Religião
Afro-brasileira. Candomblé. Livro O Candomblé da Bahia. Rito Nagô. Tradução de
Maria Isaura Pereira de Queiroz (1918-2018). Capítulo I. APRESENTAÇÃO III. Se
este o perde e outra pessoa o usa, não terá nenhum poder para esta, pois não
foi posto em participação, nem direta, nem indireta, com a cabeça dela. Vê-se,
pois, que a cerimônia da lavagem nada tem de dramático nem de pitoresco.
Atenção, porém. É de importância capital para o indivíduo que a ela se submete,
pois daí por diante fica ligado a um mundo diferente. Não gozará mais da
liberdade que antes possuía, está preso a toda uma cadeia de obrigações
negativas ou positivas, de encargos e de deveres. Não poderá mais comer certos
alimentos, os que são eho (tabu) para seu deus; não poderá ter relações sexuais
no dia da semana dedicado à divindade; finalmente, compromete-se tacitamente a
participar do ciclo de despesas do candomblé. Uma primeira ruptura se produziu,
o homem se destacou da civilização profana, brasileira, para se integrar na
civilização africana. Os Orixá detêm agora poder sobre ele; se violar os tabus,
se não desempenhar suas novas obrigações, o deus que em parte já reina na sua
cabeça pode puni-lo por meio de uma série de infelicidades, doenças, desgraças
familiares, que irão se acumulando se não fizer caso dos primeiros avisos. O
colar, com o decorrer do tempo, pode perder sua força e neste caso urge
proceder a nova lavagem. Porém, para tal, não há datas marcadas, pois, a
decadência da virtude das contas varia de acordo com as circunstâncias. b) O
bori. Esta cerimônia foi descrita, mais ou menos minuciosamente, por Manuel
Querino (1851-1923) e por Pierre Verger (1902-1996) na Bahia, por René Ribeiro
no Recife; são encontrados também alguns detalhes na reportagem de Henry
Georges Clouzot (1907-1977). Isto tudo nos permite não perder tempo com a
descrição do ritual e ir imediatamente ao que é mais importante. O nome popular
que designa esta cerimônia mostra bem tanto a função quanto o que tem de
essencial: "dar de comer à cabeça". A pessoa que a faz realizar
senta-se numa esteira recoberta de pano branco, com o torso nu e uma simples
toalha nos ombros. O sacerdote, igualmente vestido de branco para a
circunstância, consulta primeiramente os oubis para conhecer a vontade dos
deuses. Se estes aceitaram a cerimônia, começará por recitar, "em
língua", as fórmulas consagradas, pedindo a bênção dos Orixá e das almas
dos antepassados; tritura entre os dentes uma noz de oubi e por três vezes
cospe o conteúdo no rosto do paciente. Enquanto os assistentes entoam cânticos
apropriados, diversos alimentos são preparados: parte será oferecida ao Orixá
"dono da cabeça", outra aos mortos, outra será disposta sobre a
cabeça de quem faz realizar o bori, e a última enfim será cozida para a
refeição final. E, o que é ainda mais importante, sacrifica-se um galo; seu
sangue rega, além da pedra do santo, a cabeça, o peito, os pés e as mãos do
fiel. O animal foi morto arrancando-lhe violentamente a cabeça; o pescoço,
ainda sacudido por movimentos espasmódicos e do qual o sangue jorra, é
aproximado da boca do paciente que por três vezes, estirando a língua, o lambe.
A cerimônia termina por nova consulta aos oubi, a fim de saber se os deuses
estão satisfeitos e aceitam o ritual celebrado, sendo então consumida a parte das
oferendas que foi cozida. O paciente, com o rosto, as mãos e os pés ainda sujos
do sangue do sacrifício, que lhe coagulou sobre a pele, deve ficar a noite toda
no terreiro, conservando na cabeça pequena parte dos alimentos para que o Orixá
tenha tempo de comê-los. O bori (contração de obori) pode corresponder a
diversos fins. "Tem por objetivo (...) obter saúde", diz Manuel
Querino. E René Ribeiro, depois de ter definido o ori como sendo o próprio
espírito do homem, acrescenta: "Sua fragilidade é motivo da maior
preocupação, ritos como o dar comida à cabeça (...) tomando-se periodicamente
necessários para que o indivíduo não se ressinta das possessões repetidas, como
ainda possa oferecer a necessária resistência à ação de influências mágicas ou
de entidades malévolas. Estes dois textos se completam, pois a doença a que
Manuel Querino alude não é senão um sinal do enfraquecimento do ori, o
resultado de "influências mágicas ou de entidades malévolas". No
entanto, este mesmo autor, falando mais adiante do rito de iniciação, faz
observação importante para nós: "Há pessoas que, apesar de pertencerem à
seita, todavia não se querem prestar a dançar e a cantar de público, na ocasião
em que o santo chega inesperadamente. Nesse caso, evita-se a manifestação, não
completando o trabalho; restringe-se a cerimônia com a supressão da raspagem da
cabeça, e não se espargindo sobre ela o effun. Isto é, no fundo a iniciação
destes adeptos se limita ao bori e à educação religiosa. A oferta alimentar à
cabeça, na medida em que efetivamente fortifica o ori, pode ter virtude
profilática ou curativa. Por outro lado, na medida em que, por intermédio do
sangue, liga a pedra do Orixá e o indivíduo, do mesmo modo que, por intermédio
do alimento sagrado, se realiza uma ligação entre o deus, os mortos, os membros
presentes do candomblé e a pessoa que põe em prática o bori, - promove, de
maneira mais forte ainda do que a simples lavagem das contas, a incorporação do
fiel à civilização africana. Constitui, em suma, a incorporação daqueles que
serão servidores da seita, sem jamais manifestarem fenômenos de possessão. A
lavagem das contas pode se reduzir ao simples banho de ervas sagradas, sem
efusão de sangue, enquanto o bori requer o sacrifício de um "animal de
duas patas"; a ligação entre a pedra divina e o indivíduo é, por
conseguinte, neste caso, infinitamente mais estreita. Mas o sangue de um
"animal de duas patas" tem menos força do que o de um "animal de
quatro patas", e por isso esta participação é menos adiantada do que
aquela que se estabelece com o rito de iniciação. No bori, o sangue que corre
sobre a pedra, sobre o colar (se for feita a lavagem das contas ao mesmo tempo
que a cerimônia de "dar comida a cabeça", como na descrição de
Verger) é o mesmo lambido no pescoço da ave sacrificada, e a participação se
opera, pois, simultaneamente. A lavagem das contas, ao contrário, pode se fazer
sem a participação daquele que as usará (o qual não merece conhecer ainda os
"segredos" da seita), efetuando-se a lavagem da cabeça ou do corpo um
ou mais dias depois. Ora, este afastamento no tempo, na medida em que se
realiza, manifesta ligação menor entre a pessoa e a realidade sobrenatural.
Assim também, o indivíduo que dá comida à cabeça nada mais faz do que lamber o
sangue pondo a língua de fora; mas a inicianda, como veremos, enfia o pescoço
do galo no fundo da boca para engolir o sangue do "animal de duas
patas", e, quanto ao sangue do “animal de quatro patas", recebe-o por
um pequeno orifício praticado no alto do crânio. O bori, então, ocupa realmente
posição intermediária no sistema que entrelaça homens e divindades, colocado
entre a lavagem das contas, de um lado, e do outro, a iniciação propriamente
dita. Uma vez que se trata da religião afro-brasileira, tão rica em rituais
complexos, não se deve esquecer que o bori compreenderá ou não determinados
elementos segundo o fim para o qual tende. Seja fortificar unicamente o
espírito, seja ao mesmo tempo colocar a pessoa em associação mais estreita com
o mundo dos candomblés. De qualquer modo, porém, o social nada mais faz do que
inscrever, no domínio das relações interpessoais, as leis da vida mística. Os
graus de participação ao grupo nada mais fazem do que seguir os da participação
do homem ao seu Orixá. As variações da solidariedade social não são enfim mais
do que o reflexo e a consequência das variações da solidariedade estabelecida
entre a pessoa e o mundo dos deuses. Eis porque a posição do fiel na seita muda
de acordo com a força do vínculo que o une a ela. O que, entre parêntesis,
explica porque a união do sangue de um "animal de duas patas", sendo
mais vigorosa, exige que o espírito do indivíduo seja fortalecido
primeiramente, para depois poder suportá-la impunemente (e daí os dois aspectos
complementares do bori). Por fim, a coerência da sociedade religiosa, das
formas e dos processos de relação entre os membros dela, a participação maior
ou menor destes membros ao tesouro de representações coletivas, os tipos de
cooperação, dependem, em última análise, das ligações religiosas preestabelecidas
entre os candidatos à vida do candomblé e as divindades. Não é a morfologia
social que domina e explica a religião, corno queria Durkheim, mas ao contrário
é o aspecto místico que domina o social. A iniciação. A lavagem das costas e o
bori são partes obrigatórias da iniciação, pois a participação mais íntima à
vida do candomblé exige forçosamente, primeiro, a passagem pelos graus
intermediários. Além disso, a filha de santo iniciada deverá trazer sempre
consigo seu colar; é preciso, portanto, prepará-lo. Por outro lado, os ritos de
iniciação são extremamente dramáticos e não deixam de apresentar perigos para
os indivíduos que a eles se entregam, por suscitarem forças misteriosas e
poderosas; de onde a necessidade de fortificar a cabeça, a fim de que possa
impunemente suportar o desencadeamento destas forças; como rito profilático e
não simplesmente como incorporação, o bori é também necessário. Mas se a
lavagem das contas e o "dar comida à cabeça" fazem parte da sequência
cerimonial da iniciação, naturalmente esta é infinitamente mais rica, mais
complexa, uma vez que, por meio dela, a incorporação ao candomblé se toma ainda
mais estreita. Henry Georges Clouzot (1907-1977) parece pensar que a iniciação
tem por fim dar origem ao êxtase. No entanto, escreve ele, se a possessão não é
efetivamente senão uma crise histérica, por que existiria na Bahia, e somente
na Bahia, tal proporção de doentes? O ponto central da iniciação consistiria,
pois, em administrar ervas especiais que agem como drogas sobre as candidatas,
reduzindo-as a um estado de atordoamento, mantendo-as então sob uma espécie de
dominação hipnótica e estabelecendo-lhes no espírito, quando estão nesse estado
de desagregação mental, uma associação entre o desencadear de certas músicas e
o transe; associação que é tanto mais forte quanto é obra de sugestão, e a
sugestão continua a operar quando o indivíduo retorna do estado hipnótico ao
estado de vigília. Sua conclusão é, no entanto, mais flexível, pois leva em
consideração ainda o fato de certas candidatas serem possuídas por um
"santo bruto" antes de terem sofrido as provas iniciatórias:
"Creio que as provas a que são submetidas as iaos constituem tratamento
para certas neuroses, mas tratamento especial pois, eliminando crises agudas, mantém
essas mesmas neuroses fixando suas manifestações em certas formas. Por exemplo:
a epiléptica que entrou na camarinha acompanhando as filhas de santo. Suas
crises se espaçaram imediatamente, desaparecendo no fim de 15 dias (...). Em
lugar de se abandonar "às convulsões, aliviava-se (ou punha fim à
inibição) entrando em estado de santidade". Clouzot já aqui reconhece que
a iniciação, em vez de procurar destruir o indivíduo para torná-lo
sugestionável, e assim sujeito às crises de possessão, tem muito mais por objetivo
controlar estas crises. No entanto, encara ainda o controle através da medicina
psiquiátrica. Dever-se-á encarar necessariamente as centenas de filhas e filhos
de santo que vivem na Bahia como outros tantos epilépticos, histéricos,
paranoicos, numa palavra, neuróticos - embora nosso autor pareça de início
rejeitar esta hipótese? Não negamos que a explicação de Clouzot seja válida
para alguns casos. Mas o transe de possessão tem caráter antes sociológico do
que patológico; Jean Melville Herskovits (1895-1963) observa com muita razão,
não devemos esquecer que este transe é fenômeno ''normal" para certas
civilizações como as da África Negra, imposto pelo meio e constituindo uma
espécie de adaptação social a certos ideais coletivos. É preciso estudar o cerimonial
da iniciação sem nenhum etnocentrismo, sem escolher entre os elementos
constitutivos aqueles que nos parecem os mais importantes ou os mais
explicativos, mas também, por outro lado, sem negligenciar nenhum dos aspectos
da questão: o controle da vida mística, a associação do indivíduo com seu
Orixá, a incorporação de um novo membro na confraria religiosa, a morte e a
ressurreição do candidato. Todos os que descreveram a iniciação na Bahia, dão
como início da cerimônia a entrada do candidato ou candidata no santuário em
que vai daí por diante viver muitos meses, de três a doze conforme o candomblé.
Somente Pierre Verger (1902-1996), referindo-se à África, introduz na sequência
o cerimonial da morte e da ressurreição do indivíduo. Quando alguém é possuído
por um "santo bruto" e desaba finalmente no chão, deve ser
transportado para o aposento em que o babalorixá vai "matar o santo",
isto é, fazer o paciente retomar ao estado normal. A queda ao solo corresponde
à morte da personalidade antiga e o rito de "matar o santo", à
ressurreição; o ser que renasce não é mais, naturalmente, a personalidade
antiga e sim um novo "eu" daí por diante divinizado. Todavia, embora
a vontade do Orixá de montar este ou aquele indivíduo, transformando-o em seu
cavalo, se manifeste muitas vezes desta maneira patética (já demos atrás alguns
exemplos), pode-se na Bahia vir a ser filho ou filha de santo sem passar pelo
estado preliminar de "santo bruto". Quando, por exemplo, descobrimos
uma pedra de forma estranha, podemos reconhecer nela o apelo ainda misterioso
de uma divindade; é o caso de Olympia, cuja história nos conta Raimundo Nina
Rodrigues (1862-1906). A doença pode igualmente ser um sinal; conhecemos certo
filho de Omolú que se iniciou depois de ter apanhado varíola. Algumas filhas de
santo são, por sua vez, desde cedo designadas pelos pais para fazerem parte da
confraria, sem que tenham manifestado em seu comportamento qualquer propensão a
cair em transe. Nestes casos, morte e ressurreição só terão lugar depois da
entrada no santuário, e então sob a forma de uma verificação, de uma espécie de
teste para saber se o Orixá está realmente de acordo com a continuação do
cerimonial. Tanto na lavagem das contas quanto no bori, por meio do banho de
ervas ou pelo sangue, era a cabeça colocada em comunicação com a pedra da
divindade, mas esta era uma pedra do pegi, uma pedra já "feita". Na
iniciação, ao contrário, é preciso preparar nova pedra que será a pedra
particular da iniciada, aquela de que terá de cuidar durante o resto da vida e
à qual dá de comer. Daí a frase de Nina Rodrigues: "A feitura do santo
compreende duas operações distintas, mas que se completam, a preparação de
fetiche e a iniciação ou consagração do seu possuidor". Realmente, se,
para facilitar a descrição, podemos separar os dois rituais, ambos são,
todavia, mais do que complementares, ligados que estão de modo inextricável.
Isto porque, como dissemos, a incorporação do indivíduo à vida do candomblé é
consequência da sua ligação com um Orixá, e porque a força do Oríxá está em sua
pedra. O que se pode afirmar é que esta preparação e, segundo a expressão de
Nina Rodrigues, esta colocação do "fetiche" e da cabeça em
participação, têm lugar no próprio começo do cerimonial de iniciação, no
decorrer das primeiras etapas. Começa-se, naturalmente, - e esta é a função de
babalaô, pela consulta aos búzios divinatórios, para saber qual o santo que
reclama como sua candidata. Uma vez conhecido o nome do Orixá, então tem lugar
a entrada no santuário. Vai então a candidata, nas trevas em geral luminosas
das noites tropicais, tomar banho na fonte sagrada; põe de lado as velhas
vestes antes de entrar n'água, envergando novas roupas à saída. Assim fica
simbolizada, pelo banho lustral e pela mudança de trajes, a passagem da vida
profana à vida mística. Regressando ao santuário, é solenemente recebida pelos
dignitários da seita, que a fazem sentar num banco ou cadeira que nunca tenha
servido, constituindo isto, de certo modo, um rito de entronização. Prepara-se
a pedra. "A preparação ou lavagem do fetiche é coisa bem complicada em que
o pai de terreiro põe toda a sua ciência, toda a sua perícia. A pedra do raio
de Xangô, por exemplo, deve ser colocada num banho de azeite de dendê, de ervas
sagradas; a de Yemanjá, em mel, farinha de milho, etc. Em seguida, esta pedra
será colocada em contato com o indivíduo e com o colar que ele usará. Antes de
mergulhar mais profundamente no dédalo do ritual, celebra-se um bori para
fortificar a cabeça, tornando-a capaz de suportar sem perigo as crises
repetidas e prolongadas que vão se suceder. Além disso, se necessário, outras
"dar de comida à cabeça" terão lugar em seguida. O bori, além de
tornar a pessoa apta a continuar sem perigo a iniciação, liga também mais
estreitamente, como já mostramos, a pedra, o santo, o candidato e o grupo
social que constitui o candomblé. É preciso acrescentar que esta pedra não será
esquecida no decorrer dos rituais; uma parte dos alimentos, dos animais
sacrificados, do sangue derramado, lhe será oferecida, de modo que a fabricação
da pedra, ou como se diz a "fixação" de Orixá na pedra, segue passo a
passo todas as etapas da "fixação" paralela do Orixá na cabeça do
iniciado. A respeito de cerimônias proibidas aos olhos profanos, tudo o que se
pode afirmar é que os dois movimentos são simultâneos, a pedra entrando no pegi
ao mesmo tempo que o indivíduo entra na seita; as duas incorporações coexistem
e traduzem a mesma participação, do objeto e de seu possuidor, com uma
realidade sobrenatural idêntica. O babala6 pode às vezes se enganar ao
consultar a sorte; a verdade é que tal só acontece raramente. Conheci apenas um
caso controvertido, o de uma filha de Exú; era, porém, a filha que se sentia
descontente com seu "Santo", e pretendia ser filha de Ogun; o
babalorixá que a tinha feito não cessava, ao contrário, de afirmar que S (...)
era mesmo filha de Exú. Em todo o caso, logo da primeira vez, não se pode nunca
ter certeza de que o babalaô não se enganou. Trata-se de erro muito grave, pois
o verdadeiro Orixá a que pertence o cavalo não deixaria efetivamente de
manifestar seu descontentamento, vendo os sacrifícios, os alimentos, irem a
outro que não a ele; para se vingar, lançaria doenças, azares, contra o cavalo
em questão: justamente porque S (...) se sentia doente é que acreditava que tinha
sido "malfeito”. Para evitar estes casos de reconhecimento errado, que
obrigariam o indivíduo a praticar duas operações caras e difíceis, a de
"tirar o santo" da cabeça e em seguida colocar outro, realiza-se, nos
primeiros estágios da iniciação, toda uma série de ritos de
"confirmação". Livro O Candomblé da Bahia. Rito Nagô. Abraço. Davi.
Continuar na página 45
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