quarta-feira, 28 de abril de 2021

BUDISMO ESOTÉRICO

 

Texto produzido por Ricardo Chioro. BUDISMO ESOTÉRICO. O Budismo Tibetano também é chamado de Vajrayana, que significa Veículo do Diamante. É veículo num sentido que ele nos leva à iluminação, então é um precioso transporte à iluminação. O Budismo Tibetano também é chamado de Budismo Esotérico (hermético; que pode ser compreendido ou entendido por poucas pessoas, sendo ensinado a um grupo restrito e fechado de pessoas chamadas de iniciadas nos mistérios). Ele possui muitos elementos esotéricos que temos no esoterismo ocidental como é o caso de visualizações, viagem astral, astrologia, mantras, mandala, hipnose, mediunidade e até coisas que são difíceis de acreditar como telepatia, levitação e clarividência. Apesar de existirem as mesmas práticas esotéricas no Tibete e no ocidente, o Tibete possui suas próprias visualizações, astrologia e mantras, diferentes das visualizações, astrologia e mantras do ocidente. A astrologia, a viagem astral e a mediunidade são práticas espirituais que faziam parte da religião Bon, a principal religião no Tibete antes da entrada do Budismo no país. Essas práticas foram absorvidas pelo Budismo Tibetano que, na minha opinião, ficou muito melhor. Agora falaremos um pouquinho das práticas do Budismo no Tibete: 1) Viagem Astral: É a viagem fora do corpo físico, onde com meditação ou com a mandala a alma consegue sair fora do seu corpo físico e ir para diversos lugares na velocidade do pensamento. Assim como no esoterismo do ocidente já estamos acostumados com a ideia de que o corpo físico está preso na alma por um fio de prata que se estica quanto necessário nas viagens astrais; no Tibete também se fala isso, e eles podem ver este fio quando saem fora do corpo físico. 2) Divindades Meditacionais: Existem no Budismo Tibetano divindades. Assim não se falar num Deus criador do universo, mas sim de divindades que são seres iluminados. As divindades são utilizadas em visualizações para conseguir trabalhar suas próprias emoções, dominar a própria mente, adquirir sabedoria e compaixão. Essas divindades são chamadas de Yidams. 3) Oráculo: O oráculo é o “médium” que incorpora espíritos. Lá no Tibete eles são muito rápidos, a entidade vem, fala o que tem que falar e vai embora. Aqui no ocidente o processo é bem mais demorado. 4) Yôga: O Budismo que penetrou no Tibete é o Budismo Hindu, então o Yoga que é uma pratica Hindu também penetrou no Tibete. Lá eles praticam posturas, exercícios de respiração e Meditação do Yoga. 5) Astrologia: É extremamente usada no Budismo Tibetano. Eles conferem à vida das pessoas, para que elas já saibam o que a vida espera delas e quais serão suas missões. Também vêm a vida passada das pessoas. Os signos do Budismo são: Lebre, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Ave, Cão, Porco, Rato, Boi, Tigre e Lebre. Cada um respectivo a um ano. 6) Mantra: O mantra é uma prática espiritual feita com a fala ou o pensamento em uma fala. Por exemplo: a fala do mantra OM MANI PADME HUNG. Quando falando o mantra tem mais força, mas quando não se pode falá-lo, se pode fazer em pensamento, que apesar de ser mais fraco o mantra ainda funciona. O mantra mexe com energias invisíveis para os nossos olhos físicos e com outras dimensões, já que enxergamos somente o plano tridimensional. Não é possível ver o mantra, mas é possível senti-lo quando estamos praticando. 7) Mandala (símbolo hindu ou budista do universo; em especial um círculo com um quadrado inscrito, tendo uma divindade a cada lado): Para nossos olhos físicos é apenas uma imagem, mas quando ligada a mente produz energias invisíveis que pode auxiliar as pessoas em diversos processos como limpeza energética, cura, iluminação, resolver problemas etc. 8) Medicina Budista Tibetana: É a medicina com os princípios Budistas unido com a Aiuriveda (Medicina Hindu) e com a Medicina Chinesa, muito conhecida aqui no ocidente. O princípio fundamental é do caminho do meio, que é o equilíbrio, pois o desequilíbrio gera doença. Sendo assim, segundo o budismo a doença nasce da cabeça do ser humano. Eles usam muitas ervas, muito mesmo; algumas até desconhecidas para nós ocidentais. 9) Meditação: Existem muitos métodos de meditação praticados no Budismo Tibetano. Um método muito interessante é que eles deitam-se nus no gelo, em Meditação, e o corpo deles aquecem com a Meditação e o gelo em volta deles começa a derreter. Na revista Época de abril de 2006, na Matéria de capa se diz que, sua santidade o Dalai-Lama, Tenzin Gyatso (1935-   ) tem ajudado a ciência em pesquisas que na meditação pode aumentar a temperatura do corpo em até dez graus. 9) Técnicas Secretas: Existe no Budismo Tibetano técnicas que são secretas e só um número pequeno de pessoas as aprendem. Quem aprende essas técnicas são pessoas chamadas de iniciadas, pois elas foram iniciadas no conhecimento secreto.  O próprio Dalai Lama já expôs que existe de fato conhecimento secreto, mas não diz que conhecimento é este. Alguns autores escrevem sobre este conhecimento secreto. Muitas pessoas duvidam que este conhecimento se trate de algo real e outros acreditam piamente nele. Estes autores falam sobre hipnose (sono ou transe causado por meios artificiais), clarividência (visão clara e penetrante das coisas), telepatia (comunicação de pensamentos, sentimentos ou conhecimentos de uma pessoa pra outra, sem o uso dos sentidos da audição, visão, olfato, paladar ou tato), levitação (ato de levantar um corpo pelo simples poder da vontade) e psicometria (medida da força e duração dos fenômenos mentais. Medida do grau de inteligência). Coisas que são difíceis de acreditar, pois fogem ao conhecimento de mundo que estamos acostumados a pensar desde criança. Falaremos agora destes conhecimentos esotéricos: a) Hipnose: É ensinada somente para pessoas de caráter puro, para que não façam mal uso desta prática. No Tibete, acredito pelo que li a respeito, que a hipnose tibetana é mais avançada que a da ciência ocidental. Lá quando é necessário, com a Medicina Tibetana eles até amputam uma perna sem que a pessoa sinta dor. b) Clarividência: É o dom de enxergar o espiritual ou a energia invisível que fica ao redor da pessoa; a aura (espécie de halo que envolve o corpo, visível somente aos iniciados nas ciências ocultas). A pessoa já nasce com este dom da clarividência, mas costuma ser fraco; a pessoa só consegue ver algumas coisas às vezes. Existem técnicas que podem abrir a terceira visão e a pessoa enxerga quase tudo que lhe passa a frente. É muito útil na Medicina Tibetana, e no aconselhamento, poder enxergar a aura da pessoa, pois ela diz como está o emocional, o mental, o físico e o espiritual. Aqui no ocidente a clarividência é conhecida no Esoterismo, no Espiritismo, na Umbanda e no Candomblé. c) Telepatia: É o dom de ouvir pensamentos. Não sei se ele é natural ou se pode ser desenvolvido. No Budismo Tibetano eles usam os Monges Telepatas em rituais de morte para guiarem os mortos em seus caminhos, pois os mortos se comunicam pelo pensamento, segundo o budismo tibetano, eles não usam a fala. d) Levitação: É uma prática dificílima com meditação. A pessoa estando em meditação adequada pode levitar, mas exige específica técnica espiritual da pessoa. Apenas os iogues iniciados conseguem transpor essa limitação física. Também não é uma prática usual na espiritualidade tibetana. d) Psicometria: É a arte de pegar qualquer objeto ou ser e conseguir extrair qualquer informação dele; tudo que aconteceu com aquilo desde as mais remota eras passadas. Necessário dizer aqui, que no budismo há o conceito da evolução de todas as substâncias, minerais, vegetais, animais e humanas visíveis; também os seres imateriais invisíveis evoluem em seus mundos, os quais não acessamos, ainda, mas em nossas sucessivas encarnação perceberemos esse processo, reconhecendo que fazemos parte dele na lei de transmissão cármica. Técnicas fantásticas como estas não foram aprendidas somente no Tibete, mas em outros dois lugares no mundo: O Egito Antigo e a Índia. São lugares cheios de mistérios e de coisas impressionantes, que ninguém consegue explicar sendo tema de muitos filmes como: O Rapto do Menino Dourado, Shangrilá, O Monge a Prova de Balas  e O Pequeno Buda. Além destas práticas, o Budismo Tibetano conta com ensinos Budistas como As Quatro Nobres Verdades, O Caminho do Meio, Karma, Dharma, Reencarnação, Temporalidade, Desprendimento, Insatisfação, Sofrimento e muitos outros de mesma importância. Budismo Tibetano no Brasil. O Budismo Tibetano dos templos, aqui no Brasil não possui as práticas similares tibetanas. Nos Templos aqui no Brasil tem Meditações; não as que fazem o gelo derreter, mas existem outras; tem os Yidams (divindades), as Divindades Meditacionais, tem Yoga, mandalas e mantras, mas não tem viagem astral, levitação, hipnose, clarividência, telepatia e oráculos (Na Antiguidade, a resposta dada pela divindade, quando alguém a consultava). Temos aqui muito pouco da astrologia deles, como os signos do zodíaco e algumas informações mais. Desse modo aqui no Brasil, temos um Budismo Tibetanos peculiar. Naturalmente, é impossível apropriar-se de todos os conhecimentos exotéricos (doutrina, ensino revelado ao público) e esotéricos (os mistérios ocultos que apenas os iniciados da religião tinham acesso) do Budismo Tibetano, sendo esse processo lento e demorado. Talvez muitas encarnações ainda serão necessárias para alcançar a completude dessa vasta riqueza espiritual. O Budismo do Tibete se unifica com outras crenças, uma prova disso é o Namastê, tanto dito por eles, que significa: "meu Deus interno saúda o seu Deus interno". No Budismo não se fala num Deus pessoal como o criador. Pra eles Deus é o criador e também a criação. Eles aceitam outras crenças para se completar. No Brasil o Budismo está crescendo de forma fechada, sem se completar com outras crenças, isso não é bom, pois acaba elitizando essa tesouro espiritual, mas iniciativas de universalização em blogs e sites têm se multiplicado, espalhando o conhecimento budista em outras áreas espirituais como o cristianismo, tanto católico como protestante; assim esses elementos da espiritualidade oriental vão, aos poucos, se incorporando aos dogmas e axiomas das religiões ocidentais. Existem textos  de alguns autores criticando quem acredita em um Deus criador de tudo, dizendo que isto não é possível. Isso demonstra um sentimento dogmático de egoísmo, e ignorância quanto a necessidade de superar os preconceitos, unificando as divindades, valorizando as concepções diferentes que cada um pratica em seu círculo de comunhão religiosa. Desse modo, criticar a crença dos outros é colocar a sua como melhor, algo que o Buddha reprovou num de seus  primeiros (ensinos) sutras, logo depois de sua iluminação, conversando com um grupo de anacoretas (pessoa que leva vida religiosa solitária, retirada do convívio social) as margens de um rio. Os Lamas. No Budismo Tibetano existem os Lamas (na prática Vajrayana, o lama é frequentemente um guia espiritual tântrico, o guru à o aspirante de iogue budista) sacerdotes religiosos do mais alto grau. Acredita-se que a alma de Sidarta Gautama, o Buddha, tenha se dividido em milhares de partes e essas partes reencarnam como Lamas para propagar e ensinar o Budismo. Uma crítica pessoal do autor do texto. "Talvez este seja o único erro do Budismo, pois me foi revelado através de oráculo na manifestação de um Buda (um ser iluminado) que diz o que eu penso e o que eu faço sem que eu lhe conte, que Sidarta Gautama, o Buda, não se dividiu em milhares de seres, mas que tudo existe dentro de nós, e eles usam o Sidarta Gautama dentro deles, fazendo o que ele fazia". Não tenho condições para contra argumentar a posição do autor dessa dissertação, mas até aqui, os textos que temos lido no Mosaico, não trazem essa perspectiva da fragmentação do Buddha. Pelo contrário, percebemos que Buddha na experiência de cada indivíduo, deve ser entendido como um estado de consciência (inanente e transcendente) iluminada, que devemos em nossa encarnação atual perseguir como meta para alcançarmos o nirvana em nossa jornada espiritual. Assim, não temos Buddha, como uma parte exterior à ser incorporada em nossa experiência, mas esse aprendizado pedagógico é inerente ao nosso ser, bastando pela pureza, santificação e conhecimento d'alma adentrarmos esse portal da sabedoria divina. Essa é minha opinião quanto a esse crítica feita pelo senhor Ricardo Chioro ao Budismo Tibetano.  O próprio Dalai Lama, que como o nome já diz é um Lama, fala que não tem iluminação suficiente para se tornar um Buda (Informação da revista Época de abril de 2006, matéria da capa). Existe ainda a ideia de Lamaismo, dos ensinamentos dos Lamas. Eles dizem que a alma, quando encarna forma um reflexo dela, um fantasma além da alma encarnada. Esse reflexo acontece pelas paixões e apegos das pessoas. Então na alma se forma um duplo etérico. Este conceito hoje é amplamente aceito no Esoterismo e no Espiritualismo Ocidental. Sua Santidade, o Dalai Lama, Tenzin Gyatso (1935-  ) é considerado o mais importante de todos os Lamas, sendo o líder do povo tibetano. Fuga do Tibete. Em 1949, começou a ocupação chinesa no Tibete e a intolerância com o Budismo Tibetano. Aproximadamente 1 milhão e 200 mil tibetanos morreram e 6.200 monastérios foram destruídos, restando apenas 13. Infelizmente muitos (monges e monjas) religiosos foram mortos. A Potala, o palácio mais precioso onde morava o Dalai Lama, é um grande símbolo do Tibete e do Budismo. Em Março de 1959, o Dalai Lama saiu disfarçado como uma pessoa comum para não chamar a atenção, pois os chineses queriam prendê-lo. Nesta época a Potala (palácio onde morava o Dalai Lama na cidade tibetana de Lhasa capital dessa província chinesa) estava protegida por 400 soldados, e o Dalai Lama conseguiu fugir, enganando essa guarnição militar. Em quinze dias de caminhada o Dalai Lama e diversos tibetanos atravessaram o Tibete chegando à Índia. Em julho deste mesmo ano o número de refugiados à Índia que foram à mesma cidade que o Dalai Lama era de 20 mil. A cidade se chama Dharmsala, onde os tibetanos se refugiaram, sendo atualmente a morada do Dalai Lama e a sede do governo tibetano no exílio. Abraço. Davi.

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