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TISHÁ B’AV – DIA DE ESCURIDÃO E LUZ. Tishá b’Av, nono dia do mês judaico de
Menachem Av, é o dia mais triste de nosso ano. Através da História, muitas
tragédias de importância nacional caíram sobre nosso povo nessa data. O padrão
dessas catástrofes é tão claro que é muito difícil descartá-las como coincidência.
O que ocorreu para que o nono dia do mês de Av se tornasse o
mais triste para o Povo Judeu? A porção Shelach da Torá, no
livro Bamidbar (Números), relata a seguinte passagem: os
judeus estão no deserto do Sinai, após vivenciar o milagroso Êxodo do Egito.
Estão prontos para entrar na Terra Prometida. Mas, antes de o fazer, Moshé
Rabenu (Moisés bíblico) – sem ter recebido ordem Divina para tal – envia uma missão de
reconhecimento para ajudá-lo a formular uma prudente estratégia de batalha.
Doze espiões – 12 líderes das Tribos de Israel – partem para a Terra Prometida.
Retornam no 8o dia do mês de Av. Dez dos 12
declaram publicamente que a Terra Prometida é habitada por um povo poderoso –
e, portanto, inconquistável. Ao cair daquela noite – que já era o dia 9
de Av – as notícias do relato dos espiões já espalhadas, o
povo entra em pânico. Sucumbem à histeria coletiva. Ao anoitecer, em Tishá
b’Av, o Povo de Israel chora e se lamenta. Apesar dos milagres e promessas
Divinos, os Filhos de Israel acreditam na avaliação dos 10 espiões. Os judeus
dizem preferir retornar à escravidão egípcia a tentar conquistar a Terra
Prometida e serem dizimados. D’us fica profundamente descontente com essa
demonstração pública de descrença em Sua promessa e poder. E jura que a geração
de judeus que deixara o Egito – e que chorara ao ouvir o relato dos 10 espiões
– jamais entraria na Terra Prometida. Somente seus filhos teriam tal
privilégio. Mas houve uma consequência adicional ao desespero coletivo ocorrido
naquela noite de 9 de Av. O Midrash cita D’us como
tendo assim se pronunciado: “Seu choro e lamento é sem motivo. Determinarei que
esse dia seja para vocês um dia de choro e lamento, por todas as gerações
vindouras”, já anunciando os futuros infortúnios que viriam a ocorrer nessa
data – Tishá b’Av. O nono dia de Av – quando o
Povo Judeu chorou desnecessariamente no deserto – tornou-se uma data marcada
pela tragédia. Como profetizado pelo Midrash, nas gerações futuras
os judeus haveriam de ter boas razões para chorar nessa data. Algumas das
tragédias mais significativas na História Judaica, que moldaram o destino de
nosso povo, ocorreram em Tishá b’Av. Uma dessas catástrofes ocorreu
no ano de 422 A.C., quando, em 9 de Av, os exércitos de
Nabucodonosor, imperador babilônico, destruíram o primeiro Templo de Jerusalém.
Seus exércitos mataram 100.000 judeus e exilaram outros milhões mais. E ainda
que o segundo Templo Sagrado tivesse sido construído sete décadas depois, e
inaugurado no ano de 349 A.C., não conseguiu ter a glória do primeiro. Como
nos ensina o Talmud, os milagres que ocorriam diariamente no primeiro Templo
não voltaram a ocorrer. Após a queda do primeiro Templo Sagrado e o exílio
babilônico que se seguiu, a vida dos judeus, mesmo dos que retornaram à Terra
de Israel, jamais voltou a ser a mesma. Como vemos na história de Chanucá que,
mesmo quando ainda vivia em nossa Terra, ainda no tempo do Segundo Templo,
nosso povo se viu frequentemente ocupado por estrangeiros, sem independência
política e perseguido por sua religião. Foi também em Tishá b’Av,
no ano de 70 E.C., que o segundo Templo de Jerusalém foi destruído. O Império
Romano, comandado por Tito, o incendiou. E, segundo o historiador Josephus,
durante a Grande Revolta Judaica contra Roma (66-73), morreram mais de um
milhão de judeus. Excetuando-se o Holocausto, a fracassada Grande Revolta dos
judeus contra Roma, simbolizada pela queda do Segundo Templo – em Tishá
b’Av – foi o capítulo mais trágico e sangrento em toda a História
Judaica. Mesmo após a derrota militar e a queda de seu Templo Sagrado, os
judeus na Terra de Israel continuaram a lutar contra os ocupantes romanos.
Acreditavam que seu líder militar, Shimon bar Kochba, fosse o Mashiach,
que venceria os opressores e anunciaria a construção do terceiro Templo. Mas tal
esperança foi por terra no ano de 133, quando Bar Kochba e seus homens
foram brutalmente derrotados pelos romanos, na batalha final em Betar. A data
da derrota e do massacre que se seguiram foi exatamente Tishá b’Av.
Os romanos destruíram a cidade, matando mais de meio milhão de civis judeus. E,
para humilhar ainda mais o Povo Judeu, o governador romano na Terra de Israel,
o tirano Turnus Rufus, um ano após a queda de Betar, decidiu lavrar a terra do
Monte do Templo – nosso lugar mais sagrado. Isso também ocorreu no 9º dia
de Av. E os romanos reconstruíram Jerusalém como uma cidade pagã –
com o nome de Aelia Capitolina – proibindo o acesso dos judeus
à mesma. Tishá b’Av através dos tempos. Tishá b’Av não foi
apenas a data em que os dois Templos foram destruídos e nosso Povo exilado de
sua Terra. Esse dia foi também quando os judeus foram expulsos de países que os
haviam recebido e abrigado. Em 18 de julho de 1290 – 9 de Av –
a Inglaterra expulsou os judeus de suas terras. Dois séculos mais tarde, a
Idade de Ouro da Espanha chegou ao fim quando a Rainha Isabel de Castela e seu
marido, Fernão de Aragão, ordenaram que os judeus fossem banidos de seus
domínios. O édito de expulsão foi assinado em 31 de março de 1492, dando exatos
quatro meses para que os judeus partissem. A data final para a presença judaica
naquelas terras foi Tishá b’Av. Outra grande tragédia que caiu
sobre nosso povo – e sobre grande parte da humanidade – também ocorreu no dia 9
de Av do ano de 1914: a Alemanha declarou guerra à Rússia,
lançando em ação a 1ª Guerra Mundial. Essa guerra foi uma tragédia de
proporções gigantescas – não apenas por ter causado um ônus sem precedentes em
mortes e destruição, mas também por ter levado à 2ª Guerra Mundial. Como disse
Winston Churchill (1874-1965), a 2ª Guerra Mundial foi mera continuação da 1ª. Pode-se,
portanto, argumentar que a ascensão da Alemanha Nazista, a 2ª Guerra Mundial –
a mais devastadora de todos os tempos – e o Holocausto, capítulo mais duro na
história de nosso povo – todas essas tragédias começaram, de fato, em Tishá
b’Av do ano de 1914, com o irromper da 1ª Guerra Mundial. Mais
assombroso, ainda, é que foi precisamente em Tishá b’Av – 2 de
agosto de 1941 – que o comandante SS Heinrich Himmler (1900-1945), Imach Shemó
VeZichró (que seunome e sua lembrança sejam apagados), formalmente
recebeu a aprovação do Partido Nazista para executar a “Solução Final para o
Problema Judeu”. O genocídio sistemático de nosso povo, que levou ao extermínio
de sete milhões de judeus, foi formalmente iniciado em 9 de Av. Não
bastasse, foi em Tishá b’Av do ano seguinte, 23 de julho de
1942, que se iniciou a deportação em massa de judeus do Gueto de Varsóvia para
o campo de morte de Treblinka. Vimos apenas algumas das pesadas tragédias, de
importância coletiva, que se abateram sobre o Povo Judeu em Tishá b’Av.
Houve outras, inclusive após a 2ª Guerra Mundial. É extremamente improvável que
o padrão de eventos trágicos ocorridos em Tishá b’Av seja mera
coincidência. E se, por um lado, é verdade que nós, judeus, vivenciamos
catástrofes em outras datas de nosso calendário, é evidente que os dias mais
significativos de tragédia nacional na história do Povo Judeu caíram em 9
de Av. A queda dos dois Templos de Jerusalém não significou apenas
a destruição do lugar mais sagrado na Terra, mas resultou, também, na morte e
exílio de milhões de judeus, na perda de independência nacional, e em 2.000
anos de uma Diáspora que foi, em sua quase totalidade, extremamente cruel para
nosso povo. A Inquisição Espanhola, que culminou com a expulsão dos judeus
justamente em Tishá b’Av, foi indiscutivelmente a maior tragédia
que se abateu sobre os Filhos de Israel desde a destruição do Segundo Templo. O
sofrimento que causou ao Povo Judeu foi imensurável. Certamente não foi tão
diabólica quanto o Holocausto, mas permanece sendo um dos capítulos mais
trágicos da História Judaica. Já o Holocausto, foi o resultado e auge de uma
série de eventos ocorridos ao longo dos séculos em Tishá b’Av.
Podemos perguntar: quando realmente se iniciou o Holocausto? Só terá se
iniciado naquele Tishá b’Av em que a Alemanha Nazista aprovou
a “Solução Final” – ou se iniciou anteriormente, naquele 9 de Av em
que irrompeu a 1ª Guerra Mundial que, anos mais tarde, levaria à ascensão de
Hitler e do Partido Nazista? Talvez o Holocausto tenha realmente se iniciado
naquele 9 de Av em que o segundo Templo de Jerusalém foi
destruído e os romanos, filhos de Esaú, expulsaram os Filhos de Israel, de sua
Pátria sagrada. Não fosse o Templo destruído e nosso povo não tivesse sido
exilado de nossa Terra, o Holocausto jamais teria ocorrido. Entendendo o que
representa a data de Tishá b’Av - a magnitude e as
consequências das tragédias ocorridas nessa data ao longo do tempo – podemos
compreender por que razão é imperativo jejuar nesse dia e cumprir as demais
restrições. Tishá b’Av é o único dia do ano judaico,
excetuando-se Yom Kipur, em que o jejum é à noite e de dia, ou
seja, dura mais de 24 horas. São muitas as razões para jejuarmos nessa data.
Uma delas é para invocar a misericórdia Divina. Ao jejuar e transcender
temporariamente o âmbito físico de nossa existência, estamos aptos a
influenciar os decretos Celestiais. Outro motivo para jejuarmos em 9 de Av é
o fato de constituir um ato de solidariedade com o sofrimento judaico em
gerações passadas. Tishá b’Av: uma luz em meio à escuridão. Além de ser
o dia mais triste do calendário judaico, Tishá b’Av traz à
tona várias questões teológicas. O Talmud, que nos ordena chorar e jejuar nesse
dia, também nos ensina que tudo o que D’us faz é para o bem e que nenhum mal
advém dos Céus. Rabi Akiva, o maior mestre do Talmud, dizia que “Tudo o que o
Misericordioso faz é para o bem”. Em nossas orações diárias, recitamos três
vezes o Salmo 145, que diz: “O Eterno é bom para com todos; Sua compaixão se
manifesta sobre todas as Suas Criações”. No Salmo 91 lemos que D’us, de certa
forma, sofre com nosso sofrimento: “Quando ele Me chamar (chamar a D’us), hei
de lhe responder; Eu estarei com ele quando enfrentar atribulações...”. De
forma similar, o profeta Isaías exclama: “Ante sua angústia, Ele se
angustiava...” (63:9). Na oração da Amidá, recitada face a face com
o Todo Poderoso, proclamamos, “Teu Nome é bondade”. Se D’us é a própria
definição de bondade, como dizemos diariamente em nossas preces, se Ele é HaTov
ve’HaMetiv – “Aquele que é bom e que faz o bem”, como explicar Tishá
b’Av e todas as suas calamidades? Como explicar a queda dos dois
Templos, a derrota em Betar, as expulsões, a fogueira da Inquisição e,
sobretudo, o Holocausto? Admitimos que, ao longo da História, nosso povo
cometeu erros, transgrediu e até se rebelou contra D’us. Não deveriam ter
entrado em pânico, no deserto, ao ouvir o relato dos espiões. Não deveriam ter
cometido os pecados, contra D’us nem contra seus irmãos, que levaram à queda
dos dois Templos Sagrados de Jerusalém. Mas mesmo os “filhos de gigantes”
(Salmo 29) – filhos de Avraham (Abrahão), Itzhak (Isaque) e Yaacov (Jacó) – são seres humanos, passíveis
de erros e transgressões. Todos nós somos falíveis. Como repetimos na oração de Tachanun:
“Pois Ele conhecia nossa natureza, Ele se lembrava que somos pó”. Se fôssemos
perfeitos, não precisaríamos da Misericórdia Divina. E, se “O Eterno é bom para
com todos (...)” e “Sua compaixão se manifesta sobre todas as Suas Criações”, Sua
infinita bondade e misericórdia certamente se estendem àqueles que erram e
pecam. Como, então, explicar Tishá b’Av e todo o sofrimento
ocorrido nesse dia, ao longo dos séculos? Não há respostas fáceis e é arrogante
e cruel que aqueles dentre nós que não passaram pelo inferno dos campos de
morte nazistas entrem em especulações teológicas sobre o Holocausto. Mas como o
Judaísmo nós força a ver bondade em todas as coisas e acontecimentos, devemos
ao menos tentar encontrar alguma luz na escuridão do dia mais triste do ano.
Talvez possamos encontrar uma bênção – ou mesmo um milagre – em meio à maldição
de Tishá b’Av. Qual a benção oculta no dia 9 de Av? Um milagre –
talvez o maior em toda a História Judaica: a sobrevivência de nosso povo, a
despeito de todas as adversidades. O que o Povo Judeu aguentou e resistiu
através dos milênios, nenhuma outra nação vivenciou. Mas sobrevivemos a tudo.
Na verdade, foi mais do que sobreviver – florescemos. Nenhum povo, na face da
Terra, realizou e conseguiu tanto quanto nós. Ensinamos ao mundo que o Eterno é
Um, D’us Único. O Judaísmo é a base para todas as outras grandes religiões
monoteístas do mundo. A Torá inspirou um número incontável de pessoas e
influenciou toda a humanidade. No âmbito secular, representamos 0,2% de toda a
população mundial e, no mínimo, 20% de todos os Prêmios Nobel. Apesar de todas
as tragédias, a história do Povo de Israel é sinônimo de sucesso sobrenatural.
Em Tishá b’Av, sentamos no chão como os enlutados, jejuamos e
cumprimos as demais proibições desse dia. No entanto, jamais devemos esquecer
que a maioria das nações antigas não pode sequer lamentar os difíceis eventos
de sua história – pois deixaram de existir. Babilônios e romanos destruíram
nossos Templos Sagrados e exilaram nosso povo, mas eles desapareceram. E nós
continuamos aqui – mais fortes do que nunca. Am Israel Chai –
o Povo de Israel está vivo, ao passo que nossos inimigos históricos apenas
vivem nos livros de História e nos museus. Sobrevivemos a todos que tentaram
aniquilar-nos. Se perguntassem a alguém que testemunhou a destruição do segundo
Templo de Jerusalém: “Daqui a 2.000 anos, qual desses dois povos, judeus ou
romanos, ainda existirá? ”, esse alguém certamente teria respondido: “os
romanos! ”. No entanto, o poderoso Império Romano caiu para nunca mais se
erguer, destruído pelos bárbaros; e o Povo Judeu, ainda que não tivesse nem seu
país nem seu exército, e sujeito à contínua perseguição – viveu para ter seu
próprio Estado. O Coliseu continua de pé, mas os romanos da Antiguidade não
vivem em Roma nem em outro lugar. Nosso Templo Sagrado ainda não voltou a
existir, dele temos apenas seu Muro Ocidental. Mas os judeus voltaram à sua
terra ancestral e a Jerusalém – coração espiritual do mundo inteiro – nossa
Capital Eterna desde o tempo do Rei David. O milagre oculto na data
de Tishá b’Av é o fato de ser um testemunho de que nem a queda
de dois Templos Sagrados nem um cruel exílio de dois mil anos, nem a Inquisição
Espanhola e nem sequer o Holocausto, conseguiram vencer e exterminar o Povo
Judeu. O dia 9 de Av é o mais triste do ano, mas também
celebra a eternidade do Povo de Israel. Tishá b’Av é o mais
misterioso dos dias. É o mais trágico em nosso calendário. E, ainda assim,
estranhamente, é um dia em que não recitamos as súplicas de Tachanun –
em que confessamos e suplicamos por nossos pecados, uma oração que é omitida
apenas em dias festivos. Tishá b’Av foi a data na qual caíram
os dois Templos Sagrados de Jerusalém, mas o Talmud também nos ensina que essa
é a data em que nascerá o Mashiach – que liderará a construção
do Terceiro Templo, e, segundo alguns, o dia em que ocorrerá a Redenção
Messiânica. Nossos Sábios nos dizem que quando o Mashiach vier,
esse dia se converterá no mais feliz e auspicioso de todos. Nós, judeus,
sofremos muitas tragédias ao longo de nossa história, mas também vivenciamos
muitos tipos de milagres, de fato, inúmeros milagres. Celebramos alguns comendo
e bebendo e nos alegrando, nos dias festivos. Mas há um milagre que comemoramos
com luto e jejum em Tishá b’Av. Por ironia, podemos dizer que esse
tipo de milagre é o maior de todos. Os dias sagrados do Judaísmo celebram
eventos extraordinários de nosso passado. Mas Tishá b’Av celebra
um milagre que se repete a cada dia e que se vem repetindo há mais de 3.000
anos: a imortalidade do Povo de Israel. Mark Twain (1835-1910), o grande
escritor americano, manifestou-se assim sobre nosso povo: “Os egípcios,
babilônios e os persas surgiram, encheram o planeta de som e esplendor e, a
seguir, desapareceram como um sonho e morreram; os gregos e os romanos os
seguiram, fizeram grande estardalhaço e também desapareceram; outros
povos surgiram e ergueram suas tochas no alto das nações por algum tempo, mas
elas se extinguiram e eles agora permanecem no crepúsculo dos tempos, ou
desapareceram. Os judeus testemunharam e os venceram, e estão, hoje, onde
sempre estiveram, sem sinais de decadência, sem as doenças do tempo, sem
enfraquecerem seus membros, sem diminuírem suas energias, sem se escurecer sua
mente alerta e vivaz. Todo o resto é mortal, exceto os judeus. Todas as outras
forças se extinguem, mas eles permanecem. Qual o segredo de sua imortalidade?”.
A imortalidade do Povo Judeu é a luz que se esconde na escuridão profunda
de Tishá b’Av. Isso não explica todo o sofrimento, todas as mortes.
Tampouco responde às muitas perguntas que o Holocausto nos obriga fazer. Mas
até a chegada do Mashiach, que responderá a todas as nossas
perguntas, talvez essa seja a única resposta. Continuaremos a guardar o dia 9
de Av até que o Mashiach chegue e construa o
terceiro e eterno Templo Sagrado de Jerusalém. Em 9 de Av, sentimo-nos
enlutados, chorando e jejuando, e recordaremos todo o sofrimento de todas as
gerações de judeus que nos precederam. Mas mesmo em Tishá b’Av, dia
mais triste do ano judaico, sejamos agradecidos pelo privilégio de pertencer a
um povo eterno, o povo a quem D’us escolheu para Si e a quem deu a Sua Torá –
um povo que continuará a existir enquanto os Céus estiverem acima da Terra.
BIBLIOGRAFIA: https://www.chabad.org/library/article_cdo/aid/946703/jewish/What-Happened-on-the-Ninth-of-Av.htm.
www.morasha.com.br. Abraço. Davi
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