C.013).
Sábado
passado (12/04) assisti a palestra com o título BUDDHI. Relembrando
agora estamos na Tríade Superior, parte sutil
e fluida do homem, tendo como componentes: 1. Atma, significa alma ou sopro vital. É o Espírito propriamente dito, isto é, a essência divina não individualizada, portanto, indiferenciada, sem forma nem corpo, invisível e imponderável, como um Sol que brilha sobre todos. Costuma ser chamado de Eu Superior e Monada Divina, em que pese a expressão Monada, em ocultismo, significar quase sempre a Tríade Atma Buddhi Manas. Pode-se também entender Atma como uma irradiação do Uno, que é o Absoluto, o Espírito Universal. Ele está presente em todos os pontos do universo, não sendo propriamente, portanto, um princípio humano, mas é para nós, individualmente, semelhante a um raio do Sol, que, apesar de aquecer-nos, continua ainda sendo luz daquele astro. Ele é onisciente, mas atua apenas indiretamente na natureza humana e por intermédio de irradiações luminosas no homem interior, pois se pudesse manifestar-se continuamente não haveria homens na terra, mas deuses. Atma e Buddhi só fazem sentido para o corpo humano se houver uma consciência para assimilá-los, assim como de nada adianta chover sobre o solo desértico se não houver uma planta ou uma semente que se beneficie da chuva. Nenhum dos dois é alcançado pelo carma, pois Atma é o aspecto superior do carma, o agente ativo de si mesmo, e Buddhi é inconsciente no plano material. 2. Manas Superior. O Manas também chamado as vezes de Ego reencarnante e alma humana é o veículo do princípio resultante de Atma e buddhi. Em outras palavras,é a essência da Mente Universal encarnada no homem. É, portanto, a faculdade mental, aquilo que pensa em nós; a consciência que distingue o homem do animal e faz dele um ser moral e inteligente. Manas tem dupla natureza. Uma parte, o Manas Inferior, está ligada inseparavelmente à alma animal,e denomina-se Kama Manas, ou Ego Pessoal, a essa ligação. Esse é o nível de consciência que prevalece na quase totalidade da humanidade atual, e resulta na aplicação da inteligência na satisfação de desejos meramente egoísticos e passionais, a exploração dos sentidos na busca de prazeres, que pode ser bestial quando levada às últimas consequências. A outra parte é Manas Superior, o aspecto mais nobre e sublime da mente, nela encontra´se o acervo da memória de todas experiências vividas na Terra. Ao associar-se com Buddhi, que por sua vez é veículo de Atma, forma o conjunto Buddhi Manas, princípio dual e imortal da consciência que se reencarna ciclicamente. Quando unido a Atma Buddhi, Manas é chamado Ego espiritual, que é a verdadeira individualidade, o Homem Divino. 3.
Buddhi, é o veículo de Atma, o sétimo princípio, que é o Espírito (ou Mente) Universal que lhe dá alma, dai Buddhi ser chamado de alma espiritual. É através de Buddhi que Atma, a sua síntese, toma substância, sendo a combinação Atma Buddhi um principio eterno e imortal. Buddhi é assim uma pura corporificação, ou melhor, emanação da Mente Universal, Atma. No plano material, que é o estado de consciência em que normalmente vivemos, Buddhi não é uma faculdade racional individualizada, antes é algo indiferenciado e, de nossa perpectiva humana, pode ser considerado como destituído de qualquer atributo, mas que se torna ativo quando recebe as qualidades racionais que provêm de Manas. Esse conjunto acumula em si o resultado das experiências vividas pelo Ego, que se tornam as causas (daí ser denominado também de Corpo Causal) que modelam as vidas futuras. É por intermédio de Buddhi que alcançamos a percepção espiritual, o discernimento intuitivo imediato, que clarifica a realidade sem o uso da razão. Por isso é que se diz que esse princípio está no plano intuitivo, chamado quase sempre de plano intuicional. H. P. Blavatsky (1831-1891) afirma que, conhecendo-se o mistério de buddhi, torna-se possível projetar o duplo etérico conscientemente e à vontade, alertando que certamente esse é um poder muito perigoroso. Buddhi é um princípio eterno de onde percebemos nossa afinidade com o Espírito Universal.
Nossa ascensão evolutiva é um processo de baixo para cima, mas o
Espírito Universal faz um processo inverso de cima para baixo.
Uma boa analogia é a figura da parábola (com seu vértice para baixo,
singulariza a curva como aclive, e o seu vértice para cima, singulariza a
curva como declive)
pois Buddhi sendo o envoltório da “monada” (partícula divina, monada,
que
substancializa a matéria) é o veículo que por uma
“chispa” mineraliza um fragmento de rocha, dando início ao longo
processo evolutivo humano; isso há alguns milhares de anos em um dos
planetas de nosso sistema solar. Há duas palavras em sânscrito que
definem
(subida e descida) nesses dois aspecto, mas não estou recordando. Uma
importante figura que ainda não vimos é a chamada antakarana.
Em sânscrito um fio ou ponte que liga o Quaternário Inferior, que
representa nossa personalidade mortal, à Tríade Superior, que simboliza
nossa individualidade eterna. É
através dessa ponte que ascendemos a elevação espiritual e contemplativa
com Deus. Dois pontos a ser observado aqui. Primeiro
para atravessarmos esta ponte devemos em nossa encarnação atual
desenvolver uma vida digna, correta e procurando pela meditação,
contemplação, oração e beatitudes (fraternidade) diminuir nossos carmas
passados. Assim adquirimos qualificações para transpormos
a barreira de AntaKarana. Segundo ao entrarmos neste estágio superior
devemos continuar lutando, para permanecermos neste nível transcendente.
Nossa parte “inferior” é a representação da personalidade que quando
vivemos uma “normalidade” se desfaz (ao morremos)
no tempo adequado. Mas corremos riscos quando nossos egoísmos e
vícios prevalecem impregnados em nosso caráter e os enfatizamos nos
relacionamentos, imprimindo humilhação e crueldade ao outro. Que Deus
nos livre de tal situação de não nos
desfazermos da personalidade. Isso
tem como resultado uma situação (bestial) anormal, pois como ela não se
desmanchou, pedaços de seus elementos continuam no mundo emocional,
assumindo vícios grosseiros nos encarnados que praticam atividades
desvirtuosas e corruptivas. Um processo extremamente doloroso;
fustigando o físico e o emocional daquele que torna-se habitação
temporária dessa personalidade inacaba. Neste momento é
ativada a justiça carmica transformando estas personalidades inertes
que, por sua tirania ao “outro”, foram impedidas de se dissolveram;
assumindo resíduos de corpos astrais (chamados de elementais pelos
antigos sábios Neo Platônicos) ficam no mundo sensível purgando seu
carma num longo
tempo. Neste plano dimensional há também elementais de cães, gatos e
porcos. Esses assumem corpos de adeptos de ocultismo barato, magia
negra, espiritismos demoníacos e (causando terríveis
sofrimentos físicos e psíquicos a quem eles incorporam)
manifestações similares. No estágio superior nossa individualidade é
singularizada por atitudes beneméritas e filantrópicas, uma entrega sem
reservas ao nosso próximo; atitudes que com a práticas tornam-se dom
pedagógico para aperfeiçoamento de outros nesse nobre serviço
humanitário. Desse modo, alcançamos uma vivencia equilibrada e
emocionalmente
segura. Aprendemos conscientemente a resolver nossos problemas
interiores mesclando-os a um cotidiano de pureza e santidade, fruto da
busca pela elevação espiritual dos pensamentos. Buddhi (podemos
tipifica-lo como nossa Alma Espiritual) é evidenciado por três atributo.
O primeiro é o discernimento, o poder de separar
o bem do mal, o útil do inútil, o (Mateus 13: 25 "Mas, enquanto os
homens dormem, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo e
retirou-se") joio do trigo, a verdade da mentira. A
dualidade que tantos problemas geram em nossa existência. A
individualidade é também chamada de corpo causal. Onde nossas memórias
carmicas estão sendo armazenadas. Em nosso corpo astral evoluído
poderemos acessar essas lembranças passadas, isso acontece com os yoges
que alcançaram um estágio elevado de evolução espiritual. A literatura
Teosófica
pensa as encarnações humanas perfazendo um total de 777 renascimentos
isso apenas no ciclo terreno. Somando os ciclos das mineralizações,
vegetalizações e animalizações que a “monada” percorre
em outros planetas e suas rondas fica difícil calcular, mensurar este
tempo. O segundo atributo é a inteligência que difere do intelecto. O
primeiro (inteligência) é medido pela sensatez, comedimento,
razoabilidade nos comentários e sabedoria nas decisões.
O segundo é intelecto, uma expressão da razão concreta sem um
sentimento intuitivo. É incapaz de perceber os entre linhas. Toma
decisão baseado no óbvio; enxergando a luz mas não vendo a escuridão;
sem
balancear o errado do certo. As catástrofes contra a humanidade
(guerras e perseguições de minorias étnica e sociais) são fundadas
neste tipo de preconceito racionalista. Um ideal que devemos buscar é,
juntar o Quaternário Inferior a Tríade Superior; permitindo que o
segundo (a força de Atma) tome conta de nosso ser. É
uma batalha do Eu Humano contra o Eu Divino, onde nós determinamos
quem será o vencedor. Os que conquistam esta vitória singularizam seus
corpos astrais (emocionais) e podem viver nesta terra por V, VI séculos
(ou mais) como Mestres, Mahatmas ou Avatares; ajudando
a humanidade em suas mais varias necessidades, assumindo posteriormente seu gozo e desfrute no Devachan. Gênesis 5: 5 “E foram
todos os dias de Adão 930 anos”. Versículo 31 “E foram todos os dias de
Lameque 777 anos”. Versículo 8 “E foram todos os dias de Sete 912
anos”. O Antakarana como um fio, deve tornar uma
(banda larga) em linguagem informatizava. A compaixão é a terceira
qualidade
de BUDDHI. Diferente de piedade que tem uma conotação de respeito e
valorização do próximo. A compaixão além do amor e fraternidade traz a
ideia de renúncia e resignação. O altruísmo capaz de tomar o lugar
do “outro”, sacrificando-se em seu lugar. João 3: 16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não
pereça, mas tenha a vida eterna”. O MESTRE JESUS foi um grande exemplo
de altruísmo e abnegação a ser seguido. Saúde e prosperidade. Davi.
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