos céus o
símbolo cosmogônico de sua missão e compromisso redentor sobre o planeta e sua
humanidade cósmica. Assim, o CRISTO JESUS nasceu no seio do povo hebreu, pois havia
sido o único a levar em caráter popular o monoteísmo, um grande avanço para uma
humanidade que vivia se arrastando e subjugando se a deuses sanguinários e
inimigos do homem, bem como de outros seus iguais — (outros deuses). Deveu-se
também o nascimento de Cristo Jesus — Yoshi (YESHUA) ou YOSHILA — no seio do
povo hebreu pois o mesmo cumpria forte Tradição, começando pelo seu nome, que
era diferente do preconizado pelos sucessores de MOISÉS (EMANUEL), os quais já
também achavam-se o povo escolhido de JEOVAH ou da Divindade Suprema, sendo
possuidores de feroz orgulho, vaidade e egoísmo destruidor, que infelizmente
até hoje se estendem no seio desses amados Filhos de Fé tidos hoje como judeus
semíticos. Judeus sim, mas semíticos é inverídico, pois o povo que saiu com
Moisés do Egito era descendente dos celtas. Em boa hora é bom que frisemos que
quando Moisés esteve no Monte Sinai, na verdade transcreveu a Tradição em
placas, em petróglifos, de forma a ocultá-la. Mais tarde, conforme consta de
forma alegórica nas ditas Sagradas Escrituras, essas placas foram destruídas e
Moisés transmitiu às massas populares o ensinamento de caráter externo,
exotérico, na forma dos chamados 10 MANDAMENTOS. Claro está que o que era
guardado na ARCA eram as 78 placas já escritas em Aramaico. Tanto é verdade que
a mencioda Arca era cercada por verdadeiros elementos naturais que produziam
elementos ígneos, os quais contundiam os usurpadores com curiosos encantos — o
fenômeno era o da eletricidade estato dinâmica que por Moisés era conhecida.
Após citarmos o Grande Reformador e Condutor do Povo Hebraico, retornemos ao
apostolado do Senhor Jesus, nosso Oxalá, o qual não mediu esforços para que a
Religio Vera fosse reimplantada, pois o AUGUSTO SENHOR disse em voz lirial e
humilde — Eu não vim destuir a lei e nem os profetas, mas sim cumpri-los. Com
isso afirmava-nos o Mestre Jesus, Pai Oxalá, que desde há muito Seus Enviados
já tinham preconizado a Lei Divina, e Ele só vinha cumpri-la, já que a mesma,
na época, havia sido postergada em seus valores morais espirituais, ficando ao
bel-prazer dos sacerdotes politiqueiros e interessados em projeções pessoais e
na ganância do vil metal. Já haviam sido e ainda seriam pontes vivas dos mais
baixos e torpes desejos, tão comuns aos Seres Espirituais ligados ao submundo
astral ou zonas condenadas abismais, os quais, através da cristalização no mal,
não reconhecem o CORDEIRO DIVINO como o VERBO SAGRADO e sim o dragão como seu
MESTRE. Por tudo isso é que o Mestre Jesus, Pai Oxalá, o VERBO DIVINO simbolizado
pelo Sol, veio resgatar as deturpações, cisões e amalgamações que já estavam
cristalizadas no planeta Terra. Com a passagem vibratória de Oxalá pelo planeta
Terra, inclusive em suas Zonas Sub crostais, há mais ou menos 2.000 anos,
deu-se forte influxo para a mudança da mentalidade do homem futuro. A PAZ, o
AMOR, a JUSTIÇA, a VERDADE, o PERDÃO, a FRATERNIDADE e a IGUALDADE, são os
portentosos VOCÁBULOS-LUZ que iluminariam e iluminarão a humanidade. Bem poucos
de seus ensinamentos foram aprendidos e, infelizmente, quase todos esquecidos.
Passaram-se os tempos e os mesmos desvios de sempre, o orgulho, a vaidade e o
egoísmo continuaram fazendo do homem um ser primitivo, distanciado da COROA
DIVINA. Impérios e mais Impérios surgiram e surgem. Os romanos, antes de CRISTO
e após, tiveram tudo para unificar o mundo, mas perderam a oportunidade,
calcados que estavam no orgulho e egoísmo destruidor que lhes trouxe a morte e
a destruição de sua civilização. No pensamento helênico tivemos grandes Almas,
mas que não encontraram eco num povo que estava mais interessado nas guerras
fratricidas entre espartanos e atenienses e na sua pseudocultura. A Ásia
desarticulada desde o Cisma de Irshu não foi diferente dos povos latinos e
gregos, encolhendo-se na sua dor e passando a viver de per si. Os africanos,
completamente dominados, encontravam-se já em plena e total decadência,
mormente os povos de pele negra, cuja origem sem dúvida é a Ásia. Incursionaram
para a África, onde foram poderosos em suas civilizações, adiantadíssimos em
plena Era da Raça Vermelha. Pregaram a Proto-Síntese Cósmica que haviam
recebido dos povos de pele vermelha, através dos egípcios. Quando receberam
esses Conhecimentos, muitos de seus sacerdotes velaram e guardaram a Tradição e
para os que entravam em processos iniciáticos era proferida oralmente. Com o
decorrer do tempo foi corrompida, deturpada e completamente esquecida. Para que
fique claro, mais avante em nossos apontamentos diremos que os bantos atuais
foram os que tiveram contato com os egípcios, sendo que os Yorubanos ou
Sudaneses tiveram contatos também, mas muito mais com povos iranianos — e já
Muçulmanos. Sua Teogonia não é original, é um totemismo calcado em mitos
milenares dos egípcios, caldeus, hindus e outros povos. Não vejamos aqui algo
de inferior ou retaliações. Podemos entender como uma tentativa de reencontrar
a Síntese perdida, o que é verdade, pois os grandes condutores da Raça Negra de
há muito vêm lutando para incrementar em seu povo um sentimento de unidade e
reconstrução do Conhecimento, que por ora está no culto do Orisha, no culto dos
Ancestrais (Eguns) e na ilusão de ligarem-se à Essência do Orisha, nas ditas
"feituras de cabeça", com seus rituais ainda que simples, mas
perigosos por se aproveitarem de entidades inferiores do astral que ficam como
que vampirizando o dito "Filho de Santo" ou "Yaô" que
passou pelo ritual de um simples ogbory ou bory, ou seja, a FEITURA TOTAL DA
CABEÇA, termo inapropriado pelo menos para os rituais que se fazem na atualidade.
Sobre isso falaremos pormenorizadamente no capítulo Umbanda e suas ramificações
atuais. Aliás, fazem parte do abarcamento que o Movimento Umbandista irá
processar. Bem, após citarmos muito por alto o povo africano, citemos o povo
amarelo, o qual tem fortes Tradições filo espirituais, mas que atendem ao
estreitismo racial que lhes é peculiar. Não olvidamos a Sabedoria de um Fo-Hi,
de um LaoTsé, a pureza nirvânica de SIDHARTA GAUTAMA — o BUDHA — e nem também o
Vedantismo, o Bramanismo e as fontes yogues. Todas, sem nenhuma exceção, são
merecedoras de nossa mais alta estima e compreensão e muito estamos fazendo
nós, Seres Espirituais astralizados, para que o povo amarelo reencontre a
Síntese e reencontrará, pois seus condutores no Astral já se filiaram às Ordens
das Santas Almas do Cruzeiro Divino, onde renasceu o magnífico Verbo-Luz, a
Proto-Síntese Cósmica — o Aumbandan. Aguardemos e vibremos por todos. A Raça
Branca, dita CRISTÃ, ainda se arrasta no convencionalismo do culto exterior, em
desacordo com os ensinamentos de OXALÁ, o CRISTO JESUS. Os desregramentos
iniciaram-se quando houve a separação judeu-cristã. Ainda hoje vemos vários
cultos, alguns não conscientes de seus compromissos para com seus fiéis,
dizerem-se cristãos e atacarem-se uns aos outros. Ficamos a pensar se o Cristo
Jesus, nosso Oxalá, traria realmente a espada e a dissensão, pois é isso que
exemplificam a todos esses pobres Filhos de Fé. Um dia eles amadurecerão, a
morte tirar-lhes-á os véus. Sabe Deus quantas mortes despertadoras precisarão?
Sabe quantos nascimentos necessitarão para acordar? Que a misericórdia do
SENHOR JESUS, OXALÁ, abençoe-os e nos dê forças para guiá-los na linha justa do
verdadeiro cristão. Se a Igreja Católica Apostólica Romana se propuser a ser
Católica ou Universal, que o seja, lidere e pastoreie seu rebanho, que
infelizmente está "doente". No entanto, infelizmente, seus pastores
também foram infectados pelas doenças, tornando-se os mais necessitados de
auxílio e medicação espiritual. Assim, o grande rebanho católico está acéfalo,
em virtude da contaminação de seus pastores com as doenças de seus rebanhos.
Ergamos o católico, é nosso Filho de Fé, é irmão em OXALÁ. Vibremos por novos
dias mais límpidos e brilhantes para o clero romano e seus rebanhos. Se citamos
o católico romano, que é merecedor de nossa simpatia e afeto, não poderíamos
deixar de citar as "religiões de cultos reformados", o
Protestantismo, em toda a gama de cultos que o compõem. O grande Lutero
(1483-1546), assim como Calvino (1509-1564), foram espíritos abnegados, que de
forma contundente dissociaram e cindiram a Igreja Católica, sendo fundadores de
cultos cristãos melhorados, embora distantes, da real pureza do primitivo
cristianismo. Todas as demais derivadas cristãs, ligadas ao ensino da Bíblia,
tanto do Velho como do Novo Testamento, não cogitam e até discutem sério quando
lhes falam de reencarnação e de outros fenômenos que para muito breve serão
explicados pela Ciência oficial. No século XIX, sem dúvida, tivemos uma grande
revolução nos cultos ou seitas tidas como cristãs. Veio-nos da Europa, da
França, a Codificação da Doutrina dos Espíritos", através das irmãs
Crookes, por Allan Kardec (1804-1869). Interessante que, segundo nossa humilde
contribuição à coletividade umbandista da atualidade, já expusemos que o poderio
da Raça Vermelha tinha se estendido à Índia através das migrações espirituais
dos Tupy-guarany, o que dá a pensar do porquê do pseudônimo "Allan
Kardec", que é de origem hindu. Claro que Allan Kardec, assim como disse
Jesus, "não veio destruir a Lei e nem os profetas, mas sim
cumpri-los". E foi o que fez, através de um trabalho de compilação e de
caráter externo, visando ao soerguimento moral da grande massa que se arrastava
presa a conceitos estáticos sobre nascimento e morte, reencarnação, mediunismo,
planos de evolução e Lei Kármica (por ele chamada de causa e efeito). O corpo
astral foi identificado para esses cristãos novos e outros que se diziam
cristãos. Chamam o corpo astral de perispírito. A Lei das Conseqüências, a Lei
das vidas sucessivas para evoluirmos, a negação da condenação eterna, a
infinita misericórdia dos Prepostos de Jesus e a aplicação correta dos
Evangelhos de Jesus formam a base de todo esse sistema filo
religioso-científíco chamado kardecismo. No Governo do Mundo surgiu o Kardecismo,
não como uma nova revelação, mas sim como uma compilação popular, para a grande
massa, dos conceitos que acima expusemos. Faz parte dele, assim como outros,
pregar com veemência e cristalinamente que a MORTE NÃO EXISTE. Viver, nascer e
morrer são fenômenos tão necessários quanto salutares ao Espírito, que
necessita evoluir, caminhar para novos rumos. Claro que os Senhores D'aruanda
não iriam abrir espaço vibratório para mais um inócuo e improfícuo sistema filo
religioso. Esse sistema, na verdade, vislumbrou de forma ainda empírica a
necessidade da proto-síntese relígio-científica, veio preparar o advento do
Aumbandan na Terra da Luz — o Baratzil. Assim, vimos que o Kardecismo veio
despertar a Alma indolente para as realidades da vida que a aguarda, relembrando-lhe
que a vida é eterna e que cada um colhe o que semeia. Iniciou-se o Religare
Verdadeiro. Esse movimento teve e tem o controle direto da "Corrente das
Santas Almas do Cruzeiro Divino". Bem, Filho de Fé, estamos bem no âmago
de nosso caminho, através do qual chegaremos frente a frente com a SAGRADA
CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA, através de seu Movimento e do ressurgimento do
vocábulo sagrado AUMBANDAN. Estamos no final do século XV e no limiar do século
XVI. A majestosa Europa da época era dominada por dois grandes povos da
península ibérica — Portugal e Espanha. Na época, tanto os lusitanos como os
espanhóis disputavam a hegemonia nas grandes conquistas, fazendo-se exímios
comerciantes, tal qual eram em tempos idos os fenícios, os quais estavam reencarnados
no seio das nações portuguesa e espanhola. Visando a uma expansão marítima,
claro que orientada por digníssimos e elevados mentores da Confraria dos
Espíritos Ancestrais, os portugueses alcançaram em 1500 as costas brasileiras.
Deu-se nesse instante um verdadeiro "balanço cósmico", em que se
reuniram novamente os povos. O Baratzil seria um miniuniverso, albergaria
brancos, negros, vermelhos e amarelos, e assim aconteceu. Não demorou quase
nada para que muitos cativos em suas próprias Pátrias fossem trazidos até nós,
como os africanos — negros escravos. O branco tinha domínio sobre o negro e
sobre o índio degenerado, e através de algemas pesadíssimas, do ponto de vista
astral, negros e vermelhos se reuniram, visando opor resistência ao agressor,
ao algoz, ao povo da Raça Branca. Em favor da monocultura do café, da
cana-de-açúcar, nos ditos engenhos, o branco sacrifica e animaliza seus irmãos
de pele negra, passando a vê-los e a tratá-los como subumanos. Momentos
terríveis viveu a Terra da Cruz. Dores atrozes, sentimentos destruídos, sangue
derramado, ódio consubstanciado na agressão de todas as formas. O ressurgimento
do vocábulo AUMBANDAN estava prestes a eclodir. Antes, vejamos como foi
precipitado esse momento em sua acepção externa. Na tormentosa escravatura, em
pleno século XVI, neste Baratzil, Terra da Cruz, os africanos aportados aqui,
em comunhão com o indígena nativo (degenerações dos Tupy-nambá e Tupy-guarany),
firmaram na luta pela liberdade os seus sentimentos e desejos, através de seus
ritos religiosos-mágicos degenerados. Dessa fusão surgiram e permanecem até os
nossos dias os mais variados ritos, os quais refletem os sentimentos e ideais
de seus "fundadores" na época. Nem todos com ideais e sentimentos
nobres. Muitos deles com sentimentos de ódio e vingança, que se
consubstanciaram em rituais pesados, com um baixíssimo sistema de oferendas
(solidificação de elementos vibratórios para que seja movimentada a magia).
Esse sistemático conflito racial, que perdurou até no astral, fez com que os TRIBUNAIS
PLANETÁRIOS resolvessem incrementar sobre essa coletividade em litígio um
Conjunto de Leis Regulativas que viriam disciplinar os rituais nefandos e
retrógrados que eram vigentes na época. Em poucas palavras, assim surgiu o
Movimento Umbandista. Neste momento, queremos frisar que o escravagismo, bem
como o massacre dos indígenas, não foi somente praticado no Brasil.
Interessante ressaltar que nos EUA, Cuba, Haiti e outros, também tivemos a
escravatura, e por essas plagas o vocábulo Umbanda não surgiu. Como se explica
esse fato? É o que tentamos explicar até agora em nosso humilde trabalho. Isso
se deveu à supremacia da Raça Vermelha, a qual tinha se radicado no astral
brasileiro, onde teve início o processo reencarnatório no planeta Terra. Como o
vocábulo Aumbandan, ou seja, a Proto-Síntese Cósmica, aqui tinha sido revelado,
aqui mesmo ressurgiria, e ao ressurgir teria de vir como sendo bandeira, a
priori, de um movimento que atingisse as grandes massas populares que aqui no
Brasil, por motivos vários, se encontravam em litígio. A oportunidade era
inadiável. Aproveitar-se-ia para lançar no seio da grande massa o vocábulo
Aumbandan, que serviria de escopo para a formação de um sentimento inter-racial
uno, acabando com os conflitos entre Seres Espirituais irmãos,
independentemente da vestimenta cutânea que usassem. Outrossim, o Baratzil,
como vimos, é a Terra predestinada a ser o celeiro espiritual do mundo, a
Pátria Universal, a Pátria Una, onde todos os povos se reuniriam. Também seria
o local onde a Proto-Síntese Cósmica ressurgiria, aproveitando-se da ocasião de
discórdias raciais tanto no plano físico, como no plano astral inferior. Assim
somos forçados, desde já, a entender que o que se pratica hoje, generalizado
como Umbanda (Aumbandan — nem se cogita do termo, a não ser raríssimos Filhos
de Fé Iniciados), seria melhor denominado Movimento Umbandista, o qual visa
fazer ressurgir ou restaurar o Aumbandan. Mas, para que isso seja conseguido,
tem e terá de fazer a união racial em nossa terra, a qual é predestinada a ser
o CORAÇÃO ESPIRITUAL DO MUNDO. Estamos muito longe do Aumbandan revelado aos
Seres terrenos pelos Condutores da pura Raça Vermelha, a qual ainda hoje, no
astral, detém esse direito que através do Movimento Umbandista é exercido de
fato, em participação com Seres Espirituais que se radicaram nas Raças Negra,
Amarela e Branca. E a Corrente Astral de Umbanda uma confraria que reúne os
ancestrais do planeta Terra, Seres Espirituais que, em primitivas eras, foram
os grandes Condutores das raças que por aqui passaram, em especial da Raça
Vermelha e dos troncos raciais dela originados. Tal é o estágio evolutivo em
que se encontram, que hoje muitos desses Seres Espirituais formam uma Corrente
diretamente ligada às Correntes de Oxalá, o CRISTO JESUS, constituindo o
Governo Oculto do Planeta Terra. Ela própria, a Umbanda, encerra a Verdade
Universal sintetizada na Proto-Síntese Cósmica. Muitos de seus mais altos
expoentes e militantes são ligados à Corrente das SANTAS ALMAS, a qual é de
ação e execução das Leis Divinas no planeta Terra. A própria palavra Umbanda,
como ficou conhecido o Aumbandan, pode ser traduzida como CONJUNTO DAS LEIS DE
DEUS. Portanto, em sentido oculto, a Umbanda não é apenas um sistema religioso,
mas sim a própria Lei Divina, origem de todos os sistemas religiosos,
filosóficos, científicos e artísticos de todos os tempos, motivo pelo qual,
como já dissemos e repetimos, é a Proto-Síntese Cósmica, que encerra em si a
Proto Síntese Relígio-Científica. Reavivando a memória dos Filhos de Fé e dos
leitores amigos, resumamos: Em primitivas eras, os conhecimentos e concepções
que direcionavam a vida e a evolução da humanidade eram plenamente integrados
entre si e consoantes à Lei Divina, constituindo a dita Proto Síntese
Relígio-Científica. No entanto, através dos tempos, esses conceitos foram
fragmentados, deturpados e perdidos, permanecendo vivos apenas no seio das
Confrarias Espirituais do mundo astral, ou seja, no seio da própria Corrente
Astral de Umbanda e também em raríssimos Templos ou Ordens. Eis o porquê de
dizermos que essa Corrente é a Guardiã dos Mistérios que encerram a VERDADE
UNIVERSAL. Como dissemos, a Corrente Astral de Umbanda constitui o Governo
Oculto do planeta Terra. Dessa forma, ela achou por bem lançar mão de um Movimento
que viesse restaurar gradativamente esses conceitos, fazendo a humanidade
retomar um caminho evolutivo o mais reto e deturpado e miscigenado entre os
indígenas e escravos africanos, quando por volta de 1889, aproveitando-se de
uma forma de governo mais justa que iniciava sua peregrinação no Brasil, o
vocábulo Umbanda foi lançado em vários pontos do país. Foram pontos luminosos
que, nas sombras em que estavam, logo chamaram a atenção e sem perda de tempo
iniciaram a árdua tarefa. A princípio, usamos médiuns que foram nossos
discípulos em longínquos tempos, ainda aqui no Brasil, fato que hoje, embora
raríssimo, ainda ocorre. Assim, iniciamos com o poderoso vocábulo Umbanda, que
hoje serve de Movimento abarcador a milhares de Consciências. Amanhã o Movimento
Umbandista há de restaurar o Aumbandan — a Proto Síntese Cósmica, que sem
dúvida trará à toda humanidade terrena a Evolução Cósmica semelhante a outras
casas planetárias felizes e luminosas. Continuando nossa conversa, dizíamos que
vários pontas-de-lança do astral e mesmo encarnados lançaram o vocábulo Umbanda
por volta de 1889 e vale ressaltar que esse vocábulo foi lançado, em geral, em
locais pouco frequentados. Quando não, diziam as Entidades atuantes que Umbanda
era um Movimento novo que iria se espalhar por todo o Brasil, trazendo
esperança, secando lágrimas, espargindo compreensão e amor, acendendo a Fé,
centelha divina que de há muito se apagara em muitas infelizes criaturas
humanas. Aí iniciou-se o Movimento Silencioso, porém contínuo da Luz contra as
Sombras, dos magos da face branca contra os magos da face negra. O Mal já tinha
encontrado o Bem, e com o mesmo disputava a supremacia das Almas. Ontem como
hoje vem perdendo terreno; a Luz chegando, obviamente, dissipa as Sombras e as
Trevas. Foi assim que, desde 1889, Falanges e mais Falanges de integrantes da
Corrente Astral de Umbanda começaram a tarefa saneadora. Como veremos no
próximo capítulo, quando citarmos as 7 VIBRAÇÕES ou LINHAS DE FORÇAS
ESPIRITUAIS que compõem a Umbanda, valorosos e indômitos guerreiros cósmicos em
favor da Paz já haviam soado seus clarins, anunciando todos sua chegada, bem
como convidando a todos para a grande tarefa regeneradora que se faria no
planeta Terra, iniciando-se pelo miniuniverso, o Baratzil. Estamos falando da lª
Vibração Espiritual a descer do Astral em seus cavalos (médiuns), a Vibração de
OGUM, que trazia em seu termo de identificação, que é vibrado e sagrado, no
sufixo, o fonema UM, de Umbanda. Assim as Vibrações harmoniosas de Ogum e sua
corrente contagiosa de fé, pelos novos conceitos vieram derramar-se sobre toda
a coletividade afim dos cultos ditos e havidos como afro-brasileiros.
Citando-se OGUM, não poderíamos deixar de citar um grande enviado de OGUM, a
Entidade Caboclo Curuguçu, que preparou vários e vários anos o advento primeiro
do Caboclo 7 Encruzilhadas, também da Vibratória de Ogum, que atuaria nas
grandes massas populares visando tornar popular o termo Umbanda e o culto
apregoado por esse portentoso enviado de OGUM. Também o Caboclo 7 Encruzilhadas
veio trazer aos humildes do corpo e da alma um ritual de fácil assimilação, que
de alguma forma os fizesse ascender aos degraus evolutivos. Muito lutou com seu
cavalo exemplarão filho Zélio Fernandino de Morais (1891-1975) , para implantar
já naquela época, 1908, a Umbanda sem as deturpações dos Filhos de Fé
arraigados a níveis vibratórios inferiores que estavam ligados ao hábito
infeliz do sacrifício de animais de duas ou quatro patas, para homenagear ou
mesmo ritualisticamente saudar seus Orishas. O Caboclo 7 Encruzilhadas lançou a
semente, ajudado por Orisha-Malé, outro portentoso emissário da Luz para as
sombras da Faixa Vibratória de OGUM, já no plano mais terra-a-terra. Não
poderíamos esquecer do poderosíssimo e sumamente sábio, mas não menos humilde,
Pai Antônio. Não queremos citar outros nomes, pois não seria justo esquecermos
uma plêiade de colaboradores, tanto de nosso lado como do lado dos Filhos de Fé
encarnados. Nosso sincero e profundo respeito ao Caboclo Curuguçu e sua
portentosa Corrente Cósmica. Nosso saravá à falange do Caboclo 7 Encruzilhadas,
que preparou por cima vários médiuns que seriam vanguardeiros das Verdades
Imutáveis que seriam trazidas como chaves de doutrina e manancial filosófico,
científico, religioso e artístico, onde a Umbanda, em sua parte Iniciática,
beberia de seus Fundamentos, transmitindo-os futuramente a outros. Dizemos
assim que Caboclo 7 Encruzilhadas preparou por cima, no astral, o advento do
Pai Guiné, sapientíssimo e poderosos, mago da luz que junto com seu aparelho
mediúnico, o filho W. W. da Matta e Silva, remodelaram os conceitos sobre o
Movimento Umbandista, bem como lançaram sementes riquíssimas em sua essência, a
qual visa ao ressurgimento do Aumbandan — a Proto Síntese Relígio Científica.
Nas obras escritas pelo Pai Guiné, encontraremos não somente o lado popular da
Umbanda; nelas, encontraremos também o lado esotérico, iniciático, selecionado,
que sem dúvida há de preparar sacerdotes conscientes, bem como dirigentes de
verdadeiras Casas de Umbanda. Muitos Filhos de Fé perguntarão: Há alguém que
ainda siga os ensinamentos do Caboclo 7 Encruzilhadas? Responderemos que, na
sua pureza, não. Isso porque nada na Umbanda, ou melhor, no Movimento
Umbandista, é definitivo. Sempre há novos véus a serem desvelados. Assim,
diremos que, se o Caboclo 7 Encruzilhadas baixasse hoje em algum médium, daria
como Fundamentos os mesmos dados pelo Pai Guiné e só. Ao término de nossa
conversa com você, Filho de Fé e leitor amigo, queremos que fique registrado em
sua Alma nossa vibração de PAZ e AMIZADE ETERNA. É, Filho de Fé e leitor amigo,
a amizade é uma bênção que Caboclo gosta sempre de cultivar e somente pela
amizade sincera, Filho de Fé, você terá para sempre seu mentor espiritual.
Mediunidade talvez seja aquilo que costumamos falar com nosso cavalo:
DIMENSÃO AMIZADE! Bem, ao fecharmos este capítulo, que esperamos ter sido
entendido pelos leitores, Filhos de Fé ou não, abramos o próximo capítulo, que
sem dúvida nos fará sentir mais de perto o âmago da Corrente Astral de Umbanda.
Vamos a ele (...). Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.
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