Confucionismo.
www.https//rt.br. OS ANALECTOS – LIVRO VI.
1. O Mestre disse: “A Yung pode ser dado o assento de frente para o sul”. [63]
2. Chung-kung perguntou sobre Tzu-sang Po-tzu. O Mestre disse: “É sua
simplicidade de estilo que o torna aceitável”. Chung-kung disse: “Ao governar o
povo, não é aceitável ser exigente consigo mesmo e condescendente ao tomar
medidas? Por outro lado, não é exagerar na simplicidade ser condescendente
consigo mesmo, assim como ao tomar medidas?”. O Mestre disse: “Yung tem razão
no que ele diz”. 3. Quando o duque Ai perguntou qual dos seus discípulos tinha
sede de aprender, Confúcio respondeu: “Havia um Yen Hui que tinha sede de
aprender. Ele não descarregava sua raiva em uma pessoa inocente, tampouco
cometia o mesmo erro duas vezes. Infelizmente, o tempo de vida que lhe coube
era curto, e ele morreu. Agora, não há ninguém. Ninguém com sede de aprender
chegou ao meu conhecimento”. 4. Jan Tzu pediu grãos para dar à mãe de Tzu-hua,
que estava fora em uma missão para Ch’i. O Mestre disse: “Dê-lhe um fu [64]”.
Jan Tzu pediu mais. “Dêlhe um yü”. Jan Tzu deu-lhe cinco ping de grãos. O
Mestre disse: “Ch’ih foi para Ch’i carregado por cavalos bem-alimentados e
usando finas peles. Sempre ouvi dizer que um cavalheiro dá para ajudar os
necessitados, e não para manter os ricos em uma vida farta”. 5. Ao tornar-se
seu [65] administrador, Yüan Ssu recebeu novecentas medidas de grãos, as quais
declinou. O Mestre disse: “Os grãos não podem ser úteis para ajudar as pessoas
no teu vilarejo?”. 6. O Mestre disse de Chung-kung: “Se um touro nascido de
gado de arado tivesse cor castanha e chifres bem-formados, será que os
espíritos das montanhas e dos rios o rejeitariam, mesmo que não o achássemos
bom o suficiente para ser usado?”. 7. O Mestre disse: “Em seu coração, Hui pode
praticar a benevolência durante três meses ininterruptos. Os outros atingem a
benevolência meramente por ataques repentinos”. 8. Chi K’ang Tzu perguntou:
“Chung Yu é bom o suficiente para que lhe seja oferecido um cargo oficial?”. O
Mestre disse: “Yu é decidido. Que dificuldades ele poderia encontrar ao assumir
um cargo?”. “Ssu é bom o suficiente para que lhe seja oferecido um cargo
oficial?” “Ssu é um homem inteligente. Que dificuldades ele poderia encontrar
ao assumir um cargo?” “Ch’iu é bom o suficiente para que lhe seja oferecido um
cargo oficial?” “Ch’iu é um homem completo. Que dificuldades ele poderia
encontrar ao assumir um cargo?” 9. A família Chi queria fazer de Min Tzu-ch’ien
o administrador de Pi. Min Tzuch’ien disse: “Decline a oferta delicadamente por
mim. Se alguém tornar a vir atrás de mim, estarei do outro lado do rio Wen”.
[66] 10. Po-niu estava doente. O Mestre visitou-o e, segurando sua mão através
da janela, disse: “Vamos perdê-lo. Deve ser o Destino. Por que outra razão tal
homem seria fulminado por tal doença? Por que outra razão tal homem seria
fulminado por tal doença?”. 11. O Mestre disse: “Como Hui é admirável! Morar em
um pequeno casebre com uma tigela de arroz e uma concha de água por dia é uma
provação que a maioria dos homens acharia intolerável, mas Hui não permite que
isso atrapalhe sua alegria. Como Hui é admirável!”. 12. Jan Ch’iu disse: “Não é
que eu não esteja satisfeito com o Caminho do Mestre, mas me faltam forças”. O
Mestre disse: “Um homem a quem faltam forças entra em colapso ao longo do
trajeto. Mas você desiste antes de começar”. 13. O Mestre disse para Tzu-hsia:
“Seja um ju [67] cavalheiro, não um ju mesquinho”. 14. Tzu-y u era o governador
de Wu Ch’eng. O Mestre disse: “Você fez alguma descoberta lá?”. “Há um
T’an-t’ai Mieh-ming que nunca toma atalhos e que nunca esteve em meus
aposentos, exceto por razões oficiais”. 15. O Mestre disse: “Meng chih Fan não
era dado a vangloriar-se. Quando o exército tomou a estrada, ele ficou na
retaguarda. Mas, ao adentrar o portão, ele esporeava [68] seu cavalo, dizendo:
‘Eu não fiquei para trás por modéstia. Simplesmente, meu cavalo recusava-se a
ir adiante’”. 16. O Mestre disse: “Você pode ter a beleza de Sung Chao, mas
será difícil escapar ileso neste mundo se, ao mesmo tempo, não tiver a
eloquência do sacerdote T’uo”. 17. O Mestre disse: “Quem é que pode sair de uma
casa sem usar a porta? Por que, então, este Caminho não é seguido?”. 18. O
Mestre disse: “Quando a natureza de alguém prevalece sobre a educação recebida,
o resultado será uma pessoa intratável. Quando a educação prevalece sobre a
natureza, o resultado será uma pessoa pedante. Apenas uma mistura bem
equilibrada das duas resultará em cavalheirismo”. 19. O Mestre disse: “Um homem
sobrevive graças à sua retidão. Um homem que engana os outros sobrevive graças
à sorte de ser poupado”. 20. O Mestre disse: “Gostar de algo é melhor do que
meramente conhecê-lo, e encontrar alegria nesse algo é melhor do que meramente
gostar dele”. 21. O Mestre disse: “Você pode explicar àqueles que estão acima
da média sobre os melhores, mas não pode explicar àqueles que estão abaixo da
média”. 22. Fan Ch’ih perguntou sobre a sabedoria. O Mestre disse: “Trabalhar
pelas coisas às quais o povo tem direito e manter-se à distância dos deuses e
dos espíritos enquanto lhes mostra reverência pode ser chamado de sabedoria”.
Fan Ch’ih perguntou sobre a benevolência. O Mestre disse: “O homem benevolente
colhe o benefício apenas após vencer as dificuldades. Isso pode ser chamado de
benevolência”. [69] 23. O Mestre disse: “O sábio encontra alegria na água. O
benevolente encontra alegria nas montanhas. Os sábios são ativos; os
benevolentes são plácidos. Os sábios são alegres; os benevolentes são
longevos”. 24. O Mestre disse: “Com uma só reforma, Ch’i pode ser transformado
em um Lu, e Lu, com uma só reforma, pode ser levado a atingir o Caminho”. [70]
25. O Mestre disse: “Uma garrafa ku [71] que não mede volume algum. Que garrafa
ku estranha! Que garrafa ku estranha!”. 26. Tsai Wo perguntou: “Se a um homem
benevolente fosse dito que havia outro homem benevolente no poço, iria ele,
ainda assim, juntar-se ao outro?”. O Mestre disse: “Por que deveria ser esse o
caso? Um cavalheiro pode ser mandado para lá, mas não pode ser atraído à
armadilha. Ele pode ser enganado, mas não pode ser feito de bobo”. 27. O Mestre
disse: “O cavalheiro que é muito culto mas que é levado às coisas essenciais
pelos ritos dificilmente vai se voltar contra aquilo que apoiou”. 28. O Mestre
foi ver Nan Tzu. [72] Tzu-lu não gostou. O Mestre jurou: “Se fiz algo
inapropriado, que o castigo do Céu caia sobre mim! Que o castigo do Céu caia
sobre mim!”. 29. O Mestre disse: “Supremo, de fato, é o Caminho do Meio como
virtude moral. Tem sido raro entre o povo há muito tempo”. 30. Tzu-kung disse:
“Se houvesse um homem que desse generosamente ao povo e trouxesse auxílio às
multidões, o que o senhor pensaria dele? Ele poderia ser considerado
benevolente?”. O Mestre disse: “Nesse caso não se trata mais de benevolência.
Se é preciso descrever tal homem, ‘sábio’é, talvez, a palavra adequada. Mesmo
Yao e Shun achariam difícil realizar tanto. Mas, por outro lado, um homem
benevolente ajuda os outros a firmar sua atitude do mesmo modo que ele próprio
deseja firmar a sua [73] e conduz os outros a isso do mesmo modo que ele
próprio deseja chegar lá. A capacidade de tomar o que está ao alcance da mão
[74] como parâmetro pode ser considerado o método da benevolência. www.https//rt.br. Abraço. Davi
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