sexta-feira, 29 de março de 2024

II. O CAMINHO DE CAIM

 

Cristianismo. www.graodetrigo.com. Texto de David W. Dyer. II. O CAMINHO DE CAIM. Muitas obras maravilhosas. Oh, as catedrais que têm sido construídas, as liturgias que têm sido formuladas, os arranjos musicais que têm sido criados, as mensagens que têm sido pregadas, as peças de teatro, dança, mímica etc. que têm sido feitas – tudo em nome da adoração! Entretanto, Deus não aprova nenhuma destas coisas se não foram iniciadas por Ele. Elas e muitos outros itens desta natureza, são realizações tremendas, porém humanas. Não estou tentando diminuir a excelência de nenhuma delas. Ainda assim, o seu valor é nulo se comparado com a beleza e a glória do que Deus providenciou. Muitas destas coisas são apenas obras humanas, as melhores que podemos produzir. Ainda assim elas não podem atingir o alvo, a exigência de Deus. É comum que os homens apreciem tais coisas com sua alma, seus sentidos e frequentemente confundam esta apreciação com alguma bênção espiritual. Entretanto, Lucas 16:15 afirma que “(...) pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus”. Coisas meramente naturais não têm absolutamente valor espiritual. Elas nada fazem para intensificar nossa adoração ou para atrair a presença de Deus. A razão pela qual Deus rejeita tais coisas é que elas são uma substituição humana para a verdadeira oferta que Ele providenciou. Consequentemente, o espírito do homem é deixado sem ministração quando estas coisas naturais predominam em nossas reuniões cristãs. Quantas vezes você saiu de um culto insatisfeito? Quantas vezes você ouve muitas mensagens em muitos encontros, conseguindo apenas umas migalhas da mesa do Senhor? Quantas vezes nossa adoração a Deus é formal, “religiosa”, até energética, mas espiritualmente morta? Tudo isto somente serve para provar que temos seguido o caminho de Caim. Temos oferecido nossos melhores vegetais a Deus. Nenhuma de nossas ideias ou invenções, não importa quão boas ou “corretas” elas possam ser, poderá satisfazer a Deus. E quando Deus não está satisfeito, nós também não poderemos estar espiritualmente satisfeitos. Oh, mas que diferença há no Filho! Quando o povo de Deus se reúne e se abre para Ele, permitindo que o Seu Espírito Se mova em nosso meio, permitindo que o Sumo Sacerdote de nossa confissão dirija a adoração, o louvor e o ministério, quão satisfatórios estes encontros podem se tornar! Como serão cheios do Espírito e de Verdade! Como estes encontros serão ungidos e agradáveis! O homem se satisfaz porque Deus está satisfeito, tendo visto e aceito a oferta de Seu Filho. Fogo Estranho. No Velho Testamento temos um outro exemplo da vã religião humana. Nadabe e Abiu eram filhos do Sumo Sacerdote. Eram os filhos mais velhos de Arão e foram consagrados a Deus juntamente com ele para ser sacerdotes ao Senhor. Os dois tinham bastante experiência em adorar ao Senhor e até chegaram a ver fogo cair do céu sobre os sacrifícios que ofereciam (Levítico 9:24). Então, começaram a achar que tinham um bom domínio no negócio da religião. Pensavam que já eram capazes de inventar algo para adorar a Deus. Tiveram a ideia de colocar um pouco de incenso em seus incensórios e foram para o santo tabernáculo. O resultado foi desastroso. Veio fogo do céu e os consumiu. Esta foi a reação de Deus às suas inovações (Levítico 10:1,3). Talvez estas coisas podem falar algo para nós hoje. Como homens, temos uma profusão de ideias para contribuir com as reuniões das igrejas – apresentações dramáticas, danças, mímica, adoração pré-planejada, performances musicais, práticas tradicionais, muitos dos adereços e formatos que achamos tão normais hoje na religião cristã – todas estas coisas podem ser apenas fogo estranho oferecido ao Senhor. Nós, povo de Deus, deveríamos chegar diante Dele com temor reverente. Deveríamos tomar cuidado para não seguirmos o caminho de Caim! É essencial que nossa adoração seja algo verdadeiramente espiritual, que venha do próprio Deus jorrando dentro de nós e Se derramando através de nós! Não é suficiente que, quando estamos juntos, sejamos simplesmente informados, emocionalmente estimulados ou entretidos. Ele, tão somente Ele, é a fonte de genuína oferta espiritual. Deus pode tolerar nossos exercícios religiosos hoje em dia. Hoje, Ele não manda fogo do céu para destruir estas coisas que muitos de nós estamos fazendo. Entretanto, somos ensinados que um dia nossas obras passarão pelo teste do fogo e, se estivemos construindo com madeira, feno e palha, nossa obra será consumida. Lemos que o Senhor virá repentinamente ao Seu Templo e irá purificar os filhos de Levi de modo que sua oferta seja feita em justiça (Malaquias 3:1-3). Por favor, não me entendam mal. Não há dúvida que Deus pode nos conduzir em nossa adoração enquanto cantamos, dançamos ou fazemos muitas outras coisas. O Rei Davi dançou diante do Senhor com toda a sua força (2 Samuel 6:14). Débora, Moisés e muitos outros, compuseram canções de louvor. Entretanto, fizeram estas coisas porque estavam transbordando de unção do Espírito Santo. Não fizeram isto por achar “apropriado”, “sagrado”, “bonitinho” ou “comovedor”. Aquilo que se origina em Deus e as invenções dos homens podem parecer iguais. Podem até mesmo ter a mesma forma e aparência. Entretanto, há um universo de diferença! A questão não é realmente sobre a forma, mas sobre a fonte destas coisas. Se a fonte não é Deus, não importa o quão maravilhoso possa parecer, não importa que a doutrina possa estar correta, não importa que seja bom de se ver, isto é rejeitado por Ele. Por outro lado, tudo o que é inspirado pelo Espírito Santo, é importante e deveria ser incluído em nossa adoração. Como nós, os filhos de Deus, precisamos aprender a discernir entre o sagrado e o profano, entre o limpo e o sujo (Ezequiel 22:26)! É triste, mas é verdade que muitos cristãos não aprenderam a discernir entre a alma e o espírito (Hebreus 4:12). Muitos passaram tão pouco tempo na presença de Deus meditando sobre as escrituras que nunca experimentaram a Sua espada do Espírito separando o que é natural e humano daquilo que é espiritual. Frequentemente, não temos crescido em nosso discernimento para sabermos o que Deus está pedindo. E, agindo assim, temos falhado em atingir Seus objetivos – adoração em Espírito e em verdade. Há uma tendência entre alguns homens de apreciar coisas com as quais estão habituados ou que existem há muito tempo. Outros gostam de inovações em sua adoração. Entretanto, tudo deve ser levado ao controle do Espírito Santo e somente Ele deve ser soberano sobre tudo o que fazemos. Além disso, já que Jesus é uma pessoa viva, as práticas e experiências em que Ele nos lidera, poderá mudar. Assim como o nosso relacionamento com outras pessoas está em constante transformação, assim também a misericórdia de Deus se renova a cada manhã (Lamentações 3:22,23). Portanto, devemos estar em constante comunhão com Ele de maneira que possamos sentir e seguir o que Ele está fazendo hoje. É possível que muitas pessoas não compreendam o que estou dizendo e se sintam ofendidas por minhas palavras. Porém, meu alvo não é ser ofensivo, mas é que todos possam experimentar cada vez mais da realidade do Espírito Santo em suas vidas. Por favor, reveja a passagem em Lucas que declara o quanto o Pai do Céu deseja derramar de Seu Espírito sobre aquele que lhe pedir (Lucas 11:11-13). Ele anseia que saibamos a diferença entre o que é espiritual e o que é natural, para que possamos ofertar coisas que são aceitáveis e agradáveis a Ele! Deus nos ama muito. Ele derramou sobre nós o Seu Espírito. Ele nos ofereceu o Seu único Filho. Deus não guardou de nós nada que fosse necessário para uma verdadeira adoração e um puro relacionamento com Ele. Como nós, como homens, precisamos aproveitar tudo que Deus nos tem dado! Oh, que tenhamos o discernimento para saber o que se origina na alma e o que vem do Espírito. É em nosso espírito que nos ligamos a Deus (1 Coríntios 6:17). E é somente através do Espírito Santo que podemos oferecer um sacrifício que seja aceitável. Para conseguir encontros genuinamente espirituais nós, assim como nosso devoto antecessor Abel, precisamos estar trabalhando durante a semana naquilo que Deus providenciou – o Cordeiro. Se chegamos de mãos vazias aos nossos encontros na igreja, se não estivemos na presença do Senhor, alimentando-nos e não temos tidos o Seu Espírito Se movendo dentro de nós durante a semana, não teremos nada para oferecer. Se não nos empenharmos nas escrituras em andar em comunhão com o Cordeiro em nossa vida diária, como podemos trazê-Lo como uma oferta? Nesta situação, muitos cristãos são tentados a oferecer vegetais. Talvez pela falta de experiências espirituais, talvez pela falta de um relacionamento íntimo com o próprio Deus, eles são deixados sem o Cordeiro e só podem oferecer aquilo que cresce do solo – algo terreno, algo natural. Estas coisas são espiritualmente insatisfatórias. O fato que o Pai procura homens e mulheres que O adorem em Espírito deveria realmente nos impressionar. Agora mesmo Ele está procurando por adoradores! Seu coração hoje está ansiando por verdadeiros adoradores que ofereçam sacrifícios de louvor, o fruto de seus lábios, aqueles que irão oferecer a Ele o que Deus forjou neles através de Jesus Cristo. Oh, como precisamos orar, como necessitamos procurar a Sua face para que possamos experimentar este tipo de adoração! Não pode ser difícil. Na verdade, não deveria ser, porque Cristo morreu para que fosse assim. Nada tem sido negado a nós. O sacrifício do próprio Deus está completamente à nossa disposição. Portanto, vamos chegar até Ele e nos encher com o Cordeiro de Deus de maneira que, quando estivermos reunidos e Ele estiver no meio de nós, possamos oferecer um doce aroma, santo e agradável a Deus. Que possamos ser, como Paulo diz: “(...) a circuncisão, que adoramos a Deus em Espírito” (Filipenses 3:3). Irmãos e irmãs, eu oro sinceramente para que estas coisas se tornem a sua realidade. www.graodetrigo.com. Abraço. Davi

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