sábado, 23 de abril de 2022

O NÚMERO DA BESTA E SEU SIGNIFICADO

 

Gnosticismo. www.sgi.org.br. Site da Sociedade Gnóstica Internacional. O NÚMERO DA BESTA E SEU SIGNIFICADO. As Escrituras Sagradas Cristãs possuem muitas passagens enigmáticas, que podem inspirar sentimentos como admiração, descrença e até mesmo terror em seus leitores. Uma dessas passagens mais intrigantes é aquela em que é revelado o Número da Besta, identificado como 666, o qual de acordo com o livro de Apocalipse seria o número do homem e conteria uma sabedoria a ser decifrada. Não há dúvida que o fascínio exercido pelo Número da Besta ganhou força fora dos círculos católicos e evangélicos graças a sua popularização por filmes de terror, Banda de Heavy Metal e autores ocultistas. Mesmo em atitude revolta, quem antes jamais abriria uma Bíblia para ler suas passagens acaba dando uma espiada no Apocalipse para entender melhor o que significa o 666. No filme Laranja Mecânica (1971) produzido e dirigido por Stanley Kubric (1928-1999), o delinquente sociopata Alex é sutilmente associado à Besta quando é abordado por dois policiais identificados com os números 665 e 667. Mais clara é a referência feita no filme A Profecia (1976) dirigido por Richard Donner (1930-    ), onde o número 666 é revelado no couro cabeludo do diabólico Damien. Como se isso não bastasse, ainda programaram a data de lançamento do filme para o dia 6 de junho de 1976. Contudo, em alto e bom som o Número da Besta foi espalhado pelas mentes adolescentes através de um dos maiores Clássicos do Heavy Metal de todos os tempos, a música The Number of The Beast, da Banda Britânica Iron Maiden. A música foi feita pelos baixistas Steven Harris (1956-    ), inspirado pelos pesadelos que teve depois de assistir a sequência de A Profecia. Durante a turnê da Banda no ano de lançamento de The Number of The Beast, diversos grupos religiosos fundamentalistas queimaram os discos da Banda em público. Como uma forma de protesto contra o que consideravam ser um grupo satânico. Algumas décadas antes de tudo isso, o difamado ocultista Aleister Crowley (1875-1947) usou intencionalmente o nº 666. Como mais um de seus famosos instrumentos de promoção pessoal através de provocações e controvérsias. Ele afirmou ser a Besta profetizada no Apocalipse e adotou pra si o nome To Mega Therion, a forma grega para A Grande Besta, que através da numerologia soma 666. Para entender o que significam a Marca da Besta e o número 666, é preciso antes recapitular brevemente o livro do Apocalipse. Em síntese, o livro conta os eventos que acontecerão antes, durante e depois do retorno de Jesus. Estes eventos são narrados pelo apóstolo João, que os viu através de uma revelação divina entregue pelo próprio Jesus. Durante este período do fim dos tempos ocorrem três grandes aflições para a humanidade, as quais são iniciadas quando são tocadas a quinta, a sexta e a sétima trombetas do Apocalipse. Durante o segundo período de aflição, o livro do Apocalipse afirma que a Terra será governada pela Besta. Uma criatura horrenda que força a humanidade a usar a sua marca, que é o Número 666. Apocalipse 13;1-18 "Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então, vi uma de suas cabeças como golpeadas de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão  porque deu a sua autoridade à besta. Também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmia contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e lhe adorarão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar a espada, necessário é que seja morto à  espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos. Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer a terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu. E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca o sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis". (Os leitores devem tranquilizar-se; os melhores especialistas em escatologia,  doutrina que se dedica ao estudo dos eventos que devem acontecer no final dos tempos. São unânimes em afirmar que esse texto de Apocalipse é primordialmente baseado em alegorias e metáforas. Seu conteúdo é enigmático e as figuras e simbologias não têm correspondência no mundo real ou visível. Penso que a chave para adentrar no portal do Apocalipse e especificamente essa narrativa passa pela Ciência Esotérica. O Ocultismo em sua sabedoria de Mistérios pode desvendar algumas dessas visões. Mas pra isso o postulante preciso assumir um compromisso de santidade, pureza e acordo com a verdade encoberta. Pois algumas são para o público em geral e outras são para os Iniciados. Ficando veladas até que se encontre um caminho de purificação da mente, vontade e emoção para receber esses Mistérios. Entretanto, suponho, que a maioria da tipologia aqui expressa não será manifestada em nossa quinta raça raiz que vivemos. Porquanto seu teor foge a nossa situação atual e as futuras encarnações, que ainda teremos de assumir para alcançar a completude evolutiva. Assim cogito que a melhor maneira de se encarar essa Escritura é compará-la a um quadro pintado por um artista. Que você, observando, através de sua imaginação e percepção faz sua própria teologia e filosofia sobre essas figuras. Esse número (666) identificaria as pessoas que seguem a Besta, e estão portanto em clara oposição à Deus e à Cristo. Não fazendo parte da igreja ”universal” e de seu plano de salvação. Não existe consenso entre os cristão se estes acontecimentos previstos no livro já estariam em andamento. Mas muitos identificam certos sinais de que o período apocalíptico já tenha começado. Assim, no contexto apocalíptico, o Número da Besta é revelado no momento em que a Besta. Também conhecida como o Falso Profeta, está governando a humanidade. Realizando grandes prodígios e fazendo com que todos adorem a sua imagem. Então, o número 666 é gravado na mão direita ou na testa daqueles que estariam sob o seu poder. Existem duas formas principais de interpretação do significado do Número da Besta. A primeira é através do emprego da numerologia, usada geralmente para calcular o número de um líder mundial ou de alguma personalidade para poder associá-lo com o 666. Manipulações desinformadas deste sistema já deram origem à hipóteses que a internet seja a Besta. De acordo com esta visão distorcida da numerologia, a sigla www possui valor numérico 666. Contudo, isto está tão equivocado quanto dizer que o número romano III possa ser entendido como 111, e não como 3. Mediante a numerologia, muitos tentam identificar a Besta através de seu Número. Alguns a buscam no passado, como é o caso daqueles que a identificam com imperador romano Nero. Para estes, a Marca da Besta seria as imagens dos bustos dos imperadores gravadas nas moedas romanas. Sem as quais ninguém podia comprar ou vender, tal como está escrito a respeito da Marca da Besta no Apocalipse. Outros buscam a Marca da Besta no futuro, quando surgiria uma nova moeda global que cumpriria o mesmo papel que o Euro. 28 países são membros da União Europeia e 18 deles  adotaram a moeda única (Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha. Sendo que 10 não adotaram. Assim, discussões primárias como aspectos educacionais, habitacionais, monetários e de saúde se arrasta no Parlamento Europeu a décadas sem ao menos um vislumbre de solução. Alguns países membros da União Europeia já cogitaram em dissolver a organização, fracionando-a em zonas de interesses comuns. Baseados em língua, tradições e culturas de  fundamental importância para os países europeus. Que seria o veículo econômico de uma suposta Nova Ordem Mundial. De acordo com este pensamento, toda e qualquer iniciativa de superação das diferenças globais. Seria parte de uma tentativa sinistra de dominação mundial por parte do Anticristo. No contexto político, econômico e social atualmente vivido no mundo isso é improvável até a longo prazo. Porque as nações nos Fóruns Globais tentam harmonizar pautas para decidirem em acordo e não conseguem. Países de características socialistas e capitalistas não se entendem, emperrando o diálogo e trazendo prejuízo para suas cambaleantes economias. As grandes potências atuais Estados Unidos, China, Rússia e Alemanha  se sobressaem assumindo um egoísmo nacionalista. Distanciando-se de ideais humanitários baseados na solidariedade dos povos. Esses pressupostos mostram que o Anticristo – se é que ele um dia se manifestará – não tem base política, social e econômica. Para estabelecer seu curto, e terrível reinado de 1260 dias ou três anos e meio. Para tais intérpretes do Apocalipse, em breve a humanidade seria forçada pelo Anticristo a aceitar uma única religião sincrética. Também é incerta essa afirmativa, pois as evidencias mostram que, as religiões no mundo Ocidental: Cristianismo, Espiritismo. E Oriental: Judaísmo, Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Bramanismo e outras, tendem a se auto afirmarem. Havendo sim a necessidade do diálogo e fraternidade espiritual. Mas, penso que, essa ponte não provocará uma ruptura de pressupostos teológicos. Em detrimento de que os sistemas filosóficos religiosos sejam fundidos numa só doutrina. Que em tese acabaria com o fundamentalismo e com as dificuldades de implantação da Nova Ordem Mundial. Esse termo, por conseguinte, é hoje considerado pelos historiadores e sociólogos como ultrapassado. Em desuso e fora de contexto. Insinuando a submissão das nações fragilizadas e a opressão das potência hegemônicas. A pós modernidade nem o menciona nos círculos acadêmicos e científicos. Mas sugerem uma aglutinação doutrinaria, sendo exatamente o contrário do modelo vigente. Onde ideologias liberais e conservadoras se distanciam. Assumindo posições reacionárias e dogmáticas. Criando esferas multinacionais com pequenos vínculos de contato com os ambiente supranacionais divergentes e desiguais. Distante da moeda supranacional considerada por eles como sendo a Marca da Besta. Por este motivo vemos tantas vertentes fanáticas que relutam em aceitar a universalização do espírito religioso que é inerente à alma humana. Não existe uma religião melhor ou mais verdadeira que a outra. Como já disse Helena P. Blavatsky (1831-1891) nenhuma religião está acima da verdade. Ou como falou  Samael Aun Weor (1917-1977), todas as religiões são pérolas preciosas que enfeitam o colar da Divindade. Afinal, na própria passagem do Apocalipse onde somos apresentados ao Número, é dito que nele existe Sabedoria. E que aquele que tenha entendimento pode calcular o Número da Besta. Que o próprio Número do Homem é 666. E isso não está somente escrito no livro do Apocalipse, mas também está recitado de modo soturno. Provocando medo ou pavor, pelo ator britânico Barry Clayton (1931-2011) na música que é cantada pela voz potente do ocultista Bruce Dickinson. Em toda a Bíblia, os números são empregados de maneira figurativa, e isso não deveria ser diferente em relação ao Número da Besta. Com base nos ensinamentos básicos da Numerologia. Uma vez que o número 7 é o número da divindade, da completude e da plenitude. O número 6 representa o que é incompleto, imperfeito e inadequado. Ainda assim, para estudar a numerologia de forma um pouco mais profunda. Não seria imprudente empregar o Tarô, a grande ferramenta simbólica dos ocultistas. A lâmina número 6 do Tarô é chamada de Os Amantes.  Mostrando geralmente um casal de namorados diante da decisão de se casar. Ou um rapaz entre duas moças tendo que escolher com qual delas vai ficar. Portanto, para o Tarô, o número 6 representa essencialmente o momento que antecede a tomada de uma decisão e a chamada da responsabilidade. O número 666, de acordo com esta ótica, seria aquele que representa uma tripla hesitação. Interpretadas como sendo a ausência de controle sobre o cérebro, o coração e o sexo. Os três núcleos de poder do ser humano. É através do controle da mente, do sentimento e da sexualidade (corpo) que o ser humano é capaz de permitir a expressão de seus valores espirituais e de sua vontade consciente. Sem este triplo controle, ou seja, com esta tripla hesitação, a divindade é incapaz de manifestar sua sabedoria. Seu poder e seu amor e o ser humano se converte em um escravo da Besta, o termo apocalíptico para a ilusão. Besta é igual a Ilusão. Outra lâmina do Tarô que auxilia na compreensão do Número da Besta é o Arcano 18. Já que o número 18 é a soma dos três dígitos do 666. Este Arcano é conhecido com a Lua, e representa a Ilusão provocada pela luz do luar. Em oposição à claridade provocada pela luz solar. Esta carta ainda alerta para os perigos de se caminhar em meio à luz da lua, que são as Ilusões. Estando nos arriscando a topar com algum animal peçonhento escondido em sua toca. O que nos provocará sofrimento. Indo um pouco mais, o próprio número 18 pode ser reduzido a um novo número. Desta vez o 9, e o Tarô novamente pode ser útil para elucidar a simbologia do Número da Besta. O Arcano 9 é conhecido como o Eremita, e mostra um sujeito maduro que caminha pelo deserto. Trazendo consigo um cajado e uma lamparina. Este é um símbolo muito claro de todo Iniciado de todo buscador dos Mistérios da Luz. São estes Mistérios que permitem ao ser humano, seja homem ou mulher, adquirir o tríplice domínio sobre si mesmo. O que corresponde a conquistar definitivamente seu cérebro, seu coração e seu sexo. Transformando-os em instrumentos de expressão dos valores existenciais do Espírito, o qual é a fonte de toda a felicidade. Não é por acaso que as grandes religiões universais apresentam tríades de deuses como no caso egípcio de Osíris, Ísis e Hórus. Também no caso hindu de Brahma, Vishnu e Shiva.  Igualmente ainda nos casos dos deuses tríplices presentes nas religiões gregas, romanas, celtas e demais cultos pagãos. De alguma forma, o cristianismo também conta com esta Tríade Divina, que é formada por Pai, Filho e Espírito Santo. Também não é por acaso que o número de escolhidos do Cordeiro que vai enfrentar a Besta e seus escravos na mitologia apocalíptica cristã é 144.000, Apocalipse 7:2-4 "Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel". (Partindo do princípio que o Apocalipse é uma alegoria os 144.000 das tribos de Israel é claramente uma simbologia, pois os que servem ao Cordeiro estão em todas as religiões tanto Monoteístas, como Politeístas e também as não Teístas. Esse número mencionado é apenas uma convenção. Como o apóstolo João nunca imaginaria que depois de dois mil anos o mundo teria mais de sete bilhões de pessoas. Ele hesitou em acrescentar mais zeros a sua conta. Até penso que ele imaginava que um dia todos os habitantes da terra se incluiriam na salvação universal do Cordeiro de Deus. Pelo processo evolutivo das futuras reencarnações e renascimentos. Reparações dos vícios – carmas e deméritos. Cuja soma final também é 9 somando as unidades do número 144.000 chega-se ao resultado de 9. O número dos Iniciados. Isso mostra evidentemente a oposição que existe entre aqueles que desejam manter-se escravos das circunstâncias, das ilusões e dos sofrimentos. Em oposição aqueles que exercem a vontade consciente sobre si mesmos. Desfrutando da sabedoria e da felicidade representada pela Nova Jerusalém. Concluindo nossa dissertação, repetimos que: O número 666 que tipifica a Besta, de acordo com esta ótica. Seria aquele que representa uma tripla hesitação. Interpretadas como sendo a ausência de controle sobre o cérebro, o coração e o sexo. Os três núcleos de poder do ser humano. Quanto ao sexo, uma advertência, os índices de aids têm aumentado vertiginosamente entre os jovens de 13 a 24 anos, isso no mundo inteiro. Assim, cuidados devem ser urgentemente tomados. Amigos leitores, quão importantes são esses três aspectos mencionados; quantas vezes caímos em alguns deles, outras vezes em todos. Mas que a Providência Divina junto com a Mãe Natureza continue dando-nos forças para resistirmos a Besta ou Ilusão das tentações.  Que procuremos expressar em nosso viver a santidade, pureza e amor ao próximo, bem como a todos os seres. Para assim, não manifestarmos essa monstruosa Besta que deseja nos tornar seus escravos. Este texto está no site da Sociedade Gnóstica Internacional à qual agradecemos a gentileza da utilização.  www.sgi.org.br. Abraço. Davi.

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