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KRISHNA é muitas vezes descrito e retratado como uma criança comendo manteiga,
um jovem rapaz tocando uma flauta como no Bhagavata Purana, ou como um ancião
que dá direção e orientação como no Bhagavad Gita. As histórias de Krishna
aparecem em várias tradições filosóficas e teológicas hindus que o retratam de
vários modos: um deus-criança, um brincalhão, um modelo de amante, um herói
divino e o Ser Supremo. As escrituras principais que discutem a história de
Krishna são o Mahabharata, o Harivamsa, o Bhagavata Purana e o Vishnu Purana. Nomes e Títulos. A palavra em sânscrito kṛṣṇa é essencialmente um adjetivo que
significa "negro", "azul" ou "azul-escuro". Como
um substantivo feminino, kṛṣṇa é usado no
sentido de "noite", "escuridão" no Rigveda. KRISHNA é um nome de Deus que significa "o todo
atraente", a Verdade absoluta. O Mahabharata (Udyogaparva
71.4) analisa a palavra Krishna da seguinte maneira: krishir bhu-vacakah sabdo nas ca nirvriti-vacakah
tayor aikyam param brahma krishna ity abhidhiyate. A palavra 'krish' é a
característica atrativa da existência divina, e 'na' significa 'prazer
espiritual.' Quando o verbo 'krish' é adicionado ao 'na', ele se torna
'krishna', que indica a Suprema Verdade Absoluta. Krishna também é conhecido
por diversos nomes, epítetos e títulos, que refletem suas múltiplas qualidades
e atividades. Entre os mais usados, estão Hari ("Aquele que tira" pecados, ou que afasta samsara, o ciclo de nascimentos e mortes), Govinda
("Aquele que dá prazer às vacas, à Terra e aos sentidos") e Gopala
("Protetor das vacas" ou, mais precisamente, "Protetor da
vida"). Iconografia. Krishna é facilmente reconhecido por
suas representações artísticas. Sua pele é retratada na cor preta ou azul
escura, conforme descrito nas Escrituras, embora em representações pictóricas
modernas ele geralmente seja mostrado com pele azul. Ele aparece usando um
dhoti de seda amarelo e uma coroa de penas de pavão. Representações comuns
mostram-no como um bebê, um menino ou um jovem. Normalmente, está com uma perna
dobrada na frente da outra, levando uma flauta aos lábios, esboçando um sorriso
misterioso, e acompanhado por vacas. A cena no campo de batalha de
Kurukshetra, nomeadamente quando se dirige a Arjuna no Bhagavad Gita, é outro
tema comum para sua representação. Nessas cenas, ele é mostrado como um homem
de dois braços atuando como cocheiro, ou com as típicas características da arte
religiosa hindu (tais como braços ou cabeças múltiplas) e com atributos de
Vishnu, como o chakra. Biografia. Este resumo se baseia no Mahabharata,
no Harivamsa, no Bhagavata Purana e no Vishnu Purana. Os fatos narrados
ocorreram no norte da Índia, a maior parte nos atuais estados de Uttar Pradesh,
Bihar, Haryana, Deli e Gujarat. Nascimento
e Infância. De acordo com o Bhagavata Purana,
Krishna nasceu sem uma união sexual, mas por meio da "transmissão
mental" ióguica da mente de Vasudeva no ventre de Devaki. Baseado em dados
das escrituras e cálculos astrológicos, a data de nascimento de Krishna,
conhecida como Janmastami, é o dia 18 de julho de 3228 AC. Krishna pertencia ao
clã Vrishni dos Yadavas, de Mathura, capital dos clãs Vrishni, Andhaka e Bhoja.
Foi o oitavo filho da princesa Devaki e seu marido Vasudeva. O rei Kamsa subiu
ao trono após mandar prender o próprio pai, Ugrasena (rei da dinastia Bhoja).
Kamsa é tido como um grande demônio, que pertencia à classe dos Kshatriyas, mas
que, de algum modo, havia se desviado do Dharma universal. No caminho que
conduzia os noivos até a nova casa, Kamsa escutou uma voz que dizia que o
oitavo filho de Devaki iria levá-lo à morte. Imediatamente fez menção de matar
Devaki, mas Vasudeva implorou pela vida da esposa, prometendo que cada filho
que nascesse, seria levado à presença de Kamsa. Receoso, mandou prender
Vasudeva e a esposa no porão do castelo, sendo vigiados dia e noite por
guardas. Cada filho do casal que nascia era morto por Kamsa, que mesmo sabendo
que a profecia se cumpriria apenas no oitavo filho, não tinha piedade de nenhum
e matava a todos. Kamsa havia sido alertado por Narada Muni que, em breve,
Vishnu nasceria na família de Vasudeva. Soube também, através deste sábio, que,
em uma encarnação anterior, Kamsa havia sido um demônio chamado Kalanemi que
tinha sido morto por Vishnu. Conta a tradição védica que Kamsa, temendo que
Vishnu nascesse em qualquer uma das famílias do reino, mandou matar todos os
meninos com até dois anos de idade, a fim de evitar o cumprimento da profecia.
E foi então que o oitavo filho de Devaki nasceu - Bhagavan Sri Krishna. O local
do nascimento é conhecido atualmente como Krishnajanmabhoomi, onde um templo
foi erguido em honra. Como sua vida corria risco na prisão, foi tirado da
prisão e entregue aos pais adotivos Yashoda e Nanda em Gokula. Juventude. Nanda, pai adotivo de Krishna, era o
líder de uma comunidade de pastores de gado. As histórias da infância e
juventude contam a vida e relação com as pessoas da região. Uma dessas
histórias conta que Kamsa, descobrindo que ele havia sido libertado da prisão,
enviou vários demônios para impedir que isso acontecesse. Todos falharam. São
muitas as façanhas de Krishna e as aventuras com as Gopis da vila, incluindo
Radha, aventuras estas que se tornaram conhecidas como Rasa lila. Krishna, o Príncipe. Krishna,
então um jovem homem, retorna para Mathura, acaba com o governo de Kamsa, e
institui o pai, Vasudeva, que havia sido aprisionado por Kamsa, como rei de
Yadavas. Em seguida declarou a si mesmo príncipe da corte. Neste período,
iniciou a amizade com Arjuna e outros príncipes de Pandava do reino de Kuru.
Casou-se com Rukmini, filha do rei Bishmaka de Vidarbha. Ele também teve 150
mil esposas, incluindo Satyabhama e Jambavati. A guerra
de Kurukshetra. Krishna possuía primos em ambos os
lados na guerra entre os Pandavas e os Kauravas, porém ele tomou o lado dos
Pandavas e concordou em ser o cocheiro da carruagem de Arjuna - o primo e
grande amigo - na batalha decisiva. O Bhagavad Gita consiste nos conselhos
dados por Krishna a Arjuna, antes do início do combate. Últimos Dias. Segundo o Mahabharata, a Batalha de
Kurukshetra resultou na morte de todos os cem filhos de Gandhari. Na noite
antes da morte de Duryodhana, o Senhor Krishna visitou Gandhari para oferecer
suas condolências. Pressentindo que Krishna conscientemente não tinha posto fim
à guerra, Gandhari teve um acesso de raiva e tristeza, e amaldiçoou Krishna e
toda a dinastia dos Yadu a morrerem no prazo de 36 anos. Em um festival, uma briga começou entre os Yadavas, que exterminaram uns
aos outros. Balarama, o irmão mais velho de Krishna, entregou conscientemente o
corpo usando yoga. Krishna se retirou para a floresta e sentou-se debaixo de
uma árvore em meditação. Um caçador chamado Jara confundiu o pé parcialmente visível
de Krishna com um veado, e atirou uma flecha ferindo-o mortalmente. De acordo
com os eruditos vaishnavas, o corpo de Krishna é completamente espiritual, e
não seria corruptível nem sujeito à morte e à deterioração. Mesmo assim, na
execução de seus passatempos terrenos, ele "aparenta" nascer e morrer
como uma pessoa comum. Ao ver que tinha ferido Krishna, o caçador ficou muito
perturbado e pediu perdão. Krishna então respondeu-lhe: "Você era Vali em
seu nascimento anterior, e eu era Rama, que o matei secretamente. Você queria
se vingar, e, assim, neste meu aparecimento, estou cumprindo seu desejo; tudo
isso fazia parte do meu plano". Dizendo isso, Krishna partiu para Goloka,
sua morada celestial. Segundo as Escrituras hindus, o desaparecimento de Krishna
ocorreu na meia-noite de 17 para 18 de fevereiro de 3102 AC e marca o fim de
Dwapara Yuga e o início de Kali Yuga, a era da hipocrisia e das desavenças.
Devido à presença de Krishna no planeta, o demônio Kali não se atreveu a
manifestar-se com toda a sua força. Mas neste mesmo dia, Kali entra no mundo na
forma do delito de ferir uma vaca - justamente o animal preferido de Krishna. Devoção a Krishna. Krishna segundo o Bhagavata
Purana. Segundo o Srimad Bhagavatam, Krishna é a forma original de Vishnu,
superior a todas as outras expansões divinas, já que todas emanam dele. Krishna
é um ser eterno, sem nascimento nem morte, que adotou uma manifestação
temporária na terra para poder agraciar seus devotos e aniquilar os demônios -
mas que simultaneamente está presente eternamente em seu planeta espiritual. Gita Govinda. Vários trabalhos foram importantes na
difusão da devoção a Krishna, especialmente o Gita Govinda, escrito por
Jayadeva Goswami (1170-1245) na Índia oriental, no século XII. Trata a respeito da relação
íntima de Krishna com uma gopi em particular, Radharani (que no Mahabharata
teve papel secundário). Movimentos recentes de Krishna-bhakti. Derivações posteriores das primeiras tradições de devoção a Krishna
incluem a que foi promovida pelo santo bengali Caitanya Mahaprabhu (1486-1534), no século
XVI. Seus seguidores consideram-no uma encarnação de Krishna e Radharani num só
corpo. Vários movimentos pertencem a esta tradição, entre eles o Movimento Hare
Krishna. Fundado em nova York pelo guru indiano Bhaktivedanta Swami Prabhupada (1896-1977) em 1966, o Movimento Hare Krishna é o principal responsável pela disseminação
contemporânea da figura de Krishna no Ocidente. (Fonte: Wikipédia). www.misticismonatural.blospot.com.
Abraço. Davi
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