Cristianismo.
www.graodetrigo.com. Texto de David W.
Dyer. II. O CAMINHO DE CAIM. MUITAS OBRAS MARAVILHOSAS. Oh, as catedrais que
têm sido construídas, as liturgias que têm sido formuladas, os arranjos
musicais que têm sido criados, as mensagens que têm sido pregadas, as peças de
teatro, dança, mímica, etc. que têm sido feitas – tudo em nome da adoração!
Entretanto, Deus não aprova nenhuma destas coisas se não foram iniciadas por
Ele. Elas e muitos outros itens desta natureza, são realizações tremendas,
porém humanas. Não estou tentando diminuir a excelência de nenhuma delas. Ainda
assim, o seu valor é nulo se comparado com a beleza e a glória do que Deus
providenciou. Muitas destas coisas são apenas obras humanas, as melhores que
podemos produzir. Ainda assim elas não podem atingir o alvo, a exigência de
Deus. É comum que os homens apreciem tais coisas com sua alma, seus sentidos e
frequentemente confundam esta apreciação com alguma bênção espiritual.
Entretanto, Lucas 16:15 afirma que “(...) pois aquilo que é elevado entre
homens é abominação diante de Deus”. Coisas meramente naturais não têm
absolutamente valor espiritual. Elas nada fazem para intensificar nossa
adoração ou para atrair a presença de Deus. A razão pela qual Deus rejeita tais
coisas é que elas são uma substituição humana para a verdadeira oferta que Ele
providenciou. Consequentemente, o espírito do homem é deixado sem ministração
quando estas coisas naturais predominam em nossas reuniões cristãs. Quantas
vezes você saiu de um culto insatisfeito? Quantas vezes você ouve muitas
mensagens em muitos encontros, conseguindo apenas umas migalhas da mesa do
Senhor? Quantas vezes nossa adoração a Deus é formal, “religiosa”, até
energética mas espiritualmente morta? Tudo isto somente serve para provar que
temos seguido o caminho de Caim. Temos oferecido nossos melhores vegetais a
Deus. Nenhuma de nossas ideias ou invenções, não importa quão boas ou
“corretas” elas possam ser, poderá satisfazer a Deus. E quando Deus não está
satisfeito, nós também não poderemos estar espiritualmente satisfeitos. Oh, mas
que diferença há no Filho! Quando o povo de Deus se reúne e se abre para Ele,
permitindo que o Seu Espírito Se mova em nosso meio, permitindo que o Sumo
Sacerdote de nossa confissão dirija a adoração, o louvor e o ministério, quão
satisfatórios estes encontros podem se tornar! Como serão cheios do Espírito e
de Verdade! Como estes encontros serão ungidos e agradáveis! O homem se
satisfaz porque Deus está satisfeito, tendo visto e aceito a oferta de Seu
Filho. FOGO ESTRANHO. No Velho Testamento temos um outro exemplo da vã religião
humana. Nadabe e Abiu eram filhos do Sumo Sacerdote. Eram os filhos mais velhos
de Arão e foram consagrados a Deus juntamente com ele para ser sacerdotes ao
Senhor. Os dois tinham bastante experiência em adorar ao Senhor e até chegaram
a ver fogo cair do céu sobre os sacrifícios que ofereciam (Levítico 9:24).
Então, começaram a achar que tinham um bom domínio no negócio da religião.
Pensavam que já eram capazes de inventar algo para adorar a Deus. Tiveram a
ideia de colocar um pouco de incenso em seus incensórios e foram para o santo
tabernáculo. O resultado foi desastroso. Veio fogo do céu e os consumiu. Esta
foi a reação de Deus às suas inovações (Levítico 10:1,3). Talvez estas coisas
podem falar algo para nós hoje. Como homens, temos uma profusão de ideias para
contribuir com as reuniões das igrejas – apresentações dramáticas, danças,
mímica, adoração pré-planejada, performances musicais, práticas tradicionais,
muitos dos adereços e formatos que achamos tão normais hoje na religião cristã –
todas estas coisas podem ser apenas fogo estranho oferecido ao Senhor. Nós,
povo de Deus, deveríamos chegar diante Dele com temor reverente. Deveríamos
tomar cuidado para não seguirmos o caminho de Caim! É essencial que nossa
adoração seja algo verdadeiramente espiritual, que venha do próprio Deus
jorrando dentro de nós e Se derramando através de nós! Não é suficiente que,
quando estamos juntos, sejamos simplesmente informados, emocionalmente
estimulados ou entretidos. Ele, tão somente Ele, é a fonte de genuína oferta
espiritual. Deus pode tolerar nossos exercícios religiosos hoje em dia. Hoje,
Ele não manda fogo do céu para destruir estas coisas que muitos de nós estamos
fazendo. Entretanto, somos ensinados que um dia nossas obras passarão pelo
teste do fogo e, se estivemos construindo com madeira, feno e palha, nossa obra
será consumida. Lemos que o Senhor virá repentinamente ao Seu Templo e irá
purificar os filhos de Levi de modo que sua oferta seja feita em justiça
(Malaquias 3:1-3). Por favor, não me entendam mal. Não há dúvida que Deus pode
nos conduzir em nossa adoração enquanto cantamos, dançamos ou fazemos muitas
outras coisas. O Rei Davi dançou diante do Senhor com toda a sua força (2
Samuel 6:14). Débora, Moisés e muitos outros, compuseram canções de louvor.
Entretanto, fizeram estas coisas porque estavam transbordando de unção do
Espírito Santo. Não fizeram isto por achar “apropriado”, “sagrado”,
“bonitinho”, ou “comovedor”. Aquilo que se origina em Deus e as invenções dos
homens podem parecer iguais. Podem até mesmo ter a mesma forma e aparência.
Entretanto, há um universo de diferença! A questão não é realmente sobre a
forma, mas sobre a fonte destas coisas. Se a fonte não é Deus, não importa o
quão maravilhoso possa parecer, não importa que a doutrina possa estar correta,
não importa que seja bom de se ver, isto é rejeitado por Ele. Por outro lado,
tudo o que é inspirado pelo Espírito Santo, é importante e deveria ser incluído
em nossa adoração. Como nós, os filhos de Deus, precisamos aprender a discernir
entre o sagrado e o profano, entre o limpo e o sujo (Ezequiel 22:26)! É triste,
mas é verdade que muitos cristãos não aprenderam a discernir entre a alma e o
espírito (Hebreus 4:12). Muitos passaram tão pouco tempo na presença de Deus
meditando sobre as escrituras que nunca experimentaram a Sua espada do Espírito
separando o que é natural e humano daquilo que é espiritual. Frequentemente,
não temos crescido em nosso discernimento para sabermos o que Deus está
pedindo. E, agindo assim, temos falhado em atingir Seus objetivos – adoração em
Espírito e em verdade. Há uma tendência entre alguns homens de apreciar coisas
com as quais estão habituados ou que existem há muito tempo. Outros gostam de
inovações em sua adoração. Entretanto, tudo deve ser levado ao controle do
Espírito Santo e somente Ele deve ser soberano sobre tudo o que fazemos. Além
disso, já que Jesus é uma pessoa viva, as práticas e experiências em que Ele
nos lidera, poderá mudar. Assim como o nosso relacionamento com outras pessoas
está em constante transformação, assim também a misericórdia de Deus se renova
a cada manhã (Lamentações 3:22,23). Portanto, devemos estar em constante
comunhão com Ele de maneira que possamos sentir e seguir o que Ele está fazendo
hoje. É possível que muitas pessoas não compreendam o que estou dizendo e se
sintam ofendidas por minhas palavras. Porém, meu alvo não é ser ofensivo, mas é
que todos possam experimentar cada vez mais da realidade do Espírito Santo em
suas vidas. Por favor, reveja a passagem em Lucas que declara o quanto o Pai do
Céu deseja derramar de Seu Espírito sobre aquele que Lhe pedir (Lucas
11:11-13). Ele anseia que saibamos a diferença entre o que é espiritual e o que
é natural, para que possamos ofertar coisas que são aceitáveis e agradáveis a
Ele! Deus nos ama muito. Ele derramou sobre nós o Seu Espírito. Ele nos
ofereceu o Seu único Filho. Deus não guardou de nós nada que fosse necessário
para uma verdadeira adoração e um puro relacionamento com Ele. Como nós, como
homens, precisamos aproveitar tudo que Deus nos tem dado! Oh, que tenhamos o
discernimento para saber o que se origina na alma e o que vem do Espírito. É em
nosso espírito que nos ligamos a Deus (1 Coríntios 6:17). E é somente através
do Espírito Santo que podemos oferecer um sacrifício que seja aceitável. Para
conseguir encontros genuinamente espirituais nós, assim como nosso devoto
antecessor Abel, precisamos estar trabalhando durante a semana naquilo que Deus
providenciou – o Cordeiro. Se chegamos de mãos vazias aos nossos encontros na
igreja, se não estivemos na presença do Senhor nos alimentando e não temos
tidos o Seu Espírito Se movendo dentro de nós durante a semana, não teremos
nada para oferecer. Se não nos empenharmos nas escrituras em andar em comunhão
com o Cordeiro em nossa vida diária, como podemos trazê-Lo como uma oferta?
Nesta situação, muitos cristãos são tentados a oferecer vegetais. Talvez pela
falta de experiências espirituais, talvez pela falta de um relacionamento
íntimo com o próprio Deus, eles são deixados sem o Cordeiro e só podem oferecer
aquilo que cresce do solo – algo terreno, algo natural. Estas coisas são
espiritualmente insatisfatórias. O fato que o Pai procura homens e mulheres que
O adorem em Espírito deveria realmente nos impressionar. Agora mesmo Ele está
procurando por adoradores! Seu coração hoje está ansiando por verdadeiros
adoradores que ofereçam sacrifícios de louvor, o fruto de seus lábios, aqueles
que irão oferecer a Ele o que Deus forjou neles através de Jesus Cristo. Oh,
como precisamos orar, como necessitamos procurar a Sua face para que possamos
experimentar este tipo de adoração! Não pode ser difícil. Na verdade, não
deveria ser, porque Cristo morreu para que fosse assim. Nada tem sido negado a
nós. O sacrifício do próprio Deus está completamente à nossa disposição.
Portanto, vamos chegar até Ele e nos encher com o Cordeiro de Deus de maneira
que, quando estivermos reunidos e Ele estiver no meio de nós, possamos oferecer
um doce aroma, santo e agradável a Deus. Que possamos ser, como Paulo diz:
“(...) a circuncisão, que adoramos a Deus em Espírito” (Filipenses 3:3). Irmãos
e irmãs, eu oro sinceramente para que estas coisas se tornem a sua realidade. www.graodetrigo.com. Abraço. Davi
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