Religião
Afro-brasileira. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador.
Médium F. Rivas Neto. Capítulo Onze. I. UMBANDA E SUAS SETE LINHA–VIBRAÇÕES
ORIGINAIS — Conceito sobre Orisha — Horário Vibratório dos Orishas: Conceito
— Atividade Kármica — Atuação Mediúnica — Banhos de Ervas — Defumações — Lei de
Pemba. Após o surgimento do Movimento Umbandista em quase todo o território
brasileiro, surgiu, através de seus Emissários, representados inicialmente
pelas Entidades da faixa vibratória espiritual que denominamos Ogum, o conceito
de Linha Espiritual, o qual começou a tomar corpo e fazer parte do
conhecimento, na época, dos praticantes do Movimento Umbandista. Após o início
do Movimento, quando se apresentaram as Entidades da faixa vibratória de Ogum, vieram
os Oxossi, os Xangô, os Yorimá, os Yori, os Yemanjá. Isso aconteceu de forma
muito oportuna, lançados que foram através de mediunidade de uns e outros reais
e verdadeiros veículos da Corrente Astral de Umbanda. No início do surgimento
do Movimento Umbandista, foi primordial e prioritário firmar e plantar o nome
vibrado-sagrado Aumbandan, que foi adaptado para o vocábulo Umbanda. Assim,
esse multimilenar vocábulo, através de sua sonância envolvida em irresistível
magia atrativa, atraiu vários Seres Espirituais. No início, os aflitos e
desesperados de todos os matizes; a seguir, a classe menos favorecida, a que
foi e continua sendo o maior contingente de adeptos do Movimento Umbandista.
Mais tarde, todas as classes sociais sentiram-se atraídas, aparentemente pela
curiosidade, na ânsia de saber o que realmente era esse Movimento Umbandista,
que todos chamam de Umbanda. A princípio iam disfarçadamente como curiosos e
depois foram em busca de soluções para seus problemas de várias ordens, quais
sejam os sentimentais ou afetivos, de saúde e até de situação sócioeconômica,
além de perturbações várias, que logo dizem ser mediunidade, e que precisam
trabalhar, senão nunca melhorarão e seus caminhos continuarão fechados. Alguns
até chegam aos terreiros dizendo-se vítimas de inveja, ciúmes, quebrantos,
quando não de "trabalhos feitos", magia-negra, etc. Bem, só os
bastidores de terreiro, após vários anos, darão ao Filho de Fé noções gerais
sobre os consulentes, suas necessidades e carências. Assim, vemos que a maior
parte das humanas criaturas que procuram os milhares de terreiros fazem-no em
busca de soluções imediatistas e que atendam seus desejos, não importando a
qualidade deles e nem mesmo se são ou não justos ou se são ou não prejudiciais
a algum semelhante. Como veem, devemos entender que o terreiro é um AMBULATÓRIO
DA ALMA e a maior parte dos consulentes são doentes da fé, sendo alguns aqueles
que nunca a tiveram. Procuramos sintetizar aqui, em poucas linhas, como é a
média do entendimento consciencial encontrado nos terreiros da atualidade. É
óbvio que há os mais evoluídos em vários graus, como há os menos evoluídos,
isso do ponto de vista humano. Salvo raríssimas exceções, todos, segundo a Lei
de Afinidades, se encontram nos lugares que lhes dizem respeito e lá ficam até
quando perdem a sintonia moral-vibratória. Isso não acontece só nos terreiros
menos evoluídos, pois temos observado esse fato até nos mais evoluídos, em
virtude de aqueles que saem não conseguirem acompanhar o tônus-evolução, que
para eles já não significa absolutamente mais nada. Alcançaram determinados
níveis vibratórios máximos para a atual encarnação, não sendo de direito que
deixemos estourar o campo mental, emocional e moral de certos Filhos de Fé
arraigados aos seus próprios interesses, aos quais falta uma maior compreensão
do mundo, do karma e do destino individual de cada Ser. E comum esses Filhos de
Fé, por suas condições de imaturidade, saírem do terreiro completamente
chocados e criticando o mesmo e aqueles que ficaram. Enfim, dizemos: — A cada
um segundo suas obras. Aguardemos, eles são muito jovens, amadurecerão e assim
entenderão. Até lá (...). O Filho de Fé deve estar percebendo que, antes de
adentrarmos nas 7 Linhas da Umbanda, fizemos um apanhado geral sobre a
coletividade que acorre aos terreiros, pois além de atendê-la, é nela que
surgem os verdadeiros médiuns de nossa Corrente, os quais também serão
preparados para serem instrutores, através de suas Entidades Espirituais, nos
ambulatórios da alma. Sendo muito heterogênea a coletividade dita umbandista,
já deve estar imaginando o Filho de Fé e o amigo leitor o porquê de,
invariavelmente, um terreiro não ser igual ao outro. Ora, nesta primeira fase
pretendemos, num menor espaço de tempo, chamar o maior número de pessoas possível.
Assim foi feito e assim ainda estamos fazendo. Claro está que não poderíamos
centralizar, monopolizar ou impor um tipo de ritual ou um padrão doutrinário a
todos, algo que, além de ser impossível, é totalmente absurdo, ilógico e
desumano, sendo que quem assim pensa não está imbuído do sentido de
coletividade e muito menos da caridade e fraternidade. Com essas citações,
entende-se como deve ser difícil escrever sobre as 7 Linhas ou 7 Vibrações
Originais, pois elas são encaradas pelos Filhos de Fé segundo o alcance de cada
um. É como se os Filhos de Fé "construíssem-nas" de acordo com o grau
de entendimento e alcance moral, intelectual e principalmente espiritual que
lhes é próprio. No entanto, escreveremos sobre as 7 Vibrações Originais de
acordo com o conceito aceito e ensinado pelas Escolas Iniciáticas do astral
superior. Nesta hora, poderá perguntar o Filho de Fé e o leitor amigo: —Se as 7
Vibrações existem em seu conceito puro e verdadeiro, por que não ensiná-las e
por que todos os Mentores da Umbanda não ensinam as mesmas 7 Linhas a seus
Filhos de Fé em todos os terreiros? A pergunta não é perfunctória, é profunda e
requer uma resposta bem explícita. Dissemos que o grau de heterogeneidade
mental é máximo na "corrente humana" do Movimento Umbandista da atualidade,
o que de forma alguma seria verdadeiro no que se refere à Corrente Astral de
Umbanda. O grau de variedade de entendimento das humanas criaturas fez e faz
com que as várias Entidades Espirituais militantes na Corrente Astral de
Umbanda adaptem conceitos segundo o alcance de seus Filhos de Fé e sempre que
podem lançam um conceito superior ao dado anteriormente, mas tudo de forma bem
sutil e numa profunda e criteriosa ação psicológica. Isso acontece quando
encontramos dentro do próprio terreiro um ou outro que seja cavalo de fato e de
direito, muito sutilmente vamos lançando, segundo o alcance da
coletividade-terreiro, os conceitos mais próximos do real. Nem sempre a tarefa
é fácil, pois além das humanas criaturas com seus arraigamentos espiríticos vários,
temos também suas contrapartes de ordem astral, do astral inferior, as quais,
por afinidade vibratória e mesmo moral, se ligam a esses locais e praticamente
dão as ordens a todos e em tudo o que lá se faz. Aí sim, nesses locais,
cometem-se verdadeiras barbaridades, frutos dos mais vis e baixos sentimentos,
os quais passam longe da verdadeira caridade. Aí, o que manda é a luxúria, a
discórdia, o ódio, a vingança, a violência, a marginalidade. Dão-nos esses
locais muito trabalho, através de nossos Prepostos da Luz para as Sombras e na
maior parte das vezes deixamo-los à própria sorte, já que assim o quiseram e,
mesmo assim, somente depois de muitas tentativas de melhorá-los. Não é da Lei
que se agrida ninguém e muito menos graus de entendimento daqueles que
deliberadamente se comprazem em viver no "lodo astral". Amanhã,
cansados e doentes, pois viveram no lodo astral, consequentemente se
contaminando, procurarão um verdadeiro terreiro e encontrarão médiuns bons,
limpos, decentes e verdadeiros, que os orientarão e debelarão suas chagas e
doenças. Quem sabe poderão eles, ainda nesta vida, ingressar nas fileiras dos
abnegados ao próximo, através da Sagrada Corrente Astral de Umbanda. Após essa
ligeira conversa com o Filho de Fé, voltemos às 7 Linhas. Como dissemos,
descreveremos primeiro aquelas que são aceitas e ensinadas nas Escolas
Iniciáticas do Astral e a alguns Filhos de Fé, hoje já milhares, em
agrupamentos ou templos bem orientados por seus dirigentes materiais. Partindo
do setenário, condensamos ou centralizamos em 1a ordem no ternário, para a
posteriori centralizarmos em 2a ordem no unitário ou unidade; essa explicação
torna bem clara a definição hierática dada sobre a Umbanda. Ensinamos aos
nossos Filhos de Fé que o vocábulo Aumbandan, auto logicamente, faz surgir as 7
Vibrações Originais ou as 7 Linhas. Assim, a Umbanda reconhece 7 Potências
Cósmicas. Vejamos pois como surgiram ou como realmente são as 7 Vibrações
Originais. Partamos do vocábulo Aumbandan. Antes, porém, teremos que mostrar os
sinais ou letras do alfabeto adâmico ou devanagárico, que em verdade é
originário do Alfabeto Sagrado da Raça Vermelha (da língua Abanheenga). No
início dos processos gráficos da língua Abanheenga, foram os mesmos formados
por 5 sinais geométricos básicos: Assim, temos o PONTO, que é a unidade em
geometria, sendo associado ao número 1. A LINHA, para ser delimitada, necessita
de 2 pontos; assim, à linha foi associado o número 2. O ÂNGULO surgiu da mesma
forma: 3 pontos não co-lineares, isto é, que não estão na mesma linha,
relacionando-se com o número 3. O QUADRADO também surgiu pela união de 2
ângulos ou 4 pontos, 2 a 2 não co-lineares, isto é, 2 linhas não coincidentes
mas paralelas, relacionando-se com o número 4. Neste instante, observamos que
os 4 sinais estavam e estão intimamente ligados ao sistema numerai e à
geometria, importantíssimos fatores necessários para entendermos melhor os
vocábulos litúrgicos ou sagrados das 7 Linhas ou 7 Vibrações Originais. Está
faltando o quinta sinalletra. Vejamos como surgiu: Os valores numéricos dos 4
primeiros sinais são os que se correspondem com os 4 pilares do conhecimento
humano, com os 4 elementos radicais da Natureza, com os 4 sinais sagrados que
milhares de anos depois deram origem ao Tetragrama Sagrado de Moisés — EVE-I.
Então, somam-se os quatro numerais, formando uma síntese de: 1 + 2 + 3 + 4 =
10. Como resultado, obteve-se o máximo da década, o próprio número 10. Qual
seria a figura geométrica que traduziria a Síntese dos 4? Outra não é senão o
CÍRCULO, o qual encerra o TODO, infinitos pontos. Bem, vejamos, de forma
resumida, o que expusemos: Fazemos a ligação do sinal geométrico com seu valor
numérico e seu som. Temos pois a forma, o som e o número, trilogia básica para
a formação de termos litúrgicos sagrados, antológicos, ou seja, que surgem
naturalmente. Estando de posse desse conhecimento, não nos fica difícil
entender como do próprio vocábulo Aumbandan surgem os vocábulos que vão
denominar as 7 Potências Sagradas ou Vibrações Originais. Assim, o que
pretendemos é mostrar como de Aumbandan surgem: Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô,
Yorimá, Yori e Yemanjá, que são as 7 Linhas do Aumbandan. Assim, podemos
traduzir Aumbandan como — Conjunto das Leis Divinas — as Leis Regulativas do
Universo Astral, na atualidade aplicadas, em especial, sobre os adeptos do
Movimento Umbandista. Bem, Filho de Fé, vejamos agora como esses 3 conjuntos de
sinais se entrosam em outros sinais condensados geometricamente, para então
chegarmos nos 7 Termos Sagrados que denominam as 7 Vibrações Originais ou as 7
Linhas. Bem, chegamos no O X Y — ou Y X O (o Verbo Divino) — o qual tem toti
potência para nos fornecer auto logicamente os 7 Termos Sagrados, mantrâmicos,
das 7 Vibrações Originais ou 7 Linhas. Vamos a eles: Após essa demonstração, a
qual foi feita pela 1a vez através das obras de Pai Guiné e seu veículo
mediúnico, o Filho W. W. da Matta e Silva (no livro Umbanda de Todos Nós, 1a
edição, 1956), esperamos ter deixado claro que dos 3 conjuntos geométricos (O X
Y) surgiram auto logicamente os 7 Termos Litúrgicos das 7 Potências Espirituais
ou das 7 Linhas. Queremos frisar que na antiga e possante civilização da Raça
Vermelha, a primeira letra era a que representava o vocábulo sagrado, era o seu
princípio, o início; portanto, era a chave articuladora para o som do termo
total. Por isso é que fizemos a demonstração do surgimento dos 7 Termos
Sagrados através das letras iniciais. Após essa demonstração, podemos citar as
7 Potências representativas da Sagrada Aumbandan ou Umbanda: ORIXALÁ, OGUM, OXOSSI,
XANGÔ, YORIMÁ, YORI, YEMANJÁ. Note-se que, das 7 Vibrações Originais, as três
primeiras se relacionam como a letra O, a do centro com a letra X e as 3
últimas com a letra Y Agora, façamos mais uma centralização do vocábulo
Aumbandan, Umbanda da atualidade: Chegamos assim ao conjunto Uno, Unitário, o
qual também geometricamente e numerologicamente representa e traduz o vocábulo
Aumbandan, sendo portanto seus sinais ou conjunto geométrico um valioso
talismã, após ser devidamente imantado, é claro. Em outros capítulos,
explicaremos pormenorizadamente sobre guias, talismãs etc. Após essa
demonstração, enunciemos a frase mater que define hieraticamente,
hermeticamente, o Aumbandan ou Umbanda. UMBANDA É A LEI; ESTA É O CÍRCULO OU A
UNIDADE QUE ENCERRA O TRIÂNGULO. Partindo do setenário, condensamos ou
centralizamos em 1a ordem no ternário, para, a posteriori, centralizarmos em 2a
ordem no unitário ou unidade; essa explicação torna bem clara a definição
hierática sobre a Umbanda. Para completarmos nossos estudos, lembremos ao Filho
de Fé que em outro capítulo já expressamos que no início do mediunismo, já na
Raça Atlante, os mensageiros do astral se manifestavam na mecânica de
incorporação de 3 formas diferentes, aparentando formas distintas na
apresentação. Dissemos que o lª aspecto é o que produzia vozes infantis, devido
à vibração no chacra laríngeo, o 2º aspecto é o que produzia no médium a
posição ereta e a voz inflamante, devido à vibração no corpo astral ser nos
chacras da região tóraco-abdominal, o 3º aspecto é o que, através do chacra
genésico, fazia com que os reflexos medulares, no corpo físico denso, curvassem
razoavelmente o veículo mediúnico. Após essa pequena revisão, começará o Filho
a entender que as 7 Vibrações Originais ou as 7 Linhas da Umbanda se entrosam
com suas Entidades em 3 formas de expressão ou apresentação, ou seja, 3
"roupagens fluídicas" diferentes: A primeira, que vibra no chacra
laríngeo produzindo vozes infantis, foi no Movimento Umbandista da atualidade
associada aos Espíritos que usam a vestimenta fluídica de crianças. A segunda,
que vibra nos chacras da região tórax-abdominal, produzindo porte ereto e voz
vibrante, foi associada, no Movimento Umbandista da atualidade, às Entidades
que usam a roupagem fluídica de caboclos. A terceira, que vibra no chacra
genésico, fazendo com que o médium se curve e se expresse com voz calma, foi
associada às Entidades que se utilizam da vestimenta fluídica de pais velhos,
que mais tarde passaram a ser chamados de pretos-velhos; embora achemos essa denominação
errada, pois muitos Seres Espirituais da Raça Vermelha, que mantêm sua matriz
perispirítica como sendo da Raça Vermelha, "baixam" como pais velhos
na adaptação aceitaram e aceitam que lhes chamem de pai preto, preto-velho,
etc. Após expressarmos esse conceito, vamos entender que no Movimento
Umbandista da atualidade, nas 7 Vibrações Originais, temos os caboclos,
pretos-velhos e crianças, assim distribuídos: Quando citamos Raça Vermelha,
devemos lembrar que essa possante raça animou vários grupos reencarnatórios,
inclusive nas Raças Negra, Amarela e Branca. Assim, achamos justo dar as
origens, os processos originais e não os subsequentes. No caso dos Pais Velhos,
os chamados Pretos-Velhos, as Entidades no grau de Orishas Menores são da pura
Raça Vermelha (estrangeiros), os Guias são das Raças Vermelha e Negra, ou seja,
que compactuaram experiências nas 2 raças (terrenas). Os Protetores são da Raça
Negra, que não tiveram influências da Raça Vermelha diretamente falando. Neste
mesmo plano, encontramos Entidades da Raça Amarela, também velhos Condutores ou
Sacerdotes, mas que pelo seu Saber e Evolução foram chamados a trabalho no
processo de restauração da Umbanda. O importante é que, quando baixam, fazem-no
de forma homogênea, como Pretos-Velhos, velando suas vestimentas iniciáticas do
passado. Muitos insistem em querer ligá-los aos escravos que estiveram aqui no
Brasil ou em outras plagas. Embora muitos desses Seres Espirituais tenham
evoluído na escala espiritual através da renúncia e do esquecimento das
atrocidades contra eles cometidas pelos brancos colonizadores, a maioria deles
assim não fez e até hoje engrossam as colunas do submundo astral, onde ainda
guardam em si o sentimento de ódio e vingança racial. Esses Seres, os antigos
escravos são na verdade utilizados pelos verdadeiros Magos-Negros, que sabem
evocá-los e aproveitar os sentimentos de vingança e ódio que os deixam cegos,
usando-os para as mais baixas tarefas, todas é claro no prejuízo moral, físico
e espiritual daqueles que eles desejam atingir. Muitos desses ditos escravos, a
par de tudo isso, se redimiram, se regeneraram e atuam na causa das falanges
dos Pretos-Velhos como intermediários entre os Guardiães da Luz para as sombras
e das sombras para as trevas. São, quando nessa função, extremamente
eficientes, formando verdadeiras blitzen contra o submundo astral encarnado e
desencarnado. Além disso, muito ajudam o EXU GUARDIÃO a desempenhar suas
funções, mesmo a de manter higienizado o campo astral do médium realmente
atuante e que cumpre funções sérias dentro do Movimento Umbandista. Entre
vários, um deles, que comanda verdadeiro exército, é o que é conhecido como
BEIÇOLA. Esperamos ter deixado claro o porquê do TRIÂNGULO DAS FORMAS DE
APRESENTAÇÃO em sua parte oculta, sendo que a externa visa atrair Seres da Raça
Negra, através dos Pretos-Velhos, bem como através dos Índios ou Caboclos,
aqueles que por motivos vários estão ligados a eles e seus movimentos
espirituais desde há milênios. As Crianças atraem para o sistema vibratório da
Umbanda os Seres ligados aos dois sistemas antes citados e mais os da Raça
Amarela e da Raça Branca, isso de maneira bem geral. Há casos particularíssimos
que, por fugir de nossos propósitos, não citaremos. Assim, Filho de Fé, o
Triângulo das Formas de Apresentação é que representa o Caboclo, o Preto-Velho
e a Criança, que se entrosam, como vimos, nas 7 Vibrações Originais ou 7
Linhas. Não podemos nos esquecer da mensagem moral dessa forma de apresentação.
Após o Triângulo das Formas de Apresentação dos Espíritos militantes na Sagrada
Corrente Astral de Umbanda, necessário se faz que definamos o que a Corrente
Astral de Umbanda entende por vibração original. VIBRAÇÃO ORIGINAL: São as
faixas vibratórias espirituais em que se agrupam, por Afinidades Virginais, diversos
Seres Espirituais. É também a Potência Espiritual que é cabeça de toda uma
faixa vibratória espiritual, promovendo legiões, falanges, sub falanges,
formando as linhas. Então, LINHAS são Espíritos, carnados ou desencarnados, que
compõem as legiões, falanges, subfalanges e grupamentos que se movimentam sob
beneplácito, proteção e ordenação das vibrações espirituais dos ORISHAS, dentro
de sua faixa espiritual afim. Pela primeira vez em nossas conversas com o Filho
de Fé e leitor amigo citamos o vocábulo Orisha como sendo SENHOR ou CABEÇA de
uma Vibração Original. Já tínhamos citado o vocábulo Arasha, o original de
Orisha, como também citaremos ORISHI, que também é anterior a Orisha, mas todos
significando Senhores da Luz ou Cabeças da Luz, o que é a mesma coisa. Não nos
importam as alterações semânticas, que ocorrem devido à diferença de povo para
povo, desde que não tenham sido alterados seus valores científicos,
filosóficos, metafísicos, mágicos, etc. Após termos explicado o que são as 7
Vibrações Originais (por serem as primeiras, de pura energia espiritual, pois
há outras), passaremos a estudá-las e entendê-las tanto em seu aspecto
hermético como em seu aspecto popular. Iniciemos lembrando que a Proto Síntese
Cósmica era a expressão do Aumbandan, que por sua vez, nos aspectos do Universo
Astral, compreendia também a Proto Síntese Religião-Científica — o Conhecimento
Uno. Essa Proto-Síntese Relígio-Científica podia ser representada pela
pirâmide, sendo que cada uma de suas faces estava relacionada com uma Vibração
Original, a saber: Norte — Yorimá; Sul — Xangô; Oeste — Ogum; Leste — Oxossi. O
vértice da pirâmide relacionava-se com Yori. Importante lembrarmos que cada
ponto cardeal também estava associado a um elemento vibrátil energético da
Natureza, quais sejam o Fogo, a Água, o Ar e a Terra. Esses são as LINHAS DE
FORÇA,* que são as expressões concretas das vibrações espirituais dos Orishas
que, ao imprimirem suas vibrações no Universo Astral, fizeram-no na energia, a
qual foi adaptada a um ciclo e um ritmo que se concretiza na Linha de Força ou
Linhas de Força daquele Orisha. Então, os ciclos e ritmos vibratórios próprios
da concretização do Orisha no mundo das energias é que fazem surgir as Linhas
de Força. Assim, façamos um esquema que resuma nossa asserção: os pontos
cardeais da maneira mostrada no esquema ao lado. Com esse despretensioso
esquema, demonstramos as Linhas de Força* (forças sutis da Natureza,
veiculadoras de impressões energéticas e componentes desde o Micro até o
Macrocosmo), que podem ser movimentadas pelos Senhores dos Elementos, os 7
Orishas Maiores, ou as 7 Vibrações Originais. Expliquemos agora, mais
detalhadamente, aquilo que fizemos só de forma esquemática. Já
dissemos que os 7 Orishas Maiores ou as 7 Vibrações Originais são coordenados e
comandados por um Ser Espiritual, o qual denominamos Orisha Maior. Também já
vimos que o Orisha é o Senhor Vibratório de uma Faixa Espiritual sob a qual se
posicionam vários Seres Espirituais, tanto desencarnados, no plano astral, como
encarnados no plano físico. É também o Orisha Maior Senhor de um ou vários
elementos cósmicos, os quais têm afinidade com os movimentos vibratórios desses
Seres Espirituais e todos os demais que estão debaixo de sua faixa espiritual.
Assim, quando dizemos que uma Entidade Espiritual é, por exemplo, da faixa
vibratória de Xangô, estamos dizendo que esse Ser Espiritual está debaixo do
comando vibratório do Orisha Maior Xangô, e, dentro de seu grau, tem
características semelhantes ao seu "Dono Vibratório", tem vibrações
que se harmonizam com as desse Orisha Maior, sendo por isso que diz ser de
Xangô. Se dissemos que todos os Seres Espirituais estão debaixo de uma Vibração
Espiritual Original, é claro que os encarnados também estão debaixo de uma
Vibração Original, sendo comum dizer-se aos Seres Espirituais encarnados o
seguinte: você é da Vibratória Original de Xangô, Ogum, Oxossi, etc. Se todos
os Seres Espirituais estão debaixo de uma Vibratória Original, eles se agrupam
segundo suas afinidades em 7 Vibrações Originais diferentes. O Ser Espiritual
encarnado pode, numa encarnação, estar debaixo da cobertura de uma faixa
espiritual e numa outra reencarnação estar numa faixa espiritual diferente da
anterior. Isso se explica em virtude dos ajustes necessários a serem feitos no
caráter, nas vibrações, na personalidade e nos atributos dos Filhos de Fé. Isso
acontecerá até que seja encontrado o equilíbrio vibratório necessário, sendo
que a partir desse momento entra o Ser em consonância com sua faixa afim,
sintonizando-se com as vibrações de seu Orisha Original. Neste exato momento de
nossa explanação, poderiam perguntar os Filhos de Fé: Como saber se estamos em
nossa Vibratória Original primeira? O importante, Filho de Fé, é ter
conhecimento de que se está debaixo de uma faixa vibratória e Caboclo pode
garantir que pouquíssimos são os que estão em sua faixa vibratória afim, pois a
maioria dos Seres Espirituais necessita de várias experiências para se
autoconhecer e evoluir sem obstáculos interiores, pois não basta estar
"zerado" com os semelhantes, é necessário que se esteja
"zerado" consigo mesmo, e isso só é conseguido com várias passagens
ou militâncias nas 7 Vibrações Originais, que em verdade não são separadas, são
unidas através dos entrecruzamentos vibratórios que, como veremos, põem em
funcionamento todo o sistema vibratório, tornando as 7 Vibrações uníssonas sem
perderem elas suas características e finalidades individuais, isso tudo de
forma essencialmente dinâmica e não estanque. Ressalvamos que o médium ou
cavalo, dentro da Corrente Astral de Umbanda, pode ser de uma Vibração Original
e sua Entidade Espiritual ser de outra, algo às vezes até necessário para que o
trabalho do binômio médium-Entidade, no setor vibratório, se complete e cumpram
ambos suas funções, na maior parte das vezes de alta relevância. Pode acontecer
de a Entidade Espiritual ter a Vibração Original idêntica à de seu cavalo, o
que pode ser bom em se tratando de precipitação fluídico-vibratória,
facilitando um melhor ajuste moral e energético muito necessário, por exemplo,
aos médiuns que estão debaixo de um karma probatório, os quais precisam se
afirmar em seus equilíbrios astrofísicos, o que nessa condição é mais
facilmente conseguido. Outrossim, pode acontecer que o médium esteja debaixo de
um Vibratória Espiritual e seu mentor em outra, mas a VERDADEIRA Vibração
Original do médium, a primitiva, ser igual à de seu mentor espiritual. Nesse
caso, para se descobrir se é isso o que ocorre, necessita-se de um profundo
levantamento, que deve ser realizado por quem tenha outorga para tal, ou seja,
tenha ORDENS E DIREITO DE TRABALHO concedidos pelo Astral Superior. Como em
outros tópicos, aqui também afirmamos que há variações infinitas. Mas, se
falamos em Vibrações Originais, acreditamos que os Filhos de Fé gostariam de
saber como poderiam identificar positivamente suas Vibrações Espirituais,
independentemente de serem ou não veículos de Espíritos, ou seja, cavalos
(médiuns). Sem perda de tempo, vamos fazer essa identificação. Todos nascem num
determinado ano, mês, dia, hora, dia da semana, local, etc. E óbvio que, como
já vimos, existem influências sutis e determinadas sobre a constituição mental,
emocional, física, fisionômica e até sobre o biótipo do indivíduo que se
encontram na dependência do signo de seu nascimento, o signo regente. É também
muito claro que ninguém nasce num determinado signo por acaso, o mesmo
acontecendo com o dia, hora, linha de força atuante, etc. Se considerarmos um
círculo de 360°, cada faixa de 30° corresponderá a um mês, e cada grau a um dia.
Vejamos: O mês do nascimento (faixa de 30°) dirá qual o signo que regerá o
indivíduo. Nos 30° da faixa de seu signo também teremos influências
co-participantes que também influenciarão decisivamente a vida do indivíduo.
Esses 30° são divididos por 3, nos chamados decanatos (teoricamente 10 dias). A
hora do nascimento é muito importante, pois dá as características
astro-emotivas do indivíduo, tais como emotividade, proteções supranormais,
sensibilidade, mediunismo e características de vitalidade, ou seja,
características de seu corpo astral, etérico e aura. Esse horário do nascimento
também qualifica o Orisha, como veremos, que dará essa cobertura. É o chamado
ascendente do indivíduo. O dia da semana também é importante, pois há de
produzir reforços ou debilidades, conjunções ou oposições de forças, tudo na
dependência dos compromissos do indivíduo e da Lei Kármica afeta a ele. Para
iniciarmos a identificação, devemos lembrar que a Terra tem seu satélite, a
Lua, que lhe dá equilíbrio vibratório e, dependendo de sua fase, vitalidade a
todas as coisas vivas. Não se pode ignorar esse fato, pois as fases da Lua,
desde a nova até a minguante, têm funções diferentes e necessárias a toda a
"gestação planetária", haja vista que a mulher é diretamente
influenciada por essas fases, tanto em sua menstruação como em sua gestação,
bem como em seu humor. A Natureza também é influenciada diretamente pelo
processo de luz polarizada da Lua, sendo que, como veremos no capítulo sobre a
Iniciação, é ela importantíssima para irmos ao encontro do "PAI DE
CABEÇA", ou, como se diz vulgarmente na gíria de terreiro, na
"feitura de cabeça". Bem, de posse dessas informações, vamos ao
encontro da Vibração Original, válida, é claro, para a reencarnação atual do
Filho de Fé interessado. 1. Os signos do Zodíaco são 12: Áries, Touro, Gêmeos,
Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e
Peixes. Não nos aprofundaremos na origem desses 12 signos, mas diremos que tem
ela muita ligação com os 12 Anciãos do Templo, com as 12 Tribos Mosaicas, as
quais fizeram surgir as 12 Letras Sagradas, os 12 Fonemas Combinados, e daí os
12 Signos do Zodíaco. 2. Esses signos se dividem, segundo as 4 Forças Cósmicas
Básicas, em: Signos do FOGO ÁRIES, LEÃO e SAGITÁRIO Signos do AR GÊMEOS, LIBRA
e AQUÁRIO Signos de ÁGUA CÂNCER, ESCORPIÃO e PEIXES Signos da TERRA TOURO,
VIRGEM e CAPRICÓRNIO FOGO e AR são considerados signos positivos ÁGUA e TERRA
são considerados signos negativos Os termos positivo e negativo dizem respeito
à questão de polaridade para que haja fluxo de correntes, e não que o signo
seja benéfico ou maléfico. Os 4 Elementos, ditos Elementais ou Forças
Vibratórias Naturais, são: FOGO elemento RADIANTE AR elemento EXPANSIVO ÁGUA
elemento FLUENTE TERRA elemento COESIVO Após terem sido dadas essas pequenas
chaves, identifiquemos as datas dos signos. TABELA I ÁRIES 21 de março a 20 de
abril TOURO 21 de abril a 20 de maio GÊMEOS 21 de maio a 20 de junho CÂNCER 21
de junho a 21 de julho LEÃO 22 de julho a 22 de agosto VIRGEM 23 de agosto a 22
de setembro LIBRA 23 de setembro a 22 de outubro ESCORPIÃO 23 de outubro a 21
de novembro SAGITÁRIO 22 de novembro a 21 de dezembro CAPRICÓRNIO 22 de
dezembro a 20 de janeiro AQUÁRIO 21 de janeiro a 19 de fevereiro PEIXES 20 de
fevereiro a 20 de março. Após essa chave, vejamos os Senhores Vibratórios dos
signos, ou seja, os Planetas e Luminares. Os astros ou planetas chamados
Regentes ou Governantes são: As regências que demos são as consideradas
"antigas" pela Astrologia moderna, pois atualmente consideram outros
planetas como regentes em alguns signos. Por exemplo: Netuno rege o signo de
Peixes, Urano rege Aquário, Plutão rege Escorpião. Não discutiremos essas
modificações, pois achamos que há influências reais mas insignificantes em
relação aos considerados "regentes velhos" e vamos ficando por aqui
mesmo. Após essa explicação, relacionemos os signos com as 7 Vibrações
Originais, os dias da semana, as cores correspondentes, os elementos vibratórios
e os pontos cardeais por onde vem a corrente das Linhas de Força. De posse
dessa chave, já fica o leitor amigo e o Filho de Fé sabendo como levantar sua
Vibração Original, bem como os elementos da mesma, cor vibratória, dia da
semana, etc. Que o Filho de Fé e leitor amigo não veja contradição nos
Elementos ou Forças Cósmicas que demos em páginas anteriores com essa divisão
das Vibrações dos 4 Elementos Básicos Cósmicos. Para facilidade de
entendimento, colocamos os Orishas como Senhores primazes, secundários, terciários
e quaternários, pois em verdade nunca se pode movimentar um só elemento; o que
há é uma predominância do ELEMENTO BÁSICO DO ORISHA, mas os demais, em maior ou
menor escala, também são movimentados. Falta-nos ainda dar os Orishas regentes
dos decanatos, o que faremos agora. Após tabelas e mais tabelas, daremos apenas
mais uma, que corresponde ao horário vibratório eletromagnético em que os
Orishas comandam certas Linhas de Força, como também correntes de força de
entrada e saída do planeta. Para simplificar o que até aqui falamos, daremos um
exemplo, o qual fará o Filho de Fé entender sem muitas dificuldades,
possibilitando o levantamento da sua própria Vibração Original. Exemplo:
Indivíduo nascido no dia 7 de maio, às 17 horas, uma 2a -feira de Lua nova. 1º)
Qual o signo do indivíduo? Nascido no dia 7 de maio, indo-se à tabela I,
encontraremos o signo de TOURO. 2º) Qual o astro regente? Nascido no signo de
Touro, indo-se à tabela II, encontraremos o planeta VÊNUS. 3º) Qual a Vibração
Original? Nascido no signo de Touro, cuja regência é dada pelo planeta Vênus,
indo à tabela III encontraremos a Vibração Original de OXOSSI. 4º) Qual o
decanato em que nasceu o indivíduo e quais as influências secundárias? O
indivíduo nasceu no 2º decanato do signo de Touro. Indo-se à tabela V, veremos
que no 2º decanato há influência da Vibração Original de YORI. 5º) Qual o
Orisha que estava dominando na hora do nascimento do indivíduo? Se o indivíduo
nasceu às 17 horas, indo-se à tabela VI, encontraremos o Orisha ou Vibração
Original de XANGÔ. 6º) Segundo o dia da semana, quais as influências sobre o
indivíduo? Sendo esse um aspecto que exigiria explicações mais minuciosas,
diremos apenas que o indivíduo tem uma cobertura importante da Vibração
Original de YEMANJÁ. 7º) Se o indivíduo nasceu na Lua Nova, quais as
influências desse fato? Não poderemos nos aprofundar nesse item, em virtude de
ser o mesmo de caráter iniciático, reservando-se esse conhecimento aos
Iniciados. Diremos apenas que o indivíduo tem razoável energia vital que vem
pela corrente dos elementos movimentados principalmente por Ogum. O fator da
Lua é muito importante para que o médium dirigente, ao fazer o levantamento da
Vibração Original do Filho de Fé, possa elucidar corretamente proteções,
faculdades mediúnicas, poderes supranormais e personalidade do médium, com suas
deficiências ou debilidades, suas tendências tanto positivas como negativas. O
médium dirigente Iniciado também saberá, através das combinações do
levantamento feito, orientar e adestrar o médium iniciante a levar avante seu
mediunismo, como também o alertará sobre os percalços do caminho, sobre as
ciladas que poderão surgir. Poderá também dizer se o médium está em
reencarnação probatória, evolutiva ou missionária, quais os rituais que fará para
que ele consolide suas faculdades medianímicas e até se o médium, por meio de
suas conquistas no passado, no hoje alcançou o grau de ser um Médium Iniciado,
um Mestre de Iniciação ou mesmo Médium Magista. O seu Iniciador levantará os
rituais seletos corretos, até o exato momento do ritual final da Iniciação,
onde o médium, já Mestre de Iniciação, encontrará o ORISHA INTERIOR, encontrará
sua verdadeira Vibração Original, que é na realidade o seu Pai de Cabeça. Como
se diz na linguagem de terreiro, isso se faz através do ritual de "fazer a
cabeça". É óbvio que não estamos nos referindo à forma vulgarizada ou
deturpada como se vem fazendo atualmente. Mas, enfim, a Natureza não dá saltos,
aguardemos. O tempo é mestre e ensina a todos... Antes de continuar, devemos
frisar que essas fases são raríssimas na Umbanda da atualidade, ou seja, os
verdadeiros Mestres de Iniciação ou BABALAWÔS (os Pais dos Segredos Cósmicos ou
Senhores dos Mistérios) estão no interior do Templo Umbandista, caracterizados
de médiuns normais e não ostentam nunca o título de Babalawô, podendo até levar
o de Mestre de Iniciação. Assim, todo Babalawô é Mestre de Iniciação, mas nem
todo Mestre de Iniciação é Babalawô. Aliás, quase não existem mais Mestres de
Iniciação, quanto mais Babalawôs, embora um ou outro possa existir. Mas, o que
nos importa é mantê-los ativos, imunizados e longe do assédio das correntes
inferiores, pois pelos seus poderes conquistados nas lides do Mediunismo, da
Magia, da Clarividência apuradíssima e da manipulação do Oponifá Verdadeiro e
da Lei de Pemba, são vítimas constantes de pertinazes e ferozes ataques das
sombras, além de toda sorte de traições, invejas, ciúmes, ciladas e armadilhas
que vêm pelas humanas criaturas. Em vez de preservarem o Mestre de Iniciação,
muitos Filhos de Fé começam a querer sabotá-lo, criticá-lo, invejá-lo e é
nessas condições que fazemos prevalecer aqueles que em verdade podem errar,
tombar, mas são verdadeiros médiuns, enquanto outros, que os criticam ou
invejam, não têm a capacidade que os mesmos têm. Não conseguindo alcançá-los e
muito menos igualá-los, se retiram blasfemando e até dizendo que nunca
conheceram uma Casa de Iniciação Umbandista. Pobres almas... a vida se
encarregará, pois um dia eles precisarão amadurecer, e sem dúvida amadurecerão;
que Pai Oxalá os abençoe sempre e permita que eles nunca se aproximem dos
verdadeiros Babalawôs, algo que os atormenta, por não conseguirem entender como
o Babalawô conhece e consegue se livrar de tantas demandas, perseguições,
invejas, etc. Nós lhes respondemos que eles, os verdadeiros Babalawôs, têm a
nossa cobertura. Sempre que possível mantemo-los de pé e de cabeça erguida, por
meio da cobertura espiritual que fazemos descer sobre eles, e mesmo por meio
das escoras que lhes são dadas pela força de demanda, por intermédio do
verdadeiro Exu Guardião Cabeça de Legião, o vulgarmente chamado CABEÇA GRANDE.
Após termos firmado o conceito de que a Corrente Astral de Umbanda reconhece 7
Potências Espirituais, que todos os Seres Espirituais se encontram, segundo
suas afinidades, debaixo de uma delas, e após termos também dado os nomes
sagrados vibrados e litúrgicos que foram revelados na Raça Lemuriana, a 3a Raça
Raiz, pela Augusta Raça Vermelha, vejamos agora uma a uma as 7 Vibrações
Originais e no final de nosso capítulo façamos os entrelaçamentos coordenados
entre elas, pois mais uma vez afirmamos que nosso conhecimento é de Síntese.
Assim, as 7 Vibrações Originais são: Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yorimá e
Yemanjá. Esses nomes sagrados, vibrados e litúrgicos deverão ser pronunciados
de forma especial e, quando em conjunto, na seqüência dada em linhas
anteriores. Em capítulos futuros entender-se-á melhor o porquê dessa sequência,
que obedece a leis quantitativas e qualitativas. Livro A Proto Síntese Cósmica.
Abraço. Davi.
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