quarta-feira, 25 de outubro de 2017

II. O GATO DO RABINO.

Editor do Mosaico. Filme O Gato do Rabino. Parte II. O filme O Gato do Rabino tem o propósito de mostrar a temática das religiões monoteísta que são o Cristianismo, Islamismo e Judaico. Evidenciados nas pessoas dos principais personagens do enredo que são o padre, o líder árabe, o rabino e o comunista. Essas três religiões nas primeiras décadas do século XX (1901-2000) disputavam a supremacia como filosofia espiritual das potências europeia, asiática e americana hegemônicas. O Cristianismo em sua ambição colonizadora tinha uma filosofia religiosa intolerante, supersticiosa e dogmática. Sua evangelização era pregada pela força psicológica, usando-se a energia física (força)  à obrigatoriedade da conversão do incrédulo e infiel. A colonização imperialista dos séculos XV e XVI, nas Américas - do Sul, Norte e Central, traziam os missionários da Companhia de Jesus (Jesuítas e outras ordens religiosas) à catequização de índios e negros escravos. Nesse processo apesar de atuarem clérigos de renomes, e de um coração puro  e compromissados quanto a evangelização e amor ao próximo como os padres Manoel da Nóbrega (1517-1570), José de Anchieta (1534-1597) e Antônio Vieira (1608-1697). Esses como cultos e sensível as necessidade dos fracos e desamparados, fizeram o que foi possível para mitigar o sofrimento de milhares de indigentes. Naqueles terríveis dias de dominação e supremacia do explorador branco europeu. Entretanto, infelizmente entre esses, existiam os jesuítas oportunistas, que trabalhando para o Estado Imperialista, vendendo-se por migalhas financeiras e posições na hierarquia eclesiástica. Cooperavam com os governos das metrópoles Portuguesa e Espanhola oprimindo, trocando, vendendo, torturando e matando índios e escravos negros. Incluindo entre esses milhares de crianças de peito com seus pais e responsáveis. Como nesse período ainda não existia consenso entre os teólogos católicos sobre a condição da alma deles (índio e negro); usavam esse pretexto para tentar atenuar a culpa em suas consciências cauterizadas. Contudo esses terríveis crimes ainda estão sendo cobrados (lei do carma) pela justiça divina que é perfeita e eterna. A história comprova que 50 milhões de indígenas e outros milhares de negros, e grande número de ciganos perderam a vida nessas incursões exploradoras e missionárias. Com o advento da reforma protestante com Martinho Lutero (1483-1546) as coisas melhoram um pouco, contudo os princípios estreitante e exclusivista das facções liberais cristãs, continuaram numa ortodoxia de cunho apelativo para uma fé simples, sem questionamento, baseada no livre arbítrio e na predestinação da alma. Assim os conceitos do Cristianismo Primitivo como gnose, mistérios menores e mistérios maiores, reencarnação, dualidade da matéria e espírito, o Cristo Mítico, a Senda Espiritual. Além do Cristo Histórico e a evolução da alma humana através de estágios denso ou compactado. Esses postulados por São Clemente (150-215) e seu discípulo Orígenes de Alexandria (185-253) para os primeiros cristãos;  não mais existiam como conteúdo de apreciação pública para os ouvintes. Nem os tópicos aos iniciados de análises esotéricas (ocultas) que deveriam disciplinar a Senda Espiritual. Os ensinos do Mestre Jesus foram substituídos por dogmas e crenças absolutas, e nesse âmbito o amor ao próximo, e o amor a Deus foram enclausurados pela institucionalização das doutrinas. O apóstolo São Paulo (5 DC 67) foi o principal idealizador organizacional dos preceitos, normas e regras da vida cristã. Isso trouxe benefícios e também prejuízos, mostrado na secularização e mundanização da pureza e santidade do evangelho. O Mestre Jesus entristecesse ao ver o que se tornou aquilo que ele deu iniciou. O Islamismo tem semelhança histórica de expansionismo e colonização parecida com o Cristianismo, pois no afã de multiplicar seus adeptos pelo sul da Europa, norte e sul da África e Ásia Oriental deixou marcas de destruição e morte por onde passava. A época citada, os seguidores do Profeta Muhamad, contrários as palavras do Sagrado Alcorão, que prega o amor ao próximo e condescendência com os desiguais, desamparados e desfavorecidos, inverteram a ordem da evolução espiritual que deveriam obedecer. Aláh nunca quis que seu povo muçulmano estabelecesse a dominação pela guerra e o derramamento de sangue, isso foi uma "exceção" que o Profeta Muhamad assumiu pessoalmente conclamando seus seguidores a Jihah ou guerra santa. Essa guerra a que o Profeta Muhamad se refere é eminentemente interna e pessoal. Devemos acabar é com os nossos vícios e pecados, advindos da maldade que estar em nós. Praticando o amor e misericórdia pra com todos. O expansionismo do Império Muçulmano se deu muito mais pelas língua, costume, hábito, e cultura promovidas pelos exércitos Árabes para dominar e sub julgar os povos das regiões menconadas. O Alcorão Sagrado é a base dos seus ensinos e dois grandes grupos étnicos os Xiitas e os Sunitas disputam política e religiosamente para manter a supremacia sobre a religião do Profeta Muhamad. Cada um tem seu modo particular de pensar os preceitos que Aláh deixou na revelação divina do Sagrado Alcorão. As mulheres muçulmanas avançam nos direitos sociais adquiridos constitucionalmente. Religiosamente ainda passam por uma condição de submissão ao homem. A elas é reservado serviços inferiores na hierarquia social. Segundo preceitos sustentados por clérigos conservadores à função principal da procriação. Mas as coisas tem mudado, principalmente em países como a Arábia Saudita que já autorizam as mulheres a dirigirem automóveis e ingressarem em universidades públicas, também desempenham funções gerencias no Estado e empresas. A República Islâmica do Irã tem sido exemplo quanto aos direitos femininos, sendo um dos governos teocráticos com mais liberdades constitucionais para as mulheres. Elas a anos fazem graduação superior e têm acesso a várias profissões dos homens. A muçulmana iraniana Shirin Ebadi (1947-     ) juíza e ex ativista dos direitos humanos ganhou em 2003 o prêmio nobel da paz. Uma conquista feminina impressionante da mulher muçulmana corajosa e destemida, que mesma sob ameaças de morte, defendeu, em seu país, presos políticos e mulheres sentenciadas a morte por supostas infidelidades conjugais. O Judaísmo é um dos formadores da cultura cristã ocidental com suas Escrituras Sagradas Toráh, Talmud e Thanak, além do rico misticismo da cabala oculta oral e escrita. Abraão que iniciou a gêneses dos Hebreus partindo da Babilônia, de Ur dos Caldeus e Moisés que recebeu as tábuas da lei (dez mandamentos) no monte Sinai, são os representantes máximos dessa religião. No filme O Gato do Rabino, o jovem artista judeu que fugiu da Rússia por motivo da perseguição política usa a palavra Pogrom que de origem russa significa os vários momentos históricos e maneiras usadas pela monarquia Ksarista (período de 1547-1917) e a Revolução Russa lideradas por Wladimir Lenin (1870-1924) e Josef Stalin (1878-1953) para perseguir, prender, enviar para os campos de concentração da Sibéria os Judeus. Um período que ceifou a vida de aproximadamente 1 milhão e meio de judeus, tendo esses eventos ocorridos nos século XIX e XX. Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) Adolf Hitler, o Fuher, (1889-1945) usou a palavra Shoá - a solução final - um processo de genocídio em escala programada para exterminar o maior número de judeus nos campos de concentração (Auschwitz, Birkenau, Treblinka, Sachsenhausen, Raensbrush, Dachau, Neuengamme)  espalhados por alguns países da Europa Central. O resultado foi a morte de mais de 6 milhões de judeus de várias nacionalidades incluindo mulheres, crianças e velhos que foram executadas de maneira monstruosa e desumana. Lamentavelmente a ideia do antissemitismo sempre foi difundida mundialmente em todas as épocas. Uma ideologia satânica, que tem como premissa principal que os judeus são os responsáveis pelas desgraças da humanidade, entretanto quanto mais são odiados, envergonhados, humilhados e mortos; se apegam veementemente a Jeovah e recebem dele o amor e proteção. Um povo de uma fé inabalável em seu Deus. Um exemplo de coragem e altruísmo que devemos seguir em nossa caminhada espiritual. Uma importante ideia que infiro da projeção O Gato do Rabino, é que, mesmo na diversidade religiosa e cultural, é possível uma convivência pacífica e ordeira. Usando como princípio para que isso ocorra o respeito, tolerância e a compreensão por cada indivíduo e crença. Sua maneira de pensar, de ver o mundo, de adorar seu Deus, de falar sua língua. Nunca querer colonizá-lo ou sub julgá-lo fazendo-o nosso adepto e seguidor seja pela força física, psicológica ou um mero simpatizante. Outra concepção que podemos tirar da filmagem é que Deus é de todos os povos - corrobora este fato, a prerrogativa que ele têm um nome específico e idiossincrasia em cada tradição espiritual. Nenhuma nação ou religião têm o privilégio de ter exclusividade sobre Ele. Sua Deidade é expansiva e inclusiva alcançando através do Logos Divino, cada partícula atômica em todos os seres - mineral, vegetal, animal e humano. Tornando sua casa as variadas cultura e tradição religiosa recebida das originárias gerações passadas, que construíram o arcabouço arquetípico sociológico de cada nação e comunidade. Abraço. Davi.    

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