terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O Profeta Muhammad (Maomé). Parte II.



6. Boicote Social
Islamismo. Quando um grande número de muçulmanos de Meca emigrou para a Abissínia (Etiópia), os líderes do paganismo deram um ultimato à tribo do Profeta Muhammad, exigindo que ele fosse excomungado, declarado fora da lei, e entregue aos pagãos, para ser morto. Todos os membros da tribo, muçulmanos ou não, rejeitaram a exigência. Em consequência dessa recusa, a cidade decidiu impor um boicote total a tribo do Profeta Muhammad; ninguém poderia falar, manter relações comerciais ou matrimoniais com os seus membros. As tribos que habitavam o subúrbio, que eram aliados dos senhores de Makkah ou Meca, também aderiram ao boicote causando uma grande miséria entre as vítimas inocentes, crianças, homens e mulheres, velhos doentes e fracos. Alguns sucumbiram, mas ninguém concordou em entregar o Profeta Muhammad aos seus perseguidores, após três anos, quatro ou cinco que não eram muçulmanos, porém mais humanos que os demais e pertencendo a clãs diferentes, proclamaram o seu repúdio ao injusto boicote. Ao mesmo tempo o documento promulgando o pacto do boicote que havia sido exposto no templo, foi encontrado, como havia sido profetizado pelo Profeta Muhammad, roído por formigas brancas, até que não lhe sobraram senão as palavras: ''Deus'' e ''Muhammad''. O boicote foi suspenso, mas devido às privações por que tivera que passar, a esposa e o tio do Profeta Muhammad, faleceram em seguida, outro tio do Profeta Muhammad ou, Abu Lahab que era inimigo declarado do Islam e do Profeta Muhammad, assumiu então a chefia da tribo.
7. A Ascensão
Foi por esse tempo que o Profeta Muhammad teve concedida a ascensão (Mi'raj), ele se viu numa visão, sendo recebido no céu por Deus, testemunhando as maravilhas das regiões celestiais. Ao voltar trouxe para a sua comunidade, como dádiva Divina, o culto Islâmico, que se constitui em uma espécie comunhão entre o homem e Deus. A notícia desse contato celestial levou a um endurecimento ainda maior da hostilidade por parte dos pagãos de Meca, o Profeta Muhammad ou Maomé, foi obrigado a deixar a sua cidade natal, em busca de asilo em outro lugar. Ele procurou os seus tios maternos em Ta'if, mas voltou imediatamente a Meca, pois as pessoas que habitavam aquele lugar o perseguiram até os limites da cidade, atirando-lhe pedras e o ferindo gravemente.
8. A Migração Para Madina
A peregrinação anual à Kaaba trouxe a Meca gente de todas as partes da Arábia, tentou persuadir uma tribo após outra, a lhe conceder abrigo e permitir que continuasse com a sua missão de pregar o Islam para toda a humanidade. Os contingentes de quinze tribos, que ele abordou sucessivamente, recusaram-se a fazê-lo de modo mais ou menos brutal, mesmo assim, ele não se desesperou, finalmente encontrou-se com meia dúzia de habitantes de Medina, Arábia Saudita, os quais, sendo vizinhos dos judeus e dos cristãos tinham alguma noção, das mensagens Divinas e dos Profetas. Também sabiam que ''O Povo do Livro'' estavam esperando a chegada de um profeta, por isso os de Medina decidiram um passo a frente dos outros, e consequentemente abraçaram o Islam, prometendo aumentar o número de seguidores e proporcionar-lhes o apoio necessário em Medina. No ano seguinte, uma dúzia de novos cidadãos de Medina fez o juramento da aliança, com o Profeta Muhammad. Pediram que ele lhes enviasse um mestre missionário, o trabalho desse missionário que se chamava Muss'ab, teve grande êxito e ele levou um contingente de setenta e três novos convertidos para Makkah ou Meca, na época da peregrinação. Estes convidaram o Profeta Muhammad ou Maomé, e os seus companheiros de Meca a migrar para a sua cidade, prometendo abrigo para Profeta Muhammad. Trataram a ele e seus companheiros como se fossem seus próprios parentes. Secretamente e em pequenos grupos a maioria dos muçulmanos migrou para Medina, diante disso os pagãos de Meca não somente confiscaram as propriedades dos migrantes, como também armaram um plano para assassinar o Profeta Muhammad. Com isto tornava-se agora impossível  para ele permanecer em sua casa. Deve-se notar que a despeito da hostilidade para com a missão do Profeta Muhammad, os pagãos de Meca continuaram a ter confiança sem limites na probidade do Profeta Muhammad tanto assim que muitos deles costumavam deixar as suas finanças guardadas com ele. O Profeta Muhammad, então, confiou esse depósitos a um primo que se chamava Ali, com instruções para devolvê-los, oportunamente aos proprietários de direito. Deixou a seguir secretamente a cidade em companhia do seu fiel amigo Abu Bakr, depois de algumas aventuras, eles conseguiram chegar em Medina, Arábia Saudita, em segurança e isto aconteceu no ano 622 no qual começa o calendário da Hégira.
9. A Reorganização
A Comunidade Islâmica que se formava, para melhor reabilitação dos migrantes deslocados, o Profeta Muhammad,, criou uma irmandade entre eles e um número igual de habitantes de Medina abastados. As famílias de cada par de irmãos contratuais trabalhavam juntas para ganhar o sustento e eles ajudavam-se uns aos outros na vida comercial. Além disso, ele pensava que a evolução do homem como um todo, seria melhor conseguida se ele coordenasse a religião e a política, como duas partes constituintes do mesmo todo. Com esse fim, convidou representantes dentre os muçulmanos, como também representantes dentre os não muçulmanos da região; pagãos, judeus, cristãos e outros, e sugeriu uma fundação de uma cidade-estado em Medina. Com o consentimento deles ele dotou a cidade de uma constituição escrita, a primeira do gênero no mundo na qual definiu os deveres e os direitos tanto dos cidadãos como de chefe de estado. O Profeta Muhammad, foi proclamado como tal por uma unanimidade e aboliu a habitual justiça particular. O cumprimento dos termos desse documento tornou-se dai em diante, a principal preocupação da organização central dessa comunidade de cidadãos. Esse sistema estabeleceu os princípios de defesa e de política externa e organizou um sistema de seguro social para casos de obrigações extremamente onerosas. Ele reconhecia que o Profeta Muhammad, teria a ultima palavra em todas as divergências, e que não havia limites ao seu poder de legislar. Reconhecia também explicitamente a liberdade de religião, especialmente para os judeus, a quem o ato constitucional conferia igualdade com os muçulmanos em tudo o que se relacionava com a vida neste mundo. O Profeta Muhammad, empreendeu diversas jornadas, com vistas a persuadir as tribos vizinhas a estabelecer com elas tratados de aliança e de ajuda mútua. Com a ajuda destas tribos ele decidiu exercer uma pressão econômica sobre os pagãos de Meca, que haviam confiscado as propriedades dos muçulmanos retirantes e também causado incontáveis prejuízos. A obstrução do caminho das caravanas de Makkah e o impedimento da sua passagem pela região de Medina, deixou os pagãos de Meca desesperados ensejando uma luta sangrenta. Ao se preocupar o Profeta Muhammad, com os interesses materiais da comunidade, não foi negligenciado o aspecto espiritual. Mal passara um ano desde a migração para Medina, quando a mais rigorosa das disciplinas espirituais, o jejum de um mês inteiro, todo os anos, no mês de Ramadan, foi imposto a todo homem e mulher muçulmano.
10. A Luta Contra a Intolerância e a Descrença
Não satisfeitos com a expulsão dos compatriotas muçulmanos os habitantes de Meca enviaram um ultimato aos de Medina, exigindo a entrega ou pelo menos a expulsão do Profeta Muhammad, e dos seus companheiros. Mas evidentemente todos esses esforços foram em vão, alguns meses mais tarde no ano 2º da Hégira, eles enviaram um exército para combater o Profeta Muhammad, que os enfrentou no que ficou conhecido como a A Batalha de Badr. Os idólatras de Meca sendo três vezes mais numeroso do que os muçulmanos, mesmo assim os idólatras de Meca foram derrotados. Depois de mais de um ano de preparativos, os idólatras de Meca, novamente tentaram invadir Medina, para vingar a derrota de Badr, desta vez, eram quatro vezes mais numerosos do que os muçulmanos. Após uma batalha sangrenta em Uhud que ficou conhecido como A Batalha de Uhud. Os idólatras se retiraram, não tendo o encontro sido decisivo, os mercenários não queriam arriscar demasiadamente nem expor as suas vidas. Nesse meio tempo os cidadãos judeus de Medina começaram a criar problemas, na época da vitória de Badr, um de seus líderes Ka'b Ibn Al Achraf seguiu para Meca, para firmar a sua aliança com os idólatras de Meca e para incitá-los a uma guerra de vingança. Após a batalha de Uhud, a tribo desse mesmo chefe tramou o assassinato do Profeta Muhammad, pretendendo jogar sobre ele uma pedra de moinho, quando fosse visitar a sua localidade. Apesar disso tudo, a exigência que o profeta fez aos homens dessa tribo foi a de que saíssem da região de Medina levando com eles todas as suas posses, após venderem os imóveis e receberem o que lhes devessem os muçulmanos. A clemência demonstrada dessa maneira surtiu efeito contrário ao esperado. Os exilados não somente entraram em contato com os idólatras de Meca, como com as tribos ao Norte, Sul e Leste de Medina. Mobilizando-se em ajuda militar e planejando uma invasão de Medina a partir de Khaibar com forças quatro vezes mais numerosos ainda, do que as que foram empregadas em Uhud. Os muçulmanos prepararam-se para enfrentar um cerco e cavaram um fosso para se defender do que previam ser a maior provação que teriam que enfrentar. Mas a deserção dos judeus que ainda permaneciam dentro de Medina, numa etapa posterior transtornou toda a estratégia. Porém usando uma diplomacia sagaz, o Profeta Muhammad, conseguiu desarvorar a aliança inimiga e os diversos grupos retiraram-se um após o outro. Foi nessa época que foi decretada a proibição para muçulmanos, do consumo de bebidas alcoólicas e das apostas dos jogos de azar. Alláh seja louvado. http://www.ccib.org.br. Abraço. Davi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário