Editor
do Mosaico. GUERRA ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA. A guerra entre Rússia e Ucrânia
iniciada em 24/02 prenunciada pelo Presidente russo Putin, meses antes, tem-se
prolongado perigosamente. Isto porque, a União Europeia e seu braço militar
OTAN apoiam inconteste os ucranianos. A invasão russa tem-se dado com todos os
armamentos modernos e tecnológicos disponíveis. Como uma potência militar usam
o que de mais eficiente tem em se falando de destruição de prédios e
edificações. Tanques, foguetes, aviões, helicópteros e outros artefatos de uso são
utilizados pelas tropas. A questão política é que o Kremlin não aceita o
ingresso da Ucrânia na OTAN. Essa instituição foi criada para diminuir a
influência da antiga União Soviética no leste Europeu. Parece que não
funcionou, pois os países do continente membros desse pacto, assentem na
prática – com armamentos pesados – entregues ao governo ucraniano de Zelensky.
Alimentam a guerra e destruição do proponente com a ideia de torna-se
signatário. Várias cidades ucranianas foram bombardeadas pelos russos. Algumas
estão sendo ocupadas. Os números de mortos dos dois lados não são conhecidos
definitivamente. Mas, certamente milhares, farão parte dessa triste contagem. Incluindo
não só os combatentes, mas civis – mulheres, crianças, idosos e velhos. Além de
extermínio de escolas, hospitais, mercados e toda infraestrutura social. Putin
também justifica a guerra evocando os laços históricos e culturais – língua,
tradição e religião que envolve os dois povos. Essa para mim, é uma premissa
que faz exatamente o contrário. Deve-se criar ambiente de diálogo e
entendimento que apazigue o conflito. Sem uso da brutalidade e desumanidade pela
violência como presenciamos. O mais forte oprimindo e devastando o mais fraco
isso é crueldade. Não entendo a atitude do presidente ucraniano Zelensky.
Enfrentando de frente o opositor muito mais poderoso. Postou hoje na internet,
segurando um documento no qual assinou, simbolicamente a entrada da Ucrânia na
União Europeia. Atitude que só acirra os ânimos na peleja. Sem contribuir ao
arrefecimento da luta armada. Confiando nos países da OTAN que enviam
armamentos bélicos para seu exército continuar o confronto. Todavia, isso tem
custado um preço alto ao país, como tem mostrado os noticiários televisivos pelo
mundo. Por que não um armistício agora – suspensão temporária das hostilidades – e
logo o fim da guerra? Situações políticas e interesses econômicos e pessoais,
infelizmente, falam mais alto. Putin, diz que a guerra não é contra o povo
ucraniano. Todavia para eliminar células nazistas infiltradas no território
ucraniano. Há verdade nessa fala de Putin, pois após a anexação da Criméia em
2014 e o apoio pró Rússia aos rebeldes do leste – Donetsky e Lugansk. Esses
grupos e milicianos começaram a agir – são ultranacionalistas – ideologia política
e econômica extremista. O povo ucraniano se divide entre fazer parte da União
Europeia – OTAN e permanecer neutra nesta questão. O parlamento do país, sem
consulta popular, decidiu pela assinatura da inclusão ao Bloco. Contudo, o
trâmite exige muita burocracia, votação dos membros europeus e outros aspectos
técnicos. Esse impasse pode levar anos. Prolongando o sofrimento do povo
ucraniano. A grande questão é: quanto mais se desenrola esse enfrentamento,
mais nações se envolvem tomando partido por um lado ou outro. China e Índia,
mesmo reprovando a invasão, claramente se posicionam a favor da Rússia. Além de
Brasil e África do Sul são membros do BRICS. O presidente brasileiro, ainda não
tem posição definida. Preferindo a neutralidade. Estados Unidos e Europa são
parceiros da Ucrânia. Biden tem advertido e ameaçado Putin. Interesses
geopolíticos movem os Estados Unidos a cooperarem com a Europa no enfrentamento
a Putin. Percebendo que seu protagonismo, não mais é absoluto no planeta. O
governo americano procura se beneficiar do enfrentamento liderando pesadas
sanções econômicas, fiscais e financeiras contra o governo russo. Banco estão
impedidos de negociarem papeis da dívida pública russa. Proibição de novos empréstimos
a curto e longo prazo a bancos russos. Congelamento de contas correntes dos
bilionários russos nos bancos americanos. A União Europeia também listou
punições econômicas e financeiras contra a Rússia. O petróleo e o gás vindos da
Rússia essenciais aos mercados mundiais não sofrerão penalidade para não
prejudicar o abastecimento global. Propostas para isolar a Rússia do resto do mundo. Mas que afetarão o mundo todo. Até agora, os Estados Unidos e a União
Europeia não enviaram soldados ao campo de batalha na Ucrânia. Por outro lado,
a população russa tem protestado nas praças pública de importantes cidades
contra a invasão da Ucrânia. O povo é contra essa atitude arbitrária do governo
russo. Milhares já foram presos por participarem desse movimento. Duas rodadas
de negociações não conseguiram um cessar fogo. Na última ficou acordado um
corredor humanitário aos que desejarem sair da Ucrânia. Terão segurança para
atravessarem a fronteira rumo aos países vizinhos. Putin tem a palavra final em
questões de segurança nacional. Ontem, 03/03, as forças russas, bombardearam os
arredores da usina nuclear de Chernobyl. A maior do mundo. Fogo foram vistos
próximo ao reator com temor de vazamento radioativo. Todavia as chamas já estão
dominadas segundo as tropas russas que, agora, estão no controle. Putin ameaçou
Suécia e Finlândia, países nórdicos, caso pretendam aderir ao bloco militar
europeu. Essa intimidação, procede, tal o tom do discurso do líder russo,
envolvendo vingança com míssil nuclear. Estados Unidos e Rússia detém 90% do
arsenal nuclear do planeta. Os russos têm mais ogivas. Especialistas dizem ser
improvável, nesse momento, o uso de armas nucleares. A destruição seria
irrecuperável extinguindo-se a vida humana e o meio ambiente terrestre. Porém,
uma 3ª Guerra Mundial, tendo início, não está descartada. Segundo esses, o
prolongamento do conflito na Ucrânia, coopera decididamente com essa visão
negativa. Haja vista, os milhares de ucranianos que estão abandonando seus
lares. Refugiados da guerra, abrigam-se em países fronteiriços: Polônia,
Romênia, Hungria, Eslováquia e Moldávia. O mundo já começa a sentir os efeitos
dessa guerra. A Rússia já avisou que seus fertilizantes – usados em várias
partes do mundo – não poderão ser exportados devido a embargos econômicos e
logísticos de seus produtos. O Brasil será um dos países que mais sofrerá pois
usa-os no agronegócio. O preço de produtos básicos: trigo, soja, arroz e outros
bens de consumo terão considerado aumento de preço. O petróleo chegará a
valores insuportáveis nos postos de gasolina pelo mundo. Se desenha um quadro
sombrio. Aumento da pobreza, desigualdade e insegurança em todos os níveis
sociais pela Terra. O mundo tornar-se-á mais polarizado. Um rearranjo sócio
global entre países democráticos – sistema governamental e político em que os
dirigentes são escolhidos através do voto popular de um lado. E do outro
autocráticos – tipo de governo em que uma pessoa ou um grupo de pessoas detém o
poder completo sobre uma nação. Essas definições, a meu ver, não devem ser
encaradas como verdades absolutas. Variável sociocultural, tradição, língua e
religião, muitas vezes, impõem o regime de uma nação. Assim, suponho, que
países autocráticos podem ter um nível social mais saudáveis e humanitário que
um democrático e vice-versa. Os exemplos estão ai para serem comparados. Uma
nova ordem mundial se desenha. O modelo organizacional das nações, talvez seja substituída
por uma "confederação" de nações. A definição dessa palavra é: “União de Estados
Nacionais independentes que, embora conservando governo próprio, se submetem a
um poder central. No qual quase todas as decisões são tomadas tendo em conta a
aprovação com demais Estados confederados”. Mais justo e menos propenso a
desigualdade e brechas dominadoras. Ouvi esse conceito, dum mestre em
astrologia que “profetizou” essa mudança, e acredito, ser de grande inspiração.
É possível, caso se consolide a inspiração, nossa geração atual, participar
dessa histórica mudança. Clamamos aos Seres Espiritual de Luz Divina, que a Paz
venha urgentemente aos corações de todos os russos, ucranianos e demais povos indiretamente envolvidos. Acho que ficou
claro a posição do Editor do Mosaico de não tomar partido por nenhum dos beligerantes. Não
é um assunto de vencedor ou vencido. Numa guerra os participantes, todos, são
perdedores e derrotados. Incapazes do dialogo prévio e entendimento consensual.
Envolvidos em motivações egoístas e narcisistas, sem amor e misericórdia pelo
próprio. Vão as últimas consequências, para satisfazer suas ambições e
caprichos pessoas. Todavia, nesta vida ou nas futuras, pagarão o preço pelo
desamor e desconsideração ao seu semelhante. Concluo com a escritura sagrada no
evangelho de Mateus 5,25-26 “Concilia-te depressa com o teu adversário,
enquanto estas no caminho com ele. Para que o adversário não te entregue ao
juiz. E o juiz te entregue ao oficial. E te encerrem na prisão. Em verdade te
digo que de maneira nenhuma saíras dali enquanto não pagares o último centavo”.
Abraço. Davi.
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