Amigos leitores. O texto a seguir foi extraído da revista eletrônica www.gnosisonline.org.br. Deixo claro que o conteúdo não é necessariamente o que penso mas em alguns aspectos concordo com o que é apresentado. Evidentemente que se resolvi colocá-lo no blog é porque percebo que há elementos importantes que estão inseridos em nossa proposta de investigação e pesquisa de assuntos relacionados a religiosidade e espiritualidade. A finalidade precípua é embasar os leitores com argumentos variados em relação a assuntos que a grande maioria já vaticinou como verdade inquestionável e portanto bloqueiam seu raciocínio e intuição não deixando margem para possíveis verossimelhanças empregadas em circunstâncias de averiguação científicas. Infelizmente nossos dogmas disfarçam (iludem) pressuposto que poderíamos alcançar dentro de uma perspectiva mais coerente e plausível. Assim demoramos para abrir nossa consciência à janelas intuitivas que já existem e estão fechadas devido nossas crendices abstrusas. Aos cristãos como eu (e todos os leitores) sugiro usarem seu bom senso, comedimento e intuição para julgarem conforme suas experiências psíquicas e seus legados sócio espiritual o tema que estamos abordando. Buda (563-483) "Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o". Quase 2 mil anos após ter semeado discórdia entre os primeiros cristãos acerca da verdadeira “missão” de Judas de Kariot (Kerioth, ou Iscariotes, derivado do hebraico Ish Kerioth: Homem de Kerioth, cidade ao sul de Judá), surge à luz do mundo o "sagrado" Evangelho Segundo Judas. Esse manuscrito, encontrado na década de 50, contém 62 folhas de papiro escritas no dialeto Copta, a antiga língua dos cristãos do Egito, devendo ser publicado brevemente em várias línguas, para o bem da Verdade.“Após termos recebido os resultados dos testes de datação com Carbono-14, concluímos que este texto é ainda mais antigo do que se pensava e remonta a um período entre o fim do século 3º e início do século 4º”, explica o diretor da Fundação Mecenas, o suiço Mario Jean Roberty (1945- ) que se dedica à divulgação de descobertas arqueológicas.
Ao lado, vemos um dos raríssimos fragmentos de um manuscrito Copta do Evangelho de Judas. Esse Evangelho era o principal escrito de uma seita (lê-se aqui esse termo não com a visão dogmática de contrário a Deus ou a seus propósitos mas são posições diferentes do costumeiro enfatizado pela teologia tradicional da época) gnóstica, chamada de Iscariotes, a qual se baseava na doutrina da Aniquilação do Eu, e disseminou-se muito no Egito, norte da África e em algumas regiões da Europa medieval. Infelizmente, todos os documentos acerca da “Igreja de Judas” e seus membros (os Iscariotes) foram destruídos, restando apenas, em todo o mundo, menos de uma dúzia de pequenos fragmentos que atestam que verdadeiramente essa “seita” gnóstica existiu. Outra prova da existência dessa “Igreja” é o ataque de Irineu de Lyon, um teólogo católico, em sua obra antignóstica Adversus Haereses (180), contra essa seita dos Iscariotes e seu Evangelho Segundo Judas. Esse Evangelho de Judas era a base de outras seitas gnósticas independentes, tais como os cainitas (erroneamente chamados de adoradores de Satã ou mesmo de vampiros) e dos marcionitas (seguidores do Mestre gnóstico Marción). Irineu, nesse seu escrito antignóstico, sustentava que o Evangelho de Judas era una “história fictícia” que a seita dos cainitas (seguidores de Caim) havia escrito “ao estilo dos evangelhos”. Os cainitas (segundo o próprio Irineu) acreditavam que Judas tinha conhecimentos secretos, e que a meta de Judas era “causar confusão nos céus e na terra”. Bem, esperamos que a tradução e publicação do Evangelho de Judas se faça para que os esclarecimento venham a público trazendo luz nesse mistério que persiste encoberto. Abraço. Davi.
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