terça-feira, 6 de abril de 2021

O MISTÉRIO DO GÓLGOTA

 

Fraternidade Rosa Cruz. www.fraternidaderosacruz.net. "A Bíblia foi dada ao Mundo Ocidental pelos Anjos do Destino, que dão a cada um e a todos exatamente aquilo que necessitam para o seu desenvolvimento.” MAX HEINDEL (1865-1919). LIÇÃO Nº 16. O MISTÉRIO DO GÓLGOTA. 

 

Referências : Mateus 27, 28 "E, despindo-o o cobriram com uma capa de escarlate". Marcos 15, 16 "E os soldados o levaram dentro à sala, que é a da audiência e convocaram toda a corte". Lucas 23, 24 "Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam". João 19, 19-22. "E pilatos escreveu também um título e pó-lo em cima da cruz. E nele estava escrito: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS. E muitos dos judeus leram este título. Porque o lugar onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade. E estava escrito em hebraico, grego e latim. Diziam, pois, os principais sacerdotes dos judeus a Pilatos: Não escrevas: O Rei dos Judeus, mas que ele disse: Sou o Rei dos Judeus". Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi".

 

Durante os últimos 2.000 anos, muito tem sido dito sobre “o sangue purificador”. O sangue de Cristo tem sido enaltecido dos púlpitos como o soberano remédio para o pecado: o único meio de redenção e salvação. Mas, se as leis de Renascimento e de Conseqüência atuam de tal modo que os seres em evolução colhem aquilo que semearam, e se o impulso evolutivo constantemente eleva a humanidade cada vez mais alto até alcançar a perfeição, onde está então a necessidade de redenção e salvação? Mesmo que existisse essa necessidade, como poderia a morte de um indivíduo ajudar os demais? Não seria mais nobre cada um sofrer as conseqüências dos próprios atos do que esconder-se por trás de um outro? Estas são algumas das objeções à doutrina da expiação e redenção vicárias pelo sangue de Cristo Jesus. Vamos tentar respondê-las antes de demonstrar a harmonia lógica entre a operação da Lei de Consequência e a Expiação de Cristo. Em primeiro lugar, é absolutamente verdadeiro que o impulso evolutivo atua até todos alcançarem a máxima perfeição, mesmo que existam alguns que constantemente se atrasem. No momento presente, acabamos de passar pelo ponto máximo da materialidade e avançamos através das dezesseis raças. Estamos trilhando “os dezesseis caminhos da destruição” e, consequentemente, corremos um perigo maior de cair e ficar para trás como em nenhum outro ponto da jornada evolutiva. No abstrato, o tempo não existe. Um certo número de seres deve se atrasar tanto que deverá ser abandonado, para retornar seu avanço evolutivo num outro esquema onde possa continuar em sua jornada para a perfeição. No entanto, não foi esse o esquema originalmente planejado para esses atrasados; por isso, é razoável supor-se que as exaltadas Inteligências encarregadas de nossa evolução empreguem todos os meios para salvar tantos daqueles a seu cargo quanto for possível. Na evolução comum, as leis de Renascimento e de Consequência são perfeitamente adequadas para levar à perfeição a maior parte da onda de vida, mas não são suficientes no caso dos atrasados das várias raças. Durante a etapa do individualismo, que é o ponto culminante da ilusão e da separatividade, todo o gênero humano precisa de ajuda extra, mas aos atrasados é necessário acrescentar um auxílio especial. Dar esse auxílio especial para redimir os atrasados foi a missão de Cristo. Ele disse que veio para buscar e salvar aqueles que se haviam perdido. E abriu o caminho da Iniciação a todos os que quisessem buscá-lo. Mas nem todos estão precisando de salvação. Cristo sabia que um número muito grande de Egos não precisa de salvação especial, mas, tão certo quanto 99% são conduzidos pelas leis de Renascimento e de Consequência para atingirem a perfeição através delas, assim também há “pecadores” tão “afundados “ na matéria que daí não podem escapar sem o auxílio de uma corda. Cristo veio para salvá-los e trazer a paz e a boa-vontade a todos, elevando-os ao necessário ponto de espiritualidade, e causando uma mudança nos seus corpos de desejos que tornará mais potente a influência do Espírito de Vida nos seus corações. Os irmãos mais novos de Cristo, os Espíritos Solares - os Arcanjos - haviam atuado como espíritos de Raça no corpo de desejos do homem, mas a atuação deles tinha sido de fora. Era simplesmente um reflexo da força espiritual do Sol vinda através da Lua - assim como o luar é luz solar refletida. Cristo, o mais elevado Iniciado dos Espíritos do Sol, entrou diretamente no corpo denso da Terra, trazendo a força direta do Sol, o que capacitou-o a influenciar de dentro os nossos corpos de desejos. Assim também acontece com os impulsos espirituais que ajudam o homem a evoluir. A Terra foi expelida do Sol porque a nossa humanidade não podia suportar seus tremendos impulsos físicos e espirituais. Mesmo depois de uma enorme distância ter sido colocada entre a Terra e o Sol, o impulso espiritual ainda seria demasiado forte se não fosse enviado primeiramente à Lua, para ser usado por Jeová (Regente da Lua) em benefício do Homem. Um certo número de Arcanjos vieram ajudar Jeová a refletir esses impulsos espirituais do Sol sobre a humanidade terrestre, na forma de Jeovíticas Religiões de Raça. O veículo mais inferior dos Arcanjos é o corpo de desejos. Nosso corpo de desejos foi-nos acrescentado no Período Lunar, no qual Jeová era o mais Alto Iniciado. Por conseguinte, Jeová é capaz de lidar com o corpo de desejos do Homem. O veículo mais inferior de Jeová é o Espírito Humano, cuja contraparte é o corpo de desejos. Por isso, eles são habilitados a trabalhar com a humanidade, preparando-a para a época em que ela poderá receber os impulsos espirituais diretamente da Esfera Solar sem a intermediação da Lua. Sobre Cristo, o mais Alto Iniciado do Período Solar, recai a tarefa de enviar esse impulso. O impulso que Jeová refletia era enviado por Cristo, que assim preparava a Terra e a humanidade para o Seu ingresso direto. A expressão “preparou a Terra” significa que toda evolução num planeta é acompanhada pela evolução do próprio planeta. Se algum observador, dotado de visão espiritual e situado em uma estrela distante, tivesse acompanhado a evolução de nossa Terra, teria notado uma mudança gradual no seu corpo de desejos. Sob a velha dispensação, os corpos de desejos das pessoas geralmente eram melhorados mediante a Lei. Este trabalho ainda continua na maioria dos humanos, que se preparam assim para a vida superior. A Vida Superior (Iniciação), contudo, não começa antes de iniciar-se o trabalho no corpo vital. O meio utilizado para acionar-se esse trabalho é o Amor, ou melhor, o Altruísmo. Tem-se abusado tanto da palavra amor, que ela já não transmite o sentido que este assunto requer. Durante a velha dispensação, o caminho iniciático não era livre nem aberto, a não ser para una poucos eleitos. Os Hierofantes dos Mistérios congregavam certas famílias perto do Templo, mantendo-as separadas de todas as outras pessoas. Essas famílias selecionadas eram então rigorosamente vigiadas no que concerne a certos ritos e cerimônias. Seus matrimônios e relações sexuais eram regulados pelos Hierofantes. O efeito disto foi a produção de uma raça com o grau apropriado de afrouxamento entre os corpos denso e vital, e também o de despertar o corpo de desejos do seu estado de letargia durante o sono. Desta maneira, uns poucos especiais adequavam-se à Iniciação, sendo-lhes dadas oportunidades que não podiam ser concedidas a todos. A Missão de Cristo, além de salvar os perdidos, era tornar a Iniciação possível a todos; por conseguinte, Jesus veio da gente simples e, embora não pertencesse à classe dos mestre, Seus Ensinamentos foram superiores aos de Moisés. Cristo Jesus não negou Moisés, nem a Lei, nem os profetas. Pelo contrário, reconheceu a todos, demonstrando que eles testemunhavam a Seu respeito quando diziam que Ele era Aquele que havia de vir. Dizia ainda ao povo que aquelas coisas já haviam servido ao seu propósito, e que, dali em diante, o Amor devia substituir a Lei. Cristo Jesus foi morto. Relativamente a este fato, chegamos à suprema e fundamental diferença entre Ele e os mestres anteriores, através dos quais os Espíritos de Raça atuavam. Todos eles morreram, devendo renascer repetidas vezes para ajudar seus povos a cumprir seus destinos. O Arcanjo Miguel arrebatou Moisés, que foi levado ao Monte Nebo para morrer. Moisés renasceu como Elias. Elias renasceu como João Batista. Buda morreu e renasceu como Shankaracharya. Shri Krishna disse: “Onde quer que haja decadência do Dharma e exaltação do Adharma, eu próprio venho para proteger os bons e destruir os maus, a fim de estabelecer firmemente o Dharma. Eu nasço de tempos em tempos”. Quando a morte chegou, o rosto de Moisés resplandeceu e o corpo de Buda iluminou-se. Todos eles haviam alcançado o estado em que o Espírito começa a brilhar de dentro, mas então morreram. Cristo Jesus alcançou este estado no Monte da Transfiguração. É muitíssimo significativo que Sua obra real teve lugar logo depois desse acontecimento. Ele sofreu, foi morto e ressuscitou. Ser morto é muito diferente de morrer. O sangue que havia sido veículo do Espírito de Raça devia derramar-se e ser purificado daquela influência contaminadora. O amor ao pai e à mãe com exclusão de todos os outros pais e mães devia passar, pois, de outro modo, a Fraternidade Universal e o multi-abrangente Amor altruísta nunca poderiam tornar-se uma realidade. Quando o Salvador Cristo Jesus foi crucificado, Seu corpo foi trespassado em cinco pontos, nos cinco centros pelos quais fluem as correntes do corpo vital, e também a pressão da coroa de espinhos produziu um fluxo no sexto centro. Quando o sangue derramou-se desses centros, o grande Espírito Solar de Cristo libertou-se do veículo físico de Jesus e se encontrou dentro da Terra, sem veículos individuais. Os já existentes veículos planetários foram interpenetrados pelos Seus próprios veículos, e, num piscar de olhos, Ele difundiu Seu próprio corpo de desejos no planeta, o que possibilitou-lhe dali, por diante, trabalhar sobre a Terra e sua humanidade de dentro. Naquele momento, uma tremenda onda de Luz Espiritual Solar inundou a Terra. E, então, rasgou-se o véu que o Espírito de Raça havia anteposto à entrada do Templo, para manter do lado de fora todo aquele que não fosse um dos poucos escolhidos, e isso deixou aberto o caminho da Iniciação a todos os que, dali por diante, quisessem nele entrar. No que concerne aos Mundos Espirituais, essa onda transformou as condições da Terra num relâmpago, mas as condições densas, concretas, são afetadas de modo muito mais lento. Como toda vibração elevada e intensa luz, essa grande onda cegou o povo no seu deslumbrante e ofuscante brilho pelo que se disse que “o Sol escureceu”. O que aconteceu foi exatamente o contrário: o Sol não escureceu, mas brilhou com glorioso esplendor. Foi o excesso de luz que cegou a humanidade, e só quando a Terra inteira absorveu o corpo de desejos do brilhante Espírito Solar pôde a vibração baixar a um nível normal. A expressão “o sangue purificador de Cristo Jesus” significa que, quando o sangue verteu no Calvário, levava consigo o grande Espírito Solar de Cristo, o qual, por esse meio, garantia Sua admissão na própria Terra, sendo o Regente desta desde aquele momento. Ele difundiu Seu próprio corpo de desejos por todo o planeta, purificando-o deste modo de todas as más influências desenvolvidas sob o regime dos Espíritos de Raça. Sob a Lei, todos pecavam e, mais ainda, não podiam ser ajudados. Eles ainda não haviam evoluído até o ponto de poderem praticar o bem por Amor. A natureza de desejos era tão forte que lhes era impossível dominá-la, pelo que suas dívidas, geradas sob a Lei de Consequência, acumulavam-se em proporções monstruosas. A evolução ter-se-ia atrasado terrivelmente, e muitos ficariam perdidos para nossa onda de vida se não fossem ajudados. Portanto, Cristo veio para “buscar e salvar aquele que estava perdido”. Ele tirou os pecados do mundo com o Seu sangue purificador, que Lhe permitiu entrar na Terra e na humanidade. Ele purificou as condições da Terra, de modo que lhe devemos a possibilidade de atrair para os nossos corpos de desejos matéria de desejos mais refinada que antes. Cristo continua nos ajudando, trabalhando para que nosso ambiente externo fique cada vez mais puro. Que isto foi e esteja sendo feito à custa de um grande sofrimento para Ele próprio, não se pode duvidar, bastando ao menos conceber as limitações suportadas por esse Grande Espírito ao entrar nas restritivas condições da existência física, mesmo no melhor e mais puro veículo possível. Nem a Sua atual limitação como Regente da Terra é menos dolorosa. Ele é também Regente do Sol, e, portanto, está confinado à Terra só parcialmente; mesmo assim, as limitações estabelecidas pelas restritas ou baixas vibrações do nosso planeta denso devem ser para Ele quase insuportáveis. Se Cristo Jesus tivesse simplesmente morrido, teria sido impossível para Ele executar esta obra. Mas os Cristãos têm um Salvador ressuscitado; Um que está sempre presente para ajudar aqueles que invoquem o Seu nome. Tendo sofrido como nós em todas as coisas e conhecido plenamente as nossas necessidades, Ele é indulgente para com nossos erros e fracassos enquanto continuemos tentando viver para o Bem. Devemos ter sempre em mente o fato de que “o único e verdadeiro fracasso é parar de tentar”. Após a morte do corpo denso de Cristo Jesus, o átomo-semente desse corpo foi devolvido ao seu primeiro dono, Jesus de Nazaré, que, ainda por algum tempo funcionando em corpo vital que havia obtido temporariamente, ensinou o ponto central da nova fé que Cristo havia deixado aqui. Jesus de Nazaré encarregou-se, desde então, de guiar as sociedades esotéricas que se espalhavam por toda a Europa. Em muitos lugares, os Cavaleiros da Távola Redonda eram alto iniciados nos Mistérios da Nova Dispensação. A mesma coisa eram os Cavaleiros do Graal, a quem finalmente foi confiado o cálice do Graal 3 por José de Arimatéia, cálice esse que havia sido usado por Cristo Jesus na Última Ceia. Depois, foi-lhes confiada também a lança que trespassou-Lhe o flanco e o receptáculo que recebeu o sangue dos ferimentos. Os Druidas da Irlanda e os Trottes do norte da Rússia foram escolas esotéricas através das quais o Mestre Jesus trabalhou durante a assim chamada “Idade das Trevas”, porém, mesmo sendo tenebrosa como era, o impulso espiritual espalhava-se de maneira que, sob o ponto de vista da ciência oculta, ela foi uma “Idade Brilhante” comparada ao crescente materialismo dos últimos trezentos anos, nos quais o conhecimento científico aumentou imensamente, mas quase desapareceu a Luz do Espírito.

 

Estude cuidadosamente esta lição e depois responda, de forma clara e concisa, às perguntas formuladas a seguir. Mande-nos suas respostas, não se esquecendo nunca de mencionar seu nome e endereço completos. Elas serão examinadas e devolvidas com a lição seguinte. 1 - O que significam os dezesseis caminhos da destruição? 2 - Para a “salvação” de quem Cristo veio especialmente? 3 - Explique como a vinda de Cristo tornou a Iniciação, ou a vida superior, possível para todos. 4 - Qual a razão para a crucificação de Cristo Jesus? 5 - Explique o que verdadeiramente teve lugar na crucificação. 6 - Qual tem sido o trabalho de Jesus desde a crucificação. 7 - Qual o grande perigo para a humanidade nos últimos trezentos anos? www.fraternidaderosacruz.net. Abraço. Davi

 

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