sábado, 10 de fevereiro de 2024

O SELO DE DEUS E A MARCA DA BESTA. PARTE II

 

Cristianismo. Por Alejandro Bullón. Livro O Terceiro Milénio – E as Profecias do Apocalipse. Capítulo XIV. O SELO DE DEUS E A MARCA DA APOSTASIA. Parte II. Se você analisar sem preconceitos a Sagrada Escritura, descobrirá que, ao longo da história humana, Deus teve sempre sua Igreja. Essa Igreja esteve sempre formada pelos filhos de Deus que queriam obedecer à autoridade divina. Por outro lado, em todo momento houve também homens que quiseram escolher seu próprio caminho, rejeitando a voz de Deus. Foi assim desde o início. Caim e Abel receberam a ordem de oferecer um cordeiro como sacrifício a Deus. Abel obedeceu a ordem, e Caim decidiu fazer algo diferente: levou o fruto da terra. Perceba que Caim não foi contra Deus. Ele ofereceu o sacrifício, mas não o fez como Deus ordenou, porém, como ele achava que devia ser. Isso é fundamental. No fim da História, os que receberão a marca da besta não estarão contra Deus. Eles pensarão que estão servindo a Deus. Só que não o farão como Deus pediu, e sim como eles acham que deve ser. A partir daquele incidente entre Caim e Abel, podemos distinguir a Igreja fiel a Deus. Veja como a Bíblia a identifica, no início: “Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas” Gn 6,12. Você vê? Aqui Deus identifica sua Igreja como “os filhos de Deus”. Sempre houve uma Igreja de Deus. Não havia estrutura organizada, todavia, uma Igreja de Deus formada dos filhos dispostos a obedecer. Esse grupo de pessoas que estavam dispostas a ser fiéis a Deus e que acreditavam na salvação em Cristo, simbolizada no sacrifício do Cordeiro, chegou com o tempo a ser o povo de Israel. Esse povo, além de ser a Igreja de Deus, foi também um país politicamente organizado: tinha o sumo-sacerdote, que era a autoridade espiritual, e o rei, que era a autoridade política. A tendência de Israel ao crescer como nação foi a de corromper-se doutrinal e espiritualmente. Note como o profeta descreveu essa situação: “Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá a ganância, e tanto o profeta como o sacerdote usam de falsidade. Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz, quando não há paz. Serão envergonhados, porque cometem abominação, sem sentir por isso vergonha, nem sabe que coisa é envergonhar-se” Jeremias 6,13-15. No entanto, apesar da corrupção do povo e dos líderes religiosos, sempre existiu um remanescente fiel, que esteve disposto a obedecer a Deus. Esse era o verdadeiro povo de Deus, sua verdadeira Igreja. A grande tragédia de Israel foi pensar que o fato de um dia ter sido chamado povo de Deus garantia-lhe esse estado para sempre. Eles se esqueceram de que o cordeiro, que era sacrificado diariamente como símbolo de Jesus, seria o único que garantiria sua condição de igreja de Deus. Jesus veio a este mundo. “veio para o que era seu, e o seus não o receberam” João 1,11. Jesus era o Messias Salvador. Ele era o verdadeiro Rei de Israel, mas o povo judeu gritou: “Não temos outro rei, senão César”. A situação espiritual de Israel quando Jesus nasceu era calamitosa. Jesus, em pessoa, condenou a hipocrisia de seus líderes. Eram líderes aparentemente espirituais, reclamavam para si o direito de ser o povo de Deus, contudo estavam longe de sê-lo. Igreja cristã – o Israel espiritual. O erro do cristianismo está em pensar que Israel foi rejeitado por Deus e substituído pela Igreja cristã. Se você estudar conscienciosamente a Bíblia, verá que não é assim. Deus formou a Igreja cristã a partir de Israel e não em substituição a ele. Jesus escolheu o remanescente fiel. Aqueles que o aceitaram e o seguiram. A maioria o rejeitou como Messias, todavia 12 decidiram segui-lo e ser fiéis e obedientes a Deus. Esses 12 discípulos foram a base do que viria a ser a Igreja cristã. A característica distintiva do cristianismo é aceitar Jesus como Salvador e obedecer aos mandamentos de Deus Apocalipse 12,17 e 14,12. E uma das chaves dessa obediência é o sábado como dia de repouso. Ezequiel diz que o sábado é o sinal, o selo, a identificação e a marca de Deus. Teria o sábado sido deixado só para Israel? Não, porque a criação, quando ainda não existia o povo de Israel, já fora estabelecido o sábado. O sábado era o sinal do povo de Israel. Mas alguém pode dizer: “Israel já foi rejeitado e, junto com ele, o sábado”. Isso não pode ser assim porque, em Apocalipse 7, João diz: “Então vi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel” Apocalipse 7,4. Você vê? O remanescente espiritual de Israel é o cristianismo. São os que aceitaram a Jesus como Salvador e, por isso, “lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro”. E são também os que decidiram guardar os mandamentos de Deus, o que inclui a observância do sábado. É por isso que recebem o sinal de Deus em sua fronte. Obediência equivocada. Mas agora vem o inimigo de Deus e tenta impor sua própria maneira de adorar e obedecer. O diabo é astuto. Se ele não conseguir levar você a negar a existência de Deus e rejeitá-lo, levá-lo-á a obedecer-lhe de maneira errada. No Jardim do Éden, disse Deus: “Se tocares no fruto desta árvore, morrereis”. Aí veio o diabo e disse:” não morrereis”. No coração de sua santa lei, Deus escreveu: “Lembra-te do dia do sábado para o santificares”. E aí vem o inimigo e diz: “Não precisa ser sábado. Pode ser também o domingo”. A Caim ele disse: “Não precisa ser um cordeiro, pode ser também o fruto da terra”. Enfim, não é como Deus diz, pode ser como você achar melhor. Mas aí está o perigo: em pensar que se está servindo a Deus quando não se está. Pensar que se está obedecendo, quando se está agindo contra a vontade de Deus. Pegue sua Bíblia. Seja sincero, e tome todo o tempo que você precisar para achar um único verso bíblico que diga que o sábado não é mais o dia de repouso e que foi substituído pelo domingo. Você não achará. Por que então as pessoas guardam o domingo? Existem argumentos. Alguns creem que o fato de Jesus ter ressuscitado no domingo é autorização para começar a guardar esse dia. Entretanto, a Bíblia não diz isso. Domingo sinal de autoridade. O mais dramático de tudo é fazer a seguinte pergunta: “Se o sábado é sinal ou selo de Deus, qual é a marca da besta?”. Lembre-se de que Apocalipse 13 fala de um poder religioso/político e também fala de um país poderoso que “seduz os que habitam sobre a Terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a Terra que façam uma imagem à besta” Apocalipse 13,14. Uma imagem é algo que representa. Quando você fala de verde-amarelo, vem à sua mente imediatamente o Brasil. Quando pensa em branco e azul, Argentina. Vermelho e branco, Peru. Isso porque são esses países que estão por trás dessas cores. Bom, qual é o poder que está por trás do domingo como dia de repouso? Mais ainda: Apocalipse 13 continua dizendo que aquele poder faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes seja dada certa marca sobre a mão direita e sobre a fronte. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número de seu nome. Isso é assustador. Aqui a profecia indica que chegará um momento na história deste mundo em que quem guardar o sábado não poderá comprar nem vender. Parece imaginação doentia? Pois então pergunte-se: Hoje, ainda em tempos de paz, todos os jovens que guardam o sábado têm o direito de fazer suas provas na universidade em outro dia? Todas as pessoas que guardam o sábado podem fazer concursos para cargos públicos? Todas as pessoas têm o direito de trabalhar no domingo em lugar do sábado? Não é um assunto de mania de perseguição. É algo profético. Está escrito com toda clareza na Bíblia. O último chamado à adoração. O pano de fundo é obediência e adoração. Os seres humanos parecem não perceber que o inimigo está conseguindo o que sempre se propôs. Mas em Apocalipse 14 levanta-se um grupo de pessoas, simbolizadas pelo anjo, para proclamar em alta voz o evangelho eterno. É algo que não muda. Sempre foi assim: salvação em Cristo e obediência aos seus mandamentos. Esse clamor é: “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora de seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas “ Apocalipse 13,14. Compare esta passagem com o quarto mandamento, que ordena guardar o sábado, ali diz; “Por que em seis dias, fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou, por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” Êxodo 20,11. Coincidência? Parece-lhe coincidência que o último chamado que Deus faz à humanidade tenha quase as mesmas palavras que Ele pronunciou quando disse que o sábado era santo? Mas o último chamado diz mais: “Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus” Apocalipse 19,9-10. E acrescenta: “Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cumplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos” Apocalipse 18,4. Portanto, este é um momento de decisão. O destino eterno do ser humano está em jogo. Não há mais tempo a perder, pois os últimos eventos da História estão próximos. Abraços. Davi.

 

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