sexta-feira, 22 de março de 2024

HINDUISMO - INTRODUÇÃO

 

Hinduísmo. O Livro das Religiões. Por Globo Livros (2014). 1700 a.C. A tradição védica começa a se desenvolver na Índia. 1200-1900 a.C. Os quatro Vedas são escritos – Rig Veda, Yajur Veda, Sama Veda e Atharva Veda – as Escrituras hindus mais remotas e o mais antigo texto em sânscrito. Século VI a.C. Surgem ideias bramânicas com base no conceito de brahman, o poder supremo. Século VI a.C. É escrito o primeiro dos Upanishads, uma abordagem filosófica à religião. Século VI a.C. Mahavira torna-se uma grande figura no desenvolvimento do jainismo. Século VI a.C. Nasce Siddartha Gautama, mais tarde conhecido como Buda numa família hindu. 500-100 a.C. O poeta Valmiki escreve o épico hindu Ramayana. Século II a.C. O Mahabharata, incluindo o Bhagavad-Gita (Canção do Senhor) apresenta modelos de vida para os hindus. Século II a.C. Os Yoga Sutras - principais textos sobre Yoga, uma escola da filosofia hindu – são compilados. Século VI d.C. Surge o Bhakti, um movimento hindu que enfatiza a devoção pessoal. 788-820 d.C. Adi Shankara funda a escola de filosofia hindu não dualista Advaita Vedanta. 1526. O Império Mongol Islâmico é fundado, controlando partes da Índia até a chegada do Raj Britânico em 1858. 1836-1886. Sri Ramakrishna aparece como líder da reforma hindu. 1788-1860. O filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) começa a incorporar crenças indianas em sua filosofia idealista. 1869-1948. Mahatma Gandhi (1869-1948). Mistura religião e política em sua resistência pacífica à injustiça e à discriminação. Conseguiu a independência da Índia que estava subordinada a Inglaterra sem usar a violência. Data da independência da Índia 15 de agosto de 1947.

Embora o hinduísmo possa ser considerado a religião mais antiga dentre as existentes hoje em dia, o termo é relativamente novo, dando a impressão equivocada de uma fé unificada, com um único conjunto de crenças e práticas religiosas. As origens do hinduísmo remontam a Idade do Ferro, mas a palavra “hinduísmo” é mais um hiperônimo conveniente para denominar a maior parte das religiões do subcontinente indiano. Apesar de apresentarem características em comum, essas religiões diferem bastante quanto a prática, abrangendo uma grande variedade de tradições. Em algumas dessas tradições, a fé manteve-se substancialmente inalterada desde tempos primordiais. Mais de três quartos da população da Índia (população da Índia em 2021: 1.408.000.000) se diz “hinduísta”, mas a definição de um conjunto tão desconexo de credos é mais política do que religiosa. A palavra “hindu” (cuja raiz é a mesma do rio Indo, na Índia) significa “indiano” e diferencia as religiões nativas daquelas introduzidas no país, como o Islã, e religiões “desertoras” mais recentes, como o jainismo e o budismo. A dificuldade de definir o hinduísmo foi sintetizada numa sentença normativa do Supremo Tribunal Indiano em 1995 “(...) a religião hindu não reconhece profetas, não cultua deuses, não segue dogmas, não acredita em conceitos filosóficos e não professa ritos religiosos de ninguém. Na verdade, o hinduísmo não se limita às características de nenhuma religião ou credo, podendo ser descrito, em termos gerais, como uma forma de vida e nada mais que isso”. Crenças comuns. Algumas ideias, porém, são centrais em praticamente todas as vertentes do hinduísmo, sobretudo a noção de samsara (o ciclo de morte e renascimento do atman, a alma) e a crença na possibilidade de moksha, ou libertação desse ciclo infinito. O segredo para atingir essa libertação é resumido na palavra dharma, que costuma ser traduzida como “virtude”, “lei natural”, “retidão ou adequabilidade”. Inevitavelmente, o assunto sujeita-se  a um grande número de interpretações. Contudo existem três formas principais de alcançar o moksha – conhecidas coletivamente como marga. Jnana-marga – conhecimento ou insight. Karma-marga – bom comportamento. Bhakti-marga – devoção aos deuses. O marga abre espaço para as mais variadas vertentes religiosas praticarem suas tradições, entre rituais, meditação, ioga e devoção diária, puja. Conceito de deus. Quase todas as ramificações do hinduísmo acreditam na existência de um deus criador supremo. Brahma, que, junto com Vishnu, o preservador e Shiva, o destruidor, forma a principal trindade ou trimurti. Muitas tradições, todavia, têm seus próprios panteões ou acrescentam divindades locais e pessoais ao conjunto. Para confundir um pouco, até os três maiores deuses – e vários outros menores – costumam ter aparências diferentes. E assim, embora possa parecer que o hinduísmo é uma religião politeísta, em muitas tradições seria mais correto dizer que os adeptos acreditam em um deus supremo. Amparado por divindades menores com poderes especiais e responsabilidades específicas. Textos sagrados. As diferentes tradições hindus estão todas compiladas nos quatro Vedas, um conjunto de textos sagrados de 1200-900 a.C. Os Brahmanas, comentários sobre os Vedas, e depois os Upanishads, constituem a base teórica da religião, enquanto outros textos – principalmente os dois poemas épicos indianos, o Mahabharata e o Ramayana – tratam de história, mitologia, religião e filosofia. Uma das principais características das tradições hindus é a tolerância. Em decorrência de invasões, primeiro pelos gregos sob a liderança de Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323 a.C.), e depois por muçulmanos e cristãos, o hinduísmo sofreu algumas influências. No entanto, apesar de terem surgido movimentos de reforma como resultado dessas influências, batizar de hinduísmo o conjunto de religiões da Índia lhes deu coesão política e um vinculo nacionalista. Tal medida chegou a um ponto crítico na luta pela independência indiana, no século XX, quando Mahatma Gandhi defendeu o uso da resistência pacífica e desobediência civil sem arma, estabelecendo uma Índia independe, onde todas as religiões não são apenas toleradas, todavia são também admitidas. Abraços. Davi 

www.opensador.com. Alguns frases de Mahatma Gandhi. "A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita". "A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade indomável". "As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguirmos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo caminho". "Olho por olho e o mundo acabará cego". "Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: Controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo". "O fraco jamais perdoa. O perdão é uma característica do forte". "Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível". 


 

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