Islamismo. www.ccib.org.br. I. A MULHER NO ISLAM. Tendo
visto como as mulheres foram cruelmente tratadas por diferentes religiões,
Civilizações e Culturas, ser-nos-á, agora, possível entender corretamente e
apreciar os alcances gloriosos do Islam nesta questão, e de como ele, de fato,
elevou a posição da mulher na sociedade. Por isso, ao longo deste trabalho,
tentaremos refutar as alegações das pessoas desencaminhadas contra o Islam em
relação à mulher, e elaborar a sua real posição no Islam. No meio das trevas
que mergulharam o mundo, a Revelação Divina ecoou, no deserto hostil da Arábia,
com uma Mensagem Lúcida, nobre e Universal para a humanidade: ''Ó humanos,
temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua
companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a
Deus, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços
de parentesco, porque Deus é vosso Observador.'' (Alcorão Sagrado 4:1). O
famoso sábio muçulmano, Al-Khuli Al Babi, ponderou sobre este versículo e
declarou: ''É crença geral que não existe texto, quer antigo, quer moderno, que
diga respeito à humanização da mulher sobre os aspectos da vida, numa tal
espantosa brevidade, eloqüência, profundidade e originalidade, como no Decreto
Divino." Assim, com um simples traço magistral, o Islam removeu o estigma
da ''fraqueza" e da "impureza", com as quais as religiões
mundiais caracterizaram a mulher. O Islam proclama que homens e mulheres provêm
da mesma essência e, por conseguinte, se a mulher podia ser tida como fraca, o
homem, também, poderia ser visto como tal, ou se o homem tinha uma centelha de
nobreza, então a mulher, também, a deveria possuir. A propósito, o Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse: ''As mulheres
são almas gêmeas dos homens.'' A elevação da posição da mulher e os seus
respectivos direitos, patenteados nesta obra, estão garantidos pelo Próprio
Deus, e podem ser facilmente encontrados nas duas mais importantes e autênticas
fontes do Islam, ou seja, o Sagrado Alcorão e os Ahadith do Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Os direitos garantidos por
Reis, ou por Assembleias Legislativas, podem ser tão facilmente removidos, quão
o são conferidos; mas nenhum indivíduo, ou instituição tem autoridade para
eliminar, ou emendar os direitos conferidos por Deus. Todos aqueles que
pretendem ser Muçulmanos, têm que aceitar, reconhecer e reforçar os direitos
sancionados por Deus. Se falharem em reforçá-los, ou os violarem, o veredicto do
Alcorão é inequívoco: ''Aqueles que não julgam pelos preceitos que Deus revelou
são descrentes.'' (Alcorão Sagrado 5:44). E o seguinte versículo também
proclama: ''Eles são os Iníquos.'' (Alcorão Sagrado 5:45). Um terceiro
versículo do mesmo capítulo diz: ''Eles são os prevaricadores." (Alcorão
Sagrado 5:47). Por outras palavras; se as autoridades temporais consideram as
suas próprias palavras e decisões como certas, e as de Deus como erradas, eles
não são crentes. Se, por outro lado, eles consideram os mandamentos de Deus
como certos, mas rejeitam-nos deliberadamente em favor das suas decisões, então
são Iníquos. Os prevaricadores ou infratores da lei são aqueles que
desrespeitam a limitação da fidelidade. 1º- Aspecto Espiritual- A mulher tem,
efetivamente, alma: Em algumas religiões durante muito tempo se acreditava que a mulher não
possuía alma, mas com a chegada do Islam este conceito foi totalmente abolido
pelo Profeta Muhammad. Nas tradições do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), encontramos uma prova clara de que a mulher tem,
realmente, alma. Abdullah bin Mass'ud, reporta que o Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse: "De fato, a criação de
cada um de vós (macho ou fêmea) foi levada a cabo conjuntamente no ventre da
mãe, durante quarenta dias, sob a forma de uma semente, depois um coágulo de
sangue (algo que se agarra) por igual período e, então, é-lhe enviado o anjo
que assopra a respiração da vida, ou seja dá-lhe alma (o feto: macho ou fêmea).
" (Bukhari e Muslim). Fica claro, a partir desta tradição, que o feto de
todo o ser humano adquire vida quando a alma, por ordem de Deus, é assoprada
para ele. Uma vez mais, é do conhecimento geral que nenhum ser humano (macho ou
fêmea) pode viver sem alma. Agora, será que as mulheres nem vivem, nem morrem?
É então evidente que elas têm alma, tal e qual como os homens. 2º- Iman (fé): O Islam é bastante
explícito em relação ao fato da mulher ser completamente equiparada ao homem,
perante Deus, em termos da fé; pois Deus diz: ''Ó fiéis, quando se vos
apresentarem as fugitivas fiéis, examinai-as, muito embora Deus conheça a sua
fé melhor do que ninguém; porém, se as julgardes fiéis, não as restituais aos
incrédulos.'' (Alcorão Sagrado 60:10). E também diz: ''Sabe, portanto, que não
há mais divindade, além de Deus e implora o perdão das tuas faltas, assim como
das dos fiéis e das fiéis, porque Deus conhece as vossas atividades e os vossos
destinos. '' (Alcorão Sagrado 47:19). Nos dois versículos anteriores, Deus,
denomina-as de mulheres crentes, sendo assim, quem tem, autorização para
refutar o que Deus proclama? 3º-Ibadah (Adoração): Em termos de obrigações religiosas e
de adoração, tais como as cinco orações diárias, a zakat, o jejum e a
peregrinação a Makkah, a mulher não é diferente do homem. A este respeito Deus,
diz: ''Os fiéis (homens e mulheres) que praticarem o bem, observarem a oração e
pagarem o zakat, terão a sua recompensa no Senhor e não serão presas do temor,
nem se atribularão.'' (Alcorão Sagrado 2:277). "Ó vós que credes (homens e
mulheres)! É-vos prescrito o jejum como foi prescrito aos vossos antepassados,
para que possais temer a Deus." (Alcorão Sagrado 2:183). 4º - Jazaa
(recompensa): Deus promete recompensa, indiscriminadamente, para o homem e a mulher
que sejam crentes e trabalhem honestamente. Ele diz: ''A quem praticar o bem,
seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos
com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações. '' (Alcorão Sagrado
16:97). ''Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem
fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja.''
(Alcorão Sagrado 4:124). "Entrai no jardim (Paraíso), vós e vossas esposas
e alegrai-vos.'' (Alcorão Sagrado 43:70) 5º - Eva não é a Causa da Queda de
Adão (que Deus esteja satisfeito com ambos): De acordo com o Alcorão Sagrado, a
mulher não é culpada do primeiro erro de Adão. Ambos erraram na sua
desobediência a Deus, ambos se arrependeram, e ambos foram perdoados. Podemos
ler o seguinte no Alcorão: ''Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com a tua
esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não vos
aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos. Todavia, Satã
os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade) em que se
encontravam.'' (Alcorão Sagrado 2:35-36). ''Então, seu Senhor os admoestou: Não
vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo
declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos condenamos e, se não nos
perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados! '' (Alcorão Sagrado
7:22-23). De acordo com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele): "Toda a criança nasce com igual natureza...'' Tal
significa que todo o recém-nascido carrega consigo (seja ele ou ela) uma igual
e inocente natureza, e nunca nasce pecador, isto encontra-se em total
contradição com o Credo Cristão do pecado inato. A Condição da
Mulher no Islam. Tudo que é do outro, que não faz parte da nossa realidade mais imediata,
tende a nos assustar e a ser objeto de nossa rejeição. Raríssimas vezes nos
detemos nas questões que nos escapam e, por isso mesmo, fazemos julgamentos
apressados, superficiais, e incorporamos conceitos sempre carregados de
preconceitos, porque fundamentados na ignorância dos fatos. Nos dias atuais,
onde tantas questões polêmicas nos são colocadas diariamente, onde mal temos
tempo de digerir o noticiário, tal a rapidez com que as coisas acontecem no
mundo, vamos estabelecendo nossos julgamentos e entendimentos em bases que
carecem de uma análise mais profunda. Assim é com relação ao Islam, tão
incompreendido, tão desconhecido. Assim é a questão da mulher no Islam, onde
preconceitos e falsas informações estão disseminados de tal forma que ocupam o
imaginário dos não muçulmanos, estereotipando essas mulheres, transformando-as
em personagens que nunca correspondem à realidade. Tomamos para nós alguns
conceitos, que passam a ser verdade, a nossa verdade, que sequer é nossa, e
engrossamos o rol desta vasta legião de meros repetidores de falsas verdades,
aliás, uma característica do nosso tempo. Mas, o que é o Islam? Como o Islam
trata realmente a questão dos sexos? Qual é o papel da mulher muçulmana numa
sociedade islâmica? Para se falar sobre a mulher no Islam, como ela é vista,
qual a sua função, qual o seu papel, quais os seus direitos e deveres, torna-se
necessário comparar este mesmo papel com outras culturas, outras religiões,
quais os seus direitos e deveres, quais as suas conquistas, enfim, devemos
considerar todos os aspectos, sejam sociais, políticos, econômicos, éticos ou
morais e não, simplesmente, nos determos em aspectos culturais isolados. Por
isso, nada melhor do que enfocar a condição da mulher no Islam, levando em
conta essa mesma condição no Ocidente, e, mais especificamente no Brasil, de
tradições, cultura e religião tão diferentes do Oriente. No que a muçulmana é
diferente da mulher ocidental? Que valores éticos, morais, sociais e religiosos
regem essas duas mulheres? Que padrões comportamentais fazem essas duas
mulheres tão diferentes? Há 1400 anos, o Islam afirmou que a mulher é um ser
humano, que tem uma alma da mesma natureza que a do homem, e que ambos, homens
e mulheres, gozam dos mesmos direitos. No Islam, a mulher é um ser responsável
e não pode ser desrespeitada ou discriminada em razão de seu sexo. No ocidente,
apesar dos avanços conseguidos pelos movimentos feministas, as conquistas
alcançadas não representam sequer a terça parte do que o Islam já havia
garantido. Sabemos que a mulher ainda é discriminada, o maior contingente de
analfabetos está na população feminina, ela é vítima da violência, que começa
em casa, recebe um salário menor para o exercício de funções que ela executa em
igualdade de condições com o homem, etc. Em 1995, há alguns anos atrás, na
Quarta Conferência Mundial da Mulher, ocorrida em Pequim, os governos
participantes reconheceram a péssima condição feminina e firmaram uma
Declaração, onde entre outros tópicos, afirmavam o seguinte: “Nós, os governos
que participamos da Quarta Conferência Mundial da Mulher (…) estamos
convencidos de que: (…) Os direitos da mulher são direitos humanos; (…) A
igualdade de direitos, de oportunidades e de acesso aos recursos, à
distribuição equitativa entre homens e mulheres das responsabilidades relativas
à família (…) são indispensáveis ao seu bem-estar e ao de sua família, assim
como para a consolidação da democracia. (…) A paz global, nacional e regional
só pode ser alcançada com o progresso das mulheres, que são uma força
fundamental de liderança, resolução de conflitos e promoção de uma paz
duradoura em todos os níveis.” A diferença básica entre esses dois mundos, o
oriental e o ocidental, é que o Islam, conforme revelado ao Profeta Mohammad,
está pronto, bastando ser seguido por todos. O Islam dignifica o ser humano,
garante direitos. Sua mensagem, ainda que dirigida inicialmente aos árabes, é
universal e se aplica a todos os homens e mulheres, em qualquer lugar e em
qualquer tempo. As origens do Islam são as mesmas que as das religiões
anteriores e Mohammad foi o último profeta de Deus. Deus esclarece no Alcorão
que, ao longo de toda a história da humanidade, cada povo teve o seu
mensageiro, em sua própria língua, em linguagem compatível com a compreensão do
ser humano, anunciando a unicidade de Deus, confirmando o Dia do Juízo Final e
determinando a subordinação ao que foi legislado por Ele. Prescreveu-vos a
mesma religião que tinha instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual
recomendamos a Abraão, a Moisés e Jesus (dizendo-lhes): Observai a religião e
não discrepeis acerca disso.(cap. 14:5). A crença nos profetas e nos livros são
artigos de fé para o muçulmano. Depois de Mohammad não haverá mais nenhum
profeta e nem revelação alguma será feita. Hoje, aperfeiçoei a religião para
vós; agraciei-vos generosamente e aponto o Islam por religião. (Cap. 5:3). A Importância da
Mulher no Islam. Desde tempos imemoriais que o Islam tem sido vítima de uma distorção
deliberada por parte dos Não-Muçulmanos. O lado mais negativo de tal fato é o
de que não foram apenas não-Muçulmanos que elaboraram falsas concepções
relativas ao Islam; infelizmente um certo número de seguidores do Islam é
incapaz de compreender a essência deste Delicado mas Abrangente Código de Vida,
desde que ficaram sob o impacto da Civilização Ocidental. Muito tem sido dito
contra a posição da mulher no Islam por parte dos não-Muçulmanos
preconceituosos e fanáticos. Como consequência, o Islam tem sido, impiedosa e
perpetuamente, objeto de ataques violentos, baseados em falsas suposições e
fatos distorcidos acerca da real posição da mulher nesta Religião. Esta é a
questão fundamental de todo o mundo não-Muçulmano, em geral, e do mundo
ocidental em particular. O Ocidente conhece o Islam há mais de 13 séculos. No
entanto, esse conhecimento foi adquirido de uma forma negativa como um inimigo
e uma ameaça. Por isso, não é de forma alguma surpreendente que no Ocidente o
Islam tenha sido descrito como uma religião hostil, tirânica e violenta. Da
mesma forma a própria Cultura Islâmica tem sido narrada com cores sombrias e
tristes. Este estado de coisas não pode continuar e torna-se um dever
imperativo defender o Islam e clarificar esta questão. Consequentemente,
tentaremos, neste pequeno trabalho, elucidar a forma como o Islam emancipou a
mulher e elevou a sua posição. Mas antes de passar um veredicto sobre um
costume, é necessário que seja levada em conta não só a História daquele tempo
mas, também, todas as circunstâncias então prevalecentes. É, por isso,
necessário que consultemos a História e verifiquemos, por nós próprios, quão aviltadas,
desprezadas e humilhadas as mulheres foram em diferentes civilizações e
religiões do mundo, antes do advento do Profeta Muhammad (que Paz e a Bênção de
Deus estejam sobre ele). Embora não seja possível descrever, neste apontamento,
todos os acontecimentos da História relacionados com esta questão, aqui ficam
descritos alguns que julgamos serem oportunos e suficientemente elucidativos. A Civilização Grega.
A Civilização Grega é tida como a mais gloriosa de todas as civilizações
antigas. Durante o decorrer desta Civilização, a mulher era menosprezada moral
e socialmente, e não tinha quaisquer direitos legais. Os Gregos olhavam para a
mulher como uma criatura sub-humana, cuja posição na sociedade era, em todos os
sentidos, inferior à do homem, para o qual estava reservada a honra, bem como
um lugar de superioridade. A prostituição estava fortemente implantada na
sociedade Grega, e as relações com mulheres adúlteras não eram consideradas
pecaminosas, Mais tarde, os Gregos foram arrastados pelo egoísmo, bem como pela
perversão sexual. Como consequência, modificou-se o modo de olhar a mulher, e
as adúlteras obtiveram uma tal proeminência, de que não existe paralelo na
História. As casas de prostitutas tornaram-se o centro das atenções de todas as
classes da sociedade, atraindo os seus filósofos, poetas, historiadores e
pensadores. Esse tipo de mulher não somente promovia funções literárias mas,
também, questões políticas de grande relevo, que eram decididas sob a sua
influência. É realmente estranho que o conselho de uma mulher que não ficava
ligada a um homem por mais de três noites consecutivas, fosse largamente tido
em conta, sobretudo em questões de cuja solução dependia a vida, ou a morte da
nação. O homem comum considerava o matrimônio como algo desnecessário, sendo a
liberdade sexual tida como perfeitamente lícita e correta. De tal forma assim
era, que, estes males tomaram-se numa parte da sua religião: foi deste modo que
o culto à Afrodite, a deusa do amor e da beleza, se propagou por toda a Grécia.
De acordo com a sua mitologia, esta deusa, que era esposa de um deus,
desenvolveu relações ilícitas com três outros deuses, bem como com um mortal.
Como resultado desta última relação ilícita nasceu um deus bastardo, Cupido, o
deus do amor! Com o louvor dos deuses (satânicos) do amor na Grécia, as casas
de prostituição tornaram-se em locais de veneração. As prostitutas eram
consideradas como jovens pias dedicadas a templos, e o adultério foi elevado ao
estatuto de piedade e revestido de toda a santidade religiosa. Nenhuma nação no
mundo foi capaz de se elevar novamente após tal declínio moral. E tal é o que
afirma Deus no Alcorão Sagrado: ''E quando temos que destruir uma cidade Nós
mandamos ordens aos seus habitantes que vivem na opulência e que, a seguir,
cometem abominações; então, a Palavra (do castigo) é pronunciada e, Nós,
punimo-la com completa destruição.'' (Alcorão Sagrado 17:16). A História é
testemunha de que após o término do, seu período de glória, a nação Grega nunca
mais obteve uma segunda oportunidade de recolher os seus passos em grandeza e
orgulho. A posição da mulher na Civilização Grega pode ser resumida nas
palavras de Sócrates, o grande pensador e filósofo grego: ''A Mulher é a grande
fonte do caos e da ruptura no mundo. Ela é como a árvore de "dafali",
cujo aspecto externo é extremamente belo mas, se os pássaros a comerem,
morrerão com toda a certeza. " Anderoosky descreve o conceito grego da
mulher, nas seguintes palavras: ''É possível curar-se de uma queimadura e da
mordida de cobra, mas é impossível prender a subtilidade feminina." A Civilização
Chinesa. Nas escrituras Chinesas as mulheres são apelidadas de ''águas da
desgraça", que desperdiçam toda a sua boa sorte, a mulher foi sempre vista
como inferior ao homem, não lhe sendo concedido qualquer tipo de direitos. A
mulher era eternamente tida como menor, não sendo as crianças olhadas como
verdadeiramente suas. Sempre que quisesse, o homem podia repudiar a sua mulher,
podendo mesmo chegar a vendê-la como concubina. Após a viuvez, ela permanecia
como propriedade da família do marido, sendo-lhe, praticamente, impossível
voltar a casar. A par com isto estavam a escravatura e o infanticídio. A Civilização
Romana. Nesta Civilização o homem possuía todo o poder e autoridade sobre a sua
família, incluindo o direito de tirar a vida à sua própria mulher. Um esposo
romano podia facilmente afastar a sua mulher por mero capricho. Entre os
romanos a mulher não possuía personalidade legal. Ela nunca podia aparecer no
tribunal como queixosa. Era vista como uma menor, demente, como uma pessoa
incapaz de fazer ou de agir de acordo com a sua preferência. A sua propriedade
passava para as mãos do seu marido pelo casamento. Ela não podia obter ou deter
qualquer tipo de propriedade. Não podia ser testemunha, não podia comprar ou
vender, nem fazer parte de qualquer contrato. Com o avanço da civilização, o
conceito humano com respeito à posição da mulher sofreu uma profunda alteração.
As regras que determinavam o casamento sofreram, gradualmente, uma completa
"metamorfose" que as condições mudaram para pior. O divórcio foi
facilitado, e o matrimônio era efetuado com bases que eram pouco sólidas.
Séneca (4 AC – 65DC), o famoso filósofo e estadista romano, criticou os seus
compatriotas pela elevada incidência do divórcio entre eles. Séneca afirmou: "Agora,
o divórcio não é mais visto como algo de vergonhoso em Roma, as mulheres
calculam a sua idade pela quantidade de homens que tiveram como mandos." Naqueles
dias, as mulheres tinham por hábito casarem-se diversas vezes; S. Jerônimo (340
- 420 d.C.) menciona uma mulher maravilhosa, cujo último marido tinha sido o
seu 23º, tendo sido, ela própria, a 21º mulher do seu marido. A Flora tornou-se
um desporto romano muito popular, no qual mulheres nuas competiam em concursos
de raça. Homens e mulheres tomavam banho juntos nos banhos públicos. Quando os
Romanos ficaram de tal maneira absorvidos por paixões animalescas, a sua glória
desapareceu por completo, sem sequer deixar rasto atrás de si. Hinduísmo. A
Asura, como forma de casamento entre os antigos hindus, nada mais era do que
uma espécie de venda da filha pelo pai. A legalização só muito dificilmente
salvou mulheres de mãos cruéis, uma vez que nunca herdavam qualquer tipo de
propriedade. Na Índia, nos seus primórdios (e mesmo agora, em algumas partes),
as moças eram (e são) delicadas aos deuses, freqüentemente, sendo-lhes
oferecidas em matrimônio para que, desta maneira, pudessem usufruir dos seus
serviços da mesma forma que os maridos se serviam das suas mulheres. Por consequência,
elas ficavam sob a dependência dos sacerdotes ''dharmakarthas'', ou dos
mandatários ligados aos templos. Nos tempos dos Vedas, as mulheres eram
tratadas como recompensas de guerra, após a vitória, as mulheres eram levadas à
força e distribuídas como artigos de saque. Por isso, o tratamento dado as
mulheres era o pior possível. De acordo com Manu, mentir é uma particularidade
feminina, ainda segundo a ordem de Manu, no Hinduísmo, "Uma mulher nunca
deve procurar a independência e nunca deve fazer seja o que for de acordo com a
sua satisfação. " A lei do Hinduísmo diz: "Por uma moça por uma jovem
mulher, ou até mesmo por uma idosa, nada deve ser feito independentemente,
mesmo na sua própria casa. Na infância uma fêmea deve ser submetida ao seu pai,
na juventude ao seu marido, e quando da morte do seu senhor, aos seus filhos;
uma mulher nunca deve ser independente." A professora Indka, no seu livro
"Posição das Mulheres em Mahabharata", escreve: "Não existe
criatura mais pecadora do que a mulher. A mulher é o fogo ardente. Ela é o gume
afiado da navalha. É o conjunto de tudo isto. Os homens não devem amá-las (...)
destruição." Sir R. G. Bhandarkar comenta: ''A Bhagavad Gita dá expressão
à crença geral de que é somente uma alma pecadora que nasceu como mulher".
Naqueles tempos, como agora, um casamento hindu era indissolúvel, nem o
adultério, nem a prostituição, nem mesmo a degeneração podiam dissolver um
casamento hindu. O que dizer da vida, se até mesmo após a morte do marido as
viúvas não podiam exigir a separação. O mais cruel era a prática do sati, no
qual a viúva era queimada viva juntamente com o seu esposo morto. Esta prática
foi proibida somente pelos preceitos Islâmicos. A viúva era, e ainda o é,
olhada como algo repugnante, inauspicioso e que se devia evitar. A posição das
viúvas que não praticassem o ''Sati'' era tão triste, que as pobres almas
consideravam preferível serem queimadas vivas do que suportarem uma longa e
cruel tortura nas mãos de uma sociedade fria e injusta. Até à altura da
conquista da índia pelos Muçulmanos, as mulheres hindus caminhavam quase nuas e
expunham os seus atrativos sem a menor vergonha. Budismo. O ensinamento da
Nirvana (salvação) não pode ser levado a cabo na companhia de mulheres, tal
fato é, suficientemente, eloquente para nos fornece uma visão para a atitude do
Budismo em relação às mulheres. A ideia do matrimônio, e a vida que lhe está
inerente, é contrária ao objetivo do Budismo - a aniquilação do desejo - fato
que promove o celibato. Por isso, para um Budista, de acordo com o célebre
historiador Edvard Westermark (1862-1939): ''As mulheres são, das ciladas que o
demônio inventou para os homens, a mais perigosa; nas mulheres estão inerentes
todas as paixões que cegam a mente do mundo." A concepção sobre a mulher
no Budismo encontra-se resumida nas palavras de um sábio Budista de renome,
lembradas por Bettany no seu livro "Religiões Mundiais", nos
seguintes termos: "Infelizmente profundo, como o percurso de um peixe na
água é o caráter da mulher, revestido de mil artifícios, com os quais se torna
difícil descortinar a verdade, para a qual uma mentira é como a verdade, e a
verdade como uma mentira". Judaísmo. De acordo com as
escrituras Hebraicas, no Judaísmo a mulher encontra-se sob uma maldição eterna
e Divina. "Da mulher provém o início do pecado, e através dela todos nós
morremos" É uma crença que detém a mulher como responsável por todas as
fraquezas do homem. Por isso a sua degradação na sociedade Judaica, onde ela
era considerada não como uma criatura merecedora de honra, mas como alguém que
podia ser sujeita, justamente, a qualquer tipo de insultos, e ser reduzida à
posição de um móvel na casa. Cristianismo. Toda a estrutura do credo Cristão baseia-se
na doutrina do Pecado Original, pelo qual o Cristianismo, como o Judaísmo,
responsabiliza a mulher: ''A mulher que me deste por companheiras ela me deu da
árvore, e comi" (Gênesis 3:12). Eva, segundo o Cristianismo: ''(...) foi a
primeira a cometer o pecado e causadora da desgraça de Adão: por isso, ela era
realmente responsável pelos pecados da humanidade e Deus teve que enviar o Seu
único Filho, Jesus Cristo, para ser crucificado e lavar todos os pecados do
mundo com o seu próprio sangue." Esta é a suma da fé Cristã. Mais adiante,
reproduziremos algumas passagens do Novo Testamento, as quais deverão, sem a
necessidade de comentário, demonstrar a posição da mulher no Cristianismo, e de
como ela deverá ser evitada pelos candidatos ao Reino dos Céus: "Porque
eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres
que não geraram, e os peitos que não amamentaram." (S. Lucas 23:20). "Bom
seria que o homem não tocasse em mulher.'' (I Coríntios 7:1). "Porque
quereria que todos os homens fossem como eu mesmo (ou seja solteiros). Digo,
por isso, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom ficarem como eu (ou seja,
solteiros). Mas se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que
abrasar-se." (I Coríntios 7:9). "O solteiro cuida nas coisas do
Senhor, em como há de agradar ao Senhor. Mas o que é casado cuida nas coisas do
mundo, em como há de agradar à mulher." (I Coríntios 7:32-33). "Mas,
(ele), o que a não dá em casamento, faz melhor.'' (I Coríntios 7:38). As
comunicações Bíblicas sobre a fraqueza da mulher só poderiam levar os primeiros
Sacerdotes Cristãos a fazerem tão "piedosíssimas" difamações, sobre
as quais nenhuma mulher, que tenha respeito por si própria, poderá manter-se
calada. Paulo, o primeiro santo da Cristandade, proclama: ''A mulher aprenda em
silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use
de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Pois primeiro foi
formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado mas a mulher, sendo enganada
caiu em transgressão.'' (I Timóteo 2:11-14). Diz São Tertúlio, 160 DC, às
mulheres: "Sabeis vós, que cada uma de vós é uma Eva; a sentença de Deus
sobre este sexo das vossas vidas nesta era; a culpa tem de necessariamente
viver, igualmente; vós sois o primeiro desertor da Lei Divina, vós sois aquela
que o persuadiu, quando o demônio ainda não era suficientemente forte para
atacar. Vós destruísses muito facilmente a imagem de Deus no homem. Por conta
da vossa deserção, ou seja, morte, até o Filho de Deus teve que morrer."
(De Cottu Feminarum). Afirma São Gregório Taumaturgo (213-270): "Entre
todos os homens, procurei a castidade apropriada a eles, e não a encontrei em
nenhum. Provavelmente pode-se encontrar um homem casto entre mil, mas nunca
entre as mulheres." Segundo São Gregório de Nazianzum (329-390): ''A
ferocidade é característica do dragão e a astúcia da áspide, mas a mulher tem a
malícia de ambos." São João Crisóstomo (407 DC) olhava a mulher como: "Um
demônio necessário, uma calamidade desejada, um fascinador mortífero, e uma
doença camuflada." Aos olhos de São Clemente de Alexandria (150-215): "Nada
de calamitoso é próprio do homem, que é dotado de razão, o mesmo não se pode
dizer da mulher, para a qual se è uma vergonhoso refletir sobre a sua própria
natureza." (Paeds, II:, 2.83, pag. 186). Com efeito, os construtores da
Igreja Cristã, bem como os primitivos Sacerdotes, podem ser denominados de
rivais concorrentes nas suas denúncias relativas à mulher. Ela foi descrita
como: "O instrumento do Demônio"; "O fundamento das armas do
Diabo, cuja voz é o assobiar das serpentes"; "Um escorpião sempre
pronto a picar, e a lança do demônio"; "Um instrumento que o demônio
utiliza para se apoderar das nossas almas"; "A porta do Inferno, o
caminho da iniquidade, o espigo do escorpião"; "Algo impuro, uma
filha da falsidade, uma sentinela do Inferno, o inimigo da paz, e, de todos os
animais selvagens, o mais perigoso". Ditos de; São Bernardo, São Antônio,
São Boaventura, São Cipriano, São Jerônimo e São João Damasceno,
respectivamente. A mulher era tida como "algo impuro", a
"impureza" da mulher levou a Igreja Cristã a denunciar até o sagrado
matrimônio - essa grande instituição social da humanidade. Diz São Gregório: ''Abençoado,
é aquele que leva uma vida celibatária, e não encerra em si a imagem Divina com
a obscenidade da concupiscência." A irreparável injúria que foi infligia
sobre as mulheres na Cristandade, e sobretudo durante a Idade Média, dispensa
qualquer tipo de descrição. A condição das mulheres antes do advento do Profeta
Muhammad (que Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), era miserável por todo
o mundo, nenhuma religião lhes permitia a igualdade, nenhuma religião lhes deu
uma parte na propriedade dos seus familiares e esposos. A mulher era vista como
um demônio e como um fardo indesejado, uma fonte de desgraça e humilhação para
a família. As mulheres eram universalmente tratadas como bens e brinquedos nas
mãos dos homens. Elas nunca eram vistas como parte integrante do casamento.
Podiam ser obtidas num momento de prazer, e rejeitadas de uma forma puramente
caprichosa; somente o coração e a bolsa podiam colocar limitações. As mulheres
não tinham uma posição independente, não possuíam qualquer propriedade, não
tinham qualquer direito a herança. Na Arábia (em particular), mesmo antes do
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), a condição
da mulher era simplesmente miserável de tal forma que as crianças
recém-nascidas de sexo feminino eram enterradas vivas. Elas não eram olhadas
como pessoas humanas, com efeito, na Arábia, a mulher permanecia algures no
limbo entre o mundo animal e a humanidade. www.ccib.org.br.
Abraço. Davi.
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