segunda-feira, 17 de agosto de 2020

I COMO SE REUNIR

 

Cristianismo. www.graodetrigo.com.br. Texto de David W. Dyer. I COMO SE REUNIR. Como crentes, somos encorajados a não “deixemos de congregar-nos” ou, em outras palavras, a não pararmos de nos reunirmos (Hebreus 10:25). Essa admoestação nos leva a acreditar que é importante para Deus e para nós, continuarmos a nos reunir em Seu nome. No entanto, como devemos fazer isso? Quais diretrizes devemos seguir? Como podemos nos reunir de uma maneira que seja agradável a Ele e edificante para nós? Estas são questões que exploraremos neste texto. Para começar, devemos estabelecer firmemente um ponto essencial. Isto é, que Jesus deve ser o cabeça daquilo que fazemos. Isto significa que Ele deve estar no comando. Ele deve ser aquele que dirige TUDO o que é dito ou feito em nossas reuniões. Não é nenhum segredo que o Pai colocou a Jesus de ser o cabeça da igreja (Colossenses 1:18). A igreja é o Seu corpo. Por consequência disto, Ele deve ter a preeminência em todas as coisas (Colossenses 1:18). Embora Jesus seja invisível hoje, Ele não está ausente. Ele não está “longe no céu” esperando que façamos coisas para Ele em Seu nome. Em vez disso, Ele está presente aqui conosco em todos os momentos. Visto que isto é verdadeiro, não há necessidade para nós O substituirmos. Não há necessidade de assumirmos Seu lugar, preencher esta “lacuna” e tomarmos a iniciativa sobre o que devemos fazer quando estamos juntos. Não temos necessidade de planejar o que irá acontecer; de nós mesmos liderarmos as reuniões; de organizarmos como nos ajuntaremos; ou fazermos qualquer outra coisa sem a liderança Dele. Se você parar para pensar sobre isto, a sua cabeça é que lidera o seu corpo. É este órgão pensante que dirige todas as funções, todos os movimentos e todas as palavras. Nenhuma outra parte consegue estar no comando. Por exemplo, o fígado nunca conseguiria liderar o corpo. Este, sem dúvida, é um órgão essencial. Mas, por mais importante que seja, não pode pensar por você nem dirigir sua vida. O coração e os pulmões também são necessários. Mas eles também não estão qualificados para liderar. Os olhos e ouvidos podem nos ajudar. Nossas pernas podem nos mover. Nossos braços e mãos podem fazer muitas coisas. Mas eles não iniciam nada. Em um corpo coordenado, todos os membros individualmente respondem à liderança da cabeça em harmonia com Ela e entre si. É isso que nos faz viver e nos movimentarmos de maneira coerente. Quando a cabeça de alguém perde o controle sobre o seu corpo, muitas coisas estranhas, assustadoras e até perigosas acontecem. Poderia incluir até mesmo alguém tornar-se paralítico. Uma pessoa paralítica ainda tem uma cabeça, mas esta não tem qualquer controle sobre as diferentes partes do corpo. Quanto disso pode ser aplicado à igreja de Jesus hoje? Quanto do que está sendo dito e feito em Seu nome tem sua origem Nele? Ou quanto de sua origem provém apenas individualmente dos membros ou mesmo grupos de membros que fazem o que imaginam ser o melhor; sem sequer consultar o Cabeça? Quanto do que vemos, que se passa por “cristianismo” hoje, está sendo feito sem qualquer autorização de Deus? Quanto é apenas membros independentes fazendo coisas “em Seu nome” que não expressam a vontade do Cabeça? Talvez essa falta de liderança divina possa explicar a falta de poder para efetuar mudança de vidas na igreja hoje. Embora tudo isso possa ser aplicado às atividades do corpo de Cristo em geral, também se aplica às nossas reuniões como Seu corpo. Quando nos reunimos, quem está executando as coisas? É Jesus ou algum pastor, grupo de anciãos ou algum outro tipo de arranjo? É o Espírito Santo quem está dirigindo tudo, ou estamos seguindo alguma fórmula pré planejada, “boletim da Igreja”, ou liturgia? É o homem que está executando as coisas ou é Deus? A evidência da fonte das reuniões está nos resultados. Estamos conhecendo a poderosa presença de Deus? As pessoas estão sendo transformadas à imagem de Jesus? Elas estão sendo libertadas do pecado? Nossas reuniões são verdadeiramente edificantes, ou muitos as deixam sentindo-se insatisfeitos e famintos, enquanto talvez nem mesmo entendam o por que é assim? Se a gloriosa presença de Deus, que produz a mudança de vida, está ausente, então isso deve ser porque os homens estão no comando. É bem provável que a liderança do Espírito Santo tenha sido substituída pelas ideias, planos e direções de meros homens. Embora essas reuniões possam ter uma forma de religião, não há poder presente nelas para mudar vidas. Se e quando nossas reuniões caírem no mesmo padrão semana após semana, este é um possível sinal de que os homens estão no controle de algo que foi reservado somente para Jesus. Grande parte dos “cultos da igreja” procedem assim: primeiro algum canto, depois alguma pregação, e depois talvez um “chamado ao altar” e oração. É o Espírito do Deus vivo que está liderando tudo isso? Pode ser que nosso Senhor não tenha nada de novo para dizer ou fazer quando estamos em Sua presença? Ou é possível que O tenhamos deixado de fora e estejamos apenas seguindo com algumas movimentações religiosas em Seu nome, mas sem a Sua presença? EM ESPÍRITO E EM VERDADE. Nós somos ensinados por Jesus que a adoração que agrada ao Pai é a adoração que acontece “em Espírito e em Verdade”. Nós lemos: “Mas o tempo está chegando e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e verdade, porque o Pai está buscando esses tipos de adoradores. Deus é Espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade” (João 4:24 VDP). O que isso significa para nós? Antes de tudo, vamos examinar o que isto não significa. Estar no Espírito não significa que tenhamos algum tipo de sensação especial. Não se refere ao “ambiente” de nossas assembleias. Não indica emoções entusiasmadas. Não significa que diferentes membros mostrem seus vários talentos, tais como cantar, dançar, profetizar ou falar com eloquência. Não significa que todos estejam entretidos e/ou informados. Estar no Espírito significa que estamos, de fato, na presença de Deus. Isso significa que Ele esteja nos enchendo e liderando. Sem Sua autoridade, não podemos genuinamente estar no Espírito. Crentes rebeldes não podem permanecer em Sua presença por muito tempo. Portanto, isso significa que estejamos rendidos a Ele. Estejamos submissos à Sua pessoa e direção. Não estejamos orgulhosos e autossuficientes, mas humildemente permitindo que Ele seja tudo para nós. Esta mesma verdade se aplica ao “reunir-se em nome de Jesus”. A maioria dos cristãos conhece o versículo que diz: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, lá estou eu no meio deles” (Mateus 18:20). Estar em Seu nome não significa que usamos a frase “em nome de Jesus” quando estamos juntos. Também não significa que tenhamos o nome Dele escrito sobre a porta. Significa que verdadeiramente estamos Nele. Estamos experimentando a realidade da Sua presença. Ele ser nosso Senhor em todos os aspectos do que estamos fazendo. Ele está tanto nos enchendo como nos liderando. Esta frase é apenas outra maneira de dizer que devemos estar “no Espírito”. Se não somos verdadeiramente submissos a Ele e sujeitos à Sua liderança, não estamos realmente nos reunindo em Seu nome. Em vez disso, estamos de fato (seja intencional ou não) reunindo-nos em nosso próprio nome(s). Portanto, expressamos a nós mesmos e não a Jesus. Nós ministramos coisas humanas tais como lógica, inteligência, apelo emocional, entretenimento e/ou informação, mas não o Espírito do Deus vivo. Quando nos ajuntamos, não somos livres para fazer o que quisermos. Nós não devemos meramente cantar nossas músicas favoritas. Nós não estamos livres para expressar nossas próprias opiniões, pensamentos ou ideias. Lemos em I Pedro 4:11 que: “Se alguém fala, deve falar como sendo o oráculo de Deus” (VDP). Um oráculo é definido como: “Um sacerdote ou sacerdotisa que atua como um meio através do qual se procura conselho ou profecia da parte dos deuses na antiguidade clássica”. No nosso caso, isso significa que é Deus quem está falando através de nós e não somente que nós mesmos que estamos oferecendo nossos próprios pensamentos e palavras. Se quisermos conhecer a presença de Deus em nossas reuniões, devemos seguir Suas diretrizes. Devemos nos submeter a Ele e sermos enchidos com Ele. Quando cantamos, devemos cantar as músicas que Seu Espírito está selecionando. Quando falamos, devemos falar as palavras que Ele está nos dando no momento. Quando profetizamos ou ensinamos, devemos estar compartilhando as palavras que vêm Dele e não de nós mesmos. Isso não deve ser mero conhecimento bíblico, mas palavras faladas a partir da inspiração do Espírito Santo. Se este não for o caso, nos encontraremos com uma religiosa casca vazia, desprovida da presença de Deus. Nós não seremos abençoados. Nós não seremos edificados. Nós não seremos fortalecidos espiritualmente. Sem a presença e a liderança de Deus em nossas reuniões, elas são meramente uma farsa. Elas são inúteis. Elas são piores do que nada. Tais reuniões apenas produzem hipócritas que imaginam que estejam corretos com Deus, mas de fato não estão. Quantas vezes temos deixado as reuniões insatisfeitos? Quantas vezes não temos sido alimentados ou edificados? Quantas vezes nos ajuntamos com a expectativa de acontecer algo genuíno e somos deixados vazios e desapontados? Isso é um resultado de nós não atendermos aos critérios de Deus. De alguma forma, não temos nos submetido a Ele. De alguma maneira, temos feito nossa própria coisa em vez da Dele. Nós não temos seguido a Sua liderança. Portanto, Ele não nos tem abençoado. Ele não tem se revelado a nós. Em vez disso, visto que temos feito o que achamos melhor, em vez de nos submetermos a Ele, Ele nos tem deixado com os nossos próprios resultados. Nós lemos: “Portanto, eu digo isto – e estou confiante que esta exortação é do Senhor – que vocês não devem mais andar da mesma maneira que os gentios andam: ou seja, na futilidade de seus próprios raciocínios intelectuais” (Efésios 4:17 VDP). Tais raciocínios não resultam no ministério da vida de Deus, mas apenas futilidade e morte. Nós também somos ensinados: “Guarda os seus passos quando for à casa de Deus. Aproxime-se para ouvir em vez de oferecer o sacrifício dos tolos, que não sabem que fazem mal. Não seja apressado com a sua boca, não seja precipitado em seu coração para pronunciar qualquer coisa diante de Deus” (Eclesiastes 5:1,2 NVI). O TEMOR DE DEUS. A fim de que tenhamos reuniões espirituais verdadeiras, em primeiro lugar nós temos que ter o temor de Deus. Nós devemos ter um santo, reverente respeito por Sua autoridade e Sua pessoa. Sem este reverente temor, todos nós muito facilmente fazemos nossas próprias coisas. Nós falamos nossas próprias palavras; nós compartilhamos nossas próprias ideias e opiniões; ministramos do que está em nosso próprio coração, mas não do que está no coração de Deus. Estes “ministrações” só podem produzir crentes inflados, mas não aqueles que são verdadeiramente edificados pelo Espírito de Deus. É uma coisa muito saudável temer expressar aquilo que vem somente de nós mesmos quando estamos juntos em Sua presença. Embora alguns possam gostar de enfatizar o amor de Deus, o temor de Deus também deve ter um lugar muito real na experiência da nossa reunião. Nós lemos em Levítico 10:3 – “Todos os que me servem devem respeitar a minha santidade. Eu revelarei a minha glória ao meu povo” (NSB). Se não tivermos um reverente respeito pela liderança de Deus e Sua santidade quando nos ajuntamos, Sua presença não será poderosamente conhecida em nosso meio. Não veremos a Sua glória. UM IMPORTANTE REQUISITO. A fim de sermos bem sucedidos em nos reunir no Espírito, devemos também diariamente andar no Espírito. Isso significa que Ele esteja nos liderando todos os dias. Não há maneira de conduzirmos nossa própria vida e fazermos a nossas próprias coisas durante a semana e, então, quando o momento de uma reunião chega, de repente possamos ser bem sucedidos em entrar na presença de Deus. É impossível ter uma reunião liderada pelo Espírito sem que os participantes saibam como andar, e realmente estejam andando, eles mesmos no Espírito. Como eles podem saber a direção de Deus quando desejam ministrar a outras pessoas em uma situação de reunião se não conhecem sua direção em suas vidas diárias? Como eles podem se tornar subitamente espirituais quando, no cotidiano, são carnais? Como eles podem se submeter à liderança do Espírito Santo no dia da reunião, quando estão resistindo à Sua autoridade pelo resto do tempo? Quando falhamos em andar na presença de Deus durante a semana, há razões para isso. Pode ser que estejamos desobedecendo a Ele. Pode ser que estejamos praticando alguma atividade que não Lhe agrada e O ofende. (Isto é chamado de pecado.) Pode ser que sejamos orgulhosos e autossuficientes. Pode ser que não O estejamos procurando diariamente mas, em vez disso, estejamos preocupados em viver nossas próprias vidas de acordo com os nossos próprios desejos. Pode ser que nunca tenhamos realmente cedido o controle de nossas vidas completamente a Ele e, assim, embora O chamemos “Senhor”, Ele não seja realmente nosso Mestre. Nunca nos tornamos realmente um “sacrifício vivo” para Ele (Romanos 12:1). Quando nossas vidas individualmente não são submissas a Jesus, quando não estamos diariamente andando em Sua presença e conhecendo a Sua liderança, então não podemos ter reuniões espirituais verdadeiras. Juntar um grupo de cristãos rebeldes, orgulhosos, teimosos, mundanos e egocêntricos não atrai a presença de Deus. Se quisermos nos reunir na presença de Deus, precisamos de uma mudança de coração. Precisamos nos arrepender de tudo o que está bloqueando nosso relacionamento individual com Ele. Nós devemos permitir que Ele examine nossos corações e então devemos nos arrepender profundamente de qualquer coisa que Ele exponha como sendo contra Sua santa natureza. A menos que estejamos em um correto relacionamento com Ele fora das reuniões, nunca poderemos ser bem sucedidos em ter reuniões espirituais. Verdadeiras reuniões lideradas pelo Espírito Santo não serão consistentemente as mesmas. Elas nem sempre seguirão o mesmo padrão. Quando nossos encontros caem em um padrão, isto é um sinal de que elas também têm se afastado da presença e liderança do Senhor. Em nossas reuniões, nosso Senhor pode desejar que passemos nosso tempo em oração e intercessão. Talvez estaremos ocupados com louvor. Possivelmente Ele nos conduzirá a nos arrependermos juntos. Podemos ser conduzidos a termos algum ensino. Talvez alguns deem seu testemunho de como Deus tem trabalhado em sua vida. É possível que compartilhem uma palavra ou revelação que receberam Dele. Até mesmo um tempo de silêncio na presença de Deus é uma possibilidade. Como sabemos o que está no coração de Deus para fazermos quando nos reunimos? Sabemos por meio de sermos íntimos com Ele. Se não formos íntimos com Ele diariamente em nossas vidas, nunca poderemos ter verdadeiras reuniões espirituais. Devemos permitir que Ele exponha nosso pecado e trabalhe para nos purificar de tudo que O ofende. Também devemos nos tornar discípulos Dele. Isso significa aprendermos a conhecê-Lo e segui-Lo em todo o tempo. Quantos crentes gastam seu tempo servindo a si mesmos e buscando seus próprios prazeres e interesses? Então, quando chega o momento de uma reunião, eles esperam que outra pessoa tenha gasto tempo na presença de Deus e esteja apto para dizer algo que os alimentará. www.graodetrigo.com.br. Abraço. Davi

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