segunda-feira, 12 de agosto de 2019

I HINDUÍSMO


Hindu
“Então Ele se deu conta, e disse: Eu sou a criação, pois Eu a retirei de mim mesmo. Desse modo Ele se tornou a sua criação. 
Em verdade, aquele que conhece isso se torna, nessa criação, um criador”. 
(Upanishads)
Hinduísmo. www.mitologiacomentada.blogspot.com.br. I HINDUÍSMO. O Hinduísmo não separa o conhecimento em compartimentos estanques. A filosofia, a mitologia e a espiritualidade nessa tradição estão integradas. O mito tem grande importância porque procura uma maneira de apreender a essência das coisas e fatos. Por isso descreve não apenas uma realidade, mas a percepção humana de eventos e experiências da realidade. As filosofias da Índia se concentram na essência da verdade última e fundamental. Consideram o pensamento lógico inadequado e insuficiente para captar e expressar essa verdade. A espiritualidade é vivenciada naturalmente, e o sagrado está presente no cotidiano experimentado pelos adeptos do hinduísmo. Sem dúvida o coração espiritual do mundo pulsa e vibra nessa tradição milenar que apresenta uma concepção unificadora do sentido da vida, e de estar vivo.

COSMOLOGIA E TEOGONIA
O MITO PRIMAL

No vazio, infinitas possibilidades navegavam entre o ser e o não ser. Brahman, Aquele que se expande, e que não tem início nem fim, Aquele que é e que está além do tempo e do espaço, e de toda compreensão e definição, decide criar. 

Da sua vontade a energia criadora Brahma desabrocha. Brahma, que estava em estado latente, adormecido nos infinitos azuis, aguardava o momento de entrar em ação. Ele desperta e tem inicio a criação e manifestação dos universos, das galáxias e dos mundos. 

Quando Brahma desperta, o “OM”, o “Pranava” o som da criação desloca a energia da qual todas as coisas são manifestações. De seus olhos emana a luz que revela e do som a forma do universo, as miríades de galáxias, e sistemas estelares. Assim nasce o Dia de Brahma, que terá a duração de 311 trilhões de anos. 

Quando o universo atinge o máximo de sua expansão começa a retrair-se e desaparece. O vazio outra vez espera o momento do nascimento de mais um Dia de Brahma ter início. Isso acontecerá quando pela vontade de Brahman outro universo nascerá e assim sucessivamente. 

É interessante lembrar que a mitologia hindu já falava de expansão e retração do universo mais de cinco mil anos atrás. Hoje os astrônomos e astrofísicos confirmam cientificamente as afirmações feitas pelos mitos hindus da criação. 

A seguir, Brahma, a energia criadora, faz surgir de si mesmo seu aspecto feminino Saraswati, a deusa da sabedoria, a portadora do conhecimento e da inspiração. A deusa, que detém em suas mãos os livros sagrados e a Vina, um instrumento de cordas que ao serem tangidas libera o som do OM. 

Na sequência, Vishnu, a energia mantenedora, surge deitado sobre a serpente da eternidade navegando no oceano cósmico. Dele surge seu aspecto feminino Lakshimi, a deusa da beleza, harmonia, criatividade e acolhimento. Ele dorme e sonha, e o seu sonho se traduz como a manifestação material da vida. Lakshimi, com amor, massageia seus pés suavemente para que ele não acorde, e Maya, a ilusão, continue mantendo a realidade material, e a forma de todas as coisas. 

Shiva, a potência transformadora, dança a Tandava, a dança das possibilidades, da transformação, então entra em ação. Ele é a energia que movimenta a criação e destruição de tudo que existe. Shiva, assim como Brahma e Vishnu, também estão no interior de todos os seres, que por sua vez são partículas infinitesimais do universo e emanações de Brahman, O Indecifrável e eternamente louvado.  

COMENTÁRIO

Platão disse que a alma é um círculo e Deus é um ponto no centro do círculo. Seguindo esse raciocínio, os mitos primais e a teogonia e cosmologia hindus ensinam que do centro do círculo, Brahman, o ponto, emana sua vontade, e sua vontade se revela como a criação, a manutenção e a transformação de tudo que existe. É desse centro que provém a energia que tem como vestimenta sagrada a natureza, e nos faz humanos e divinos ao mesmo tempo. Somos co-criadores, mantenedores e transformadores, assim como os três aspectos da Trimurti, Trindade. Quando rompemos os véus da ignorância, tomamos consciência da nossa verdadeira identidade e origem. A partir daí acontece a conexão com o divino pelo coração, e descobrimos que a transcendência é o esteio da sobrevivência, e o espírito é o lustro e o lastro da razão. E assim atingimos a excelência humana, usufruímos da vida sem empobrecê-la, e servimos a vida com reverência. Desse modo nos capacitamos para a fusão com o divino, o centro do mistério do nosso ser profundo. 
UMA BREVE INTRODUÇÃO AO HINDUÍSMO
Há cerca de 3000 anos A.C. uma civilização muito adiantada habitava o vale do Rio Indo, na Índia. Pouco se sabe ainda sobre essa civilização, mas as ruínas de duas cidades denominadas Mohenjodaro e Harapa atestam que esse povo possuía uma arquitetura preciosa, excelente traçado urbano, reservatórios de água e sistema de saneamento básico, armazenagem de grãos sofisticados, e anfiteatros para reuniões públicas e espetáculos artísticos. O povo que lá vivia era chamado Drávida. 

Esculturas e afrescos nas paredes das duas cidades evidenciam que os Drávidas eram muito espiritualizados e que reverenciavam as forças da natureza, e a Mãe Terra. 

O culto a Shiva, o Senhor da Natureza, e a Shakti, a deusa, assim como à serpente, ao touro e ao elefante era uma característica desse povo. 
Por volta de 1500 A.C. povos nômades arianos chegaram ao vale do rio Indo, vindos do nordeste da Ásia. Os Drávidas foram dominados pelos invasores, mas sua cultura e religiosidade se entrelaçaram. Os arianos trouxeram os Vedas, sua filosofia e mitologia, e os panteões mitológicos assim como sistemas filosóficos se mesclaram. Dessa mistura nasceram os fundamentos do hinduísmo. 

O hinduísmo é mais do que uma religião, é também uma filosofia e uma conduta de vida. Não se baseia num único livro sagrado, e sim em vários, todos de igual relevância, e nos ensinamentos de vários mestres. Ele representa uma cultura no mais amplo sentido do termo e, como tal, foi influenciado por outras culturas que para ele convergiram. Dentre essas culturas e religiões que foram importantes na formação do hinduísmo moderno destacam-se o Jainismo e o Islamismo. Não se trata de uma religião politeísta nem mesmo panteísta como muitos julgam, mas, monista. Baseia-se em um só Princípio que se revela em múltiplos aspectos, os deuses e deusas.

 SHAKTI – A DEUSA
Potência Realizadora
Para o hinduísmo o idealizador do mundo, para realizar seu desejo, precisa de um poder executivo, de uma energia que materialize sua intenção; essa energia é a Shakti, sua primeira manifestação, seu complemento, nascido de Si mesmo. Sem a Shakti, a Deusa, não há manifestação da criação. Num mundo cuja essência é energia, é implícita a necessidade de dois polos aparentemente opostos, mas que são complementares. Já que a matéria não é estável, pois é pura energia organizada no espaço tempo. O masculino e o feminino, o poder idealizador e o poder materializador. A deusa é a força de coesão, a força centrípeta, que organiza a matéria. Ela é o receptáculo e o sustentáculo de toda a criação manifestada.

COMENTÁRIO

Como energia que movimenta a vida manifestada, a deusa é una e é múltipla. É por isso que ela tem muitos nomes e formas, que podem parecer contrários, mas que são aspectos da unidade na diversidade das expressões de seu poder. A deusa é a energia primordial em movimento, a Shakti, é também a origem dos ciclos do tempo. O culto à serpente está ligado à Shakti Kundalini. A Kundalini (serpente) é a energia adormecida e enrolada no início da coluna vertebral e, quando se desenrola, abre os portais da percepção superior. Por isso Shiva é sempre representado com serpentes em volta do pescoço, braços e cintura, e Kali, um dos aspectos da deusa, em alguns lugares da Índia é representada envolta em várias serpentes. 
OS DEUSES
  
BRAHMA
Brahma, a energia criadora do Inominável. É deus todo impregnado da Divina Essência de onde tudo flui e para onde tudo retorna. Essa essência, embora seja invisível, está presente em todas as coisas. Depois de algum tempo, várias lendas surgiram sobre o nascimento de Brahma como um deus personificado. A mais conhecida delas narra que Brahma, enquanto energia sem forma, criou as águas e nela deixou cair um ovo de ouro, chamado Hiranyagarba. Esse ovo de ouro continha a potencialidade de todas as formas da matéria diferenciada, sendo a origem da vida e da natureza, e de tudo que existe. A cosmologia hinduísta se baseia no chamado Dias de Vida de Brahma.  Quando ele desperta de seu sono cósmico e abre os olhos, o universo é criado. A noite de Brahma é a retração do universo. Um dia de Brahma é chamado Kalpa e dura 4.320.000 anos solares. Um ano cósmico equivale a 360 desse dias e dessas noites. A vida completa de Brahma atinge 100 desses anos (...).

A representação de Brahma é um homem com quatro rostos dos quais são visíveis apenas três, já que a outra face está na parte posterior da cabeça. Os rostos representam os 4 quadrantes do universo. Também tem quatro braços e quatro mãos. Na mão direita carrega um recipiente com água, simbolizando a água da vida, na mão direita superior traz um livro que simboliza o conhecimento, os Vedas, Na mão esquerda superior segura uma flor de lótus, símbolo da pureza espiritual, e a mão esquerda inferior abençoa ou traz um Japamala (um tipo de terço) que simboliza o tempo. É apresentado montado no seu veículo animal, o ganso ou o cisne, que são símbolos do discernimento. Algumas vezes é mostrado dirigindo uma carruagem puxada por 7 gansos que representam os sete mundos. O caráter abstrato do deus Brahma não foi assimilado pela maioria da população e o seu culto por isso se diluiu no tempo, restando muito poucos templos dedicados a ele.
VISHNU
Uma das escrituras sagradas do hinduísmo, o Padma Purana diz que o Ser Supremo desejou manifestar-se e criar o universo e os mundos. Para tal em primeiro lugar, criou a si mesmo, na forma de Brahma, a partir do seu lado esquerdo. A seguir criou Vishnu de seu lado direito. Como havia criado, sentiu a necessidade de preservar sua criação, e para a evolução de Sua obra,  do centro do seu corpo fez brotar Shiva, o poder responsável pela transformação e renovação constante de tudo que existe. Sua vontade de preservar a criação se manifestou com Vishnu Narayana. O deus Vishnu Narayana surgiu deitado nos anéis do corpo da serpente Sesha e sonha, e assim preserva a existência navegando pelo oceano cósmico. O sonho de Vishnu é toda a criação; enquanto sonha, do seu umbigo surge o caule de uma flor de lótus, Quando a flor se abre, Brahma senta-se no centro dela para viver seu Kalpa, o Dia de Brahma. Após esse período, termina o sonho de Vishnu, a flor de lótus se fecha e o universo se dissolve no vazio. A flor desaparece para aparecer no próximo sonho de Vishnu e assim sucessivamente. Vishnu é representado com pele azul escuro. Possui quatro braços e mãos. Veste-se com uma calça de seda da cor amarelo ouro e traz o dorso nu adornado por joias. Na cabeça carrega uma coroa ricamente cravejada de pedras preciosas. Carrega em suas mãos uma borduna de ouro, o Chakra (roda), um grande búzio e uma flor de lótus. A borduna simboliza a luta pela vida, o Chakra a energia que tudo permeia e movimenta, o búzio, representa o som primordial que gera as formas da natureza, e a flor de lótus representa a espiritualidade. No plano superior Vaikunta é a morada, o domínio particular de Vishnu. Como o Senhor de Vaikunta ele é chamado Vaikuntanatta, e é representado com quatro cabeças e oito braços, e simboliza a integração das polaridades, a inteireza. Os avatares são aspectos do deus Vishnu. Esses seres são raios divinos que assumem forma humana e são considerados encarnações terrenas de Vishnu. Muitos templos são dedicados a Vishnu e estão espalhados por toda a Índia.

Comentário. No hinduísmo temos deuses Védicos e deuses Purânicos. Os deuses Védicos trazidos pelos arianos se mesclaram aos deuses preexistentes e às crenças do povo local. Os Puranas são narrativas descritas e condensadas sobre o nascimento, o complemento feminino, ou seja, a deusa Shakti do deus, as funções e grandes aventuras e feitos épicos dos diversos deuses e heróis. Alguns deuses Védicos foram incluídos nos Puranas, outros se fundiram em um único deus com atributos mais amplos. Vishnu é um exemplo disso. Nos Vedas ele não é um deus importante, porém durante o período épico ele foi identificado com Krishna, o herói máximo do hinduísmo, considerado um deus vivo, e isso redimensionou sua importância.
SHIVA


Shiva significa o bondoso e todo auspicioso. Nas ruínas de Mohenjo Dharo e Harapa cidades localizadas no vale do rio Indo foram encontradas imagens de 3000 anos representativas  daquele que veio a ser Shiva, o Senhor dos Três Mundos. Nas esculturas e relevos encontrados ele tem três cabeças, está sentado na posição de iogue, e tem ao seu redor vários animais. Durante mais de 30 anos Shiva vem sendo adorado e várias narrativas purânicas o enaltecem sob diferentes aspectos. Esse deus provavelmente é o precursor de Shiva. 
Os arianos Védicos não têm Shiva em seu panteão de deuses, mas Rudra, um deus Védico foi assimilado no hinduísmo moderno como um aspecto violento de Shiva. O deus enquanto Rudra é o Senhor das Tempestades, do desencadeamento incontrolável das forças naturais, e é temido pelos outros deuses e visto como o aspecto irado de Shiva. O deus apresenta um aspecto benevolente e um aspecto violento. No Ramayana e no Mahabharata, duas epopeias sagradas do hinduísmo, o deus é o todo poderoso Senhor dos Himalayas e Pashupathi o Senhor da Natureza que tem nas mãos o Trishula, a arma mais poderosa do mundo. Essa arma é um tridente que representa os três mundos, físico, astral e causal assim como os três Gunas, qualidades inerentes a tudo que existe: Tamas, inércia, Rajas, movimento, Satwa, essência pura. 
O símbolo de Shiva é o Linga, ou Lingam, que significa falo (ou pênis). O portador do mistério do principio criador que dá vida a novos seres e que contém potencialmente toda a herança divina e a memória genética das espécies. No Shiva Purana, Vidyeshvara Samhita, está escrito: Shiva disse: Não sou diferente do falo. O falo é idêntico a mim. Ele aproxima de mim os fiéis, portanto é preciso venerá-lo. Meus bem amados! Onde há um linga, estou presente.
A união de Shiva Shakti é representada pelo Linga depositado na arguia, o seu receptáculo. A união do Lingan e da Ione é a integração das polaridades masculina e  feminina, o universo e a natureza em eterna conjunção amorosa. Segundo as escrituras sagradas existem lingans exteriores e interiores e imateriais, não perceptíveis, porém reconhecíveis por aqueles que atingiram o conhecimento superior. As vezes o lingan é representado como um obelisco, um pilar erguido no pátio dos templos dedicados ao deus. Shiva é adorado por milhões de devotos em inúmeros templos espalhados por todo o território indiano.


Nataraja (O Senhor da Dança). Como Nataraja o deus executa sua dança cósmica denominada Tandava e assim destrói e recria universos e mundos. Trás em uma das mãos o tambor Damaru que tem a força de uma ampulheta, simbolizando a criação do espaço tempo, e quando o deus bate o tambor o OM (a invocação mística, mantra, mais importante) ressoa em todos os quadrantes do universo criado. Na mão superior do lado direito ele carrega o fogo da transformação e transmutação e a mão do braço inferior aponta para o joelho erguido enquanto ele se equilibra num pé só e dança. Ele representa a possibilidade do êxtase da superação dos limites do intelecto, para o contato com o divino para receber mensagens de sabedoria. Como Lalatatilakam, ele tem oito ou dezesseis braços. E tem um dos pés sobre o anão Apasmar, que simboliza o eu inferior, enquanto o outro se ergue no alto.

Pashupati. O Senhor dos Animais. O rebanho de Shiva Rudra compreende todos os seres vivos, inclusive a humanidade. Entre animais deuses e humanos a diferença está nos papéis que representam e no nível de consciência. Como Pashupati, Shiva vela pela natureza, pelos animais e pelos homens. Shiva criou os gênios das florestas, os gnomos, as sílfides, sátiros, ninfas e devas (anjos). Pashupati chefia esses gênios e se manifesta através deles no mundo natural. O deus tem como função ensinar aos homens qual o seu verdadeiro lugar e qual o seu papel na natureza. Ele ensina que os seres humanos são mais um dentre os elementos de uma totalidade, e que essa totalidade é a obra de Deus.

Ardhanarishvara. O Divino Hermafrodita. O Princípio Universal. Representado como homem do lado direito e mulher do lado esquerdo. O poder de conceber e o poder de realizar, quando estão reunidos se manifestam no limite entre o manifesto e o não manifesto, esse ponto se chama Bindu, é o ponto de partida do espaço tempo. É desse ponto que surge Nada o som sagrado que é a substância do universo. Interessante salientar que o espaço é o princípio feminino e o tempo é o masculino. A divindade é feminina e masculina. O deus no seu aspecto andrógino simboliza a superação dos opostos.

Sthanu. O Pilar de Sustentação. Nesse aspecto o deus é representado como a coluna mestra do templo e sua energia é a coluna mestra que sustenta o caráter dos homens e mulheres que o adoram.

Mahadeva. O Grande Deus. Nesse aspecto ele engloba Girisha, O Senhor da Montanha, é Bhava, o rei, Sharva, o arqueiro, Shambhu o benévolo, Shankara, o todo auspicioso, e todos os outros sob os quais se expressa.

Iogeshwara. Mahaiogue. Nesse aspecto Shiva ensina aos seres do mundo a religação,  o ioga, o caminho do autoconhecimento, da autorrealização e da comunicação sutil com diferentes níveis de realidade.

Gajasura Murti. O Protetor dos Rituais. Nesse aspecto Shiva é retratado com um pé sobre uma cabeça de elefante e uma perna erguida. Tem seis braços. Do lado esquerdo carrega o tambor Damaru e uma flor de lótus no superior esquerdo a mão espalmada voltada para o lado de fora. Nos braço superior direito um pequeno machado e nos dois inferiores um Pasha um laço e uma chama acesa. Protege os rituais oferecidos ao Lingan.

Bhairava. O Terrível. É representado de pé acompanhado de um cão. Tem os cabelos eriçados e em chamas.  Tem quatro braços nos dois do lado esquerdo carrega uma naja e um tridente nos da direita o Pash, o laço e uma cuia. Esse aspecto é reverenciado por marginais e pelos intocáveis.

Sadashiwa. O Eterno. Também é conhecido como Panchanana, o que tem cinco faces. É retratado com cinco faces e dez braços. Nesse aspecto ele representa a criação, a preservação, destruição o mistério e a redenção.

OS DEUSES VÉDICOS
Os arianos Védicos adoravam as forças da natureza e assim teve início o culto animista entre eles, isso trouxe a visão da natureza animada e inteligente. Os fenômenos naturais exerciam enorme influencia na vida exterior e no universo interior desses povos. Como os fenômenos eram inexplicáveis e assustadores foram criadas para eles personalidades individuais, características, formas, égide e domínios para que pudessem ser invocados pelas pessoas como entidades divinas. E assim os fenômenos naturais assumiram gradualmente formas humanas, frutos da imaginação coletiva para poder identificar os objetos de sua devoção, louvar e eventualmente aplacar sua ira. A seguir vamos apresentar alguns dos principais deuses védicos.

A TRINDADE VÉDICA. Inicialmente a divina trindade Védica se constituía dos deuses Agni, Indra e Surya. Porém vários mitos da criação se referem a Projapati, como do deus criador  do universo, do mundo e de todos os deuses. Dyaus era o nome do céu e Prithivi da Terra e também eram considerados os pais de todos os seres e de todos os deuses.

AGNI. O fogo sagrado e sacrificial foi personalizado como Agni, sendo considerado como o mensageiro luminoso entre os homens e os deuses. Suas labaredas levam às intenções, os desejos, as orações e os sacrifícios dos homens para o céu na esperança de receber graças. Ele é representado com dois ou sete braços, duas cabeças e três pernas. Das duas bocas saem chamas como línguas ardentes, e estas lambem a manteiga clarificada Ghee oferecida a ele nos rituais. A manteiga clarificada simboliza a purificação da mente. Nas gravuras e estátuas Agni aparece montado em um carneiro ou dentro de uma carruagem puxada por cavalos de fogo. Seus atributos são o machado que abate para recriar, a tocha do fogo transmutador, e a lança flamejante que indica caminhos de transformação.

INDRA. Ele é senhor de todos os elementos naturais, da fertilidade da terra e da chuva. Seus domínios são os céus. Sempre que a seca avassala a terra e ameaça as populações com a fome e a sede Indra é invocado para que envie as chuvas redentoras. Indra o senhor dos exércitos de devas e elementais do ar comanda inúmeros seres mágicos que produzem sons celestiais e organizam e formam as nuvens. Estas por sua vez trazem as chuvas que eliminam os danos da estiagem. Ele é representado montado em um elefante que possui três trombas e quatro presas. O deus tem quatro braços e seus atributos são a espada que defende do mal e ceifa para  transformar, o arco e as flechas que indicam a intenção e a determinação, um cetro como símbolo do seu poder e um Vajra curador. Interessante ressaltar que no Tibete o Vajra já era e é utilizado através dos tempos nos rituais de cura tântrica, trata-se de um objeto que simboliza a união das polaridades, Indra é retratado algumas vezes com dois braços apenas e olhos por todo o corpo.


SURYA. O Deus Sol. É adorado como o criador do universo e aquele que engendrou Yama e Yami as primeiras criaturas humanas sobre a Terra. Os seres correspondentes a Adão e Eva na mitologia judaico cristã. Surya  também é conhecido como Savita. Ele percorre os céus sentado em uma carruagem dourada, puxada por sete cavalos ou por um só cavalo com sete cabeças. Ele é todo dourado e traz na cabeça uma coroa e atrás dele um resplendor. É representado com duas mãos, em cada uma delas carrega uma flor de lótus ou então com quatro braços e mãos, carregando nelas uma flor de lótus, um disco que gira em velocidade (Chakra), um búzio e numa delas faz o Abaya Mudra, o gesto que significa não tema. No hinduísmo moderno Surya ocupa uma posição pouco significativa. Ele está entre os deuses associados aos planetas e estrelas. Atualmente Surya vem sendo cada vez mais assimilado por Vishnu.


SOMA. O deus do êxtase. Soma rege a mente humana e  produz Amrita que é o alimento dos deuses. Ele é filho de Varuna, o senhor dos oceanos que lhe ofereceu o posto de deus da lua. Os 36.000 deuses se alimentam da Amrita produzida por Soma durante um mês, e o fazem para poder conservar sua imortalidade. Isso enfraquece muito o deus Soma seu corpo diminui aos poucos até que ele definhe (as fases da lua). Então, Surya, o deus Sol aquece os oceanos, e as águas vão até Soma como vapor hidratante e então as suas forças são restituídas. E assim, ele volta a crescer e a produzir Amrita um processo contínuo. Ele também é conhecido pelo nome de Chandra. É representado sentado numa flor de lótus sobre uma carruagem prateada que tem a forma de dois cornos (chifres), sendo puxada por um antílope. O deus tem dois braços e com a mão esquerda abençoa enquanto a outra ergue um cetro, símbolo do seu poder


VARUNA. Inicialmente era considerado o regente da ordem cósmica. Seu olho único era o sol e sua respiração os ventos. Reza o mito que depois de uma batalha entre os deuses os vencedores definiram outra hierarquia e nova ordem de importância e regência, e a Varuna coube apenas os oceanos, o que não é pouco, pois corresponde a setenta por cento do planeta Terra. Ele é representado montado sobre o lombo de um monstro marinho chamado Mekara, metade uma mistura de peixe, tartaruga e antílope. Tem três ou quatro braços e seus atributos são a serpente, significando a sinuosidade das águas do mar e o laço semelhante ao ANK egípcio simbolizando a trajetória do homem na busca de si mesmo.

VAYU. O deus dos ventos, é também chamado Vata, o purificador. Nos hinos Védicos ele é descrito como infinitamente belo. Quando se locomove em sua carruagem celeste puxada com cem cavalos brancos, faz muito ruído e vai limpando a atmosfera e renovando a vida permitindo que as semente se espalhem e as colheitas seja abundantes. Vayu tem como atributos  dois estandartes brancos.

YAMA. O Deus da morte foi em princípio o primeiro mortal. Foi morrendo que ele encontrou o mundo dos mortos, e desde então é quem guia todos os seres depois da morte para o seu reino invisível. Yama é também o deus que arbitra a morte, define dia, hora e maneira de cada ser vivo morrer. Nas ilustrações ele é representado com a pele verde e as vestes vermelhas. Está montado sobre um búfalo ou um touro preto, e tem dois braços e duas mãos. Com uma das mãos faz o Mudra da ausência de medo e na outra carrega uma borduna simbolizando  a coragem e o destemor. 

VISHVAKARMA. No panteão Védico é o criador de todos os deuses e de todas armas, atributos e veículos usados por eles. Ele criou o universo e todas as coisas vivas, e por isso, cuida delas e as protege. Ele é o patrono dos artesãos, dos músicos e de todos os artistas. É representado sentado num trono e em volta do espaldar do seu assento estão representadas várias ferramentas e pincéis. Tem quatro braços e quatro mãos numa mão inferior carrega um livro simbolizando o conhecimento. Na numa outra carrega um jarro com água simbolizando as águas do oceano primordial, a água da vida Nas mãos superiores ele sustenta uma flauta simbolizando o som criador e um cetro símbolo do seu poder.


KUBERA. Nos Vedas ele é citado como o senhor dos Yakshas, espíritos que guardam os tesouros terrestres. É o guardião dos Ponteiros do Compasso com o qual foi desenhado o mundo. É o deus da riqueza material da prosperidade e da abundância. Ele é representado sentado num trono ricamente decorado, coberto de joias e trazendo uma coroa cravejada de pedras preciosas na cabeça.Tem dois braços e duas mãos e seus atributos são um mangusto, o animal imune ao veneno que simboliza a proteção contra a inveja, uma borduna, simbolizando a luta pela sobrevivência, uma romã, símbolo de abundância, um jarro d’água simbolizando a vida e um saco com moedas, a riqueza.

OS DEUSES PURÂNICOS
Os Puranas são narrativas sobre determinado deus ou deuses, incluindo seus complementos femininos, suas Shaktis. Falam também sobre a morada cósmica dos deuses, os chamados planetas superiores. Narram seus ensinamentos, suas encarnações, suas manifestações, seus poderes e feitos, As narrativas também se referem a outros deuses que por ventura tenham feito parte das façanhas do deus enfocado. Dos Puranas constam os deuses e deusas anteriores à invasão ariana, embora o período Védico também esteja representado com deuses de menor representatividade.

AS ENCARNAÇÕES DE VISHNU. OS AVATARES
Segundo as escrituras sagradas do hinduísmo, sempre que o planeta esteve ou estiver sofrendo etapas de transformações ou sofrendo devido a ação das forças negativas e maléficas, Vishnu encarnou e encarnará na Terra. Essas encarnações são chamadas avatares. Algumas aconteceram e outras acontecerão em diferentes períodos e estágios da evolução planetária e humana.

MATSYA. O Homem Peixe. Esta foi a primeira encarnação de Vishnu. Foi Matsya quem orientou Manu, Adão bíblico, o ancestral do gênero humano, na missão de proteger os animais e a humanidade, e preservá-los por ocasião de um grande dilúvio que inundaria a Terra. Matsya pediu que Manu construísse um grande barco e nele colocasse exemplares de animais e humanos. Quando o dilúvio aconteceu, Matsya conduziu o grande barco e salvou a vida no planeta. É impressionante a coincidência com a narrativa do Gênesis 6.  Ele é representado metade homem e metade peixe com quatro braços e mãos que sustentam as égide, escudo, de Vishnu. Matsya protagoniza a versão indiana do dilúvio bíblico.

KURO. Homem Tartaruga. Esta foi a segunda encarnação de Vishnu. Nos primórdios, deuses e seres demoníacos viviam batalhando constantemente, e em dado momento, os seres demoníacos tornaram-se tão poderosos que os deuses, sentindo que perderiam a batalha pelo enfraquecimento dos seus poderes, recorreram a Vishnu. O deus ordenou que os demais deuses batessem o oceano até que ele se solidificasse, de maneira que Amrita, o alimento dos deuses, pudesse ser nele depositado para que os deuses se nutrissem e pudessem vencer a batalha. Para isso, Vishnu usou o monte Mandara como batedeira, e assumiu a forma de uma tartaruga cujo casco serviu de base para sustentar a montanha, evitando que ela soçobrasse. A seguir, Vishnu assume a forma de uma linda mulher cuja beleza encanta os demônios e a luxúria neles despertada, os enfraquece, permitindo assim que os deuses fortalecidos saíssem vencedores. É representado metade homem e metade tartaruga, e tem nas mãos a maça símbolo da luta pela sobrevivência, o livro  símbolo do conhecimento, o búzio do som primordial e o disco girante simbolizando a energia que move a vida.

VARAHA. A terceira encarnação de Vishnu tem a forma de um homem com cabeça de javali. Dos mitos anteriores, esse e os demais falam sobre as sucessivas encarnações de Vishnu, referem-se aos ciclos de evolução da vida no planeta. Varaha salva a deusa Prithivi, a Terra, quando ela foi raptada por um demônio e levada para as profundezas do oceano. O homem javali mergulha no oceano, luta com o demônio e sai vencedor. Traz a deusa de volta e a torna outra vez capaz de abrigar a criação. Ele recria a natureza, e todas as criaturas vivas, também redesenha continentes e montanhas. Varaha é representado como um homem de pé com cabeça de javali, e suas grandes presas sustentam o planeta Terra, ele tem quatro braços e nas mãos carrega os atributos inerentes a Vishnu.

NARASIMHA. A quarta encarnação de Vishnu apresenta-se como metade homem e metade leão. Como vemos as formas do deus encarnado vão se tornando mais complexas a cada ciclo que se cumpre. Conta o mito que um homem chamado Hiranyakashipu desacatou Vishnu e foi condenado pelo deus a viver sua vida como um demônio. Apavorado,  recorreu a Brahma e dele recebeu uma graça. Brahma disse que ele estaria protegido e que não seria ferido nem morto por nenhum tipo de arma ou animal nem de dia nem de noite, ao ar livre ou em lugar fechado. Hiranyakashipu tornou-se tão vaidoso, pretensioso e prepotente que passou a perturbar os deuses. Vishnu decidiu intervir. Assumiu a forma de um homem com cabeça de leão (nem animal nem homem), ocultou-se atrás de uma pilastra do palácio onde morava o demônio Hiranyakashipu e o agarrou na hora do pôr do sol (nem dia nem noite) exatamente na soleira da porta (nem fora nem dentro) e o matou com suas afiadas garras (sem armas). Como vemos, ninguém foge dos desígnios e da ação da divindade.

VAMANA – A quinta encarnação de Vishnu inicia um ciclo de formas humanas. Conta o mito que Hiranyakashipu, o demônio, tinha um neto chamado Bali que tornou-se rei. Como rei ele era terrível, tão poderoso que conseguiu se apoderar dos três mundos, e banir os deuses das regiões celestiais. O povo rogou pela intervenção de Vishnu, o deus atendeu às preces e assumiu a forma de um anão. Pediu uma audiência ao rei, foi recebido e pediu que Bali lhe concedesse um terreno, cuja medida fosse apenas de três de suas passadas, para que nele pudesse sentar e meditar. O rei concordou debochando do pedido, então imediatamente o anão se transformou no gigante Trivikrama. Com uma passada o gigante cercou o céu, com a segunda, a Terra, e quando o rei viu que com a terceira passada o gigante cercaria o interior do planeta, rendeu-se. Bali percebeu que tinha sido derrotado por Vishnu. O deus então lançou-o no vazio para todo o sempre e assumiu o reinado. Vamana é representado como um anão de pé carregando um guarda-sol aberto numa das mãos e na outra uma jarro com água.

PARASHURAMA. É a sexta encarnação de Vishnu, e desta vez como um homem normal.  Reza o mito que numa época distante existiam constantes conflitos entre os brâmanes, os sacerdotes e os Xátrias, os guerreiros, as duas castas mais altas da sociedade hinduísta. Parashurama acabou com essas desavenças. Por isso, ele é representado vestindo uma pele de tigre como um asceta e carrega as armas de um guerreiro. Seus cabelos estão penteados como os cabelos de um sacerdote e  no rosto ostenta  longas barbas e bigodes, ele carrega numa das mãos um machado (Parashu) e na outra um arco e flechas.

RAMA. É a sétima encarnação de Vishnu, e o grande herói do épico Ramayana. A saga de Rama narrada no Ramayana traz ensinamentos filosóficos e éticos e revela de modo poético a história de deuses, seres demoníacos, homens e homens macacos e naves espaciais, os Vimanas. O rapto de Sita, uma encarnação da deusa Lakshimi, é praticado por Ravana, um Asura (ser demoníaco), que era o rei do Ceilão, Sri Lanka, e isso desencadeia uma batalha chefiada por Rama. Nessa batalha ele conta com a ajuda de seu irmão Lakshmana e de Hanuman, o homem macaco. Hanuman, ao libertar Sita do domínio de Ravana, perde a cauda, que se incendeia, e dá um enorme salto, atravessando o mar de volta para a Índia. Uma alegoria que pode ser interpretada com um salto evolutivo. Rama derrota Ravana e quando de volta à floresta, agradece a Hanuman por este ter resgatado Sita, dizendo-lhe que como recompensa lhe daria qualquer coisa que pedisse. Hanuman responde que a maior recompensa seria poder estar sempre aos pés de Rama, seu senhor. Por esta razão, Hanuman é considerado o símbolo do devoto perfeito. Rama é o avatar que simboliza o Dharma, a Lei cósmica em forma humana.

KRISHNA. A oitava encarnação de Vishnu. Krishna vem à Terra para derrotar o rei demoníaco Kamsa no reino de Mathura. Krishna nasce do ventre da princesa Devaki, irmã de Kamsa e tem como pai o príncipe Vasudeva. Kamsa é avisado por um espírito que do ventre de Devaki nasceria aquele que o mataria e por isso aprisiona a irmã e o cunhado numa cela por anos e mata os filhos do casal assim que nascem. Quando nasce Krishna, Vishnu aparece na cela e diz para Vasudeva sair da cela e levar a criança para Nanda e Iashoda criarem. Vishnu liberta Vasudeva e este atravessa o rio e entrega o filho a Nanda, o chefe de um clã abastado que acolhe o menino e o cria como filho. O Bhagavata Purana narra com detalhes toda a vida de Krishna e seus milagres. Krishna significa pele escura, por isso é representado com a pele no tom azul escuro. No Mahabharata, a epopéia cósmica do homem sobre o planeta, está inserida a Bhagavad Gita, A Canção do Senhor que narra a batalha de Kurukshetra, e os ensinamentos universais de Krishna ao príncipe Arjuna. O príncipe do clã dos Pandavas, diante do avatar guerreiro, representa a humanidade. Krishna é adorado por milhões de pessoas na Índia e fora da Índia, e é representado como criança, como adolescente e como adulto. Como criança chama-se Bala Krishna; como adolescente Venugopala, o pastor que pastoreia o gado tocando sua flauta chamada Murali; e como adulto é o rei guerreiro que restaura o Dharma na Terra.

BUDHA. O Budha, o Iluminado, é tido no hinduísmo como a nona encarnação de Vishnu. Diz o mito que Vishnu assumiu a forma do príncipe Sidharta para pôr fim aos desmandos dos sacerdotes brâmanes e purificar o hinduísmo das contaminações e desvios de princípios. Para isso, ele ensinou o caminho do meio e como os seres humanos podem se livrar da roda de Samsara, a roda de nascimentos e mortes. É representado como um homem jovem e esbelto sentado sobre uma flor de lótus, com o rosto sereno e os olhos semi abertos, em profunda meditação. Sua vestimenta é amarela e despojada, e não usa nenhum adorno.

KALKI. Esta que será a décima encarnação de Vishnu, ainda não aconteceu. Segundo o Vishnu Purana, na presente era a humanidade será envolvida por energias trevosas. Os valores morais, éticos e espirituais serão ignorados, e a Terra conhecerá o desespero e a confusão generalizada. Então, será o momento de Vishnu voltar a encarnar no planeta. Na ocasião ele assumirá a forma de Kalki, o Avatar. Kalki chegará brilhante com uma estrela, e trará a restauração do Dharma, dos princípios e valores humanos. Ele restabelecerá a lei e a justiça para salvar a raça humana e o planeta. Kalki é representado como um jovem ricamente vestido e adornado montando um cavalo branco e empunhando uma espada. 
MAHADEVI – A GRANDE DEUSA
A DEUSA E SEUS DIVERSOS ASPECTOS
O Princípio Feminino Cósmico é identificado como Devi (deusa) e Mahadevi é a Grande Deusa, a Mãe Divina. A deusa se apresenta sob os vários aspectos da manifestação do feminino. A potência feminina se revela como fonte e berço de todas as formas vivas, e por isso traz em si o poder de criação, manutenção e destruição da vida. A deusa é uma e é múltipla, embora tenha muitos nomes e formas. A Grande Mãe está presente em todos os seres, é o elo que nos liga à matéria, e ao mesmo tempo é através dela que nos libertamos dos apegos que nos prendem ao mundo. www.mitologiacomentada.blogspot.com.br. Abraço. Davi


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