Cristianismo. Por Alejandro
Bullón. Livro O Terceiro Milênio – E as Profecias do Apocalipse. Capítulo XIV.
O SELO DE DEUS E A MARCA DA APOSTASIA.
Parte I. Aconteceu de novo. Dezesseis membros da Ordem do Templo Solar,
uma dessas seitas apocalípticas que aparecem a cada dia, cometeram suicídio
coletivo. A polícia francesa descobriu, num bosque da aldeia de Saint-Pierre de
Cherennes, perto da aprazível Grenoble, dezesseis mortos, entre os quais, três
crianças. Catorze corpos estavam carbonizados e dispostos em círculo, seguindo o
mesmo ritual macabro adotado no suicídio coletivo de 1995. Como no trágico
incidente anterior, as vítimas foram executadas voluntariamente, com tiros na
cabeça, por outros dois membros da seita que eram policiais. Depois de queimar
os corpos, os dois carrascos também se suicidaram. A primeira tragédia
aconteceu em 1995, quando a seita induziu a morte 53 pessoas na Suíça e no
Canadá. A Ordem do Templo Solar é uma seita pequena, com pouco mais de 400
membros espalhados por vários países. Os líderes, o médico homeopata belga, Sue
Jouret, e o francês Joseph di Mambro, convenceram os seus seguidores de que a
morte era apenas uma espécie de transição para alcançar o planeta Sírius, lugar
de eterna paz e bem-estar. Enquanto isso, eles se encarregariam de administrar
os bens materiais dos seguidores! A polícia encontrou na conta de um dos
líderes, $ 200 milhões de dólares. Por que você acha que pessoas ricas e cultas
são engana com tanta facilidade? O que aconteceu com o homem deste fim de
século? Existe no coração humano um certo medo existencial. Independente da
religião, cultura ou posição social, existe no íntimo de cada pessoa a sensação
de que este mundo caminha rumo à destruição completa. E a pergunta é: Como?
Futuro Incerto. Os estudiosos do crescimento populacional acreditam que a
humanidade está se multiplicando. Somos mais de 8 bilhões de pessoas hoje. Essa aceleradamente chegará a um ponto em que toda produção de alimentos não
será suficiente para atender as necessidades. Os mais pessimistas creem até que
os homens começarão a se devorar uns aos outros. Há, por outro lado, os que
temem uma guerra nuclear. Acreditam que este planeta não sobreviverá a uma
série de explosões atômicas. Para onde fugir, então? A violência, o desamor, a
exploração do homem pelo homem, capitalismo, fazem-nos sentir que este mundo
não é um lugar seguro para se viver. Os princípios morais que serviam como
alicerces de uma sociedade justa estão sendo cada vez mais discutidos e
colocados de cabeça para baixo. Racionaliza-se em torno do que é certo e
errado. Discute-se o princípio de autoridade, rejeitam-se os valores
espirituais. Nossa sociedade tornou-se secularista. Deus não passa de um nome
ou uma simples “energia” que pode ser encontrada em tudo. Mas que não tem poder
nenhum para intervir nos destinos do homem. O capital encontra-se concentrado
nas mãos de uns poucos, enquanto o trabalho não é valorizado. Na verdade, com
os avanços da tecnologia, torna-se quase dispensável, deixando a grande massa
humana em desespero quanto a sua sobrevivência. Cultos apocalípticos. É preciso
fugir deste mundo. Mas para onde? Eis o motivo por que neste fim de século
aparecem constantemente cultos apocalípticos que, apesar dos trágicos
desenlaces a que chegam, arrebanham seguidores em todos os países e em todas as
classes sociais. Observe alguns exemplos: 1. Jim Jones levou 913 pessoas ao
suicídio coletivo em 1978, na Guiana, prometendo que todos iriam para o Céu. 2.
David Koresh, autoproclamando-se Filho de Deus, do ramo davidiano, levou à
morte 70 homens, mulheres e crianças, confrontando-os com a polícia no de 1993,
em Waco, Texas. 3. No Japão, membros da Seita Aumshinrikyo provocaram, uma
explosão “apocalíptica” no trem de Tóquio, em 1995. Onze pessoas morreram e
cinco mil foram feridas. 4. A polícia mexicana acusou o pastor Ramón Morales
Almozan de levar à morte 29 seguidores, sufocados em 1991. O pastor ordenava
aos fiéis que continuassem orando, enquanto a fumaça tóxica inundava o templo.
Estima-se hoje que, na Grã-Bretanha, existam por volta de 500 cultos
apocalípticos, chegando esse número a 2500 nos Estados Unidos. São pessoas
angustiadas, desencantadas com a vida e procurando um mundo melhor. Elas estão
dispostas a pagar qualquer preço a fim de encontrar o que procuram. Um pouco de
paz no coração e um lugar onde não haverá mais dor e sofrimento. Um lugar sem
orgulho, rancor, cobiça, nem ciúmes doentios que destroem as relações humanas.
O paraíso real. Incrível como pareça ser, esse lugar existe. Não está no
planeta Sírius, nem virá com a era de Aquários. O apóstolo João o descreve deste
modo: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia
enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e
diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos ... Um
dos anciãos tomou a palavra dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras
brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. Ele,
então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas
vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro .... Jamais terão fome, nunca
mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum. Pois o Cordeiro
que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da
água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” Ap 7:9,13-14,16-17.
Você vê? Esse lugar existe. Não haverá ali mais dor. Nunca mais você será
traído, nem abandonado. Nunca mais veremos crianças de rua condenada por uma
sociedade injusta. Nunca mais a morte arrancará de nossos braços as pessoas que
mais amamos. Esse lugar existe. A Bíblia é clara ao afirmar que você e eu
poderemos um dia estar presentes ali. Vestidos de vestiduras brancas, com
palmas nas mãos. A última noite do mundo. Mas antes que chegue aquele dia, é
preciso passar a última noite deste mundo. Noite é sinônimo de escuridão, frio
e, muitas vezes, medo. Mas o Sol do novo dia só nasce depois que a noite escura
passa. Veja como o Apocalipse descreve este quadro: “Depois disto, vi quatro
anjos em pé, nos quatro cantos da Terra, conservando seguros os quatro ventos
da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem
sobre árvore alguma” Ap 7,2. Vento, em profecia, é símbolo de destruição e
guerra, e a João é revelado, na visão, que este mundo está ameaçado de
destruição. Há um cataclismo universal se aproximando. Mas João vê algo mais:
“Vi outro anjo que subia da nascente do Sol, tendo o selo do Deus vivo, e
clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado à terra e ao
mar, dizendo: Não danifiqueis a Terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos
na fronte os servos de nosso Deus” Ap. 7,2-3. Percebe? Antes de os quatro
ventos destruidores soprarem sobre este mundo, é preciso que os servos de Deus
sejam selados, ou seja, identificados, para serem poupados da fúria da Natureza
que castigará este planeta sem medida. Como pode você saber se será selado como
um servo de Deus ou não? É interessante notar que no Apocalipse achamos dois
grupos de pessoas marcadas ou seladas. No Capítulo 13, o poder
religioso/político, simbolizado pela besta, faz que “a todos, os pequenos e os
grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, lhes seja dada certa
marca sobre a mão direita ou sobre a fronte” Ap 13,6. E no capítulo sete, os
servos de Deus também são selados, na fronte, com o selo de Deus. O selo de
Deus e a marca da besta. Aqui surge de maneira natural a pergunta: “O que ou
qual é a marca da besta e qual é o selo de Deus?” Veja que os que receberem o
selo de Deus serão poupados da destruição. Enquanto João diz que “se alguém adora
a besta e a sua imagem, e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também
esse beberá do vinho da cólera de Deus” Ap 14,9-10. Para saber o que é a marca
da besta é preciso primeiro identificar qual é o selo de Deus. A marca da besta
será o contrário. Selo geralmente é a identificação de uma pessoa. O selo
compreende nome, atribuições, autoridade e caráter do seu dono. Por trás do
selo de Deus estão sua autoridade, sua lei e os princípios eternos do governo
divino. Por trás da marca da besta você pode achar, também, a pretensa
autoridade, os decretos, e os princípios enganadores do diabo. Por trás do selo
de Deus está o desejo de salvar. Por trás da marca da besta encontra-se a
vontade de destruir. Por trás do selo de Deus então o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. E por trás da marca da besta estão o dragão, a besta e o falso profeta.
O selo de Deus é colocado na vida dos que “lavaram suas vestiduras e as
alvejaram no sangue do Cordeiro” Ap 7,14, enquanto a marca da besta é colocada
na vida dos que adoram o poder que se atribui poderes divinos em temos. Aqui
está em jogo novamente a autoridade divina. Quem tem a última palavra? A quem
se deve obedecer? Sábado: sinal divino. Se você for na Bíblia, achará a
seguinte declaração: “Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre
mim e vós, para que saibais que Eu Sou o Senhor, vosso Deus” Ez 20,20. Você
pode dizer: “Ah, esse verso estava se referindo ao povo de Israel”. Mas não
está não. Abraço. Davi.
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