sexta-feira, 8 de março de 2024

GUERRA ISRAEL E HAMAS

 

www1.folha.uol.com.br.  JUDEUS E ÁRABES SÃO FILHOS DE ABRAÃO. "Judeus e árabes são realmente filhos de Abraão e preservaram suas raízes genéticas do Oriente Médio por mais de 4.000 anos." A afirmação de Harry Ostrer, diretor do Programa de Genética da Universidade de Nova York, traz um cessar-fogo à difícil convivência entre religiosos e cientistas. Em geral, a versão científica se choca com as teses bíblicas. "Cientistas não acreditam em milagres. Nesse caso, ficamos contentes de comprovar uma "verdade" bíblica", disse Ostrer à Folha, por telefone. Abraão (pai de muitos povos, em hebraico) é uma das figuras mais importantes do judaísmo, do cristianismo e do islamismo, religiões monoteístas também conhecidas como abraâmicas. Descende de Noé e de seu filho Sem daí vem o termo semita, cunhado pelo historiador alemão August Ludwig Schloezer, em 1871. A mulher de Abraão, Sara, era estéril. Assim, ele teve um filho com sua escrava Hagar, denominado Ismael considerado por muitos o antepassado dos árabes. Abraão circuncidou a si e a Ismael. Por isso, homens judeus e muçulmanos até hoje se circuncidam. Quando Ismael tinha 13 anos, Abraão foi informado de que Sara teria um filho. Isaac nasceu de uma mãe quase centenária e até então estéril. Segundo a tradição, uma intervenção divina permitiu o nascimento de Isaac, que mais tarde seria pai de Jacó (também chamado de Israel). Um dos episódios mais conhecidos da vida de Abraão, o sacrifício de seu filho, é fruto de divergência entre judeus e muçulmanos. Para os primeiros, Abraão ofereceu Isaac a Deus, que o poupou após testar a submissão de Abraão. Já para os muçulmanos, o escolhido para o sacrifício foi Ismael. Os textos religiosos desempenharam papel fundamental na preservação do árabe e do hebraico, ambos idiomas semíticos, com raízes predominantemente trilíteras (três letras) e semelhanças lexicais (dia, por exemplo, diz-se "iaum", em árabe, e "iom", em hebraico).

 

Editor do Mosaico. GUERRA ISRAEL E HAMAS. Considero fundamental enfatizar esta verdade de que árabes e hebreus – israelitas são irmãos de sangue, descendentes do mesmo pai Abraão como comprovado acima. Então, essa guerra entre os irmãos, é de partir meu coração como cristãos, que tem no amor ao próximo o fundamento da transcendência. As três religiões monoteístas – islamismo, judaísmo e cristianismo – comungam do mesmo Pai Celeste – Allah, Yahweh e Deus. Os livros sagrados – Alcorão, Torá e Bíblia perpassam as três espiritualidades em muitos aspectos. Islamismo e judaísmo não são religiões proselitistas como no cristianismo. Nelas o divino é encontrado na experiencia pessoal dos fiéis. Discordo daqueles que assumem lado nessa disputa que acontece hoje. Todavia, os fatos históricos ocorridos, podem nortear nosso caminho. Exemplo temos o movimento sionista, final do século XIX, onde os dois lados israelenses e palestinos reivindicavam espaço de soberania. Até o século III, judeus e muçulmanos viviam na região da Palestina as vezes em harmonia e outras em desarmonia. O império romano, a época, expulsou os judeus dando início a diáspora – dispersão dos judeus pelo mundo, ano 70 d.C. Estiveram por quase dois mil anos espalhados pelo mundo, sem uma pátria nacional. Os movimentos nacionalistas palestinos começaram a surgir em 1936. Yasser Arafat (1929-2004) pode ser considerado um herói na resistência, diplomacia e coragem para instaurar um Estado Palestino na região. Yitzhak Rabin (1922-1995), primeiro-ministro de Israel, contribui enormemente no processo de Paz entre os dois irmãos – judeus e muçulmanos, mediando as conversações na época. Após a Segunda Guerra (1939-1945), uma resolução da ONU, 1947, sugeriu criar dois estados na região da Palestina – um dos judeus e outro dos árabes. O estado de Israel foi criado em 14/05/1948, já do lado árabe para ocupar a Cisjordânia e Faixa de Gaza a situação não foi oficialmente decidida pelo Organismo Internacional. A questão principal para a Paz permanente passa por esta fundamental decisão. Um Estado Palestino livre com autonomia própria. A guerra entre Israel e o Hamas teve início em 7 de outubro de 2023 onde o grupo terrorista lançou, dá Faixa de Gaza, mais de dois mil foguetes no território israelense. Morreram mais de mil e quatrocentas pessoas neste ataque, além de que seus combatentes sequestrarem cerca de duzentos e quarenta cidadãos israelenses, dentre esses, estrangeiros. Nos solidarizamos com as vidas e familiares desses que ainda estão no poder dos terroristas, e esperando que sejam libertos o mais breve possível. As negociações entre ambos já libertarem muitos, porém mais de cem cidadãos e de outras nacionalidades ainda permanecem reféns do grupo. Israel contra-atacou bombardeando por várias vezes a região onde estava os terroristas. A cidade de Gaza está hoje completamente em ruinas, prédios, casas, lojas, supermercados e até hospitais, alguns, foram destruídos. Como os bombardeios são intensos mais de vinte e cinco mil civis palestinos já morreram.  E desses, 60% são mulheres e crianças, que não tendo o que comer padecem de fome. Um horror e aberração extremas. A população civil não pode ser alvo da guerra. Apenas e unicamente os terroristas do Hamas. O Catar, país árabe, além do Egito e representantes do ONU, tenta intermediar a libertação dos reféns palestinos e israelense e um cessar fogo junto aos dois lados. Como não há tréguas, a ajuda humanitária indispensável nesta hora é impedida de chegar aos palestinos. Algo inexplicável e incompreensível. Fala-se que o Hamas tinha trinta mil combatentes e segundo Israel quinze mil foram mortos até agora. Todavia, o sofrimento do povo palestino, civis que não tem nada a ver com esta guerra, é inigualável. Dos dois milhões da população que havia antes da guerra, um milhão e quinhentos mil foram forçados a sair da região, indo para o sul de Gaza, em Hafah, fronteira com o Egito. Lá estão vivendo em acampamento de refugidos na extrema pobreza e precariedade. Milhares de crianças desnutridas e famintas confinadas a beira da morte. O Comite Internacional da Cruz Vermelha faz o indispensável trabalho de transferência de prisioneiros mascarados do Hamas e Israel. A ONU tem atuado na conciliação, mas sem resultado prático até o momento. O atual primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu dirige com mão de ferro esta guerra. Sua posição com tendencias extremista, supremacista e ultraconservadoras dificulta o diálogo com o grupo terrorista. Antes da guerra enfrentou movimentos em prol da liberdade de expressão em seu país. Já que queria diminuir o poder da Suprema Corte de Justiça israelense. A guerra chegou e ele continua implacável em suas atitudes no comando da nação. Os terroristas do Hamas infiltrados em tuneis pela cidade de Gaza, a maioria mortos pelo exército de Israel. Todavia os excessos têm ocorrido como ataques a hospitais, população civil vulneráveis incluindo crianças, velhos, doentes. Dificuldade em ajuda humanitária. O exagero na guerra recebe crítica até dos Estados Unidos, principal aliado de Israel. Incidente onde pessoas morreram após correrem atrás de caminhões com alimentos horrorizaram o mundo. Disparos dados por soldados israelenses na multidão foram confirmados. Confinamento de civil em situação de extrema pobreza. Situações aterradoras e vergonhosa para o governo Netanyahu que recebe críticas de organismos internacionais e inúmeros países tais a dureza, excesso de força – comparados a crimes de guerra – na qual conduz o conflito contra o Hamas. Concluo com palavras de esperança ao povo palestino. Lembro que Israel passou horrores na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) como é historicamente comprovado e dois anos depois tornou-se uma nação prospera com território definido. Esse sofrimento e aflição que os palestinos enfrentam nesse momento. Tem por objetivo, num curto espaço de tempo transformar-se em grande alegria. Gozo, paz e prosperidade que se efetivará. A certeza de que, como seus irmãos hebreus, os palestinos receberão sua porção de terra. Legitimamente referendada pela ONU em resolução votada na Assembleia Geral, tendo maioria absoluta de votos dos países representados. Regulamentado e definido seus limites de extensão nessa mesma região onde seus ancestrais há mais de dois milênios continuam vivendo. Chegou o momento dos principais grupos muçulmanos Xiitas, Sunitas e Persas se unirem para reconstruir a Nova Palestina. Ricos e pobres e todo mundo árabes com um mesmo propósito e determinação. Fazer da Nova Palestina um elo de união entre os povos muçulmanos para o bem da humanidade. Que Allah abençoe o povo Palestino e Yahwe o povo de Israel. Abraços. Davi   

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