Mahabharata. Texto de Krishna Dharma
(1955 - ). Capítulo I. OS CINCO MENINOS DIVINOS. A PRIMAVERA CHEGARA ÀS
MONTANHAS, e a atmosfera estava deliciosamente fresca. Pandu passeava pelo
campo cheio de flores cheirosas, admirando o cenário celestial. Alguns cucos
cantaram das árvores champaka próximas, e abelhas pretas zuniam enquanto voavam
ao redor de brilhantes botões amarelos. A jovem esposa de Pandu, Madri,
caminhava adiante dele, seu longo sari de seda balançando com a brisa gentil.
Ela cantava baixinho para si mesma e parava, de vez em quando, para colher as
flores. Quando Pandu se aproximou, ela se voltou e sorriu. O sol quente brilhou
atrás dela. Pandu podia ver sua silhueta graciosa dentro da veste estufada pelo
vento. A princesa de Madra era mesmo linda. A luz do sol brilhou através dos
cabelos dourados, contornando seu lindo rosto. Pandu sentiu o coração agitado.
Já fazia mais de sete anos que a abraçara! Uma vontade irresistível tomou conta
dele. Largando no chão o saco de vegetais silvestres que apanhara para a
refeição, ele deu um passo na direção da esposa. Madri imediatamente entendeu
seus sentimentos. Vendo-o cheio de desejo, a princesa teve medo. “Ó rei,
lembre-se das palavras do sábio!”, falou, ansiosa, mas Pandu pareceu não
ouvi-la. Ela levantou os braços para impedi-lo, balançando a cabeça. “Meu
senhor! Pare! Ó, grande herói, controle sua mente. Um grande perigo o ameaça
neste momento”. Porém Pandu ignorou os avisos de Madri, que, tentando fazê-lo
desistir, só conseguiu aumentar seu desejo. Abaixando os braços abertos da
mulher, ele os colocou ao redor do próprio corpo e a abraçou com firmeza. Madri
lutava desesperadamente, tentando se libertar. Inteiramente tomado pela
luxúria. Pandu ria. Jogou-se sobre a grama macia, carregando Madri. Com a
princesa presa em seus braços fortes, rolava pela grama. Apertando-a contra o
solo, seus lábios buscavam os dela. De repente, Pandu sentiu uma dor terrível
apertar seu peito. Tossiu e seus braços caíram, inertes. Enquanto a esposa o
olhava, horrorizada, afastou-se dela. Com um grito abafado, deu seu último
suspiro e seu corpo, sem vida, aquietou-se. Madri gritava e sacudia o corpo do
marido, agitada pelos soluços. Era muito tarde para fazer qualquer coisa. A
maldição do rishi tinha se cumprido. Pandu se fora. A princesa se jogou sobre o
corpo dele e chorou descontroladamente. Lamentava-se, dizendo ao marido morto:
‘Ó, invencível, como pode ser vencido pelo desejo? Ah, a culpa foi minha. Oh,
meu senhor, não poderei viver sozinha. Certamente o seguirei no caminho que tomou”.
Seus lamentos foram levados pela brisa e ecoaram através do bosque. Não muito
longe dali, no ashram que Pandu mantinha na floresta, sua outra esposa, Kunti,
estava acendendo um fogo para cozinhar o jantar. Os gritos de Madri chegaram
até Kunti, que parou, tentando saber de onde vinham. Os dois filhos jovens de
Madri, Nakula e Sahadeva, estavam com ela e também ouviram os gritos. “Que é
isso, Mãe kunti? Quem está gritando”, perguntaram”. Não tenho certeza, mas irei
ver. Onde estão os seus irmãos? Estão chegando do banho no rio, respondeu
Nakula. Então vocês dois devem ficar aqui e esperar por eles. Digam-lhes que me
sigam, assim que chegarem. Kunti entrou no bosque, andando rapidamente na
direção dos gritos. E estava certa de que a voz que ouvia era de sua segunda
esposa, Madri. O que poderia ter acontecido? Seria a maldição de Kindama que
tinha se cumprido? Quando saiu do bosque e entrou no campo, seus piores temores
se confirmaram. Horrorizada, viu Pandu caído, com a cabeça deitada no colo de
Madri. Por alguns momentos – que mais pareciam horas – ficou paralisada, em
choque. Então, sentindo as pernas pesadas como chumbo, correu para eles,
jogando-se ao solo ao lado de Pandu. Vendo que ele estava morto, Kunti chorou
sua tristeza incontrolável. Olhou para Madri, com os olhos cheios d’água, e
sussurrou: Ó, princesa, o que aconteceu? O tom da voz de Kunti era acusador.
Como é que Madri tinha se permitido seduzir o rei? Ela sabia tudo sobre a
maldição (...). Ó, Madri, sempre tive o maior cuidado na presença do senhor, e
nem mesmo lhe sorria. Ele sempre estava sério e autocontrolado, lembrando-se
das palavras de Kindama. Com foi que perdeu a compostura em sua presença? As
palavras de Kunti saíram entre soluços. Sua cabeça caiu sobre o peito de Pandu.
Onde teria ele ido, agora? Como é que poderia viver sem ele? Madri escondeu o
rosto com as mãos, chorando em silêncio. Sentia-se culpada pela
morte de Pandu. As palavras de Kunti só fizeram exacerbar sua dor. Ela deu um
longo suspiro e respondeu; Ó, nobre Kunti, querida irmã, com os olhos rasos
d’água, tentei impedir os avanços do rei. Mas foi inútil. Vendo a expressão
triste de Madri, Kunti encheu-se de compaixão. E falou com mais delicadeza:
Você é certamente mais afortunada do que eu, porque viu o rosto de nosso senhor
iluminado de alegria quando a procurou. Aquele pensamento feriu Kunti
profundamente. Mas ela afastou a inveja que sentia de Madri quando esta
balançou a cabeça e respondeu: Estou totalmente arruinada. Parecia que o rei
queria que a maldição do rishi se cumprisse. Não pude fazer nada para
impedi-lo. Kunti sentiu a raiva diminuir. Com certeza, Madri estava sendo
sincera. De alguma forma aquela terrível tragédia devia fazer parte dos planos
do Senhor. Qual seria seu dever, agora? Ela olhou o rosto do marido, sereno na
morte. O virtuoso monarca já deveria ter chegado aos mundos superiores. Deveria
segui-lo e servi-lo lá? Sem dúvida, Madri também desejaria segui-lo, mas
algue´m tinha de tomar conta dos meninos. Kunti segurou a mão de Madri e disse:
Oh, irmã, eu sou a primeira esposa. Portanto, é meu direito ir com nosso marido
para as regiões dos mortos. Não me impeça. Levante-se e cuide de nossas
crianças. Eu entrarei no fogo com nosso marido. Madri percebeu que o rosto de
Kunti se retesava ligeiramente. Pressentindo que seu ciúme estava despertando,
mudou de tática. Pegou a mão de Kunti e disse: Oh, irmã querida, como eu
poderia criar as crianças tão bem? Não sou como você, que vê os cinco
igualmente. Por favor, fique e sirva a nosso senhor cuidando de nossos filhos.
Deixe-me partir, deixe-me entrar no fogo e ir para onde ele se foi. Kunti olhou
para Madri, que de novo caíra sobre o corpo de Pandu. Seria difícil continuar
vivendo com a lembrança daquele momento. A culpa a consumiria. E ela estava
certa sobre os garotos. Uma das esposas de Pandu tinha de permanecer viva a fim
de tomar conta dos filhos dele, e Kunti, que tinha o maior número de filhos,
sabia que aquele era mais dever dela do que de Madri. Sim, era melhor deixar
Madri seguir Pandu. Kunti levantou-se e disse suavemente: Que seja como você
deseja, querida irmã. Endireitando-se devagar, caminhou de volta à choupana. Os
meninos tinham de saber. Logo depois que Kunti saiu da choupana, seus três
filhos voltaram e viram os gêmeos, Nakula e Sahadeva, sentados sozinhos. O mais
velho dos irmãos, Iudistira, perguntou a eles: Onde está Mãe Kunti? Ouvimos
gritos. Foi ela quem gritou? Os gêmeos balançaram a cabeça e Nakula respondeu:
Não. Mãe Kinti também ouviu os gritos e foi ao bosque. Disse que vocês deveriam
segui-la. Iudistira olhou para os dois irmãos, Bima e Arjuna. Vamos! Vamos!
Vamos depressa! Mamãe pode estar precisando de nós. Ele correu para dentro do
bosque, seguido pelos quatro irmãos. Os gritos tinham cessado, e Iudistira não
estava certo sobre que direção tomar, mas escolheu o caminho que levava ao
campo. Iudistira tinha o pressentimento de que aqueles gritos tinham alguma
coisa a ver com Pandu. Enquanto corria, viu sua mãe, que vinha na direção
deles, cair ajoelhada, com o rosto entre as mãos. Obviamente, algo terrível
tinha acontecido! Quando aproximou-se dos irmãos, Kunti tentou sorrir, mas eles
puderam ver as lágrimas escorrendo de seu rosto. Os cinco a cercaram e ela
disse: Queridos filhos, nosso único escudo agora é o Senhor. Seu pai morreu.
Ele foi para os mundos superiores dos seus ancestrais. Os meninos olhavam para
ela estarrecidos, em choque. Nenhum deles conseguia falar, e Kunti chorava
baixinho. Finalmente, Iudistira disse: Como isso aconteceu? Certamente nenhum
outro homem poderia ter vencido nosso pai. Foi algum acidente? Iudistira sabia
que Pandu era um guerreiro poderoso. Também sabia que moravam num lugar onde
praticamente todas as pessoas eram ascetas, devotadas à meditação e à prática
da religião. Então, o que poderia tê-lo ferido? Lutando contra a própria dor,
Kunti respondeu: Seu pai foi vítima da maldição de um rishi. Está caído do
outro lado do bosque. Madri está com ele. Lutando contra a própria dor, Kunti
respondeu: Seu pai foi vítima da maldição de um rishi. Está caído do outro lado
do bosque. Madri está com ele. Os garotos se afastaram da mãe e correram para
fora do bosque. Vendo o pai morto e Madri a seu lado, choraram. Jogaram-se no
chão, gritando e rolando para expressar sua dor. Madri se sentia mais calma,
sabendo que logo seguiria o marido, e falou delicadamente aos gêmeos, que
tinham corrido para o lado dela. Filhos queridos, os caminhos do Senhor são
misteriosos. Vocês devem servir à sua mãe Kunti com amor, daqui por diante. Ela
tomará conta de vocês. Eu vou com seu pai para os mundos superiores. Os gêmeos
olhavam para a mãe, sem saber o que dizer. Tinham apenas oito primaveras e
ainda não entendiam o que estava acontecendo. A situação os oprimia
completamente. Correram para Kunti, que os envolveu com os braços, derramando
lágrimas sobre suas cabeças. Seus três filhos continuavam a expressar a dor em
altos brados. Ouvindo os gritos, alguns rishis chegaram ao campo e, vendo o rei
morto, aproximaram-se e imediatamente começaram a realizar os rituais fúnebres.
Enquanto os rishis entoavam ritmicamente os mantras sagrados, os garotos se
acalmaram e se levantaram de mãos postas. Kunti ficou ao lado deles, observando
enquanto os rishis afastavam Madri de Pandu. Eles colocaram o corpo num ataúde
e o carregaram para perto do rio. Madri os seguia chorando. Apoiada pelos dois
filhos mais velhos, Kunti foi atrás de Madri. Alguns dos rishis acompanharam os
outros garotos de volta ao ashram enquanto o corpo de Pandu era levado às
margens do rio, enfeitado com guirlandas de flores da floresta e pintado com o
barro sagrado do rio Ganges. Perto da água, uma grande pira foi construída e o
corpo foi colocado sobre ela. Enquanto os rishis recitavam sem parar os mantras
védicos, Iudistira ateou fogo à pira de sândalo. As labaredas cresceram e Madri,
de repente, se jogou contra o corpo, gritando: Meu Senhor! Em poucos momentos,
tanto o corpo de Pandu quanto o dela estavam reduzidos a cinzas. Kunti chorava
desoladamente. Seus filhos ficaram a seu lado, com lágrimas escorrendo pelas
faces. Quando as chamas se acalmaram, os rishis recontaram versos sobre a
sabedoria dos Vedas, descrevendo a vida eterna da alma. Pacificados pelas
palavras dos sábios, Kunti e os filhos voltaram lentamente para o ashram, que
parecia vazio e solitário. Eles olharam um para o outro em silêncio, entendendo
que não poderiam continuar ali sem Pandu. Enquanto se sentavam, juntos e
tristes, o líder dos rishis entrou na choupana e disse a Kunti: Agora que seu
protetor se foi, você deve voltar para a família em Hastinapura. Pegue os
meninos e faça com que eles assumam as posições às quais têm direito, de
herdeiros do trono. Os meninos sabiam que o pai havia sido rei em Hastinapura,
a grande capital do mundo e trono da poderosa dinastia dos Kurus. Pandu lhes
havia contado que viera para a floresta por causa da maldição de um rishi, mas
eles não conheciam todos os detalhes. Aquela deveria ter sido uma imprecação
realmente terrível! O que teria feito para merecê-la? Eles olhavam para a mãe
com indagação nos olhos. Devastada pela perda repentina do marido e da segunda
esposa, Kunti não conseguia falar. Vou lhes explicar enquanto viajamos para a
cidade, disse ela, secando o rosto com a pontinha do sari. Seu pai e eu sempre
quisemos lhes contar tudo. O sábio advertiu que eles deveriam partir logo. Ele
e outros rishis os acompanhariam até a cidade. Kunti concordou e começou a
juntar seus poucos pertences, dizendo aos meninos que fizessem o mesmo. Em
pouco tempo estavam todos prontos para partir. Uma longa fila de rishis partiu
na direção de Hastinapura, com Kunti e seus filhos entre eles. Iam também
acompanhados por muitos Sidas e Charanas, seres celestiais que moravam nas
montanhas onde eles viviam. Enquanto caminhavam, Kunti tentou se centrar. Tinha
de contar aos meninos sobre a maldição, e também sobre seus nascimentos.
Trazendo-os para junto de si começou: Um dia, quando seu pai estava caçando na
floresta, ele flechou acidentalmente um rishi chamado Kindama, que tinha tomado
a forma de um veado. Para libertá-lo da consequência daquele pecado, o rishi
lançou uma maldição. Seu pai tinha ferido Kindama quando ele estava prestes a
gerar um filho em sua esposa. Então, o sábio disse ao rei que, se algum dia
tentasse ter filhos, ele imediatamente morreria. Foi por isso que seu pai
decidiu viver uma vida de asceta. Kunti explicou que Pandu, incapaz de gerar
filhos, procurar continua sua linhagem de outra forma. Eu lhe contei sobre uma
graça que recebera de outro sábio, quando era ainda pequena. Aquele sábio, de
nome Durvasa, tinha ficado agradecido pelo serviço que lhe prestar. Ele me
abençoou e me deu um mantra, dizendo que com ele eu poderia chamar qualquer
deus que desejasse. Então, seu pai me fez invocar várias divindades
importantes. O primeiro de todos foi Dharma, o deus da religião. Ela olhou para
o filho mais velho, que a ouvia atentamente. Caro iudistir, esse deus poderoso
é seu pai natural. Kunti contou então que Bima era filho de Vayu, deus dos
ventos. Arjuna era filho de Indra, o rei dos deuses, e os gêmeos tinham
nascidos dos deuses gêmeos aswins, os médicos celestiais. Assim, vocês três, os
mais velhos, nasceram de mim, e os gêmeos nasceram de Madri, que me pedira para
usar o mantra. No nascimento de cada um de vocês uma voz celestial foi ouvida,
profetizando coisas notáveis para todos. Iudistira será o senhor do mundo, Bima
o homem mais poderosos e forte, Arjuna o maior dos arqueiros, e os gêmeos
possuirão beleza e energia. Os garotos se entreolharam. Nunca teriam imaginado
a verdade – eram filhos de deuses! Seu pai lhes dissera muitas vezes que um
grande destino os esperava, e que um dia voltariam a Hastinapura para governar.
Mas nunca havia explicado como é que tinham nascido (...). Kunti sorriu um
pouco, em meio à sua tristeza. Seus ancestrais há muitos, muitos anos
governaram a Terra, mantendo-a firmemente no caminho da religião. Esse dever
certamente será de vocês um dia. Depois do que pareceu um piscar de olhos, a
cidade surgiu à frente. Eles caminhavam numa estrada larga e pavimentada,
coberta de grandes arcos cheios de esculturas de vários deuses. Os campos
cultivados se estendiam dos dois lados da estrada, coloridos pelos vegetais e
pelo trigo dourado. Muitos colonos trabalhavam o solo, arando a Terra com a
ajuda de bois negros. Eles olhavam maravilhados a procissão de seres celestiais
e rishis, saudando-os à sua passagem, enquanto os abençoavam. Ao anoitecer, a
procissão chegou aos portões da cidade, que era circundada por imensos muros de
granito. Os mensageiros foram correndo informar o rei da chegada deles, e logo
uma multidão de cidadãos saiu da cidade, admirados de ver tantos rishis e
outros seres celestiais, que pareciam uma assembleia de deuses entrando na
cidade. Quando os cumprimentos e formalidades terminaram, um chefe rishi contou
ao rei o que sucederá. Sempre seguindo o caminho da virtude. Pandu ascendu aos
céus junto com sua casta esposa Madri. Aqui estão seus cinco filhos, nascidos
dos deuses. O rishi deu o nome do deus que era pai de cada menino. Depois de
pedir ao rei que cuidasse do bem-estar e dos estudos dos garotos, ele se reuniu
aos outros rishis. Então, ante os olhos dos cidadãos estupefatos, todos os
sábios e seres celestiais desapareceram do local. Um dos líderes kurus se
aproximou de Kunti e a saudou de mãos postas. Ela o apresentou aos filhos,
dizendo: Este é seu avô Bishma. Os cinco se ajoelharam reverentemente, saudando
o avô. Então Bishma levou Kunti e os cinco meninos para conhecer a cidade,
arranjando acomodações para todos no palácio real. Os últimos rituais fúnebres
foram realizados para Pandu e Madri. Todos os líderes kurus, acompanhados de
milhares de cidadãos, entraram no rio Ganges e fizeram oferendas pelas almas
que partiam. A cidade inteira, então, respeitou um período de 12 dias de luto,
que terminou com uma grande festa. Muitas riquezas foram dadas como caridade
aos brâmanes, e o rei distribuiu uma grande quantidade de comidas refinadas
para todas as pessoas da cidade. Aos poucos, a vida voltou ao normal e os
filhos de Pandu tomaram seu lugar na família real. Livro Mahabharata –
Recontado por Krishna Dharma. Versão Condensada da Maior Epopeia do Mundo.
Abraço. Davi.
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