11. A Reconciliação
Islamismo.
O Profeta Muhammad ou Maomé, tentou ainda, mais uma vez, reconciliar-se com os
habitantes de Meca. A obstrução da rota do Norte das suas caravanas, havia
arruinado a sua economia o Profeta Muhammad, prometeu-lhes trânsito livre, a
extradição dos seus fugitivos e o atendimento de todas as condições que eles
impuseram. Concordando até voltar a Medina sem completar a peregrinação à
Kaaba, em vista disso, ambas as partes negociadoras prometeram em Hudaibiya não
só a preservação da paz, mas também a observância da neutralidade nos seus
conflitos com terceiros. Este pacto ficou conhecido como O Pacto de Hudaibiya. Aproveitando a paz o Profeta Muhammad,
se lançou a um intensivo programa de propagação da sua religião. Ele enviou
cartas missionárias aos governantes de Bizâncio, do Irã, da Abissínia (Etiópia)
e de outros países. O sacerdote autocrático Bizantino, Doughatir dos Árabes,
abraçou o Islam, mas por isso, foi linchado pela turba; o prefeito de Ma'an na
Palestina sofreu idêntico destino, sendo decapitado e crucificado pelo
imperador. Um
embaixador muçulmano foi assassinado na Síria Palestina; e ao invés de punir o
culpado, o imperador Heráclito apressou-se a protege-lo com o seu exército da
expedição punitiva enviada pelo Profeta Muhammad. Essa ficou conhecido como a
Batalha de Mu'ta. O
idólatras de Meca, esperando aproveitar-se das dificuldades dos muçulmanos
violaram os termos do tratado, diante disso, o próprio Profeta Muhammad,
liderou um exército de dez mil homens, tomando Makkah ou Meca de surpresa e sem
derramamento de sangue. Como
conquistador benevolente, reuniu os vencidos, lembrou-lhes os seus atos
pecaminosos, a perseguição religiosa, o confisco injusto das propriedades dos
imigrantes, as repetidas invasões e a hostilidade insensata e contínua dos
últimos vinte anos. Perguntou-lhes:
Agora o que esperam de mim? Quando todos baixaram as cabeças, envergonhados, o
Profeta Muhammad, proclamou: Que Deus os perdoe; vão em paz; não serão chamados
à responsabilidade hoje; estão livres! Ele inclusive renunciou a
reivindicação das propriedades muçulmanas confiscadas pelos idólatras de Meca.
Isso produziu uma grande reviravolta psicológica de ânimos, quando um chefe
dentre eles se adiantou com o coração transbordante de alegria, após ter ouvido
essa anistia geral, e decidido declarar a sua aceitação do Islam. Disse-lhe o
Profeta Muhammad: E,
por minha vez, nomeio governador de Meca! Sem deixar um único soldado na cidade
conquistada, o Profeta Muhammad, retirou-se para Medina, a Islamização de Meca,
realizada em poucas horas, foi completa. Imediatamente após a ocupação de Meca,
a cidade de Ta'if, mobilizou-se para lutar contra o Profeta Muhammad, com
alguma dificuldade, o inimigo foi dispersado, no vale de Hunain, mas mesmo
assim os muçulmanos preferiram levantar o sítio de Ta'if e usar meios pacíficos
para quebrar a resistência dessa região. Menos de um ano depois, uma delegação
de Ta'if veio a Medina, oferecer a sua rendição, porém pedia isenção das
orações, dos impostos e do serviço militar, bem como a continuação das práticas
do adultério da fornicação e do consumo de bebidas alcoólicas, exigiam até que
lhes deixassem conservar o templo do ídolo al Lat, em Ta íf. Mas o Islam não era um movimento
materialista e imoral, e a delegação não tardou a envergonhar-se das suas
exigências, o Profeta Muhammad, concordou em conceder uma isenção dos impostos
e da prestação de serviços militares, dizendo: Vocês não precisam demolir o templo
com as suas próprias mãos; mandaremos gente nossa para essa tarefa, e caso haja
alguma consequência das quais vocês temem, devido as suas superstição, ela
recairá sobre os nossos homens. Este ato do Profeta Muhammad, mostra bem que concessões
podiam ser feitas aos novos convertidos, a conversão dos habitantes de Ta'if
foi tão sincera que em pouco tempo, eles próprios renunciaram às isenções
pactuadas com o Profeta Muhammad. Em todas essas guerras que se
estenderam por um período de dez anos, os não muçulmanos perderam no campo de
batalha não mais do que 520 homens, enquanto as perdas dos muçulmanos foram
ainda menores. Com
essas poucas incisões, toda a Península Arábica, com os seus dois milhões de
quilômetros quadrados, se viu curado do abscesso da anarquia e da imoralidade,
durante esses dez anos de lutas desinteressadas, todos os povos da Península
Arábica e das regiões vizinhas ao sul do Iraque e da Palestina haviam abraçado
voluntariamente o Islam. Alguns
grupos cristãos, judaicos e masdeístas permaneceram ligados às suas crenças, e
a estes foi concedida a liberdade de consciência religiosa, assim como a
autonomia judicial e jurídica. No ano 10 Da Hégira, quando o Profeta Muhammad foi a Meca
em peregrinação (Peregrinação da Despedida) encontrou lá 140.000 muçulmanos,
vindos das mais diversas regiões da Arábia, para cumprir a sua obrigação
religiosa. Pronunciou
para eles o que se tornou o seu célebre sermão, no qual resumiu os seus
ensinamentos: A
crença no Deus Único, sem imagens ou símbolos, a igualdade de todos os fiéis,
sem distinção de raça ou classe, a superioridade dos indivíduos derivando
unicamente da devoção, a santidade da vida, da propriedade e da honra, a
abolição da usura, das vinganças e da justiça particular; o tratamento melhor
para as mulheres, a noção da possibilidade de acumulação de riquezas, a
distribuição obrigatória, dos bens dos falecidos entre os seus parentes mais
próximos de ambos os sexos, e não a concentração das mesmas nas mãos de uns
poucos, o Alcorão e a conduta do Profeta Muhammad, deveriam servir de
fundamento à lei de critérios sadios para todos os aspectos da vida humana.
Ao voltar para Medina, o
Profeta Muhammad, caiu doente; e algumas semanas mais tarde, quando exalou o
seu último suspiro, o fez com a satisfação de que havia cumprido a altura a
tarefa que tinha empreendido; a de pregar ao mundo a mensagem de Deus, o Islam.
Ele legou toda a
posteridade uma religião de puro monoteísmo; criou um estado disciplinado, a
partir do caos que existia e trouxe a paz, para substituir a guerra de todos
contra todos; estabeleceu um equilíbrio harmônico entre os assuntos espirituais
e os temporais, entre a Mesquita e a cidade; deixou um novo sistema de leis,
que distribuiu a justiça imparcial, à qual até o chefe de estado estava tão
sujeito quanto qualquer plebeu, e na qual a tolerância religiosa era tanta, que
os habitantes não muçulmanos dos países muçulmanos, desfrutavam igualmente de
total autonomia judicial e cultural. Em matéria de receitas dos Estado,
estabeleceu os princípios orçamentários e se preocupou mais com os pobres do
que com os demais, as receitas foram ressalvadas terminantemente, de vira ser
transformadas em propriedades particular do chefe de estado, acima de tudo, o
Profeta Muhammad deixou um exemplo nobre, pela prática integral de tudo o que
ensinava aos outros.
12. A
PEREGRINAÇÃO DA DESPEDIDA
Quando o
mês de Ramadan chegou, em 632, O Profeta Muhammad resolveu, ele mesmo, dirigir
o cerimonial da peregrinação. Ele saiu de Medina em 20 de fevereiro de 632, em
direção a Meca, seguido por uma imensa multidão de fiéis, alguns a pé e outros
montados em camelos, numa fila que se perdia no horizonte. A última peregrinação de Muhammad é de
uma importância fundamental para todos os muçulmanos. Tudo o que ele fez nessa
ocasião histórica foi posteriormente incorporado ao ritual que é seguido até os
dias atuais. O seu sermão também é um legado para toda a humanidade, uma vez
que trata de questões éticas e morais que devem nortear o comportamento dos
seres humanos, independente de raça, cor, credo. Ele discursou para a multidão reunida
e entre os vários pontos enfatizados estão os de que não se deve mentir,
roubar, trair, cometer adultério, ingerir drogas, explorar quem quer que seja,
isto é, os mesmos princípios morais trazidos por todos os mensageiros de Deus
que o antecederam. Disse ainda a todos que a vida e a propriedade de todo
muçulmano são responsabilidades sagradas; que não causassem dano a ninguém e
que ninguém lhes causasse danos. E que a partir daquele momento não
deveria haver exploração econômica e nem a prática da usura e sim a cooperação
entre todos. Também disse que as mulheres deveriam ser tratadas com bondade,
pois Deus as tinha confiado a seus maridos; que os homens tinham certos
direitos sobre elas, mas que elas também tinham certos direitos sobre os
homens. É uma via
de duas mãos. Um complementa o outro, ao invés de serem adversários. Todo
muçulmano é irmão de todos os muçulmanos. O orgulho da raça ou das origens era
perverso e deveria ser abolido. Ele também ensinou que toda a humanidade veio de Adão e
Eva e que não há preferência de um árabe sobre um não árabe, ou de um não árabe
sobre um árabe; de um negro sobre um branco ou de um branco sobre um negro. O
melhor entre todos é o mais piedoso, o mais temente e o que é o melhor em
caráter. Também disse que não viria outro apóstolo ou mensageiro depois dele e
que havia deixado para os muçulmanos e para toda a humanidade, duas coisas, e
que quem as seguisse jamais se desviaria: o Alcorão e a Sunnah.
Pediu a seus seguidores
que levassem esta mensagem a todas as pessoas da terra. E assim eles o fizeram,
percorrendo o mundo, principalmente como mercadores, professores, como pessoas
que chegavam para partilhar sua experiência religiosa. E o Islam se espalhou
pelo mundo, mais pela força do exemplo, da tolerância do que pela força da
espada. Cada
detalhe do ritual foi indicado pelo Profeta, o ritual de atirar as pedras, o
sacrifício de animais em Mina, as voltas em torno da Kaaba e a vestimenta
especial do peregrino. Ao final de seu sermão, Muhammad disse aos presentes: eu
não disse a vocês o que fazer e que completei minha missão? Todos responderam
em voz alta: Sim, por Deus que você o fez. A seguir, ele levantou os olhos para
o céu e disse: "Deus, dou o meu testemunho". Por fim, ele se despediu dos
peregrinos e voltou para Medina. Nunca mais ele veria Meca de novo. Essa
peregrinação de Muhammad passou para a história muçulmana como a Peregrinação
da Despedida.
13. O
ÚLTIMO SERMÃO DO PROFETA MUHAMMAD
Após
louvar e agradecer a Deus, ele disse: Oh! gentes, ouvi-me atentamente porque
não sei se estarei entre vós depois deste ano. Portanto, ouvi o que tenho a
dizer com muita atenção e levai essas palavras àqueles que não puderam estar
presentes aqui, hoje.
Oh! gentes, da mesma forma que guardai este mês, este dia, esta
cidade como sagrados, respeitai também a vida e propriedade de todo muçulmano,
como uma responsabilidade sagrada. Devolvei os bens que vos foram confiados aos
seus legítimos donos. Não feri ninguém porque assim ninguém vos ferirá.
Lembrem-se de que verdadeiramente vós vos encontrareis com o vosso Senhor e que
Ele ajustará as contas. Deus proibiu a usura (juros), portanto, todas as
obrigações decorrentes de juros devem ser postas de lado. Vosso capital, no
entanto, cabe a vós mantê-lo. Jamais imponhais e nem sofreis qualquer espécie
de iniquidade. Deus sentenciou que não haverá juros e que todos os juros
devidos a Abbas ibn 'Abd'al Muttalib (tio de Muhammad) serão anulados. Cuidado com Satanás, para
segurança de vossa religião. Ele perdeu toda a esperança de que pudesse
desviar-vos das grandes coisas, portanto, cuidado para não segui-lo nas
pequenas. Oh!
gentes, é verdade que vós tendes certos direitos em relação a vossas mulheres,
mas elas também têm direitos sobre vós. Lembrai-vos de que vós as tomastes por
esposas na confiança de Allah e com a Sua permissão. Se elas forem fiéis então
a elas pertence o direito de serem alimentadas e vestidas com bondade. Tratai
suas mulheres bem e sedes gentis com elas porque elas são vossas parceiras e
auxiliares comprometidas. E é vosso direito que elas não façam amizade com quem
não aproveis, e que elas jamais sejam impuras. Oh! gentes, levai-me a
sério, adorai Allah, fazei as cinco preces diárias (salat), jejuai no mês de
Ramadan e distribui de vossos bens em Zakat. Fazei o Hajj (peregrinação) desde
que possível. Toda a
humanidade provém de Adão e Eva, um árabe não é superior a um não árabe, nem um
não árabe é superior a um árabe; o branco também não é superior ao negro, nem o
negro tem qualquer superioridade sobre o branco, exceto quanto à justiça e aos
bons atos. Sabei que todo muçulmano é um irmão de todo muçulmano e que os
muçulmanos constituem uma irmandade. Nada que pertença ao irmão muçulmano é
lícito para outro muçulmano, a menos que seja dado livremente e de boa vontade.
Portanto, não praticai a injustiça entre vocês. Lembrai-vos de que um dia vós estareis
diante de Deus e respondereis por vossos atos. Portanto, cuidado, não vos
desvieis do caminho da justiça depois que eu tiver partido. Oh! gentes, nenhum profeta ou apóstolo
virá depois de mim e nem surgirá uma nova fé. Raciocinai bem e compreendei as
palavras que vos estou transmitindo. Deixo-vos duas coisas, o Alcorão e o meu
exemplo, as Sunnas, e se seguirdes esses dois, jamais vos desviareis.
Todos que me ouvem
deverão difundir minhas palavras para os outros, e estes para outros, e assim
por diante, e que o último que as ouvir possa compreender minhas palavras
melhor do que aqueles que agora me ouvem diretamente. Sede minha testemunha,
Oh! Deus, de que eu transmiti vossa mensagem ao Vosso povo. A Morte de Muhammad (Saws) em maio de
632, depois da Peregrinação da Despedida, Muhammad (saws) recrutou os homens
para uma expedição à Síria. Um dado curioso dessa expedição é que Usama, filho
de Zaid ibn Haritha, foi indicado o comandante, embora ele só tivesse 20 anos e
nenhuma experiência de comando. A indicação provocou uma grande crítica,
especialmente entre os veteranos mais experimentados, que se viram substituídos
por um rapaz imberbe. Não há registros a respeito dos resultados dessa
expedição. Ibn Ishaq tem uma nota curta onde relata o fato de que eles fizeram
alguns prisioneiros num porto, provavelmente do mar Vermelho. Certa noite de junho de
632, Muhammad (saws) chamou um de seus libertos e lhe disse que Allah (swt)
tinha ordenado ir ao cemitério e rezar pelos mortos. Acompanhado deste homem,
ele saiu e quando estava entre os túmulos, dirigiu-se aos mortos: Que a paz esteja com vocês, ó povo dos
túmulos. Felizes são vocês porque estão muito melhor do que os homens daqui. As
divergências chegaram como ondas de escuridão, uma após a outra, sendo a última
pior do que a primeira. Quando ele acabou de rezar, chamou seu liberto e voltou para casa.
Na manhã seguinte, sentiu uma violenta dor de cabeça. Ele tentou visitar suas
esposas, indo a casa de cada uma delas, mas desmaiou na casa de Maimuna. As
mulheres se reuniram em volta dele e lhe deram permissão para que, durante sua
doença, ele fosse cuidado na casa de Aisha. Devagar os homens estavam
terminando os preparativos para se juntarem à expedição de Usama, ainda
ressentidos com a indicação dele. Muhammad (Saws), no entanto, estava forte o
suficiente para realizar a cerimônia de apresentação de Usama com a bandeira de
guerra, um ritual introduzido pela primeira vez por Qusai. Então, ele amarrou um
lenço em volta de sua cabeça para acalmar a dor que incomodava muito e fez um
esforço para entrar na mesquita para as preces. A partida da expedição de Usama
foi retardada, tendo em vista do estado de saúde de Muhammad (Saws). Ele estava
com muita febre. Não conseguindo dirigir as preces públicas, pediu a Abu Bakr
que o substituísse. Certa vez, na ausência de Abu Bakr, Omar ibn al Khattab foi
quem dirigiu as preces. Ao reconhecer a voz de Omar, pois a porta do quarto de
Aisha dava diretamente para a mesquita, ele gritou de sua cama, não, não,
somente Abu Bakr. Talvez ele quisesse enfatizar o respeito que tinha por Abu
Bakr como o mais velho. Algumas de suas esposas se reuniram com outras mulheres e
decidiram forçá-lo a tomar um remédio. Muhammad (saws) perguntou-lhes porque
elas estavam agindo assim e elas disseram que estavam com receio de que pudesse
ser pleurisia. Mas ele respondeu que Allah (swt) não o afligiria com uma doença
tão diabólica. Na
verdade, à luz dos modernos conhecimentos, parece provável que Muhammad (saws)
tenha morrido de pneumonia. Talvez ele tivesse se resfriado quando saiu para
rezar no cemitério, pois na manhã seguinte ele acordou com uma terrível dor de
cabeça e a partir daí sua febre não baixou mais. No décimo dia de sua doença, a
febre atingiu seu ponto mais alto, ele ficou parcialmente consciente e seu
corpo estava atormentado pela dor. Então, na manhã seguinte, quando Abu Bakr
estava dirigindo a prece, a porta do quarto de Aisha rapidamente se abriu e
Muhammad (Saws) apareceu sorrindo no pátio da mesquita. Ele acenou para os
fiéis para que continuassem a prece e se sentou no chão para descansar. Quando as preces acabaram,
Abu Bakr se aproximou dizendo feliz Oh! Apóstolo de Allah, vejo que hoje você
está gozando das bênçãos de Allah, como
todos nós queremos. Achando que Muhammad (Saws) estava recuperado, ele pediu
para visitar sua família, que vivia do outro lado do oásis. Muhammad (Saws) voltou
para sua cama, deitou-se com a cabeça no peito de Aisha. Limpou seus dentes
energicamente e voltou a deitar-se. De repente, Aisha percebeu que sua cabeça
tinha ficado mais pesada. Senhor, conceda-me o perdão, disse ele. Seus olhos
ficaram fixos. O mensageiro de Allah tinha ido encontrar-se com seu Senhor.
14. O Último Profeta de
Deus Para Humanidade
A crença
dos muçulmanos de que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam
sobre ele), é o último Profeta de Deus, foi mal entendida por muitos povos,
pelo que merece ser explicada. Esta crença, em caso algum quer dizer que Deus fechou as
portas da Sua Misericórdia ou se ausentou, não impõe restrição à ascensão das
grandes personalidades religiosas, nem limita o aparecimento dos grandes
líderes espirituais, ou que obstrua a evolução dos grandes homens piedosos.
Nem quer dizer que Deus
preferiu os árabes, dos quais o Profeta Muhammad, foi o escolhido; Deus não é
partidário de qualquer raça, povo ou geração e a porta de Sua Graça está sempre
aberta e sempre acessível aos que a procuram. Ele fala ao ser humano por qualquer
destas formas: 1.
Por inspiração que ocorre na forma de sugestões ou ideias colocadas por Deus
nos corações e pensamentos dos seres humanos que são piedosos. 2. Por detrás de um véu que aparece na
forma de visões quando aquele que está qualificado para as receber está
acordado ou num estado de transe. 3. Através do Mensageiro celestial, o
anjo Gabriel, que foi mandado a terra com palavras Divinas concretas para
transmitir ao escolhido mensageiro humano. Esta última forma é a mais elevada e
aquela em que o Alcorão foi transmitido ao Profeta Muhammad, está confinada só
aos Profetas, dos quais o Profeta Muhammad, foi o último e o selo.
Há outros pontos
específicos os quais mostram porque o Profeta Muhammad, é o último profeta de
Deus para toda a humanidade. 1. O Alcorão declara em palavras inequívocas que o
Profeta Muhammad, é enviado a todos os seres humanos como Apóstolo de Deus, a
Quem pertence o domínio dos céus e da terra. Diz Deus no Alcorão: Dize: Oh! humanos, sou o Mensageiro de
Deus, para todos vós. Seu é o reino dos céus e da terra. Não há mais divindade
além d`Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus e em Seu
Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas Suas palavras; segui-o,
para que vos encaminheis. (7ª Surata, versículo 158). Também estabelece que o Profeta
Muhammad, foi enviado só como uma graça de deus a todas as criaturas, humanas e
não humanas, igualmente. Diz
Deus no Alcorão: E
não te enviamos, senão como misericórdia para a humanidade. (21ª Surata,
versículo 107). E
disse ainda: Em
verdade, Muhammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro
de Deus e o postremo (último) dos Profetas; sabei que Deus é Onisciente.' (33ª
Surata, versículo 40). O
Alcorão é a palavra de Deus , e tudo o que diz é a verdade de Deus que todos os
muçulmanos defendem e em que todos os seres humanos devem refletir.
A mensagem do Profeta
Muhammad, não é simplesmente um renascimento nacional ou um monopólio racial ou
uma entrega temporária à escravidão e opressão. Nem foi uma mudança abrupta ou uma
reversão de tendências da história, a mensagem do Profeta Muhammad, foi e
certamente que ainda é, um renascimento universal, uma benção comum, uma
herança para toda a humanidade e uma entrega espiritual duradoura.
É uma continuação que
evolui de mensagens prévias e uma bem balançada incorporação de todas as
revelações anteriores. Transcende
todas as limitações de raça, cor, e caracteres regionais, é dirigida a
humanidade de todos os tempos e é precisamente o que o ser humano precisa,
assim, um muçulmano acredita que o Profeta Muhammad, é o último Profeta porque
o Alcorão nos dá o testemunho verdadeiro disso e porque a mensagem do Profeta
tem as mais alta qualidade de uma fé verdadeiramente universal e concludente.
2. O próprio Profeta
Muhammad, declarou que era o último Profeta de Deus, um muçulmano, ou qualquer
outro, sobre este assunto não pode duvidar da verdade desta revelação, durante
a sua vida, o Profeta Muhammad, foi conhecido como o mais verdadeiro, honesto e
modesto. A
sua integridade e a sua verdade estiveram fora de dúvida não só nas visões dos
muçulmanos, mas também nas mentes dos seus oponentes mais aguerridos, o seu
caráter, os seus conhecimentos espirituais, e as suas reformas na sociedade,
não tiveram paralelo em toda a história da humanidade. E resta saber se a história pode
produzir alguma coisa igual ao Profeta Muhammad, ele disse que era o último
Profeta, porque está foi a verdade de Deus, e não porque ele quisesse qualquer
glória pessoal ou visto nisso ganhos pessoais. A vitória não alterou a sua conduta, o
triunfo não enfraqueceu a suas excelentes virtudes, e a força não corrompeu o
seu caráter, ele foi incorruptível, consistente e inacessível a qualquer noção
de ganho pessoal ou glória, as suas palavras espalhavam deslumbrante luz de
sabedoria e verdade. 3,
O Profeta Muhammad, foi o único Profeta que cumpriu a sua missão e completou o
seu trabalho em levar a palavra de Deus aos seres humano em vida, antes de morrer,
o Alcorão expressou que a religião de Deus tinha sido aperfeiçoada, o favor de
Deus aos crentes tinha sido completo e a verdade da revelação tinha sido
guardada e será preservada com toda a segurança, quando o Profeta Muhammad
faleceu, a religião do Islam foi completada e a comunidade muçulmana crente,
ficou bem estabelecida. O
Alcorão foi registrado durante a sua vida e preservado na sua total e original
versão, todas estas ideias, de que a religião de Deus, tanto no conceito como
na aplicação, e que o Reino de Deus tinham sido estabelecidos aqui na terra,
foram completadas por Muhammad. A missão do Profeta Muhammad, o seu exemplo e os seus
conhecimentos provaram o ponto de vista de que o reino de Deus não é um ideal
que não se possa atingir ou alguma coisa só do outro mundo, mas é alguma coisa
deste mundo também, alguma coisa que existiu e floresceu no tempo do Profeta
Muhammad, e pode existir e florescer em qualquer época enquanto houver crentes
sinceros e homens de fé. 4.
A ordem de Deus de que o Profeta Muhammad, é o último Profeta é baseada na
original e pura autenticidade do Alcorão, nos concludentes e únicos
conhecimentos do Profeta Muhammad, na universalidade do Islam, e na
aplicabilidade dos ensinamentos do Alcorão Sagrado para todas as situações,
todas as idades e todos os homens. Esta é a religião que transcende todas
as fronteiras e consegue penetrar, apesar de todas as barreiras de raça, cor
idioma, idade e estatutos de opulência ou prestígio, é a religião que assegura
a todos os seres humanos, igualdade, fraternidade, liberdade, dignidade, paz,
honra, guia e salvação. Esta
é a essência pura da religião de Deus, Louvado Seja, e a forma de ajuda que Ele
na Sua Misericórdia sempre estendeu ao ser humano desde o início da história.
Com o Profeta Muhammad e
o Alcorão Sagrado, culminou a evolução religiosa, no entanto, não significa o
fim da história, ou que terminou a necessidade humana do guia divino, isto é só
o início de uma nova aproximação, a inauguração de uma nova era, na qual o
homem foi suficientemente provido de encaminhamento Divino e de exemplos
práticos de que necessitava. Este divino guia esta contido no Alcorão Sagrado, como a
mais autêntica e incorruptível revelação de Deus, e estes exemplos são
encontrados na personalidade do Profeta Muhammad (SWAS). 5. Deus ordenou que o Profeta
Muhammad, deverá ser o último Profeta, contudo, esta Divina ordem foi uma
antecipação dos grandes acontecimentos históricos que se seguiram, proclamou
boas notícias para os seres humanos que deveria entrar em um novo grau de
maturidade intelectual e elevação espiritual e que deveria ter de fazer ele
próprio, sem novos profetas ou novas revelações, ajudado pelos ricos legados
dos Profetas e as revelações, tais como as encontradas no Profeta Muhammad, e
seus predecessores. Foi
em antecipação deste fato que as culturas, raças e regiões de todo o mundo se
tornaram mais fechadas aos outros que o gênero humano poderia fazer bem com uma
religião universal na qual Deus ocupa a Sua reta posição e o ser humano se
sinta realizado. Foi
um testemunho solene para o grande papel que os conhecimentos avançados e os
sérios compromissos intelectuais influenciaram em termos de levar o ser humano
até Deus, é a verdade que o ser humano pode combinar os seus conhecimentos
avançados e o seu forte potencial intelectual com os ensinamentos morais e
adaptar-se as Leis de Deus. A história da ascensão dos Profetas acabou com o Profeta
Muhammad, para dar ao ser humano a evidência de que ele pode amadurecer na sua
iniciativa própria, para dar à ciência uma oportunidade para funcionar
devidamente e explicar o vasto domínio de Deus, e dar a mente humana uma
oportunidade para refletir e aprofundar. A natureza do Islam é tal que tem uma
grande flexibilidade e praticabilidade e pode resolver qualquer situação, a
natureza do Alcorão é sem duvida universal, sempre reveladora e segura o seu
encaminhamento, a natureza da mensagem do Profeta Muhammad é tal que é dirigida
a todos os seres humanos e a todas as gerações. O Profeta Muhammad, não foi meramente
um líder racial ou um libertador nacional, ele foi, e ainda é, um homem da
história e o modelo daquele que procura Deus, nele todos os exemplos podem
encontrar alguma coisa para aprender, exemplos excelentes de bondade e piedade
para serem seguidos. Alláh seja louvado na pessoa do seu Abençoado Profeta Muhammad (Maomé). http://www.ccib.org.br.
Abraço. Davi.
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