Editor do Mosaico. Na Índia há uma árvore que os Brâmanes hindus
consideram como a representação setenária (sete partes) do homem. Ela é pequena
e contem sete galhos folheados. É simbolizada como as sete partes do homem; que por sua vez, se
dividem em duas. Uma representa o quadrado em quatro partes e a outra
representa o triângulo de três vértices. Essa tipologia bipartite do homem traz
uma melhor compreensão de suas características física (densas, espessas) e
espiritual (fluida, volátil). Grosso modo podemos exemplificar como aquilo que
é material e o que é imaterial. No cristianismo temos a clássica divisão do ser
humano como: corpo, alma e espírito. O corpo é a parte material e perecível, a
alma o lado imanente – que se expressa através da percepção dos sentidos,
emoções e sensações. Ela é a personalidade exteriorizada no temperamento e
comportamento humano. O espírito é a parte transcendente, identificada com a
centelha divina em cada indivíduo. Gn 2,7 “E formou o Senhor Deus o homem do pó
da Terra, e soprou em suas narinas o folego da vida; e o homem foi feito alma
vivente”. Gn 3,19 “(...) porquanto és pó e em ó te tornarás”. O pensamento
teosófico baseado nas tradições orientais, expande estes aspecto dando (alguns
em sânscrito – língua hindu) novos nomes e aplicando conceitos mais abrangente
e refinados. Esse assunto sempre volta a tona pois, quando falamos do humano num
de seus aspecto, precisamos comentar os outros para uma abrangência mais
precisa do raciocínio a ser usado. A bipartição humana é formada da parte
inferior chamada quaternário e da parte superior chamada tríade. A camada
inferior contém: o corpo físico, o corpo etérico, o corpo astral e o manas
inferior (alma humana). Essa categoria é a representação de nossa personalidade
(conjunto de características psicológicas, que determinam os padrões de pensar
e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da
personalidade é um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo). É
importante para os futuros renascimentos que a personalidade seja completamente
desintegrada após a nossa morte, pois como o centro dos desejos, prazer e
vontade mundanos "ela" age involuindo nosso progresso espiritual
quando a tomamos para dar vazão aos nossos vícios – ciúme, discórdia, ódio,
inveja, luxúria, ira, egoísmo e outros. Não havendo um desprender adequado da
personalidade, (pós mortem) nosso carma precisará ser compensado dentro de
reencarnações reparadoras e retificadoras. Por conseguinte a personalidade passará por um doloroso processo de eliminação. Uma boa
analogia está em Mateus 25, 30 "Lançai, pois, o servo inútil nas trevas
exteriores, ali haverá pranto e ranger de dentes". As "trevas exteriores" aqui, é um lugar de disciplina corretiva para reparar o carma negativo que foi adquirido na encarnação passada. Conforme a gravidade do vício, ela prosseguira em futuras reencarnações, até ser completamente eliminada. A camada superior
contêm: o Manas Superior - alma espiritual, Buddhi - intuição e Atma -
consciência. Esta classe é a tipificação de nossa individualidade – nossa parte
perene que se une ao Divino em nossa Senda evolucionária. Ela é a instância
onde reviveremos nossos futuros renascimentos. A compreensão é que nossa vida
atual é o resultado das vidas passadas que vivemos. A doutrina teosófica
mensura pelo menos 777 novos renascimentos, um postulado feito por Helena P.
Blavatsky (1831-1891) em sua celebre obra A Doutrina Secreta. Isso pensando em
nosso planeta Terra onde se imagina começar nosso percurso evolutivo. Entretanto esse número não é unanimidade entre os estudiosos da filosofia oculta, preferindo alguns suporem milhares de renascimento como forma de nos unificar ao Logos Divino. A
individualidade é perdurável pela eternidade. Acendendo num desenvolvimento e
progresso contínuos até a completude com o Espírito Universal. A questão que se
coloca diz respeito a luta do ego inferior (personalidade) com o ego superior
(individualidade). O que a Bíblia Sagrada diz em Gálatas 5,17 “Porque a carne
milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; porque são opostos entre
si, para que não façais o que, porventura, seja o vosso querer”. São dois
"magnetismo" onde um é negativo e o outro positivo. O negativo deseja
apenas os prazeres mundanos e materialistas. Satisfação própria,
saciedade, compromissos com vontades efêmeras e ilusórias. O positivo busca
percorrer a Senda Espiritual através da - "alegria, paz, longanimidade, benignidade, mansidão, domínio próprio; contra essas coisas não há Lei". Mateus 7, 14 "E porque estreita é a porta, e
apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que o encontrem". Tendemos a praticar mais os vícios que estão latentes em nossas emoções, do que as virtudes que precisam ser desenvolvidas pela nossa intuição e consciência - elementos do Divino que estão latentes em nós, precisando ser despertados por uma mente e atitude corretas. É como
subir numa montanha de forma espiralada, até alcançar o cume. Este percurso
sinuoso e difícil é para aqueles que desejam alcançar o nirvana (gozo e
conforto entre os períodos das desencarnações) ou descanso por seu trabalho de
beatitudes e méritos para com seu próximo. Um lugar de consolo. Lucas 16, 22
"E aconteceu que o mendigo (Lázaro) morreu, e foi levado pelos anjos para
o seio de Abraão". Seu carma foi reparado em vidas passadas e na atual.
Nosso grande desafio nesta encarnação é vivermos mais nossa individualidade (a
busca pelas coisas espirituais envolvendo a ética e a moral) desgrudando-nos da personalidade (o apego
exagerado ao hedonismo, narcisismo, consumismo e futilidades temporais). O tema
desta palestra é Atman - Monada. Seu conteúdo está num livro
chamado A Doutrina Secreta da escritora russa Helena P. Blavatsky (1831-1891). Vimos
que Buddhi é o envoltório da chispa divina (raio luminoso ou monada) que
descendo a Terra iniciou o processo evolutivo humano mineralizando um fragmento
de rocha. Um famoso texto da tradição mística judaica contido na cabala diz: “Do
mineral tornou-se vegetal, do vegetal tornou-se animal, do animal tornou-se
homem, do homem tornou-se espírito e do espírito tornou-se deus”. Interessante
que estudos avanços no campo da física quântica e a nanofísica comprovam níveis
de consciência nesses elementos citados anteriormente. Nos minerais é
justificado a presença de primitivas formas de consciências latentes. Como
exemplos temos os cristais de rochas. Eles com suas formas (poliedros, tetraedros,
hexágonos, cubos) geométricas vistos em laboratórios, microscopicamente
realizam mudanças de interações de partículas. Supõe-se um comando em seus
bilhões de átomos que realizam ligações à uma primitiva consciência. Nas
plantas isso é bastante visível a olho nu. Elas voltando se para a posição do Sol,
procuram uma melhor adaptação para realizarem o processo de fotossíntese,
fundamental para a produção de seus nutrientes e trocas gasosas com o meio
ambiente. As células vegetais agrupam-se em trabalhos organizados para
despoluírem ambiente naturais assoreado (obstruido com areia), além de agirem eliminam da atmosfera moléculas
de metais pesados como: bromo, flúor, carbono, iodo entre outros. É comprovado por pesquisa científica que as plantas têm percepção quanto ao calor e frio, além de sensibilidade ao receberem carinho ou maus tratos. Os animais
são alvos de estudos deste os tempos de Ivan Pavlov (1849-1936). Ele com sua
psicologia experimental percebeu uma pré evoluída consciência nesses
bichos. Você teve ter um em sua casa, reconhecendo as suas (afeto, sentimento, gosto, alegria, tristeza) expressões parecidas com as humanas. Cães,
gatos, macacos e ratos são usados pela ciência investigativa nas mais diversas
experiências. A psicologia e outros ramos da ciência tem nos cães e outros
animais objetos de estudos, (cobaias) para após resultados estatísticos
comprovados, aplicarem suas conclusões técnicas laboratoriais em seres humanos.
Fatos como esses revelam uma consciência mais adiantada nesses animais que em
espécies de outros reinos da natureza. A monada (a centelha divina) está velada
em (encoberta) cada um desses estágios evolutivos do homem. Salmos 82, 6
"Eu disse: Vós sois deuses e, todos vós filhos do Altíssimo". Atma é
o Espírito Universal, A Consciência Cósmica, O Deus Eterno o idealizador,
promotor, assegurador, realizador e concluidor do processo evolutivo universal.
Este raio luminoso (monada) é uma partícula de Atma. Quem primeiro formulou
esta teoria foi o filósofo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716). Ele
concebia a monada como um bilionésimo fragmento de átomo. Uma substância
segundo ele indestrutível e indissolúvel. Esta monada ou raio vindo de um dos
planetas de nosso Sistema Solar incidiria sobre um ínfimo grão de rocha
desencadeando assim o processo evolutivo da vida humana. Isso num tempo passado
que não conseguimos mensurar no espaço matematicamente. A monada encapsulada em
Atma é o princípio ativador da existência. Ela perfaz as várias raças
raízes onde encarnamos, reencarnamos e desencarnamos cumprindo o que determina
(carma) a lei da causa e do efeito. Segundo o pensamento teosófico vivemos a
quinta raça raiz de um total de sete raças raízes. A primeira raça é a dos
nascidos por si. Os sem mente. A segunda raça é a dos nascidos do suor. Os sem
osso. A terceira raça é a dos nascidos do ovo. Os Lemurianos que eram
gigantes. A quarta raça é a dos Atlantes. Também eram gigantes. A quinta
raça é a atual (nossa) chamada de Ariana. A sexta raça será mais desenvolvida
que a quinta. A sétima raça será mais desenvolvida que a sexta. Todas as
mencionadas raças para começaram um novo ciclo, passam por um processo de
desintegração e reintegração. As atuais monadas da quinta raça, ao final de seu
processo evolutivo, serão recolhidas, voltando ao seu ponto de origem que é o
Logos Divino, a Consciência Universal. Nesses dois últimos estágios (sexta e
sétima raças) os indivíduos terão uma consciência muitíssimo evoluída. Duas
glândulas cerebrais tem sido (século passado e neste) objeto de estudo da
ciência atualmente. A glândula pineal (é uma pequena glândula endócrina
localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Acima do
aqueduto de Sylvius – função – produz a melatonina. Esse hormônio sincroniza os
vários ritmos circadianos do organismo com os ciclos dia e noite) segundo
recentes pesquisas tem propriedades psíquicas de teletransporte através de suas
partículas atômicas abre-se a possibilidade de comunicação com outras
consciências menos e mais evoluídas que a nossa. O hipotálamo com formato de
uma amêndoa liga o sistema nervoso ao sistema endócrino. Ele é o produtor dos
hormônios que ativam as emoções e a sexualidade. Pesquisas e investigações
científicas (esotéricas) realizadas nesse órgão esperam para num futuro,
grandíssimo desenvolvimento da áudio vidência (audição de infra e ultra sons) e
a clarividência (leitura e transmissão de pensamentos com outras pessoas.
Também percepção de infra e ultra cores). O que a neurociência tem chamado de
"ativação" do sexto e do sétimo sentidos humanos. Completando-se
assim o ciclo evolutivo cósmico. Este assunto que abordamos é de um nível de
compreensão mais apurado, envolvendo uma considerável abstração lógica para
entender suas premissas e pressupostos. Uma matéria que deve ser investigada e
analisada demoradamente (anos) com acuidade e perícia. Abraço. Davi.
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