segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

I O CAMINHO DE CAIM

 

Cristianismo. www.graodetrigo.com. Texto de David W. Dyer. I. O CAMINHO DE CAIM. Há muito tempo atrás, no Jardim do Éden, o primeiro homem, Adão e a sua esposa, Eva, caíram. Eles haviam pecado contra o Altíssimo, fazendo a única coisa que Ele havia ordenado que não fizessem. Agindo assim, estas duas primeiras pessoas danificarem seu relacionamento com Deus e tiveram ciência de sua própria nudez. Embora tivessem tentado se cobrir juntando folhas de figueira, quando ouviram a voz do Senhor que passeava pelo jardim na viração do dia, eles se esconderam e estavam assustados. O homem, que havia sido criado por Deus e gozado de doce comunhão com Ele, agora estava se escondendo de Deus, nu e envergonhado. Conforme nós sabemos agora, isto não foi uma surpresa para o Senhor. Ele sabia de antemão que o homem que criou iria desobedecer a Seu mandamento e cair em pecado. Já que Deus não é limitado pelo tempo e compreende simultaneamente tanto o princípio como o final de todas as coisas, Ele já havia preparado o caminho da salvação. Neste exemplo, em favor deste primeiro homem, Deus deve ter matado algum tipo de animal, porque somos ensinados que Ele fez roupas de pele para o casal. Foi tirando a vida de uma outra criatura que Deus providenciou uma cobertura que Adão e Eva tão desesperadamente necessitavam. Agora gostaria de sugerir a vocês que o animal morto por Deus era um cordeiro. Embora isto não possa ser provado, sinto que existe uma grande possibilidade. Harmoniza lindamente com o resto da Escritura e com o supremo plano de redenção de Deus. Esta atitude, sem dúvida, estava apontando para o tempo em que Ele permitiria que Seu único Filho, o Cordeiro de Deus, fosse morto como cobertura para os nossos pecados – escondendo nossa nudez e rebelião contra Deus. Também mais adiante, no livro de Gênesis, temos uma insinuação de que talvez fosse mesmo um cordeiro que foi morto por causa de Adão e Eva. Quando examinamos rigorosamente as escrituras, surge um quadro. Aprendemos que Abel era um pastor, enquanto Caim era um lavrador da terra, um agricultor. Já que Deus não havia permitido ao homem que comesse carne antes do dilúvio, mas eram herbívoros (Veja Gênesis 1:29,30 e 9:2,3), podemos indagar porque Abel estava zelando de cuidar por cordeiros. Por que ele gastou seu tempo cuidando de animais se não podia comê-los? A resposta é, muito provavelmente, encontrada na ideia de que estes animais eram usados para fornecer vestimentas. Estas ovelhas devem ter sido criadas por causa de sua lã ou por causa de sua pele, que eram usadas como cobertura, dando assim, suporte à ideia que foi Deus quem havia dado o exemplo a eles. Tanto Caim quanto Abel, provavelmente, tinham conhecimento do que havia ocorrido com seus pais no Jardim do Éden. Estou certo que, como pais fiéis, os dois compartilharam com seus filhos tudo o que ocorrera e tentaram instruí-los na maneira correta de caminhar com Deus. Quando lia no livro de Gênesis que Deus rejeitou a oferta de Caim, eu me preocupava porque esta rejeição parecia arbitrária. Não conseguia compreender como Ele podia julgar entre esses dois homens se ambos estavam agindo puramente por instinto. Entretanto, agora sinto que Caim sabia tanto quanto Abel o tipo de sacrifício que Deus requeria. Ele sabia, pelo testemunho de seus pais, que eles haviam sido cobertos pela morte de um cordeiro e que Deus exigira o derramar do sangue para a expiação do pecado. Todavia, Caim escolheu seguir seu próprio caminho, embora sabendo da justa exigência de Deus. Ele deliberadamente O desobedeceu, ignorando o que havia sido evidentemente providenciado. Em vez disso, ofereceu algo de sua própria invenção, algo de sua própria imaginação, algo que ele mesmo podia produzir. Ele pode ter pensado algo assim: “Porque eu devo oferecer um cordeiro? Os vegetais que eu plantei são ótimos, não há nada de errado com eles. De fato, eles são os melhores vegetais das redondezas. Por que não posso oferecer a Deus o que tenho de melhor? Não é bom o bastante? Não há dúvida que Ele vai reconhecer isto e recebê-lo.” Mas, como lemos em Gênesis 4:5, Deus rejeitou a oferta de Caim. Não importava quão boa ela era, não importava o quão maravilhosa parecia ser. Ainda que Caim houvesse trazido o seu melhor, Deus não estava satisfeito. Ele já havia demonstrada qual era o sacrifício necessário. Ele já havia estipulado o formato para que os verdadeiros adoradores O seguissem e era apenas através da obediência que o Seu prazer e favor poderiam ser ganhos. UMA MENSAGEM PARA HOJE. O que esta história tão antiga nos fala hoje? Como é que nós, crentes, podemos aprender da experiência destes primeiros homens e evitar o caminho de Caim? No Novo Testamento, assim como no Velho, Deus determinou a todos os crentes o modo adequado de adoração. Vemos no livro de João 4:23,24 a seguinte declaração: Jesus diz, “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.” Por favor, notem o tempo do verbo aqui. As Escrituras não dizem que “podem” ou mesmo “talvez devessem”, mas afirma especificamente que aqueles ADORARÃO a Deus no espírito. Tal adoração não é opcional. Qualquer coisa menos que isto não atinge o objetivo do claro mandamento de Deus. Você vê, tanto no Novo como no Velho Testamento, um cordeiro foi morto para a cobertura de pecados. Deus tinha providenciado um Cordeiro! E este Cordeiro deve ser a nossa oferta. Nada mais é adequado. Não importa quão bom possa parecer; não importa quão correto “segundo as Escrituras” possa aparentar; não importa quão reverente, adornado ou musicalmente excelente possa ser; nenhuma outra coisa será satisfatória. Somente o Cordeiro irá satisfazê-los. Este fato tem uma importante aplicação para nós, como cristãos. Quando nos reunimos para adorar o Pai, precisamos adorá-lo em Espírito. Quando estamos juntos, é essencial que entremos no Espírito de Jesus Cristo para que nossa adoração e nosso louvor e, na verdade tudo o que fazemos, se origine Nele. Ele é quem deve estar dirigindo nossas reuniões na igreja. Além disso, é este Cordeiro que deve ser a essência deles. Mas, o que significa “estar no Espírito”? Significa que estamos em um certo estado de ânimo? Será que ele indica que entramos na emoção de uma determinada situação? Não. Significa que nós realmente entramos na presença de Deus através do Santo Espírito. Significa que estamos “plenos” do Espírito de Jesus Cristo e sendo dirigidos por Ele. Vemos nos Evangelhos: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20). Jesus não vem às nossas reuniões como um espectador. Ele não vem para nos ouvir em nossas cerimônias ou “serviços”. Cristo tem aparecido como nosso Sumo Sacerdote, para nos dirigir em louvor e adoração ao nosso Deus. Quando Jesus vem para o nosso meio, vem como Aquele que vai dar origem a todas as coisas. É Ele quem deve estar escolhendo as músicas e é Ele mesmo quem deve Se derramar em nossas orações e através delas. É o Espírito de Jesus quem deve emanar da ministração da Palavra. Deus Se satisfaz apenas com a oferta de Seu Filho e é somente quando nos reunimos e oferecemos a Ele tudo o que flui de Jesus Cristo que o Pai se agrada. Qualquer coisa menos que isto é apenas “vegetal”. Talvez alguns acreditem que o objetivo em nossos encontros deve ser que os mesmos sejam de acordo com a Bíblia. Imaginam que, se simplesmente imitarmos aquilo que achamos que os crentes do Novo Testamento faziam, Deus se sentirá satisfeito. Isto leva tantos cristãos em seus encontros a tentar encontrar as bênçãos de Deus através de “fazer adoração” ou de pregação. Isto é uma prática muito incerta. Às vezes, parece que acertamos, outras vezes, não. Quando as coisas não correm muito bem, é comum os líderes culparem os que se assentam nos bancos pela falta de entusiasmo ou consagração. Mas o problema com esta prática é o seguinte: Quais das milhares de coisas das escrituras Jesus deseja que façamos hoje? A Igreja primitiva fazia muitas coisas. A Bíblia está repleta de coisas que Deus deseja que digamos ou façamos em uma determinada situação. Então, sabendo como Ele está nos liderando agora é a única maneira de obter a benção. Para acertar isto, precisamos estar no Espírito. Precisamos ter um relacionamento real e íntimo com Ele. Deste modo, podemos sentir Sua liderança, segui-Lo naquilo que Ele está fazendo e, assim, alcançar a satisfação da verdadeira adoração espiritual. Quão frequentemente nós, povo de Deus, temos ido pelo caminho de Caim! (Judas 11). Quantas vezes nos reunimos e oferecemos a Deus o que se origina exclusivamente em nossos próprios corações! Nossas próprias ideias, invenções dos homens, coisas que têm uma mera qualidade da alma, têm sido colocadas no lugar de Cristo, como substitutas. Temos erradamente suposto que, se o que fazemos é bom, se é suficientemente bíblico, se é bastante elaborado, se é suficientemente melodioso, Deus estará satisfeito. Não há dúvida que nós, como seres humanos, oferecemos a Deus o que temos de melhor. Tudo o que fazemos tem as melhores intenções, humanamente falando. Entretanto, mesmo com todas estas coisas, Deus não Se satisfaz. Ele não pode Se satisfazer. Ele mesmo nos ensinou o Caminho e nós temos que andar Nele. www.graodetrigo.com. Abraço. Davi

Nenhum comentário:

Postar um comentário