Os
12 conjuntos de estrelas que representam os signos de hoje foram padronizados
ainda na Antiguidade, a partir da influência de imagens da mitologia de
babilônios, egípcios e principalmente dos gregos e romanos. Os gregos antigos
atribuíam aos conjuntos de estrelas situados na região do zodíaco, histórias e
lendas associadas com os feitos de seus deuses e heróis. É isso mesmo, poucos
sabem, porém, cada signo possui uma lenda da mitologia grega (tinha que ser!).
Essas histórias muito interessantes explicam, por exemplo, porque um Caranguejo é o símbolo do signo de Câncer, ou porque um ser metade homem
metade cavalo é o símbolo de Sagitário. Nesse post, conheça a história do seu
signo! 1. ÁRIES. O rei Atamante tinha por rainha a deusa Nefele, com
quem teve dois filhos: Frixo e Hele. Tendo que retornar ao Olimpo, a deusa
deixou as crianças aos cuidados do pai. Depois de um tempo, Atamante uniu-se a
Ino, que planejou livrar-se das crianças, filhos da "ex" de seu
marido. Decidiu espalhar doenças e secar as sementes dos cereais prejudicando
as futuras colheitas. Prevendo que Atamante consultaria o oráculo para saber as
causas das desgraças, subornou os sacerdotes, para que convencessem o rei que a
única forma de aplacar a ira dos deuses era sacrificando os filhos que teve com
Nefele. Embora com grande sofrimento, Atamante, pelo bem do povo, obedeceu as
ordens do oráculo. Nefele, indignada, a tudo assistia. Para proteger os seus
filhos, encontrou-se com eles às escondidas, avisando-os que no dia do
sacrifício um carneiro com lã de ouro desceria dos céus e aterrissaria diante
deles. Orientou-os a montar no carneiro. O único cuidado que deveriam ter era
de não olhar para baixo durante o voo. No dia do sacrifício, o carneiro surgiu
e levou as crianças. Hele, no entanto, apesar das recomendações, não resistiu à
tentação e olhou, caindo ao mar no local que ficou depois conhecido como
Helesponto (hoje Dardanelos). Frixo chegou salvo à Cólquida onde sacrificou o Carneiro em homenagem à Zeus, que o colocou no céu, entre as estrelas. 2. TOURO.
A imagem do touro vem de um mito grego em que Zeus, o chefe dos deuses, teria
se encantado com a beleza de Europa, filha de Agenor, e para seduzi-la,
transformou-se em um magnífico touro branco. A jovem, que divertia-se na praia
com suas amigas ao ver o animal aproximou-se, acariciou-o e, encantada com a
sua docilidade, montou-o. No mesmo instante, o touro disparou em direção
ao mar, detendo-se apenas na ilha de Creta, onde Zeus deu-se a conhecer amando
a jovem. Orgulhoso de seu feito, Zeus pôs o touro entre as estrelas. 3. GÊMEOS.
Zeus, disfarçado de cisne, fecundou Leda que teve os gêmeos Castor e Pólux,
nascidos de um ovo. Pólux, ao contrário de seu irmão Castor, era imortal. Os
dois eram muito unidos e cuidadosos um com o outro. Numa região próxima,
conheceram e se apaixonaram pelas irmãs Febe e Ilaira. Mas elas eram noivas e
eles resolveram raptá-las. Os noivos, Idas e Linceu, perseguiram os irmãos. No
confronto que se seguiu, Idas atirou sua lança ferindo mortalmente Castor.
Pólux, enlouquecido de ódio, matou todos ao seu redor. Pólux, desesperado,
pediu a Zeus que transferisse sua imortalidade para Castor. Sem saber o que
fazer, Zeus atende ao pedido, e assim que Castor recebe a luz da imortalidade,
Pólux começa a morrer. Castor pede então a Zeus, que não deixe seu irmão morrer
e que trocasse sua vida pela dele. Zeus atende ao pedido e enquanto um estava
na terra, outro estaria no céu. Inconformados por não estarem sempre juntos,
Castor e Pólux foram transformados na constelação de gêmeos, onde estariam
juntos para sempre. 4. CÂNCER. A Hidra de Lerna era uma serpente
colossal que amedrontava a região de Lerna, no Peloponeso, destruindo rebanhos
e plantações. A Hidra possuía nove cabeças, e a cada uma cortada, duas nasciam
no lugar. O segundo dos doze trabalhos impostos à Hércules pelo rei Euristeu,
foi livrar a região desse terrível monstro. Hércules planejou livrar-se da
Hidra degolando as suas cabeças. Para levar a termo o seu trabalho, contou com
a ajuda de seu amigo Iolaus. Para evitar o contínuo ressurgimento, Hércules as
decepava e Iolaus cauterizava o local impedindo o aparecimento de novas
cabeças. Após eliminar todas as mortais, enquanto se preparava para enterrar a
última, Hera, que odiava Hércules por ser filho de uma relação adúltera de Zeus
com uma mortal, mandou um enorme caranguejo para impedi-lo. O herói esmagou-o
com os pés e conseguiu concluir o seu trabalho. Iolaus ateou fogo ao reduto da
Hidra queimando seus restos evitando que ela pudesse ressurgir. Hera recolheu o
caranguejo e elevou-o ao céu na forma de uma constelação. Em latim, Câncer quer
dizer Caranguejo. 5. LEÃO. O gigantesco leão aterrorizava a população da
região de Neméia, assustando e matando gado e pessoas. Como o animal se
entocava em uma caverna com duas saídas, era muito difícil aproximar-se dele.
Os caçadores da região pediram ajuda ao rei Euristeu, pois o animal havia se
revelado invulnerável às suas armas. O rei enviou Hércules para aquele que
seria o seu primeiro trabalho: exterminar o leão de Neméia. O herói fechou uma
das saídas da caverna, obrigando o animal a abandoná-la pelo outro lado.
Hércules, que o aguardava, desferiu-lhe um violento golpe com sua clava e ao
perceber que o animal ficara tonto, em rápida ação, montou sobre ele e o
estrangulou até a morte. Hércules passou a usar o duro e resistente couro do
animal como uma capa protetora. Para perpetuar a coragem de seu filho, Zeus
transformou o leão em uma constelação. 6. VIRGEM e 7. LIBRA. A
historia de Astréia ilustra a origem desse signo. A virgem Astréia, filha de
Zeus e Têmis, a deusa da justiça, costumava passear pela Terra ao lado de sua
irmã Modéstia. Porém, certo dia, ao ver um homem pesando a mais a mercadoria de
um freguês, Astréia fica indignada com tal injustiça e também com tanta guerra
e violência que começou a se instaurar no mundo e pede a Zeus que as leve
embora da Terra. Triste com tal decisão, Zeus coloca-a na constelação de
virgem. Seu símbolo, a balança, é colocado na constelação de libra. 8. ESCORPIÃO.
Apesar da promessa de ser eternamente virgem e desprezar os homens, a deusa
da noite e da lua Ártemis, certa vez se apaixonou por Órion, que era filho do
deus do mar Poseidon, e por isso ele tinha o dom de andar na superfície da água
ou embaixo dela. Apolo, irmão gêmeo de Ártemis, enciumado, impediu o amor entre
os dois mediante uma grande perfídia: achando-se em uma praia, na companhia da
irmã, desafiou-a a atingir, com a sua flecha, um ponto negro na água, e que mal
se distinguia, devido à grande distância. Ártemis, toda vaidosa, prontamente
retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu no abismo do mar,
fazendo-se substituir por espumas ensanguentadas. Era Orion, que ali nadava
submergido, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo.
Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu de seu pai, Zeus,
que o escorpião fosse transformado em constelação. Durante seu quarto trabalho,
Hércules visita um centauro amigo seu, chamado Folos. O centauro, uma criatura
metade homem, metade cavalo, convida o herói a comer em sua caverna. Hércules
percebe que o amigo não o oferecera vinho para beber e ao dizer sua constatação
ao amigo, ele lhe diz que normalmente não faria tal agrado, pois o vinho dos
centauros é inigualável e que seus irmãos ficariam furiosos com um humano
bebendo deles. Porém, o bruto Hércules pega o vinho e o bebe. Vários centauros
chegam e ficam furiosos com a presença de Hércules em sua cova e o fato dele
estar bebendo o vinho, e se armam contra o intruso. Quíron é o único que vem em
defesa do herói, porém de nada adianta. A batalha começa, os centauros jogando
pedras e Hércules lançando suas flechas do alto, embebidas no veneno da Hidra
de Lerna. Depois de um tempo, os centauros fogem, deixando a mostra a terrível
situação: dentre todos os mortos, Quíron também havia sido ferido. Mesmo sendo
imortal e com todos os seus conhecimentos medicinais, a dor não ameniza e o
centauro pede a Zeus que tire sua imortalidade para poder morrer em paz. Zeus
atende ao pedido mas, ao invés de deixar seu corpo ser levado para o Hades, ele o
coloca nas estrelas, na constelação de sagitário. 9. SAGITÁRIO. O deus
da natureza, Pã, um ser metade homem, metade bode, estava, ao entardecer,
tocando sua flauta às margens de um rio, quando surgiu o terrível monstro
Tífon, que possuía centenas de braços e cabeças. Assustado, mergulhou no rio,
pois Tífon odiava água, e transformou parte de seu corpo em peixe para se
locomover, enquanto a outra metade continuou assemelhada ao corpo de uma cabra.
Zeus considerou uma estratégia muito esperta e, como homenagem, transformou Pã
na constelação de Capricórnio (10), originando esse signo. 11. AQUÁRIO. Ganimedes
era um jovem de extrema beleza, filho dos reis de Tróia. Um dia quando
pastoreava o rebanho de seu pai, Zeus o avistou e se apaixonou por ele, se
transformou em águia, o raptou e o levou até o monte Olimpo para servir-lhe
como copeiro e aguadeiro (homem que vende ou fornece água para consumo doméstico), o "garçom" dos deuses, substituindo a jovem
Hebe que teve esta missão, porém um dia caiu e derramou a bebida sagrada dos deuses,
e foi mandada embora. Zeus botou o seu amado nas estrelas, afinal, é Ganimedes
quem simboliza o signo de Aquário com uma jarra derramando água, o fiel
servidor dos deuses. 12. PEIXES. Afrodite, deusa do amor, e seu filho
Eros (o Cupido) teriam se transformado em peixes para escapar do titã Tifon,
que não suportava a água. Atena, deusa grega da sabedoria, criou a constelação
para lembrar a fuga.
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