quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O Aparente Período Inter Bíblico

Boa tarde Zaiyng. Como foi agradável ontem a noite em sua casa. Ao passar o portão de entrada imaginei estar sendo recebido com um enternecedor abraço. É assim nossa experiência, quando vestimos uma roupa nova ou compramos algo novo de pessoal ou pra nossa convivência familiar temos uma aprazível sensação de bem estar. Percebi que o coração de vocês está pulsando mais forte atualmente. Sendo que num clima otimista conversamos com o Yod. Falamos de muitas coisas da política a religião passando pela África - Cidade do Cabo, que considerei um dos melhores momentos de nossa conversação. Zaiyng esteve com o Yod quando ele visitou esta localidade? Seu relato foi tão enfático reconhecendo ter sido um dos mais impressionantes lugares que visitou no continente africano. Entramos no assunto porque Samed está planejando sua primeira viagem internacional com a família. Yod viu uma cidade limpíssima, com um mar azul transparente contrastando com o azul do céu. Uma linda enseada com orla e um planalto bem próximo a periferia urbana. Disse que os barcos e embarcações se misturavam aos animais marinhos que podemos ver a pouca distancia como focas, baleias, cardumes de peixes e aves aquáticas. Subindo o altiplano vemos uma fantástica paisagem da parte mais austral do continente como o famoso Cabo da Boa Esperança dobrado pela 1ª vez pelo navegador português Bartolomeu Dias (1450-1500) no ano de 1488. Yod falou também da espiritualidade e gosto do seu jeito convicto e seguro quando discorre sobre esses temas da ontologia e teologia. Tenho tido hoje uma experiência diferente da dele mais voltada pro ecletismo com elementos filosóficos das várias tradições (orientais e ocidentais) espiritualistas e religiosas como as monoteístas. Exemplificadas no Cristianismo, Judaísmo e Islamismo e as politeístas e não teísta como o Hinduísmo, Confúcionismo, Bramanismo e Budismo. Mas quando ouço alguém falando sobre esses assuntos me volto novamente para temas cristãos, provocando um bem estar interior. Sua experiência (Yod) tem sido particularizada proporcionando genuinidade nos argumentos e imparcialidade no falar pois conversa do que tem vivido, daquilo que o Mestre Jesus tem lhe mostrado na intimidade com Ele. Sendo isso bom pois procura levar as pessoas pro lugar que elas têm que estar e ir que é Cristo, partindo do pressuposto do Cristianismo. Bem diferente do tradicionalismo cristão que ainda continua objetivado no discipulado e proselitismo, tentando arrebanhar pessoas para suas organizações e instituição religiosas. Escravizando-as em seus credos e regulamentos estreitantes e viciosos onde se vive uma circularidade da barganha com Deus, pois as orações em sua maior parte é elevada para aquisição de bençãos materiais e soluções de problemas familiares e pessoais. Claro que sem generalizar pois estaria cometendo um erro grosseiro mas esse é um dos fatos que impedem o cristão que alcançar uma evolução espiritual em seu ser divino, pois fica preso a personalidade que deseja satisfazer a vontade do ego inferior com as futilidades, trivialidades e descartabilidades do capitalismo narcisista e consumista. Estando engessado em quatro paredes e debaixo do dogmatismo sectário diminui seu acesso a sua individualidade superior que é o instrumento facilitador do encontro com a Divindade Superior capaz de acelerar seu processo de desenvolvimento do comportamento e caráter cristãos. Yod com sua maneira decidida de falar impressiona, tendo o desejo de só ler a Bíblia Sagrada como orientador de sua vida sendo um paradigma novo que tem produzido resultados positivos em sua caminhada cristã. Ele deixou evidente que esse procedimento (só ler a Bíblia) é pessoal e singular não orientando ninguém a praticar assim como regra, pois não existe tal método que sirva como um modelo de uniformização de todos num proceder coletivo, pois cada discípulo da Senda Espiritual tem sua característica própria e sua maneira de se deixar conduzir pelo Espírito Divino para o progresso de sua humanidade e espiritualidade. Um ponto importante que ele disse foi que sua experiência atual foi construída quando vocês (Yod e Zaying) estavam na África como missionários. Sendo o trabalho na Seara Espiritual produtivo e de fundamental importância no contato com pessoas e grupos tribais os mais variados. O povo africano tem suas peculiaridades culturais e tradições religiosas bem como milhares de línguas e dialetos que dificultam a comunicação nesses termos. Sua religiosidade é baseada grande parte nas religiões ocidentais dos povos dominadores que os colonizaram. Como os portugueses, ingleses, franceses, alemães, holandeses, e outros que introduziram suas cosmologias e teologia a força, obrigando-os em detrimento de morrerem a assumir uma nova postura espiritual baseado no evangelho de Cristo. A princípio essa atitude do colonizador europeu foi arbitrária e ilegal criando uma aversão dos nativos africanos contra esses povos branco devido a sua brutalidade no trato com eles, "castrando-os" de seu legado religioso de milhares de anos. Jogando em cima de suas consciências uma religião "estranha" e entediada que nem eles conseguiam digerir corretamente, formando-se um caos espiritual nesses povos, tanto que algumas etnias perderam  suas identidades como grupo sociais, desfigurando seus comportamentos e convivências particulares. Esses fatos são encontrados nos séculos XIV a XIX. Os muçulmanos desde o século VII influenciaram as terra africanas com sua religião (Islamisma) mais especificamente no norte, centro e oeste do continente sendo que os discípulos de Maomé mais sábios que os cristãos europeus, não impuseram obrigatoriamente sua crença aos povos desse continente. Criaram parcerias com seus costumes tribais e cultos fetichistas interferindo menos possível em suas tradições orais e escritas ganhando na maior parte dos países em que se instalaram a confiança e o respeito dos discípulos do profeta Maomé e seguidores de Alá. Tiveram o cuidado de criar academias teológicas para estudar O Alcorão e as tradições místicas do Sufismo Islã, bem como construíram mesquitas em vários países.  Moderna e contemporâneamente os africanos desenvolveram um sistema de sincretismo religioso onde muitas divindades do cristianismo e alguns de seus vultos e santos tem correspondência nas suas divindades domésticas. Isso como um artifício para não deixar morrer suas tradições espirituais engolidas principalmente pela religiosidade do colonizador branco europeu. Voltando ao relato de Yod lá não havia (África) as famosas literaturas cristãs para auxiliar e direcionar a busca espiritual, assim se passou a priorizar as meditações nas Escrituras Sagradas Cristãs. Falamos sobre esses pontos e vimos ontem que o Cristianismo têm chegado ao esgotamento como modelo de comunhão e convivência humana precisando urgentemente de elementos reparadores e atualizações em seu processo de socialização e interação com Deus. É manifesto que todo processo de condução histórica, social, política ou espiritual quando estar em crise dá oportunidade para o surgimento de mecanismo os mais diversos para dar conta ou tentar colocar a situação num caminho que possibilidade progresso e desenvolvimento para uma parcela maior da população interessada. Pra mim esses dias em que vivemos são marcados por essas diferença e idiossincrasias que estão minando e avariando o casco do navio do Cristianismo.  O filósofo grego Aristóteles (384-322) em seu livro Metafísica quando conceituava o movimento circular uniforme e o movimento uniforme variado em relação as duas regiões da lua, as quais ele chamou de sub lunar (abaixo) e supra lunar (acima). Sendo que na primeira região tudo era passivo de corrupção e destruição, acabando, assim as coisas que existem na terra um dia terão fim inclusive as religiões, isso segundo o argumento Aristotélico. Nessa época ele procurava justificar com seus pressupostos o modelo geocêntrico (a terra era o centro do universo) e sua descoberta científica perdurou até Galileu Galilei (1564-1642) provar que o centro do nosso sistema celeste era o sol, com a terra e demais planetas girando em torno dele. Essa revolução científica criou um novo paradigma chamado usualmente de heliocentrismo. Mas polêmicas a parte esse conceito originário em Aristóteles (tudo se extinguirá debaixo da Lua) não representa unanimidade entre os filósofos da ciência no século XX e XXI pois outros filósofos conceituaram que tudo flui, expande-se, transforma-se e movimenta-se.  Então estritamente falando não sabemos o que fazer para mudar objetivamente esse quadro de crise e afunilamento desse modelo espiritual do Cristianismo, parecendo que ele está dando seus últimos suspiros. Entretanto experiências como as que temos vivido hoje (Yod e outros irmãos) contribuem de certa forma para a conscientização das transformações que precisam ser feitas. Até onde tenho percebido estudando os conceitos da Teosofia é provável que ainda no final desse século e início do XXII estejamos dando os primeiros passos na direção das mudanças que deverão ocorrer. Intuo que essas serão extremamente radicais pois as espiritualidades mundiais estão atrasadas no tempo quanto a nova Raça Raiz que se avizinha tanto que as mônadas (a centelha divina que germina os futuros seres humanos nos vários planetas de nosso sistema solar) estão chegando ao seus limites quantitativo em seus planetas originários. Assim elas cessarão sua emanação da divina chispa pois não haverá "espaço" para uma evolução coerente e adequada no tempo e espaço. Nesse raciocínio segundo as tradições bíblicas e de outros povos poderá em milênios posteriores ocorrer um cataclismo na terra como o acontecido na civilização atlântida a 40 mil anos atrás ou um dilúvio conforme tradições hindus e hebraicas. Será necessário em futuras encarnação um aceleramento evolucionários das almas humanas para alcançarem ao que as Sagradas Escrituras dizem a unidade com todos os seres e reinos, "Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, A homem perfeito, à medida completa da estatura de Cristo". Pois a Sexta Raça Raiz terá humanos mais transformados e completos da Divindade Cósmica integrados  aos reino da natureza: mineral, vegetal, humano e espiritual. Conectados em consciência com esses, reagindo numa harmonia e sintonia divinas.  Acho que começamos a viver hoje num tempo Inter Bíblico pois ao lermos o último livro do Antigo Testamento (Malaquias) e iniciarmos o primeiro livro do Novo Testamento (Mateus) não imaginamos que entre esses dois livros há um período muito importante a ser estudado, porém pouco conhecido e ensinado nas igrejas. Um período de 400 anos marcado pelo silêncio da era profética e por essa razão apelidado de O Período Negro. Esse mesmo período merece total atenção, pois se quisermos compreender melhor o Novo Testamento e as mudanças que ocorreram no mundo entre os anos 397 AC 6 teremos que nos voltar a ele e observar os fatos e acontecimentos ali presentes, além de suas contribuições para o desenvolvimento do cristianismo. Penso que as mudanças passarão pela compreensão e tolerância entre os povos (ocidentais e orientais) quanto as suas espiritualidades e religiosidades. Para que consigamos uma fraternidade humana como princípio para solucionarmos os problemas básicos da humanidade e priorizarmos o amor ao próximo e convivência filantropa, devemos unir nossas forças em torno dos pontos comuns e lógicos que cada tradição espiritualista contêm e quanto as diferenças fazermos um exercício de transigência. Tendo a disposição de admitir nos outros, modo de pensar, de agir e de sentir diferente dos nossos na vida social e religiosa. Aquilo que o Mestre Jesus disse: "Para que todos sejam um, como tu O Pai, o és em mim, e eu em Ti. Que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu me enviastes". Esotéricamente ponderando este argumento sabemos que o Mestre não tinha interesse em estabelecer nenhuma organização ou instituição religiosa, assim com tranquilidade podemos inferir que essa unidade é seu desejo contido no coração sem o interesse de que o Cristianismo seja colocado como o líder desse projeto de espiritualidade global. Inclusive facções cristãs veementemente dogmáticas discordam e criticam duramente pensamentos como esses que visam diminuir a enorme distância de argumentação filosófica teológica, criando um ambiente de tolerância entre as religiosidades ocidentais e orientais. Os cristãos ultra ortodoxos (extremistas) demonizaram esse projeto dizendo desde o início do século XX que Satanás está por trás dele, querendo assumir o controle do mundo, para destruir todos os cristãos da terra. Enquanto tivermos pontos de vistas mesquinhos e intransigentes em relação ao Outro ficará difícil o diálogo e a conversação produtiva para a aproximação com a boa vontade de se produzir uma via de acesso que possa trazer uma luz que brilhe entre todos os homens. Abraço. Davi.    

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