Islamismo. www.islamreligion.com. MARIA NO ISLÃM.
PARTE III – O NASCIMENTO DE JESUS
O Nascimento de Jesus
No início de seu parto, ela estava em profunda dor,
tanto mental quanto física. Como poderia uma mulher de tal piedade e
nobreza ter um filho fora do casamento? Nós devemos mencionar aqui que
Maria teve uma gravidez normal que não foi diferente das outras mulheres, e
teve o seu filho como as outras também. Na crença cristã, Maria não
sofreu as dores do parto, porque o Cristianismo e o Judaísmo consideram a
menstruação e o parto como uma maldição sobre as mulheres pelo pecado de Eva[1]. O Islã não suporta essa crença, nem
a teoria de ‘Pecado Original’, mas ao contrário enfatiza fortemente que ninguém
deve carregar o pecado de outros:
“Nenhuma alma peca exceto contra
si mesma, e nenhuma alma pecadora arca com o pecado de outra.” (Alcorão 6:164)
Não apenas isso, mas nem o Alcorão nem o Profeta
Muhammad, que Deus o exalte, sequer mencionam que foi Eva quem comeu da árvore
e instigou Adão. Ao contrário, o Alcorão culpa ou apenas a Adão ou a
ambos:
“E
Satanás lhes sussurrou, e os desencaminhou com
artifício. Então quando ambos provaram da árvore, o que estava
oculto de suas vergonhas (partes íntimas) se tornou manifesto para
eles" (Alcorão 7:20-22)
Maria, devido à sua angústia e dor desejou que
nunca tivesse sido criada, e exclamou:
“Quem dera tivesse morrido antes
disso, e tivesse sido esquecida.” (Alcorão 19:23)
Após o parto do bebê, e quando sua angústia não
podia ser maior, o bebê recém-nascido, Jesus, que Deus o exalte, milagrosamente
falou abaixo dela, lhe tranquilizando e reassegurando de que Deus a protegeria:
“E abaixo dela uma voz chamou-a,
‘Não te entristeças, porque o teu Senhor fez correr abaixo de ti um
regato. E move em tua direção o tronco da tamareira; ela fará cair sobre
ti tâmaras maduras, frescas. Então come e bebe e fica feliz. E se
vês alguém, dize, ‘De fato fiz votos de silêncio ao Misericordioso e hoje não
falarei com pessoa alguma.’” (Alcorão 19:24-26)
Maria se tranquilizou. Esse foi o primeiro
milagre realizado nas mãos de Jesus. Ele falou tranquilizando sua mãe em
seu nascimento, e uma vez mais quando as pessoas a viram carregando seu bebê
recém-nascido. Quando eles a viram eles a acusaram dizendo:
“Ó Maria, com efeito, fizeste
uma coisa assombrosa!” (Alcorão 19:27)
Ela simplesmente apontou para Jesus e ele
milagrosamente falou, como Deus tinha prometido a ela na anunciação.
“Ele falará aos homens ainda no
berço, e na maturidade, e será dos virtuosos.’ (Alcorão 3:46)
Jesus disse às pessoas:
“Eu sou de fato um servo de
Deus. Ele me concedeu o Livro e fez de mim um Profeta, e Ele me fez
abençoado onde quer que eu esteja. Ele me recomendou as orações, a
caridade, enquanto eu viver. Ele me fez carinhoso com a minha mãe, e Ele não me
fez insolente, infeliz. E que a Paz esteja sobre mim no dia em que nasci,
e no dia em que morrer, e no dia em que eu for ressuscitado.” (Alcorão
19:30-33)
A partir daqui começa o episódio de Jesus, seu
esforço de uma vida para chamar as pessoas para adorar a Deus, escapando das
conspirações e planos daqueles judeus que se empenhariam em matá-lo.
Maria no Islã
Nós já discutimos a grande posição que o Islã
concede à Maria. O Islã dá a ela a posição de ser a mais perfeita das
mulheres criadas. No Alcorão, nenhuma mulher recebe mais atenção do que
Maria embora todos os profetas, com exceção de Adão, tivessem mães. Dos
114 capítulos do Alcorão, ela está entre as oito pessoas que têm um capítulo
com o seu nome: o capítulo dezenove, “Mariam”, que é Maria em árabe. O
terceiro capítulo no Alcorão tem o nome do pai dela, Imran (Heli). Os capítulos
Mariam e Imran estão entre os capítulos mais bonitos no Alcorão.
Além disso, Maria é a única mulher especificamente mencionada pelo
nome no Alcorão. O Profeta Muhammad disse:
“As melhores mulheres do mundo
são quatro: Maria a filha de Heli, Aasiyah a esposa do Faraó, Khadija bint
Khuwaylid (a esposa do Profeta Muhammad), e Fátima, a filha de Muhammad, o
Mensageiro de Deus.” (Al-Tirmidhi)
Apesar de todos esses méritos que mencionamos,
Maria e seu filho Jesus foram somente humanos, e não tinham características que
fossem além do campo da humanidade. Ambos foram seres criados e ambos
‘nasceram’ nesse mundo. Embora eles estivessem sob o cuidado especial de
Deus que os prevenia de cometer pecados graves (proteção total – como outros
profetas – no caso de Jesus, e proteção parcial como outras pessoas virtuosas
no caso de Maria, se adotarmos a posição de que ela não foi uma profetisa),
eles ainda estavam sujeitos a cometer erros. Ao contrário do
Cristianismo, que considera Maria como irrepreensível[2], ninguém recebeu essa
qualidade de perfeição exceto Deus.
O Islã ordena a crença e implementação de
monoteísmo estrito; de que ninguém tem quaisquer poderes sobrenaturais além de
Deus, e que apenas Ele merece adoração e devoção. Embora milagres tenham
ocorrido nas mãos dos profetas e pessoas virtuosas durante suas vidas, eles não
tinham poder para se ajudar, quanto mais a outros, após sua morte. Todos
os humanos são servos de Deus e precisam de Sua ajuda e misericórdia.
Ele é verdadeiro para Maria. Embora muitos
milagres tenham ocorrido na presença dela, tudo cessou após sua morte. Quaisquer
alegações que as pessoas fizeram de que viram aparições da Virgem, ou que
pessoas foram salvas do perigo após invocá-la, como as mencionadas em
literatura apócrifa como “Transitus Mariae”, são meras aparições feitas por
Satanás para desencaminhar as pessoas da adoração e devoção ao Único Verdadeiro
Deus. Devoções como a “Ave Maria” recitada sobre o rosário e outros atos
de engrandecimento, como a devoção de igrejas e festas específicas para Maria,
levam as pessoas a engrandecer e glorificar outros além de Deus. Devido a
essas razões, o Islã proibiu estritamente inovações de qualquer tipo, assim
como a construção de locais de adoração sobre túmulos, tudo para preservar a
essência de todas as religiões enviadas por Deus, a mensagem pura para adorá-Lo
somente e deixar a falsa adoração de todos os outros além Dele.
Maria foi uma serva de Deus, e ela foi a mais pura
de todas as mulheres, especialmente escolhida para o nascimento milagroso de
Jesus, um dos maiores de todos os profetas. Ela foi conhecida por sua
piedade e castidade, e continuará a ser mantida nessa alta consideração através
dos tempos que estão por vir. Sua estória tem sido relatada no Glorioso
Alcorão Sagrado desde o advento do Profeta Muhammad, e continuará assim,
inalterada em sua forma pura, até o Dia do Juízo. Abraço. Davi
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