Editor do Mosaico. Filme O Gato do Rabino. Parte II. O filme O Gato do Rabino tem o
propósito de mostrar a temática das religiões monoteísta que são o
Cristianismo, Islamismo e Judaico. Evidenciados nas pessoas dos principais
personagens do enredo que são o padre, o líder árabe, o rabino e o comunista.
Essas três religiões nas primeiras décadas do século XX (1901-2000) disputavam a supremacia
como filosofia espiritual das potências europeia, asiática e americana hegemônicas. O Cristianismo em sua ambição colonizadora tinha uma filosofia
religiosa intolerante, supersticiosa e dogmática. Sua evangelização era pregada pela força
psicológica, usando-se a energia física (força) à obrigatoriedade da
conversão do incrédulo e infiel. A colonização imperialista dos séculos XV e
XVI, nas Américas - do Sul, Norte e Central, traziam os missionários da Companhia de Jesus (Jesuítas e outras ordens religiosas) à catequização
de índios e negros escravos. Nesse processo apesar de atuarem clérigos de renomes, e de
um coração puro e compromissados quanto a evangelização e amor ao próximo
como os padres Manoel da Nóbrega (1517-1570), José de Anchieta (1534-1597) e
Antônio Vieira (1608-1697). Esses como cultos e sensível as necessidade dos
fracos e desamparados, fizeram o que foi possível para mitigar o sofrimento de
milhares de indigentes. Naqueles terríveis dias de dominação e supremacia do
explorador branco europeu. Entretanto, infelizmente entre esses, existiam os jesuítas
oportunistas, que trabalhando para o Estado Imperialista, vendendo-se por
migalhas financeiras e posições na hierarquia eclesiástica. Cooperavam com os
governos das metrópoles Portuguesa e Espanhola oprimindo, trocando, vendendo,
torturando e matando índios e escravos negros. Incluindo entre esses milhares de crianças de peito com seus pais e responsáveis. Como nesse período ainda não
existia consenso entre os teólogos católicos sobre a condição da alma deles
(índio e negro); usavam esse pretexto para tentar atenuar a culpa em suas
consciências cauterizadas. Contudo esses terríveis crimes ainda estão sendo
cobrados (lei do carma) pela justiça divina que é perfeita e eterna. A história
comprova que 50 milhões de indígenas e outros milhares de negros, e grande número de ciganos perderam a
vida nessas incursões exploradoras e missionárias. Com o advento da reforma
protestante com Martinho Lutero (1483-1546) as coisas melhoram um pouco, contudo os
princípios estreitante e exclusivista das facções liberais cristãs, continuaram numa ortodoxia de cunho apelativo para uma fé simples, sem questionamento, baseada
no livre arbítrio e na predestinação da alma. Assim os conceitos do
Cristianismo Primitivo como gnose, mistérios menores e mistérios maiores,
reencarnação, dualidade da matéria e espírito, o Cristo Mítico, a Senda
Espiritual. Além do Cristo Histórico e a evolução da alma humana através de
estágios denso ou compactado. Esses postulados por São Clemente
(150-215) e seu discípulo Orígenes de Alexandria (185-253) para os
primeiros cristãos; não mais existiam como conteúdo de apreciação pública para os ouvintes. Nem os tópicos aos iniciados de análises
esotéricas (ocultas) que deveriam disciplinar a Senda Espiritual. Os ensinos do
Mestre Jesus foram substituídos por dogmas e crenças absolutas, e nesse âmbito o
amor ao próximo, e o amor a Deus foram enclausurados pela institucionalização
das doutrinas. O apóstolo São Paulo (5 DC 67) foi o principal idealizador
organizacional dos preceitos, normas e regras da vida cristã. Isso trouxe
benefícios e também prejuízos, mostrado na secularização e mundanização da pureza e santidade do evangelho. O Mestre Jesus entristecesse ao ver o que se tornou
aquilo que ele deu iniciou. O Islamismo tem semelhança histórica de expansionismo
e colonização parecida com o Cristianismo, pois no afã de multiplicar seus adeptos
pelo sul da Europa, norte e sul da África e Ásia Oriental deixou marcas de
destruição e morte por onde passava. A época citada, os seguidores do Profeta Muhamad,
contrários as palavras do Sagrado Alcorão, que prega o amor ao próximo e
condescendência com os desiguais, desamparados e desfavorecidos, inverteram a
ordem da evolução espiritual que deveriam obedecer. Aláh nunca quis que seu povo
muçulmano estabelecesse a dominação pela guerra e o derramamento de sangue,
isso foi uma "exceção" que o Profeta Muhamad assumiu pessoalmente conclamando
seus seguidores a Jihah ou guerra santa. Essa guerra a que o Profeta Muhamad se refere é eminentemente interna e pessoal. Devemos acabar é com os nossos vícios e pecados, advindos da maldade que estar em nós. Praticando o amor e misericórdia pra com todos. O
expansionismo do Império Muçulmano se deu muito mais pelas língua, costume, hábito, e cultura promovidas pelos exércitos Árabes para dominar e sub julgar
os povos das regiões menconadas. O Alcorão Sagrado é a base dos seus ensinos e dois
grandes grupos étnicos os Xiitas e os Sunitas disputam política e religiosamente
para manter a supremacia sobre a religião do Profeta Muhamad. Cada um
tem seu modo particular de pensar os preceitos que Aláh deixou na revelação
divina do Sagrado Alcorão. As mulheres muçulmanas avançam nos direitos sociais
adquiridos constitucionalmente. Religiosamente ainda passam por uma condição de
submissão ao homem. A elas é reservado serviços inferiores na
hierarquia social. Segundo preceitos sustentados por clérigos
conservadores à função principal da procriação. Mas as coisas tem mudado, principalmente em países como a Arábia Saudita que já autorizam as mulheres a dirigirem automóveis
e ingressarem em universidades públicas, também desempenham funções gerencias no Estado e empresas. A República Islâmica do Irã tem sido exemplo quanto aos direitos femininos, sendo um dos governos teocráticos com mais liberdades constitucionais para as
mulheres. Elas a anos fazem graduação superior e têm acesso a várias
profissões dos homens. A muçulmana iraniana Shirin Ebadi (1947- )
juíza e ex ativista dos direitos humanos ganhou em 2003 o prêmio nobel da paz. Uma conquista feminina impressionante da mulher muçulmana corajosa e destemida, que
mesma sob ameaças de morte, defendeu, em seu país, presos políticos e mulheres sentenciadas a
morte por supostas infidelidades conjugais. O Judaísmo é um dos formadores da
cultura cristã ocidental com suas Escrituras Sagradas Toráh, Talmud e Thanak, além do rico misticismo da cabala oculta oral e escrita. Abraão que iniciou a
gêneses dos Hebreus partindo da Babilônia, de Ur dos Caldeus e Moisés que
recebeu as tábuas da lei (dez mandamentos) no monte Sinai, são os representantes máximos dessa
religião. No filme O Gato do Rabino, o jovem artista judeu que fugiu da Rússia
por motivo da perseguição política usa a palavra Pogrom que de origem russa
significa os vários momentos históricos e maneiras usadas pela monarquia
Ksarista (período de 1547-1917) e a Revolução Russa lideradas por Wladimir
Lenin (1870-1924) e Josef Stalin (1878-1953) para perseguir, prender, enviar
para os campos de concentração da Sibéria os Judeus. Um período que ceifou a
vida de aproximadamente 1 milhão e meio de judeus, tendo esses eventos ocorridos nos século XIX e XX. Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) Adolf Hitler, o Fuher, (1889-1945) usou a
palavra Shoá - a solução final - um processo de genocídio em escala programada para
exterminar o maior número de judeus nos campos de concentração (Auschwitz, Birkenau, Treblinka, Sachsenhausen, Raensbrush, Dachau, Neuengamme) espalhados por
alguns países da Europa Central. O resultado foi a morte de mais de 6 milhões
de judeus de várias nacionalidades incluindo mulheres, crianças e velhos que
foram executadas de maneira monstruosa e desumana. Lamentavelmente a ideia do
antissemitismo sempre foi difundida mundialmente em todas as épocas. Uma
ideologia satânica, que tem como premissa principal que os judeus são os
responsáveis pelas desgraças da humanidade, entretanto quanto mais são odiados,
envergonhados, humilhados e mortos; se apegam veementemente a Jeovah e recebem
dele o amor e proteção. Um povo de uma fé inabalável em seu Deus. Um
exemplo de coragem e altruísmo que devemos seguir em nossa caminhada
espiritual. Uma importante ideia que infiro da projeção O Gato do Rabino, é que, mesmo na diversidade religiosa e cultural, é possível uma convivência pacífica e
ordeira. Usando como princípio para que isso ocorra o respeito, tolerância e a compreensão
por cada indivíduo e crença. Sua maneira de pensar, de ver o mundo, de adorar seu
Deus, de falar sua língua. Nunca querer colonizá-lo ou sub julgá-lo fazendo-o
nosso adepto e seguidor seja pela força física, psicológica ou um mero simpatizante. Outra concepção
que podemos tirar da filmagem é que Deus é de todos os povos - corrobora este fato, a prerrogativa que ele têm um nome específico e idiossincrasia em cada tradição espiritual. Nenhuma nação ou religião têm o privilégio de ter exclusividade sobre Ele. Sua
Deidade é expansiva e inclusiva alcançando através do Logos Divino, cada
partícula atômica em todos os seres - mineral, vegetal, animal e humano. Tornando sua casa as variadas cultura e tradição religiosa recebida das originárias gerações passadas, que construíram o arcabouço
arquetípico sociológico de cada nação e comunidade. Abraço. Davi.
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