Espiritismo.
www.fetnet.org.br. Texto de Allan
Kardec. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Livro A Gênese – Os Milagres e as
Predições Segundo o Espiritismo. Capítulo I. CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA III.
Mas como saber se um princípio é ensinado por toda parte ou se apenas reflete
uma opinião pessoal? Não estando os grupos isolados em condições de saber o que
se diz alhures, era de todo necessário que um centro reunisse todas as
instruções para proceder a uma espécie de depuração das vozes e transmitir a
todos a opinião da maioria.20 54. Não existe nenhuma ciência que haja saído
prontinha do cérebro humano. Todas, sem exceção de nenhuma são fruto de
observações sucessivas, apoiadas em observações precedentes, como sobre um
ponto conhecido para chegar ao desconhecido. Foi assim que os Espíritos
procederam com relação ao Espiritismo, razão por que é gradativo o ensino que
ministraram, pois eles não abordam as questões senão à medida que os princípios
sobre os quais hajam de apoiar-se estejam suficientemente elaborados e bastante
amadurecida a opinião para os assimilar. É mesmo de notar-se que, de todas as
vezes que os centros particulares quiseram tratar de questões prematuras, não
obtiveram mais do que respostas contraditórias, nada concludentes. Quando, ao
contrário, chega o momento oportuno, o ensino se generaliza e se unifica na
quase universalidade dos centros. Há, todavia, capital diferença entre a marcha
do Espiritismo e a das ciências: a de que estas não atingiram o ponto em que
chegaram senão após longos intervalos, ao passo que bastaram alguns anos ao
Espiritismo, quando não a galgar o ponto culminante, pelo menos a recolher uma
soma de observações bem grande para formar uma doutrina. Resulta esse fato da
inumerável multidão de Espíritos que, por vontade de Deus, se manifestaram
simultaneamente, trazendo cada um o contingente de seus conhecimentos. Resultou
daí que todas as partes da Doutrina, em vez de serem elaboradas sucessivamente
durante vários séculos, o foram quase ao mesmo tempo, em alguns anos apenas, e
que bastou reuni-las para que estruturassem um todo. Quis Deus que fosse assim,
primeiro para que o edifício chegasse mais rapidamente ao fim; em seguida para
que se pudesse, por meio da comparação, ter um controle, a bem dizer imediato e
permanente, da universalidade do ensino, pois nenhuma de suas partes tem valor
nem autoridade, a não ser pela sua conexão com o conjunto, devendo todas
harmonizar-se, achando cada uma o devido lugar e vindo cada qual a seu tempo.
Não confiando a um único Espírito o encargo de promulgar a Doutrina, quis Deus,
também, que tanto o menor quanto o maior, tanto entre os Espíritos quanto entre
os homens, trouxe sua pedra para o edifício, a fim de estabelecer entre eles um
laço de solidariedade cooperativa, que faltou a todas as doutrinas oriundas de
um tronco único. Por outro lado, dispondo todo Espírito, como todo homem, apenas
de limitada soma de conhecimentos, não estavam aptos, individualmente, a tratar
ex professo das inúmeras questões que o Espiritismo envolve. É por isso também
que a Doutrina, em cumprimento aos desígnios do Criador, não podia ser obra nem
de um só Espírito nem de um só médium. Tinha que sair da coletividade dos
trabalhos, comprovados uns pelos outros. Um último caráter da revelação
espírita, a ressaltar das próprias condições em que ela se produz, é que,
apoiando-se em fatos, tem que ser, e não pode deixar de ser, essencialmente
progressiva, como todas as ciências de observação. Por sua essência, ela
contrai aliança com a Ciência que, sendo a exposição das leis da natureza, com
relação a certa ordem de fatos, não pode ser contrária à vontade de Deus, autor
daquelas Leis. As descobertas que a Ciência realiza, longe de o rebaixarem,
glorificam a Deus; apenas destroem o que os homens edificaram sobre as falsas
ideias que formaram de Deus. O Espiritismo, pois, estabelece como princípio
absoluto somente o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta
logicamente da observação. Interessando-se a todos os ramos da economia social,
aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as
doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o
estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que ele se
suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim
providencial. Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será
ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro
acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade
nova se revelar, ele a aceitará. Qual a utilidade da doutrina moral dos
Espíritos, visto que não é outra senão a do Cristo? O homem precisa de uma
revelação? Não pode achar em si próprio tudo o que lhe é necessário para bem se
conduzir na vida? Do ponto de vista moral, é fora de dúvida que Deus outorgou
ao homem um guia, que é a sua consciência, a dizer-lhe: “Não façais aos outros
o que não gostaríeis que eles fizessem a vocês.” Certamente a moral natural
está inscrita no coração dos homens; porém, todos saberão lê-la nesse livro?
Nunca lhe desprezaram os sábios preceitos? Que fizeram da moral do Cristo? Como
a praticam aqueles mesmos que a ensinam? Não se terá tornado letra morta, bela
teoria, boa para os outros e não para si? Reprovareis que um pai repita a seus
filhos dez vezes, cem vezes as mesmas instruções, desde que eles não as sigam?
Por que Deus faria menos do que um pai de família? Por que não enviaria, de vez
em quando, mensageiros especiais aos homens, para lhes lembrar os deveres e
reconduzi-los ao bom caminho, quando deste se afastam? Por que não abrir os
olhos da inteligência aos que os trazem fechados, assim como os homens mais
adiantados enviam missionários aos selvagens e aos bárbaros? A moral que os
Espíritos ensinam é a do Cristo, em virtude de não haver outra melhor. Mas,
então, de que serve o ensino deles, se apenas repetem o que já sabemos? Outro
tanto se poderia dizer da moral do Cristo, ensinada quinhentos anos antes por
Sócrates e Platão em termos quase idênticos. O mesmo se poderia dizer também de
todos os moralistas, que nada mais fazem do que repetir a mesma moral em todos
os tons e sob todas as formas. Pois bem! os Espíritos vêm, muito simplesmente,
aumentar o número dos moralistas, com a diferença de que, manifestando-se por
toda parte, tanto se fazem ouvir na choupana como no palácio, tanto pelos
ignorantes como pelos instruídos. O que o ensino dos Espíritos acrescenta à
moral do Cristo é o conhecimento dos princípios que regem as relações entre os
mortos e os vivos, princípios que completam as noções vagas que se tinham da
alma, de seu passado e de seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as
próprias leis da natureza. Com o auxílio das novas luzes que o Espiritismo e os
Espíritos trouxeram, o homem compreende a solidariedade que religa todos os
seres; a caridade e a fraternidade se tornam uma necessidade social; ele faz por
convicção o que fazia unicamente por dever, e o faz melhor. Somente quando
praticarem a moral do Cristo os homens poderão dizer que não precisam de
moralistas encarnados ou desencarnados. Ora, nessa época, Deus não lhos enviará
mais nenhum. Uma das questões mais importantes, entre as propostas no começo
deste capítulo, é a seguinte: que autoridade tem a revelação espírita, uma vez
que emana de seres de limitadas luzes e que não são infalíveis? A objeção seria
procedente se essa revelação consistisse apenas no ensino dos Espíritos, se
deles exclusivamente devêssemos recebê-la e houvéssemos de aceitá-la de olhos
fechados. Perde, porém, todo o valor, desde que o homem concorra para a
revelação com o seu raciocínio e o seu julgamento; desde que os Espíritos se limitam
a pôr o homem no caminho das deduções que ele pode tirar da observação dos
fatos. Ora, as manifestações, nas suas inumeráveis modalidades, são fatos que o
homem estuda para lhes deduzir a lei, auxiliado nesse trabalho por Espíritos de
todas as categorias que, assim, são mais colaboradores seus do que reveladores,
no sentido usual do termo. Ele lhe submete os dizeres ao controle da lógica e
do bom senso, beneficiando-se, dessa maneira, dos conhecimentos especiais de
que os Espíritos dispõem pela posição em que se acham, mas sem abdicar do uso
da própria razão. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens,
comunicando- -nos com eles não saímos da condição de humanidade, circunstância
capital a considerar-se. Os homens de gênio, que foram condutores da
humanidade, vieram do mundo dos Espíritos e para lá voltaram ao deixarem a
Terra. Considerando-se que os Espíritos podem comunicar-se com os homens, esses
mesmos gênios podem dar-lhes instruções sob a forma espiritual, como o fizeram
sob a forma corpórea. Podem instruir-nos depois de terem morrido, tal qual
faziam quando vivos; apenas são invisíveis, ao invés de serem visíveis, sendo
essa a única diferença. A experiência e o saber de que dispõem não devem ser
menores do que antes e, se a palavra deles, como homens, tinha autoridade, não
há razão para tê-la menos somente pelo fato de estarem no mundo dos Espíritos.
58. Todavia, não são apenas os Espíritos superiores que se manifestam, mas
igualmente os de todas as categorias, e era preciso que assim acontecesse para
nos iniciarmos no que respeita ao verdadeiro caráter do mundo espiritual, no-lo
mostrando em todas as suas faces. Daí resulta serem mais íntimas as relações
entre o mundo visível e o mundo invisível, e mais evidente a conexão entre os
dois. Vemos assim mais claramente de onde viemos e para onde vamos. Tal é o
objetivo essencial das manifestações. Todos os Espíritos, pois, seja qual for o
grau de elevação em que se encontrem, nos ensinam alguma coisa; cabe, porém, a
nós, visto que eles são mais ou menos esclarecidos, discernir o que há de bom
ou de mau no que nos digam e tirar, do ensino que nos deem, o proveito
possível. Ora, todos, quaisquer que sejam, nos podem ensinar ou revelar coisas
que ignoramos e que sem eles nunca saberíamos. Incontestavelmente, os grandes
Espíritos encarnados são individualidades poderosas, mas de ação restrita e de
lenta propagação. Viesse um só deles hoje, embora fosse Elias ou Moisés,
Sócrates ou Platão, revelar aos homens as condições do mundo espiritual, quem
provaria a veracidade de suas asserções, nesta época de ceticismo? Não o
tomariam por sonhador ou utopista? Mesmo que fosse verdade absoluta o que
dissesse, séculos e mais séculos escoariam antes que as massas humanas lhe
aceitassem as ideias. Deus, em sua sabedoria, não quis que assim acontecesse;
quis que o ensino fosse dado pelos próprios Espíritos, e não por encarnados, a
fim de que os primeiros convencessem estes últimos da sua existência, e quis
que isso ocorresse por toda a Terra simultaneamente, quer para que o ensino se
propagasse com maior rapidez, quer para que, coincidindo em toda parte,
constituísse uma prova de verdade, tendo assim cada um o meio de convencer-se a
si próprio. 60. Os Espíritos não se manifestam para libertar o homem do estudo
e das pesquisas, nem para lhe transmitirem uma ciência pronta. Com relação ao
que o homem pode descobrir por si mesmo, eles o deixam entregue às suas
próprias forças. É o que sabem hoje perfeitamente os espíritas. Há tempos a
experiência tem demonstrado ser errôneo atribuir-se aos Espíritos todo o saber
e toda a sabedoria e que bastaria dirigir-se ao primeiro Espírito que se
apresente para conhecer todas as coisas. Saídos da humanidade, os Espíritos
constituem uma de suas faces. Assim como na Terra, no plano invisível também há
os superiores e os vulgares; muitos deles, pois, do ponto de vista científico e
filosófico, sabem menos do que certos homens; eles dizem o que sabem, nem mais,
nem menos. Do mesmo modo ocorre com os homens, os Espíritos mais adiantados
podem instruir-nos sobre maior quantidade de coisas, dar-nos opiniões mais
judiciosas, do que os atrasados. Pedir conselhos aos Espíritos não é entrar em
entendimento com potências sobrenaturais; é tratar com seus iguais, com aqueles
mesmos a quem o homem se dirigiria neste mundo: a seus parentes, a seus amigos
ou a indivíduos mais esclarecidos do que ele. Disto é que importa que todos se
convençam e é o que ignoram os que, não tendo estudado o Espiritismo, fazem
ideia completamente falsa da natureza do mundo dos Espíritos e das relações com
o além-túmulo. Qual, portanto, a utilidade dessas manifestações, ou, se o
preferirem, dessa revelação, uma vez que os Espíritos não sabem mais do que nós
ou não nos dizem tudo o que sabem? Primeiramente, como já dissemos, eles se
abstêm de nos dar o que podemos adquirir pelo trabalho; em segundo lugar, há
coisas cuja revelação não lhes é permitida, porque o grau do nosso adiantamento
não as comporta. Afora isto, as condições da nova existência em que se acham
lhes dilatam o círculo das percepções: eles veem o que não viam na Terra;
libertos dos entraves da matéria, isentos dos cuidados da vida corpórea, julgam
as coisas de um ponto de vista mais elevado e, por isso mesmo, mais justo; a
perspicácia de que gozam abrange mais vasto horizonte; compreendem seus erros,
retificam suas ideias e se desembaraçam dos preconceitos humanos. É nisto que
consiste a superioridade dos Espíritos com relação à humanidade corpórea e daí
vem que seus conselhos, segundo o grau de adiantamento que alcançaram, são mais
judiciosos e desinteressados do que os dos encarnados. O meio em que se
encontram lhes permite, além disso, iniciar-nos nas coisas relativas à vida
futura, coisas que ignoramos e que não podemos aprender no meio em que estamos.
Até agora, o homem apenas formulara hipóteses sobre o futuro, sendo a razão por
que suas crenças a esse respeito se fracionaram em tão numerosos e divergentes
sistemas, desde o niilismo até as concepções fantásticas do inferno e do
paraíso. Hoje, são as testemunhas oculares, os próprios atores da vida de além-
-túmulo que nos vêm dizer em que se tornaram e só eles o podiam fazer. Suas
manifestações, conseguintemente, serviram para dar-nos a conhecer o mundo
invisível que nos rodeia e do qual nem suspeitávamos e só esse conhecimento
seria de capital importância, supondo-se que os Espíritos nada mais nos
pudessem ensinar. Quando em viagem por um país que não conheçais, recusareis as
informações do mais humilde camponês que encontrardes? Deixareis de
interrogá-lo sobre as condições das estradas simplesmente por ser ele um
camponês? Certamente não esperareis obter, por seu intermédio, esclarecimentos
de grande alcance, mas, de acordo com o que ele é na sua esfera, poderá, sobre
alguns pontos, vos ensinar melhor do que um homem instruído que não conheça o
país. Tirareis das suas indicações deduções que ele próprio não tiraria, sem
que por isso deixe de ser um instrumento útil às vossas observações, embora
apenas servisse para vos informar acerca dos costumes dos camponeses. Dá-se a
mesma coisa no que concerne às nossas relações com os Espíritos, entre os quais
o menos qualificado pode servir para nos ensinar alguma coisa. Uma comparação
vulgar tornará ainda mais compreensível a situação. Um navio carregado de
emigrantes parte para destino longínquo. Leva homens de todas as condições,
parentes e amigos dos que ficam. Vem-se a saber que esse navio naufragou.
Nenhum vestígio resta dele, nenhuma notícia chega sobre a sua sorte.
Acredita-se que todos os passageiros tenham perecido e o luto penetra em todas
as suas famílias. Entretanto, a tripulação inteira e os passageiros, sem faltar
um único homem, foi ter a uma terra desconhecida, abundante e fértil, onde
todos passam a viver felizes, sob um céu clemente. Ninguém, todavia, sabe disso.
Ora, um belo dia, outro navio aporta a essa terra e lá encontra os náufragos,
sãos e salvos. A auspiciosa notícia se espalha com a rapidez do relâmpago.
Exclamam todos: “Os nossos amigos não estão perdidos!” E rendem graças a Deus.
Não podem ver-se uns aos outros, mas correspondem-se; permutam demonstrações de
afeto e assim a alegria substitui a tristeza. Tal a imagem da vida terrena e da
vida de além-túmulo, antes e depois da revelação moderna. A última, semelhante
ao segundo navio, nos traz a boa-nova da sobrevivência dos que nos são caros e
a certeza de que um dia nos reuniremos a eles. Deixa de existir a dúvida sobre
a sorte deles e a nossa. O desânimo se desfaz diante da esperança. Outros
resultados fecundam essa revelação. Achando madura a humanidade para penetrar o
mistério do seu destino e contemplar a sangue-frio novas maravilhas, Deus
permitiu que fosse erguido o véu que ocultava o mundo invisível ao mundo
visível. As manifestações nada têm de extra- -humanas; é a humanidade
espiritual que vem conversar com a humanidade corpórea e dizer-lhe: “Nós
existimos, logo, o nada não existe; eis o que somos e o que sereis; o futuro
vos pertence, como a nós. Caminhais nas trevas, vimos clarear-vos o caminho e
traçar-vos o roteiro; andais ao acaso, vimos apontar-vos a meta. A vida terrena
era tudo para vós, porque nada víeis além dela; vimos dizer-vos, mostrando a
vida espiritual: a vida terrestre nada é. A vossa visão se detinha no túmulo,
nós vos desvendamos, para além deste, um esplêndido horizonte. Não sabíeis por
que sofreis na Terra; agora, no sofrimento, vedes a Justiça de Deus. O bem não
produzia nenhum fruto aparente para o futuro; doravante, ele terá uma
finalidade e constituirá uma necessidade; a fraternidade, que não passava de
bela teoria, assenta agora numa Lei da natureza. Sob o domínio da crença de que
tudo se acaba com a vida, a imensidade é o vácuo, o egoísmo reina soberano
entre vós e a vossa palavra de ordem é: ‘Cada um por si.’ Com a certeza do
futuro, os espaços infinitos se povoam ao infinito, em parte alguma há o vazio
e a solidão; a solidariedade liga todos os seres, aquém e além da tumba. É o
reino da caridade, sob a divisa: ‘Um por todos e todos por um.’ Enfim, ao termo
da vida dizíeis eterno adeus aos que vos são caros; agora simplesmente direis:
‘Até breve!’. Tais são, em resumo, os resultados da revelação nova, que veio
encher o vácuo que a incredulidade havia cavado, levantar os ânimos abatidos
pela dúvida ou pela perspectiva do nada e dar a todas as coisas uma razão de
ser. Esse resultado carecerá de importância apenas porque os Espíritos não vêm
resolver os problemas da Ciência, dar saber aos ignorantes e meios aos
preguiçosos para se enriquecerem sem trabalho? Entretanto, os frutos que o
homem deve colher da nova revelação não dizem respeito tão só à vida futura.
Ele os saboreará na Terra, pela transformação que estas novas crenças hão de
necessariamente operar no seu caráter, nos seus gostos, nas suas tendências e,
por conseguinte, nos hábitos e nas relações sociais. Pondo fim ao reino do
egoísmo, do orgulho e da incredulidade, elas preparam o do bem, que é o reino
de Deus, anunciado pelo Cristo. www.fetnet.org.br.
Abraço. Davi
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