quinta-feira, 17 de outubro de 2024

A BATALHA ENTRE O BEM E O MAL. Parte I

 

Zoroastrismo. O Livro das Religiões. Por Editora Globo. A BATALHA ENTRE O BEM E O MAL. Parte I. O triunfo do bem sobre o mal depende da humanidade. Em contexto. Principais seguidores – Zoroastristas. Quando e onde. 1400-1200 a.C. Irã, na Pérsia. Antes. A partir da pré-história. Muitos sistemas de crenças caracterizam-se por um deus destrutivo ou por espírito maligno contrário a uma divindade mais benevolente. Depois. Século VI a.C. Os impérios persa e medo são unificados. O Zoroastrismo vira uma das maiores religiões do mundo. Século IV a.C. Filósofos gregos clássicos, entre eles Platão, estudam com sacerdotes zoroastristas. Diz-se que Aristóteles considerava Platão a reencarnação de Zoroastro. Século X d.C. Os Zoroastristas migram do Irã para a Índia, para evitar conversão ao islamismo. Dando origem aos parsis, a maior comunidade zoroastrista atual. O criador é totalmente bom. Contudo, tanto o bem quanto o mal podem ser vistos no mundo. O mal não tem como vir do bem. Portanto, deve existir um ser totalmente mau, contrário ao criador. Nós devemos escolher o bem, para ajudar o criador na luta contra o mal. O Zoroastrismo, uma das religiões mais antigas ainda existentes e uma das primeiras crenças monoteístas, foi fundado pelo profeta Zoroastro na antiga Pérsia, o atual Irã. A religião de Zoroastro se desenvolveu a partir do antigo sistema de deuses indo-iranianos, que incluía Ahura Mazda, “o senhor da sabedoria”. No Zoroastrismo, Ahura Mazda, às vezes chamado de Ohrmazd, é elevado à condição de deus único e supremo. O sábio criador, fonte de todo o bem, que representa ordem e verdade, em contraposição a maldade e ao caos. Ahura Mazda conta com a ajuda de suas criações, os Amesha Spenta, ou imortais sagrados”, seis espíritos divinos. Um sétimo Spenta menos definível é o Spenta Mainyu, visto como o próprio “espírito santo” de Mazda e agente de sua vontade. De acordo com o zoroastrismo, o bondoso Ahura Mazda ficou preso numa luta contra Ahriman, uma entidade malévola, também chamado de Angra Mainyu, ou espírito destrutivo, desde o início dos tempos. Ahiman e Ahura Mazda sã visos como espíritos gêmeos. No entanto, Ahriman é um espírito caído e não pode ser considerado semelhante a Mazda. Ahura Mazda vive na luz, enquanto Ahriman se esconde na escuridão. A batalha entre eles, na qual o mal está sempre tentando acabar com o bem, constitui a base da mitologia zoroastrista. Ahura Mazda luta com Ahriman utilizando a energia criativa de seu espírito. Spenta Mainyu. A relação exata entre essas três entidades permanece como um aspecto indefinido da religião. Os seres humanos, também criação de Mazda, tem um importante papel na contenção da desordem e do mal, usando o livre-arbítrio para escolher o bem. Pensamentos, palavras e ações positivas fortalecem o asha, a ordem fundamental do universo. O asha encontra-se permanentemente em risco, por conta da força contrária druj, ou caos, alimentada por pensamentos, palavras e ações negativas. A disputa central é entre a criação e a des criação, com o mal ameaçando o tempo todo a estrutura e a ordem do mundo. O nascimento de Zoroastro, cuja missão é convocar a humanidade para a luta entre o bem e o mal, desequilíbrio a balança a favor do bem. De acordo com o zoroastrismo, o bem prevalecerá no final. Um mundo feito de bondade. O zoroastrismo diz que, quando Ahura Mazda quis criar um mundo perfeito, ele criou os Amesha Spenta e um mundo espiritual invisível, que incluía um ser perfeito. O propósito espiritual desse mundo era derrotar Ahriman, que tenta ataca-lo de qualquer maneira. Ahura Mazda derrota Ahriman recitando a oração mais sagrada do zoroastrismo, a Ahunavar, que o lança de volta à escuridão. Ahura Mazda, então, da forma material a seu mundo espiritual. Cria um animal primitivo, um touro, e transforma seu ser espiritual perfeito num ser humano, conhecido com o símbolo do zoroastrismo. O Faravahar, retrata um fravaschi, ou anjo da guarda, que protege a alma dos indivíduos na luta contra o mal. Sacerdote do fogo. . Esses alimentam uma chama sagrada. Eles usam um lenço branco no rosto, o padan, para evitar profanar o fogo com respiração ou saliva. Gayomart, que significa vida mortal ou humana. Pouco tempo depois, contudo, Ahriman se recupera e contra-ataca, cortando o céu como um raio de fogo e trazendo fome, doença, dor, luxúria e morte para o mundo. Ele também cria demônios próprios. Gayomart e o touro acabam morrendo, mas o sêmen deles derrama-se no chão durante sua morte e é fertilizado pelo sol. Ahura Mazda envia chuva, e da semente de Gayomart nascem a mãe e o pai da humanidade. Mashya e Mashyol. Da semente do touro nascem todos os animais do planeta. Como sua criação perfeita foi maculada pela destrutividade de Ahriman, Ahura Mazda estabelece um limite  para o tempo, que antes era ilimitado. Zoroastro. Não se sabe ao certo quando o profeta Zoroastro, também conhecido como Zaratustra viveu, mas é provável que tenha sido entre 1400 a.C. – 1200 a.C. Embora seus ensinamentos se baseassem na literatura hindu – textos como o Rig Veda. Zoroastro atribuía seus insights a visões recebidas diretamente de Deus. Ele já era sacerdote entre os iranianos seminômades do sul das estepes russas quando começou a pregar o culto de Ahura Mazda. No início, teve poucos seguidores, mas acabou adquirindo soberania local, transformando o zoroastrismo na religião oficial do povo avéstico. No entanto, só no reinado de Ciro, o Grande, no século VI a.C. é que a religião se espalhou pelo império persa. Obras-chaves. Século IV a.C. Os ensinamentos de Zoroastro são compilados no Avestá, incluindo os Gathas, dezessete cânticos com as próprias palavras de Zoroastro, conforme se acredita. Século IX d.C. A natureza dualística da filosofia zoroastrista é detalhada em Analytical treatise for the dispelling of doubts. Abraço. Davi.

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