domingo, 28 de junho de 2020

A QUEDA


Fraternidade Rosa Cruz. www.fraternidaderosacruz.net. Ensinamento Bíblico da Sabedoria Ocidental. "A Bíblia foi dada ao Mundo Ocidental pelos Anjos do Destino, que dão a cada um e a todos exatamente aquilo que necessitam para o seu desenvolvimento.” MAX HEINDEL (1865-1919). LIÇÃO. Nº 13. A QUEDA. Referência: Gênesis 3. Ao analisarmos o Gênesis, é necessário acrescentar algumas palavras a respeito da “QUEDA”, que é a pedra angular do Cristianismo popular. Se não tivesse havido a “QUEDA”, não haveria necessidade do “Plano de Salvação”. Quando a Terra saiu do caos, passou primeiramente pela fase vermelho-escura, conhecida pelo nome de Época Polar. A humanidade evoluiu então num corpo denso muito diferente do atual. Na fase ígnea - Época Hiperbórea - o corpo vital foi agregado ao denso e o Homem era então uma espécie de planta, isto é, possuía veículos e consciência semelhantes aos das atuais plantas. Ou melhor, uma consciência parecida com a que temos atualmente num sono sem sonhos, quando os corpos denso e vital se encontram abandonados no leito. Na Época Hiperbórea, o corpo denso tinha a aparência de um enorme saco de gás que flutuava por cima da Terra ígnea. O dito corpo emitia esporos que se desenvolviam e eram logo utilizados por outras entidades que os habitavam. Naquele tempo, o Homem possuía os dois sexos, sendo hermafrodita como as plantas. Na Época Lemúrica, quando a Terra gradativamente se solidificava, formaram-se grandes crostas semelhantes a ilhas no meio dos mares em ebulição. E o corpo do Homem também se solidificou, adquirindo certa semelhança com o que possui hoje. Tinha então a aparência de um macaco: o tronco era curto, os membros enormes, os calcanhares projetados para trás, faltando, quase por completo, a parte superior da cabeça. O Homem vivia numa atmosfera de vapor a que os ocultistas chamaram névoa ígnea. Não tinha pulmões e respirava por meio de guelras. Possuía interiormente um órgão parecido com uma bexiga que enchia, aspirando ar quente a fim de o ajudar a transpor as enormes aberturas da terra produzidas pelas erupções vulcânicas. Por trás da cabeça, projetava-se um órgão que se encontra agora no interior e que os anatomistas chamam de glândula pineal. Ou terceiro olho, se bem que nunca tenha sido um olho, mas um órgão de sensação. O próprio corpo não possuía, nesse tempo, sensação alguma, mas, quando se aproximava muito de uma cratera vulcânica, o calor percebido por esse órgão obrigava-o a afastar-se antes de o corpo ser destruído. O corpo denso tinha então se solidificado a tal ponto que era já impossível ao Homem continuar a sua reprodução por meio de esporos. E foi necessário que desenvolvesse um órgão do pensamento, o cérebro. A força criadora de que nos valemos agora para construir estradas de ferro, navios, aviões, etc., etc. No mundo exterior foi utilizada, então, na construção de órgãos. Como todas as demais forças, era bipolar, positiva e negativa. Um dos polos dirigiu-se para cima, construindo o cérebro, deixando o outro disponível para a propagação. O Homem deixou de ser uma unidade criadora completa. Cada ser humano só possuía metade da força criadora, sendo-lhe necessário buscar o complemento fora de si próprio. O Homem não era então o ser consciente que é agora. Tinha mais consciência do Mundo Espiritual que do Mundo Físico; mal podia ver o seu corpo físico e não era consciente do ato gerador. A afirmação bíblica de que Jeová adormecia o Homem quando este devia reproduzir-se é, pois, correta. Não havia dor nem dificuldades no parto e, por causa da consciência extremamente incipiente do seu ambiente físico, o Homem não percebia a perda do seu corpo denso pela morte, nem da sua entrada em um novo veículo físico em cada renascimento. Naquela época, “os seus olhos não estavam abertos” e os seres humanos não tinham consciência uns dos outros no Mundo Físico, ainda que despertos no Mundo Espiritual. Também, sob a direção dos Anjos, particularmente aptos para ajudá-los no mister relativo à propagação, eram reunidos em grandes templos, em certas épocas do ano, quando as linhas de força planetária eram propícias. Ali, o ato da geração era cumprido como um sacrifício religioso. Quando o Homem primitivo - ADÃO - teve contato com a mulher, o espírito durante um momento penetrou a carne, e “ADÃO conheceu a mulher”, quer dizer, tornou-se consciente da sua presença física. É assim que a Bíblia emprega em todas as suas páginas essa expressão casta como quando se diz que “Elcana conheceu a sua mulher Ana e ela teve por fruto a Samuel”, I Samuel 1,19. Igualmente, no Novo Testamento, quando o Anjo disse a Maria que seria a mãe do Salvador, ela respondeu: “Como pode ser isso, pois que não conheço varão?, Lucas 1,34.” O pecado é um ato contrário à Lei. Enquanto a humanidade se propagava sob a direção dos Anjos, que possuíam conhecimento das linhas de forças cósmicas, o parto não era doloroso, tal como sucede atualmente com animais selvagens, que se acasalam somente em épocas determinadas do ano, sob a direção dos seus espíritos-grupo. Mas quando o Homem deixou-se guiar pelos conselhos de certos espíritos (os Lucíferes) colocados a meio caminho entre a humanidade e os Anjos. Começou a procriar em qualquer época do ano, descuidando-se em observar as linhas cósmicas. O pecado de “comer da árvore do conhecimento” foi a causa do parto com dor que Deus anunciou a Eva. Ele não a amaldiçoou; somente declarou o que resultaria do uso ignorante da função criadora. Recordemos que os Espíritos Lucíferes formavam parte da humanidade do Período Lunar, que são os atrasados da onda de vida dos Anjos e que eram demasiado avançados para tomar um corpo denso. Mas necessitavam de um “órgão interior” para poder adquirir conhecimento. Além disso, podiam trabalhar por intermédio de um cérebro físico, coisa que Jeová ou os Anjos não podiam fazer. Esses Espíritos penetraram na medula espinhal e no cérebro da mulher, cuja imaginação tinha sido despertada pela educação peculiar à raça Lemúrica, e falaram-lhe. Como a sua faculdade de percepção era sobretudo interior, ela recebeu deles a impressão de uma imagem e viu-os sob a forma de serpentes, pois haviam penetrado no seu cérebro pela medula espinhal que tem a forma de uma serpente. A educação da mulher compreendia a observação das perigosas proezas e combates dos homens que necessitavam desenvolver a vontade, resultando desses combates a morte e o desaparecimento de muitos corpos físicos. A consciência incipiente de que algo estranho acontecia levava a imaginação da mulher a interrogar-se a respeito da origem das coisas incomuns que percebia. Tinha consciência dos espíritos que haviam perdido os seus corpos físicos, mas a sua percepção imperfeita do Mundo Físico não lhe permitia revelar a seus amigos que tinham perdido os seus corpos densos nos combates. Os Espíritos Lucíferes resolveram-lhe o problema “abrindo os seus olhos”. Revelaram-lhe o seu próprio corpo e o do homem e ensinaram-na como ambos podiam vencer, conjuntamente, a morte, criando novos corpos. Assim, a morte já não podia afetá-los porque, à sua vontade, como Jeová, podiam criar novos corpos. Lúcifer abriu os olhos da mulher. Ela buscou a ajuda do homem e abriu-lhe os olhos. Assim, de um modo bastante real, ainda que imperfeito, eles se conheceram, tendo pela primeira vez consciência um do outro e também do Mundo Físico. Conheceram a morte e a dor, o que permitiu diferenciar o homem interior do corpo que o reveste e que renova cada vez que lhe é necessário para avançar no caminho da evolução. Deixaram de ser autômatos e converteram-se em seres livres e pensadores pelo preço da sua sujeição à dor, à enfermidade e à morte. Que a interpretação de “comer o fruto” é o símbolo do ato gerador prova-se pela declaração de Jeová que eles deveriam morrer e que a mulher teria seus filhos com dores. Jeová sabia que a atenção do Homem tinha sido chamada sobre o seu invólucro físico (o corpo) e de que se tornaria consciente da sua perda com a morte. Sabia também que o Homem não possuía ainda a sabedoria necessária para dominar as suas paixões e regular as suas relações sexuais, observando a posição dos planetas; por conseguinte, o parto com dor decorreria do abuso indiscriminado do ato. Para os comentadores da Bíblia, tem-se constituído num enigma a relação que poderia existir entre a ação de comer um fruto e o nascimento, mas o problema fica resolvido se compreendermos que o ato de comer o fruto é a expressão simbólica do ato da geração, por meio da qual o Homem se tornaria “semelhante a Deus”, pois conhece os seus semelhantes e é capaz de engendrar novos corpos. Na última parte da Época Lemúrica, quando o Homem se arrogou a prerrogativa de realizar o ato gerador a seu capricho, era então a sua vontade poderosa o que lhe permitia fazê-lo. “Comendo o fruto da Árvore do Conhecimento”, não importa em que momento, ele era capaz de criar um corpo novo cada vez que perdia o anterior. Nós estamos habituados a pensar que a morte é um acontecimento terrível. Se o Homem tivesse comido também da “Árvore da Vida”, e tivesse aprendido o segredo da vitalização perpétua do seu corpo, ter-se-ia encontrado em situação ainda pior. Nós sabemos que nossos corpos ainda não são perfeitos e que, em épocas anteriores, eram extremamente primitivos. Por conseguinte, a ansiedade causada às Hierarquias Criadoras pelo temor de que o Homem “comesse também da Árvore da Vida” e se tornasse capaz de renovar o seu corpo vital era bem fundada. Se ele tivesse feito isso, tornar-se-ia, em verdade, imortal, mas não teria sido capaz de progredir. A evolução do Ego depende de seus veículos e, se não fosse capaz de renová-los e melhorá-los por meio da morte e do renascimento, teria estacionado. Diz a máxima ocultista que quanto mais amiúde morremos, mais capazes somos de viver melhor, pois cada nascimento nos oferece uma nova oportunidade. Vimos que os conhecimentos adquiridos pelo Homem por meio do cérebro e do egoísmo dele resultante foram adquiridos às expensas do poder que possuía de criar por si mesmo. Conquistou o seu livre arbítrio pelo preço do sofrimento e da morte; mas quando aprender a utilizar seu intelecto para o bem da humanidade, obterá um poder espiritual sobre a vida e, além disso, será guiado por uma sabedoria inata tão superior à consciência atual do cérebro, como esta é superior à consciência dos animais. A queda na geração foi necessária para a construção do cérebro; mas isso não é, afinal, senão um meio indireto de obter conhecimento e que será suplantado por uma ligação direta com a sabedoria da Natureza de tal modo que o Homem, sem a ajuda de qualquer colaboração estranha, será capaz de utilizar para gerar novos corpos. A laringe pronunciará a “Palavra Perdida”, o “Fiat Criador”, que, sob a direção de grandes Instrutores, foi empregada na antiga Lemúria para a criação de plantas e animais. Então, o Homem será, em verdade, um Criador, não à maneira lenta e laboriosa de hoje, mas pelo uso da palavra própria ou fórmula mágica que o tornará capaz de criar um corpo.

Estude cuidadosamente esta lição e depois responda, de forma clara e concisa, às perguntas formuladas a seguir. Mande-nos suas respostas, não se esquecendo nunca de mencionar seu nome e endereço completos. Elas serão examinadas e devolvidas com a lição seguinte. 1 - Descreva a condição do Homem na Época Lemúrica. 2 - A quem foi confiada a propagação da espécie nessa Época? 3 - Quem foram os Lucíferes? 4 - Explique como esses espíritos se manifestaram à mulher e o que lhe revelaram. 5 - Cite a passagem da Bíblia onde Jeová menciona os resultados da ação de “comer do fruto da Árvore do Conhecimento”, dando o seu significado. 6 - Explique o temor das Hierarquias de que o Homem comesse também da “Árvore da Vida”. 7 - Que poder adquiriremos quando a força criadora for propriamente transmutada pelo Homem? Endereço: FRATERNIDADE ROSACRUZ IN LUSITANIA. Rua de Cedofeita, nº 455, 1º andar, sala 8. 4050-181. Porto – Portugal. www.frc.lusitania@gmail.com. www.fraternidaderosacruz.net. Abraço. Davi.

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