sexta-feira, 25 de agosto de 2017

OS SERES ESPIRITUAIS NO COSMO ESPIRITUAL.

Religião Afro-brasileira. UMBANDA. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Dois. OS SERES ESPIRITUAIS – SERES ESPIRITUAIS NO COSMO ESPIRITUAL – SERES ESPIRITUAIS NO UNIVERSO ASTRAL – INDIVIDUALIDADE – ATRIBUTOS DO SER ESPIRITUAL. Quando falamos Seres Espirituais, queremos nos referir não apenas aos Espíritos tanto encarnados como desencarnados no Reino Natural ou Universo Astral; também são Seres Espirituais aqueles que não desceram das infinitas regiões do Cosmo Espiritual ou Reino Virginal onde evoluem, como vimos, isentos de qualquer veículo composto de Substância Etérica. Tanto os Seres Espirituais PUROS, isto é, isentos de qualquer veículo, no Reino Virginal, como os Seres Espirituais que já estão com veículos de exteriorização de sua consciência, percepção, desejos, etc, através da Substância Etérica, são de uma natureza diferente, quer seja do Espaço Cósmico, quer seja da Substância Etérica ou da energia condensada a vários níveis. É também importante salientar que, ao contrário da matéria, os Seres Espirituais não se desintegram, não estão sujeitos aos processos associativos ou dissociativos tão comuns na matéria. Com isso, afirmamos que os Seres Espirituais são Eternos, Incriados e Indestrutíveis, sendo pois sua Natureza Vibratória distinta da Setessência da matéria, ou seja, os Espíritos não são nada daquilo que seja inerente à matéria, mormente em seus processos de transformação, tais como as transformações da matéria densa para as mais sutis, como por exemplo no fenômeno da morte física ou desencarne. Os Seres Espirituais ou Espíritos, tal como cada um de nós, pois também somos Seres Espirituais, são ETERNOS. Somos Eternos, pois a origem de nossa natureza Vibratória Espiritual Pura é do conhecimento único da Deidade, sendo, pois, Arcano Divino. Somos, pois, coeternos com a Divindade Suprema. Somos INCRIADOS, pois somos da mesma Natureza Vibratória da Divindade, sem sermos a própria Divindade, e muito menos centelha ou fagulha Dela. Somos, sim, Espíritos e a Divindade Suprema é o TODO PODEROSO — o SUPREMO e IMACULADO ESPÍRITO. Somos Incriados, pois não fomos Criados. Há quem diga que nós, os Seres Espirituais, fomos criados simples e ignorantes para, após períodos de elevação, na Lei de Causa e Efeito, alcançarmos a relativa perfectibilidade. Esta é uma assertiva que, embora respeitemos, não aceitamos em nossa Corrente Astral de Umbanda, pois se a aceitássemos estaríamos negando os atributos do Supremo Espírito — Deus. Como um Ser Supremo, infinitamente JUSTO, infinitamente BOM e SÁBIO, criaria de Si mesmo seres imperfeitos, tal qual cada um de nós? E mesmo que nos criasse distintos de sua Natureza Vibratória Divina, simples e ignorantes, como dizem alguns, onde estaria Sua Suprema Sabedoria? Para que criar Seres Espirituais ignorantes que iriam desejar o Universo Astral, ou seja, a descida do Cosmo Espiritual ao Universo Astral, fazendo-se necessária, como foi, a manipulação da Substância Etérica caótica, transformando-a em Substância organizada, para dar formação ao Universo Astral onde a energia tem domínio? Que Deus caprichoso é esse? Que Pai Sublime é esse, que gostaria de ver Seus Filhos passarem pelas mais difíceis situações, só para que eles aprendessem a dar valor à Sua Superioridade e Perfeição? Claro que nosso bom senso rechaça veementemente essas afirmações. Assim, a Corrente Astral de Umbanda entende que os Seres Espirituais são incriados. Não foram criados por Deus, como se o Supremo Ser pudesse criar algo imperfeito. Embora todos sejamos sujeitos ao aperfeiçoamento, não foi Deus que nos criou imperfeitos, mas sim, ajustou Leis, para que essas nos regulassem e fizessem com que alcançássemos a perfectibilidade, ou através do Cosmo Espiritual, ou do Universo Astral. Esperamos pois ter deixado bem claro que nós, Seres Espirituais, não fomos criados pelo Pai Supremo, como também não somos originários da própria Natureza Divina. Se todos fôssemos de origem divina, por que não seríamos todos iguais? E mesmo que a Divindade nos tivesse criado simples e ignorantes, por que não seríamos todos iguais? Ou será que houve privilégios? Como vêm, Filhos de Fé, se quisermos crer que Deus nos criou, chegaremos às raias do absurdo, como o acima citado, de que o Supremo Espírito "fez" seres privilegiados. Assim, a Corrente Astral de Umbanda, em seus Fundamentos, tem como ponto chave que todos os Seres Espirituais são Individualidades, e que como Individualidades têm suas Vibrações Individualizadas próprias, de maneira que a tônica espiritual que lhes seja própria possa se revelar, isso tanto no Cosmo Espiritual como no Universo Astral, obedecendo aos ditames do livre-arbítrio, prerrogativa do Pai Supremo estendida a todos os Seres Espirituais, para que cada um se revele e evolua segundo sua própria vontade. As Afinidades Virginais, tais como percepção, inteligência, desejos, vontades, são pois inerentes a cada Ser Espiritual, sendo que cada um, segundo essas mesmas Afinidades Virginais, se expressa desta ou daquela forma. Muitos, nessa hora, já devem estar com uma pergunta de há muito na cabeça: — Como, se não somos criados por Deus, a Entidade que escreve o livro O chama de DEUS PAI? Muito inteligente sua pergunta, Filho de Fé estudioso. Atente pois para a resposta! Cremos na PATERNIDADE MORAL da Divindade, pois temo-Lo como o Supremo Espírito, Inacessível, mas INFINITAMENTE MISERICORDIOSO E SÁBIO. Assim, aceitamos a Paternidade Suprema de Deus, no aspecto de ter Ele permitido, através de Sua Onisciência e Onipotência, meios para que evoluíssemos, criando Leis Regulativas para que nos educássemos espiritualmente. Para finalizarmos este pequeno capítulo relativo à nossa Realidade Eternal, como Seres Espirituais ou Espíritos, queremos que fique bem claro aos Filhos de Fé o seguinte: 1. Todos os Espíritos são IMATERIAIS — Somos isentos de matéria, de energia ou qualquer processo agregativo sobre nós. Não somos compostos atômicos, eletrônicos, fotônicos, quarks, antimatéria, etc. Somos apenas Espíritos, com nossa própria Natureza Vibratória Espiritual. 2. Todos os Seres Espirituais são INCRIADOS — Somos incriados, pois nossa origem se perde na Eternidade. Somente a Deidade, Detentora e Conhecedora da Eternidade, é quem sabe nossa origem. Afirmamos também que o Supremo Espírito não nos criou. Quando dizemos que nossa ESSÊNCIA ESPIRITUAL é originada da mesma do PAI, não estamos dizendo que é a própria do PAI. 3. Todos os Seres Espirituais são PERFECTÍVEIS — Todos nós, indistintamente, caminhamos para o aperfeiçoamento. 4. Não fomos criados por Deus simples e ignorantes — DEUS não criaria ninguém simples e ignorante, esperando que cada um evoluísse e alcançasse a evolução através de duríssimas e penosas provas. A Corrente Astral de Umbanda crê num Deus infinitamente Bom e Justo, e não num DEUS sádico e cruel. 5. Cremos inabalavelmente na Suprema Consciência Una, que estende sobre nós, Individualidades Espirituais, o Seu beneplácito espiritual. 6. Todos os Seres espirituais podem evoluir em 2 regiões distintas: a) COSMO ESPIRITUAL — É o que já definimos como as infinitas regiões do espaço cósmico onde jamais houve, por menor que fosse, interpenetração da matéria ou energia. Nesse campo espiritual ou reino virginal, o Espírito pode evoluir, segundo um karma causal. É óbvio que, nesse lado da "Casa do Pai", os Seres Espirituais estão isentos de "veículos" ou Corpos. Não têm a mínima agregação sobre Si de elementos da matéria ou anti matéria. b) UNIVERSO ASTRAL — É o que também já definimos como uma região do espaço cósmico que já foi interpenetrada pela substância etérica ou matéria-energia. Nesse Universo Astral é que há os milhões de galáxias, com seus sistemas solares, e esses com planetas, satélites, etc. E nesse Universo Astral que o Espírito pode evoluir segundo um Carma constituído. Nesse lado da "Casa do Pai" é que o Ser Espiritual constitui seus 7 Corpos ou Veículos de Expressão de sua consciência, percepção, inteligência, sentimentos, etc, através dos Arquitetos Siderais. Esses 7 Corpos ou "veículos" do Espírito-Consciência são de Energia-Massa em vários níveis, obedecendo a Setessência da Matéria. Que não se faça confusão entre Cosmo Espiritual e Universo Astral. Como dissemos, no Universo Astral há os vários níveis energéticos, e o Ser Espiritual, dependendo de seu grau evolutivo, em sua jornada evolutiva, ora estará num dado plano — que lhe caracterizará a necessidade de reajuste no Corpo do plano afim imediatamente superior — ora no plano imediatamente inferior, gerando, como exemplo aqui na Terra, o fenômeno do NASCIMENTO e MORTE, que veremos detalhadamente nos capítulos que se seguem. Capítulo Três. OS PLANOS DE EVOLUÇÃO DO SER ESPIRITUAL – NECESSIDADE DE EVOLUÇÃO – A QUEDA DO COSMO ESPIRITUAL – O DESEQUILÍBRIO DO PAR ESPIRITUAL – ASTRAL. O Espírito sopra onde quer. Assim como outros, também nós afirmamos esse axioma. Interessante notar que, desde o Instante-Eternidade em que conscientemente tivemos Consciência e Inteligência, tivemos também a percepção do "Si mesmo", consubstanciada no "EU SOU". Sempre soubemos, no Cosmo Espiritual, o que era o "EU", como algo intrínseco a nós, em suma, nós mesmos em Natureza Vibratória Espiritual. Diferenciávamos muito bem o que era similar à nossa Natureza, ou seja, os outros Seres Espirituais, mas também sabíamos que eles não eram "EU". Com essas afirmativas do que é "EU" em relação ao "NÃO EU" surgiu a percepção consciente da Individualidade. Também distinguíamos o meio em que "habitávamos" como o "NÃO EU", e também distinguíamos que sua Natureza Vibratória era diferente da nossa. Claro está que o Cosmo Espiritual, essa outra Realidade onde "habitávamos", era e é o Espaço Cósmico, o Vazio-Neutro. Como Seres Espirituais, diferenciávamos a nossa Individualidade, essa que também, em sentido mais genérico, pertencia a uma das "duas qualidades inerentes" à nossa Pura Vibratória Espiritual. Essas duas "qualidades inerentes" à nossa Vibratória faziam com que todos os Seres Espirituais se agrupassem em duas faixas de PURA VIBRATÓRIA ESPIRITUAL, diferentes entre si. Sabíamos então que a nossa Realidade Espiritual se particularizava em dois polos. Chamamos esses polos de "Afinidades Virginais Positivas" e "Afinidades Virginais Negativas". Assim, de forma bem inteligível, demos nomes a essas duas "qualidades inerentes" a todos os Seres Espirituais. Essas "Afinidades Virginais", tanto Positivas como Negativas, faziam com que os seres Espirituais percebessem que suas propriedades individuais vibravam em sintonia com os de sua polaridade afim, na forma de percepção, desejos, inteligência, etc. Para que fique bem claro, aquilo que denominamos como POSITIVO e NEGATIVO, também poderíamos chamar de ATIVO e PASSIVO. Reforçando nossos conceitos, reafirmamos que os Seres Espirituais são de um Princípio Dualista em suas vibrações. Assim, os Seres Espirituais também perceberam que se agrupavam em Pares Vibratórios, e que, se desejassem exteriorizar de forma concreta suas Afinidades Virginais, fariam-no através do Universo Astral, ou seja, um dos lados da "Casa do Pai", onde a matéria ou energia-massa já havia interpenetrado, e, é claro, tudo ficando à mercê de suas propriedades e qualidades. O Ser Espiritual, portanto, de forma concreta, impregnaria na matéria suas Afinidades Virginais, surgindo assim a consciência do "ETERNO MASCULINO" ou do "ETERNO FEMININO". Que fique bem claro ao Filho de Fé que, somente quando o Ser Espiritual, fazendo uso de seu livrearbítrio, desceu do Cosmo Espiritual ou Reino Virginal, ao Universo Astral ou Reino Natural, identificou conscientemente aquilo que denominamos de Eterno Masculino ou Eterno Feminino, surgindo assim a diferenciação dos Seres Espirituais, naquilo que a posteriori veio ser denominado SEXO. Quando afirmamos "eterno masculino" ou "eterno feminino", queremos dizer que os Seres Espirituais que, por exemplo, são da linha do eterno masculino, sempre (exceto casos anormalíssimos, que deixaremos para abordar detalhadamente em outro livro) foram e serão MASCULINOS, não importando se encarnarem e reencarnarem centenas de vezes, o mesmo acontecendo com os seres do eterno feminino. Este Universo Astral, como vimos, é uma 2a Via Evolutiva do Ser Espiritual, mas como veremos, o mesmo Ser Espiritual pode evoluir na 1a Via, ou a do Cosmo Espiritual. Assim, fica óbvio que no Cosmo Espiritual ou Reino Virginal os Seres Espirituais também podiam evoluir, naquilo que chamamos de Carma Causal. Dentro desse Karma Causal, os Seres Espirituais, segundo suas próprias Afinidades Virginais, se posicionam em determinados graus hierárquicos. Muitos desses Seres Espirituais sentiram que, para avançar nesse sistema evolutivo (o do Reino Virginal), necessitariam "melhor se conhecerem" ou se "auto experimentarem". Nesse determinado instante da Eternidade Espiritual desse Ser, sentia ele a necessidade de ser envolvido em "veículos" de sua Consciência, que consubstanciariam suas vontades. Tinha necessidade de experimentar a si mesmo e ao seu "par Cármico causal" ou par vibratório espiritual.2 Sentiriam suas Afinidades Virginais agregar sobre si a matéria, com suas qualidades e propriedades e, através dela, definiriam certos Enigmas-Chave de sua Natureza Vibratória Espiritual que obstavam a evolução na 1a Via (Reino Virginal ou Cosmo Espiritual). Esse "Enigma Virginal" era a necessidade de completar-se, de envolver sua Individualidade, ativa ou passiva, na de seu oposto e sentir-se pleno. Essa necessidade de romper esse "Enigma Virginal" não é inerente a todos os Seres Espirituais, pois muitos daqueles que não o romperam descendo, por suas próprias qualidades individuais "quase perfeitas", subiram ainda mais, rompendo-o por cima, se é que assim posso me expressar. No Instante-Luz da Eternidade em que o romperam por cima, ficaram conhecendo e sendo Senhores desse "Enigma" por baixo. Conhecer e ter domínio do Universo Astral, eis a consequência de ter vencido o "Enigma" por cima. Não necessitaram experimentar objetivamente, mas conhecem-no e, como "Divinos Guardiães", abrem ou fecham os portais aos Seres Espirituais que desejam e necessitam romper o "Enigma Virginal" pela 2ª Via, a do Universo Astral. A primeira impressão, poderá parecer que o livre arbítrio ou vontade de cada Ser foi cerceada, pois citei "portais" que se abrem e se fecham. Em todos os planos da "Casa do Pai Supremo" há Leis Regulativas, que obedecem a "momentos-instantes" mais favoráveis, e em obediência a essa lei é que todos os Seres Espirituais que desejaram descer, desceram, mas como afirmei, no "momento-instante" exato. Esses "Seres Espirituais Superiores", também por meio de sua "quase infinita capacidade operante", informam, através de formas-mensagens de Pura Vibração Espiritual de Espírito para Espírito, a esses Seres que quiserem romper o "Enigma Virginal" por baixo, que, se tiverem para consigo e seu oposto o "Equilíbrio Virginal" necessário, alcançarão em um determinado "Instante-Eternidade" a evolução pelo próprio hábitat virginal, que é o Cosmo Espiritual. Dependendo do Ser Espiritual e seu oposto, ou melhor, do "Par Vibratório", "aguardam" eles até o Instante-Luz bendito em que, rompendo o "Enigma Virginal" ou Causal, conseguem "equilibrar" suas Afinidades Virginais que estavam desajustadas e evoluem nessa 1- Via de evolução ou ascensão pelo Karma Causal do Cosmo Espiritual. Em verdade, o que mais acontece é que há um desequilíbrio importante em todo o Par Vibratório Espiritual. Suas Puras Vibrações Espirituais, no sentido de serem unicamente de Realidade Espiritual, começam a ser abaladas, fazendo com que os Seres Espirituais percam a noção de sua própria individualidade. Nessa e só nessa condição é que o Ser Espiritual recebe "passe livre" para a descida ao Reino Natural, onde tem domínio a Substância Etérica ou energia massa, através de um processo extremamente vertiginoso e inexprimível em linguagem humana. Filho de Fé, sabemos que estamos rasgando alguns véus difíceis de serem rasgados. Assim, concentre sua atenção um pouco mais e verá o entendimento, como Luz Bendita, iluminando todo o seu Ser. Continuemos. Quando citamos o Par Vibratório, é claro que nos referimos a Seres de polaridades opostas e situadas em mesmo nível evolutivo, desde O Instante-Eternidade, por nós desconhecido, onde os quais, por Afinidades Virginais, se reúnem para a jornada evolutiva da perfectibilidade. Quando falamos do desequilíbrio do Par Vibratório Espiritual, estamos nos referindo ao desejo ardente de um dos Seres Espirituais componentes do Par expressar-se no mundo da energia-massa. Só o desejo de um dos componentes do Par desequilibra o sistema, fazendo com que haja, no componente que desejou, uma espécie de perda da Individualidade. Nesta altura, só a descida ao Reino Natural é o remédio. Perguntará o Filho de Fé: — E o outro componente do Par, como fica? Respondemos: — Embora pertença ao "Par Vibratório", estando sujeito aos Choques Virginais do mesmo, continua com sua Individualidade. Assim, pode acontecer de ter sentido as mesmas necessidades, mas conseguido sobrepuja-las, continuando temporariamente sua evolução no Cosmo Espiritual. Temporariamente, pois, num determinado instante, não conseguirá mais evoluir, pois sentirá a necessidade de complementação, que só é conseguida com seu PAR. Nessa condição, mas já em condições muito superiores que a de seu "Par Vibratório", desce às regiões do Universo Astral para, ao longo dos milênios, "procurar" seu Par, através da "queima" do Carma Constituído, logicamente já no Universo Astral. Após essa "queima", retornam ao Reino Virginal, no ponto ou plano em que estavam quando desceram, seguindo doravante o Karma Causal. Neste momento de nosso capítulo, devemos levantar mais um dos véus que cobrem certos conceitos, ainda tabus, mas que de forma bem simples tentaremos quebrar. Imaginemos que o "Par Vibratório" consiga, como falamos em linhas anteriores, romper o "Enigma Virginal ou Causal" por cima, se gabaritando a ser "SENHOR e GUARDIÃO" dos portais que limitam as duas "regiões", isto é, a do Reino Virginal e a do Reino Natural. Num determinado momento-instante, um dos elementos do Par sente-se profundamente desajustado, e, num ato de insubmissão e revolta, desce do Cosmo Espiritual ao Reino Natural. Esse "Plano Virginal Superior" em que vibrava foi alterado, gerando em outros pares o desequilíbrio, que se consubstanciou na insubmissão e revolta. E esse Instante-Eternidade primeiro que as Filosofias Religiosas chamam de "Queda dos Anjos", que gerou os conceitos do Bem e do Mal. Em verdade, aos primeiros Seres que desceram através da revolta e insubmissão, achando-se melhores e ludibriando através do orgulho as Leis Virginais, é que foi dado o comando das Zonas Condenadas de todas as regiões do Reino Natural, ou seja, das galáxias, daí aos sistemas solares e desses aos planetas. Entendemos que a revolta, a insubmissão às Leis Divinas, fez desses Seres Espirituais verdadeiros opositores da Divindade e Sua Corte Suprema. Mas a Suprema Misericórdia permite que o próprio Mal sane-se através de si próprio, estendendo-lhe domínios e reinos provisórios, onde as Almas insubmissas aprenderão de per si, após liberarem-se do orgulho, da vaidade e da insubmissão, que só o Bem é ETERNO, que só a COROA DIVINA é a SENHORA DE TUDO E DE TODOS. Até lá, serão Almas decaídas, mas não esquecidas pela Divina Providência. O tempo será medicamento para todos esses Seres Espirituais insubmissos e revoltados de todos os tempos. Não pararemos aqui. Mas, neste capítulo, tentamos, além de citar os planos de evolução do Ser Espiritual, mostrar como e por que surgiram esses planos, e, nesses planos, breves comentários sobre as Leis Regulativas que os regem. Claro está que doravante nos ateremos aos planos do Reino Natural ou Universo Astral. Dentro desse Universo Astral, localizaremos nossa abençoada Terra, componente de um dos sistemas da Via Láctea. Nos capítulos que se seguem, voltaremos aos planos do Ser Espiritual, só que associando, para mais fácil assimilação, com outros temas, tais como Karma, Ciclo da Vida e outros. Filho de Fé, não desanime. Persevere mais um pouco. O verdadeiro aprendizado requer auto esforço. Não creia em aprendizado sem esforço. O verdadeiro aprendizado é obra do tempo e acima de tudo da verdadeira vontade de interpenetrar, com a Alma e o Coração, o que deve ser aprendido. Tenha certeza de que assim o aprendizado jamais será esquecido, pois sempre será vivido no âmago da Alma. E assim, vamos à Lei das Consequências ou Destinação Natural. Capítulo Quatro. A Lei das Consequências Naturais — Lei Kármica — Ação e Reação — Carma Causal — Karma Constituído — Causas das Dores, Doenças e Sofrimentos. Filho de Fé, sigamos avante em nossos estudos. No capítulo anterior, embora seu título anunciasse os "Planos de Evolução do Ser Espiritual", entramos propositadamente, e quase que o capítulo todo, no tema que cita as causas e efeitos do rompimento do Carma Causal. Como dizíamos no capítulo anterior, não fomos tabular, e também entendemos como Planos de Evolução não somente os "locais de habitação" de nossa Realidade no tempo-espaço. Citamos que o Ser Espiritual pode evoluir numa via independente de energia-massa, naquilo que já definimos como Reino Virginal ou Cosmo Espiritual. Também, fazendo uso de seu livre-arbítrio, pode evoluir nas imensas regiões onde a matéria ou energia-massa, em seus diversos graus de densidade, já interpenetrou, naquilo que também já definimos como Universo Astral ou Reino Natural. Neste presente capítulo, ao falarmos da Lei das Consequências ou Destinação Natural, também os Filhos sentirão que haverá profundo encadeamento com o tema "Planos de Evolução do Ser Espiritual". Assim, deixemos bem claro ao Filho de Fé, ao leitor estudioso, que em nossos capítulos temos a liberdade de entrar em vários temas que estão encadeados, não ficando estanques em prejuízo ao raciocínio básico central. Outrossim, a cronologia, ou tempo de apresentação dos temas, como vimos, nem sempre é seguida, tudo visando a um melhor entendimento e assimilação destes estudos pelos diversos Filhos de Fé. Esperamos ter deixado claro que não queremos solução de continuidade em nossos estudos, sendo portanto comum não ficarmos estáticos em nossos capítulos. Afinal, o livro é um TODO, e somente para facilidade de manuseio e estudo é que resolvemos dividi-lo em capítulos, os quais mais uma vez afirmamos não serem estanques. As noções de Justiça, em toda a sua grandiosidade e plenitude, são os pontos fundamentais da Lei Divina. Essa Lei Divina se expressa sob a forma de LEIS REGULATIVAS, visando educar e aprimorar os Seres Espirituais, fazendo-os ascender aos planos mais elevados da vida espiritual. Essa Lei é chamada de Lei das Conseqüências ou da Destinação Natural. Muitos Filhos de Fé, ainda ligados à vestimenta física, citam-na como LEI KÁRMICA. A palavra karma tem sua origem, praticamente, na primeira língua falada pelos Seres Humanos, o Abanheenga. No Abanheenga, tínhamos o vocábulo Kaarama. O fonema kaa, em sentido hierático, significa Vida; rama, também em sentido hierático, significa fluxo e refluxo ou ação. Assim, temos, na íntegra, a tradução como: VIDA EM AÇÃO ou AÇÃO DA VIDA. É claro que essas "ações na vida" geram suas reações, e entramos no ciclo incessante dos fluxos e refluxos da Lei para nós mesmos, criado em virtude de termos Leis que viessem fiscalizar e orientar nossas ações, em qualquer plano de manifestação do Ser Espiritual. Mais recentemente, por corruptela do termo, vamos encontrá-lo nas margens do Ganges, através dos brâmanes e sua língua sagrada, o sânscrito, como karma, onde também lhe emprestam o significado de ação. No capítulo anterior, vimos que, quando o Ser Espiritual se encontra PURO em suas Vibrações Virginais, isto é, isento de qualquer veículo que expresse no mundo da energia suas Afinidades Virginais, ele está na primeira Via Evolutiva ou Virginal, a qual é regida por Leis consubstanciadas no Karma Causal. Chama-se Causal, pois está envolto em suas origens, sendo de acesso exclusivo da Deidade e Seu Colegiado Divino, os quais, como Senhores do "Tempo Eternidade", sabem o porquê de assim o ser. Também entendemos, no capítulo anterior, que no Cosmo Espiritual ou Reino Virginal, onde o Ser Espiritual evoluía segundo o Karma Causal, a não aceitação dessa via, ou rompimento desse Carma, fez com que as Hierarquias Virginais adaptassem. LEIS E DIRETRIZES REGULATIVAS para essa nova situação, que era a do Reino Natural, surgindo assim o Carma Constituído. Repisemos: quando o Ser Espiritual desceu às diversas regiões do Universo Astral onde dominava a Substância Etérica ou energia em vários níveis de condensação, com o objetivo de regular essa descida e mesmo as ações nesse "outro modo de evoluir", foi criado um conjunto de Leis Regulativas inerentes ao Universo Astral ou Reino Natural, o qual foi chamado de Carma Constituído. Constituído, pois a partir do rompimento do Carma Causal, objetivamente, o Ser Espiritual começou a imantar sobre si certos fenômenos, gerando ou constituindo ações, as quais precisariam ser reguladas; e o foram através do Karma Constituído, gerando assim todo o séquito de reações consequentes às ditas ações. É a propalada DESTINAÇÃO NATURAL ou KARMA. Para que venhamos a entender muito bem o Carma Constituído, teremos que voltar ao Reino Virginal e estudar certas particularidades que vieram se consubstanciar no Carma Constituído. Quando do rompimento do Karma Causal por diversos Seres Espirituais, nem todos estavam em um mesmo plano evolutivo. Os Seres Espirituais que, provenientes de planos evolutivos diferentes, desceram ao Universo Astral, fazendo uso de seu livre-arbítrio, foram direcionados a planos afins à sua evolução no Reino Virginal. Com isso, afirmamos que certos Seres Espirituais foram enviados para uma determinada galáxia, outros Seres para outras, e dentro delas, para os sistemas solares afins. Em nosso caso, confinados no sistema solar em que gravita nosso planeta, cumprimos, segundo as necessidades de cada um, nosso carma Constituído. Em verdade, devemos entender a "Lei de Ação e Reação" ou das Consequências como se fosse uma "contabilidade" aplicada pelos SENHORES DO CARMA a cada um de nós, vistos como Individualidades, no carma Constituído Individual, ou quando formos colocados em um determinado grupo ou coletividade, no carma Constituído Coletivo. A contabilidade pressupõe "créditos e débitos", e é exatamente assim que a Lei Kármica contabiliza nossos acertos (créditos) e erros (débitos) na tão falada BALANÇA CÁRMICA, a qual penderá para um dos lados até o instante em que, resgatando nossas dívidas, teremos os braços na horizontal, mostrando o equilíbrio entre nossos débitos e créditos. Assim, como em uma instituição lucrativa terrena, se nossos débitos forem intensos, não teremos mais créditos e seremos levados à falência, situação essa dificílima perante os Tribunais Kármicos, pois, se estamos na falência, isso se deve aos nossos próprios desatinos, às "aquisições catastróficas" que fizemos, principalmente relativas a nós mesmos, pois, quando a alguém ferimos, o primeiro a se ressentir dessa violência somos nós mesmos. Assim, nossos gastos em ações deletérias ou más aumentam nossos débitos, e a Balança Kármica penderá para o pagamento deles. Tal qual a balança comercial que contabiliza os débitos e créditos, a Balança Kármica, com seu fiel, contabiliza nossos acertos e nosso erros. Os débitos deverão ser sanados ou eliminados através do resgate ou da corrente de créditos. Muitas vezes, assim como na Terra, para saldarmos determinados débitos, fazemos uso do empréstimo de verbas, as quais também são contabilizadas em nosso passivo, para serem resgatadas após determinado tempo. Seria como uma pausa para que, com nossa balança praticamente equilibrada, conseguíssemos retornar à linha justa e acumular créditos, ou seja, acertos, e nos desvincular do erro, do mal. Normalmente, quando recebemos empréstimos, os mesmos são superiores aos nossos débitos, sobrando — nos algo. Após o pagamento de nosso passivo, se soubermos espalhar bênçãos com essa sobra de nossos empréstimos, teremos "rendimento de juros". Se soubermos guardar esses juros, na forma de bem-estar a nós e a todos que nos cercam, teremos condições de, na época aprazada, pagar ou saldar os empréstimos a nós conferidos pela MISERICÓRDIA DIVINA e Sua Corte de Emissários do Bem. Em boa hora é necessário frisar que nossos benfeitores, aqueles que nos fizeram o empréstimo, se tornam nossos credores. Somos devedores pois, mas de amigos, e não de Seres rigorosos, inflexíveis e implacáveis, quando não intensamente cruéis. E melhor "dever" a um amigo do que a um estranho inflexível. Mas se, por nossa vez, tivermos o beneplácito de ficar devendo a um amigo, isso não nos dá o direito de não saldarmos nosso débito para com ele. Provavelmente, aqueles que nos emprestaram não necessitam de nossos créditos. Mas não é da Lei que não se pague o que se deve. Assim, no decorrer do tempo, sentiremos necessidade de ressarcir o empréstimo. E necessário que fiquemos quites com nossa consciência. E a nossa vez de saldarmos o empréstimo realizado pelos nossos "nobres credores", os quais, mesmo não querendo ou não sentindo-se mais credores, têm outros "amigos" que estão em débito e necessitam de empréstimos. É a "grande família espiritual", que, mesmo enleada ainda no mal, no próprio mal encontra oportunidades benditas de ir de encontro ao infinito Bem, que a todos, indistintamente, mais cedo ou mais tarde, aguarda serenamente. É, Filho de Fé, todos estão, bem ou mal, cumprindo seu carma, ou melhor, cada um é hoje o que quis ser, e será amanhã o que quiser ser. Quem muito deve, muito terá de trabalhar, em situações até precárias, para saldar seus débitos. Abençoada oportunidade estendida a todos os devedores, os quais não foram condenados à falência insolvente. Todos podem equilibrar a sua "balança", no decorrer do tempo-espaço. Ninguém é deserdado. Os erros, faltas e culpas, com seus séquitos de arrependimento e remorso, são os esquemas de que se serve a Lei Divina para fazer com que seus Filhos saldem seus débitos uns com os outros e fortaleçam, por meio das qualidades nobilitantes do Espírito, seus créditos. Antes de terminarmos este despretensioso capítulo, não poderíamos deixar de citar os TRIBUNAIS KÁRMICOS. Os TRIBUNAIS, no Reino Natural, iniciam-se pelos TRIBUNAIS CÁRMICOS GALÁCTICOS, os quais supervisionam os TRIBUNAIS SOLARES (de cada sistema solar). Cumpre salientar que os Tribunais Galácticos são regidos pelo Supremo Tribunal Kármico, sob a égide do Glorioso ARCANJO MIGUEL, o qual é o Regente cármico de TODO o sistema de Leis que regulam os Seres Espirituais em evolução no Reino Natural ou Universo Astral. No astral do planeta Terra, quem o representa são as Santas Almas Guardiãs do Cruzeiro Divino, as quais têm Ordens e Direitos de Ação e Execução sobre nossa humanidade terrena. Como dizíamos, os Tribunais Galácticos estendem sua jurisdição sobre os Tribunais Solares; esses Tribunais Solares, por sua vez, estendem sua poderosa vibração aos Tribunais Cármicos Planetários, e esses aos Tribunais Kármicos Superiores e Inferiores. Por ora, não nos ateremos a esse assunto, visto que, quando entrarmos no porquê da "roda sucessiva das reencarnações", no próximo capítulo, voltaremos ao tema, que, como vimos, Caboclo não pretendeu e nem pretende esgotar. Assim, serenamente, vamos ao fim deste capítulo, que em seu ocaso anuncia outro que lhe segue. Retomemos fôlego, e partamos para o CICLO DA VIDA. Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.

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