Yoga.
www.yoganarayana.com.br. Por J.
Treiger. GLOBALIZAÇÃO E ESPIRITUALIDADE. Embora não seja um historiador, penso
que será útil nos reportarmos às condições astrológicas vigentes ao tempo da
Revolução Francesa, para melhor compreendermos o que se passa atualmente:
Naquele período, essas condições ensejavam o aparecimento de novos ideais, os
quais, entretanto, também impunham uma intensa difusão dos mesmos e também uma
renovação dos estados de consciência dos habitantes daquele país, para que eles
propiciassem as transformações culturais, políticas e econômicas necessárias
para assegurar dias melhores a um povo que enfrentava a fome. Novos ideais
surgiram. Os chamados filósofos “iluministas” deram à luz os ideais da
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A difusão dos ideais ficou assegurada nos
grandes debates que as Assembleias populares desenvolveram, discutindo as
reformas que se apresentavam de maior urgência. Entretanto, era também
indispensável uma mudança nos níveis de consciência, mas no momento em que
tentaram trazer à prática através das reformas aqueles ideais, faltou a mudança
de consciência. Como consequência, recorreram aos processos arcaicos de
resolução dos conflitos e como resultado a França viveu 2 anos de
terror, com a guilhotina e outros processos aniquilando cerca de 2 milhões de
pessoas, gerando a volta ao sistema monárquico de governo. Foi assim que surgiu
um Napoleão Bonaparte, o imperador guerreiro, que manteve a França em guerra
durante os 14 anos de seu governo. É importante assinalar que aquele movimento
não teve por objetivo conquistar territórios ou agredir países vizinhos: o
processo de libertação era interno, voltado para o próprio País,
buscando outras condições de organização da sociedade e de estruturação do
Estado. Embora voltado para dentro do país, repercutiu no exterior e se
refletiu na América do Norte, influindo no pensamento do país da independência,
dos Estados Unidos, que impulsionados por ideais libertários, também foram
influenciados por ideias de cunho esotérico. Isso repercutiu também no Brasil,
onde, apesar do martírio de Tiradentes, o Ideal da Liberdade ficou registrado
na bandeira dos inconfidentes. Estou citando esses antecedentes, porque nos
últimos 40 anos o mundo passou a viver sob as mesmas influências astrológicas
da França daquele tempo: a chegada de novos ideais, a possibilidade de grande
difusão das ideias e a necessidade de um novo estado de consciência para a
humanidade. Como encarar tudo isso? Novos ideais surgiram, e em grande
profusão: a defesa do meio ambiente; a hipótese Gaia, de James Ephraim
Lovelock (1919- ), e em decorrência
dela, o surgimento da Ecologia Profunda; movimentos como o da Boa Vontade
Mundial; a aglutinação de países em blocos, como a Comunidade Europeia, o
Mercosul. Na ECO-92 havia um stand onde se fornecia um documento de identidade
que tinha características de um passaporte com validade mundial. Claro, era só
um ideal, mas envolvia a criação de um pensamento-forma da maior utilidade,
visando a um futuro governo mundial com a transformação dos países em
Nações-Estado e o homem como cidadão do mundo. O Yoga, por seu turno, se tornou
popular no Ocidente, tal como aconteceu com a Teosofia, que, tendo surgido
no Oriente, difundiu-se com maior intensidade no Ocidente. O movimento
esotérico deixou de precisar manter-se como uma atividade secreta, uma vez que
as forças antagônicas vieram perdendo sua capacidade agressiva. Felizmente, não
estávamos mais no tempo em que era preciso esconder-se nas catacumbas para
evitar a fogueira, pois os grupos religiosos mais reacionários não conseguiram
mais deter o fortalecimento das organizações ocultistas, embora ainda as
combatendo, mas já sem garras tão afiadas como no passado. Mas nem tudo são
flores: os novos ideais estão aí, a difusão dos mesmos vai
acontecendo muito amplamente, mas enfrentamos o dilema de faltar ainda uma
definida cooperação com a hierarquia, de tal modo que possa ocorrer uma real
transformação de nossa sociedade, para que a mesma se torne mais justa, mais
humana e fraterna. Ainda estamos numa fase de transição, da era de Peixes para
a era de Aquário; do 6º, para o 7º Raio. Ainda somos muito devocionais, ainda
nos falta muito da organização e da prática dos cerimoniais e ainda estamos
enfrentando distorções muito graves no campo social, como a complicada e
progressiva distorção da distribuição de renda e a exclusão social – que não
ocorre somente no Brasil, mas muito mais nos Estados Unidos e na Europa, países
do 1º. Mundo. Isso para não falar na África, que parece não ter direito a um
lugar adequado no concerto das nações. Além disso, continua faltando muito
dinheiro para a realização da obra da Hierarquia visando ao cumprimento do
Plano Divino na Terra, enquanto que no ano de 2003 o mundo consumiu um trilhão
de dólares em armamentos e 500 bilhões de dólares com o tráfico de drogas. Não
sei se conseguem visualizar o que significa todo esse dinheiro-destinado à
destruição do ser humano e não à sua reconstrução. Reproduzo aqui as palavras
do Tibetano no livro os Raios e as Iniciações, de Alice A, Bailey
(1880-1949), que iremos publicar ainda este ano: “Os próximos poucos anos
indicarão a direção que a maré tomará, e se as forças reacionárias,
materialistas e egoístas que vêm controlando há milhares de anos dominarão, ou
serão finalmente derrotadas. Esse espírito materialista e reacionário atinge
todo o departamento da vida humana, e as igrejas não fazem exceção. A
humanidade pode, contudo, aprender sua lição e se voltar agradecida para o, e
às técnicas até agora desconhecidas, das corretas relações humanas”. Diz
também: “Procuro evitar descer a detalhes no que diz respeito ao mal que mantém
o mundo na servidão. Já se conhece bastante. Um punhado, embora pequeno, em
comparação com os muitos milhões de servidores hierárquicos em todos os
departamentos da vida que estão lutando para despertar a humanidade quanto aos
riscos que está correndo, e, para a finalidade de cada decisão que as próximas
duas gerações serão forçadas a tomar. Mais virá à superfície à medida que
estudarmos os acontecimentos da atualidade sob o ângulo da renúncia e da
ressurreição”. “Em primeiro lugar diz ele, gostaria de assinalar que a massa
das pessoas é boa, mas ignorante dos seus valores superiores. Isso pode ser
pouco a pouco corrigido. Elas são por enquanto negativas na ação, e inclinadas
a seguirem as palavras e não as ações. São facilmente conduzidas e também
facilmente influenciadas pelos medos incutidos”. O MAL NO MUNDO E AQUILO QUE É
CULPADO DE INFLUENCIAR AS MASSAS DESTE TEMPO ESTÁ FOCALIZADO ATRAVÉS DE
UNS POUCOS HOMENS PODEROSOS, OU GRUPOS DE HOMENS PODEROSOS. NENHUM PAÍS ESTÁ
LIVRE DESTE CONTROLE, OU DA TENTATIVA DE ESTABELECER ESSE CONTROLE. ESSES
PODEROSOS GRUPOS SÃO POR SUA VEZ INFLUENCIADOS PELAS FORÇAS DAS TREVAS-FORÇAS
QUE NÃO FORAM “VEDADAS EM SEU LUGAR PRÓPRIO”, PORQUE O PLANO DE AMOR E LUZ
E PODER AINDA SE RESSENTE DE UMA APRESENTAÇÃO POSITIVA DE ALCANCE MUNDIAL. Os
aspirantes, discípulos e trabalhadores espirituais do mundo não estão atuando
em plena sincronização com a Hierarquia. Eles são influenciados pelo medo, por
um senso de futilidade e por uma compreensão muito apurada, da natureza das
forças do mal com as quais se confrontam. O quadro do que deve ser realizado se
apresenta muito grande. Há pouca cooperação organizada entre eles, e nenhuma
fusão num grupo unido para a salvação e serviço mundiais. A maneira
pela qual as forças da reação agem é às vezes bastante sutil, a ponto
de envolverem autoridades com temas contendo meias verdades. O que se passou
com o movimento de Ioga no Brasil, nos últimos anos, é um bom exemplo do que digo:
ninguém se opõe a que os professores de Ioga se congreguem, já que a união faz
a força. Mas essa congregação deve ser alicerçada nos ideais da atividade
grupal, de maneira fraterna e segundo consenso e deliberações democráticas. Em
vez disso, forças externas, como as da Educação Física, tentaram impor-se e
distorcer inteiramente a natureza dessa atividade, o que é agravado por haver
também forças internas atuando a serviço das negatividades. Os problemas que
estão sendo discutidos no Senado Federal completam o exemplo. Aparentemente, um
ato de agrupamento e legalização de uma atividade profissional. Na verdade,
manobras de baixo padrão ético e de interesse imediato. Num enorme esforço, as
energias que poderiam estar sendo aplicadas no intercâmbio entre os professores,
têm de ser deslocadas para defesa da própria sobrevivência da atividade de Yoga
no Brasil. Sua derrota atrasaria em muitos anos a qualidade dos úteis
ensinamentos que devem ser difundidos a muitos milhares de pessoas. Os recentes
ataques à especialidade da Homeopatia através da televisão são outro
exemplo: o esclarecimento público atrai um número cada vez maior de pessoas
para tipos de tratamento mais suaves, não invasivos, muito mais baratos, e
isso não interessa a quem tenha objetivos materiais imediatos. O material havia
sido preparado na BBC de Londres e viajou por muitos países. O programa tomou
outro rumo depois que o produtor do programa recebeu a visita de um oficial de
justiça e teve de explicar. A globalização deveria representar o rompimento de
todas as barreiras nacionais, mas foi transformada num fato político e
econômico, em lugar da ênfase ao social e humano; e foi sendo estruturada de
tal modo que consolidou – pelo menos por enquanto – o poder das citadas forças
do retrocesso. As entidades multinacionais foram um eficiente
predecessor desse processo, uma vez que serviram para enfraquecer o poder
central dos Estados nacionais, pois agindo com autonomia em cada país, cobriram
as fronteiras e movimentaram seus capitais como bem entenderam; utilizando a
estrutura com que se organizam, fazem um by-pass sobre os governos nacionais.
Com isso, e pela concentração de capitais, dominam as bolsas de cada país,
fogem do controle legal, adquiriram um poder imenso de barganha, de corrupção e
de conquista de posições e domínio de mercado, para enfrentar o quê, o poder
dos governantes nacionais se mostrou até agora incompetente, já que teria de
exercer com a mesma capacidade o domínio do seu próprio poder, e,
internacionalmente, o que se torna muito complicado quando sabemos que não é
aceitável uma interferência de algum país na estrutura de outras nações nem uma
lesão à soberania de outros países. Analisada à distância, a ideia da
globalização é bastante atraente. Entretanto, dadas as distorções ocorridas,
vários autores preferem fazer uma distinção entre globalização
e mundialização. Inicialmente, os de língua inglesa preferiram o termo
globalização, enquanto que os franceses preferiram a mundialização;
entretanto, Ortiz propõe utilizar o termo mundialização para
enfatizar os processos na esfera cultural, na formação de uma “cultura
internacional popular”, deixando globalização para focalizar o âmbito das
mudanças econômico-tecnológicas, como também prefere Rogério
Haesbaert, Ph.D. pela Sorbonne e Mestrado em Geografia da UFRJ e
professor na UFF, em seu livro Globalização e Fragmentação no Mundo
Contemporâneo, cuja leitura recomendo aos presentes. E qual deveria ser o
sentido desse processo de interação mundial? No meu entendimento, ao ser
encarado de forma positiva, deveria envolver a ruptura dos nacionalismos, a
queda dos muros e fronteiras, a busca de soluções globais, a transformação
gradual dos países em Estados-nação, a progressiva aglutinação dos
organismos internacionais, a abolição dos passaportes, o pagamento de salários
iguais para o exercício de atividades iguais, etc. Viajando pela Europa, tive
oportunidade de ler um jornal estilo tabloide editado em Lisboa: lá estava
relatado que numa obra, na Alemanha, os pedreiros alemães recebiam 80 marcos à hora,
enquanto que, ao seu lado, os pedreiros portugueses recebiam 20 marcos à hora,
e ainda felizes, por guardarem algo para enviarem às suas famílias! É o máximo
da discriminação odiosa. Como disse o tibetano, infelizmente ainda falta a
prática dos nossos novos ideais. Os agentes mais negativos, representantes
daquele citado grupo pequeno, mas poderoso, apanham as bandeiras da
mundialização e manobram em seu próprio proveito, distorcendo, na prática,
o que de útil poderia ser alcançado. Assim, em vez de trabalharem para a
síntese, estimulam o separatismo. No exemplo dos pedreiros, podemos imaginar
que os pedaços de parede erguidos pelos pedreiros alemães seriam mais bem
feitos pelos lusitanos? Há uma tradição de construção dos artesãos portugueses
que nada ficam a dever aos demais profissionais europeus. Em vez da elevação do
nível de vida das populações, trabalhando pela inclusão, acentuam as exclusões
e as disparidades sociais, o que em escala mundial, resulta em manter povos
inteiros numa escravidão disfarçada. Outro livro que recomendo aos interessados
é uma publicação da Candido Mendes, editado por Luiz E.
Soares-Cultural Pluralism, Identity, and Globalization,
sintetizando importantes depoimentos de técnicos de importância mundial e
prestados em encontro promovido pela UNESCO, ISSC e EDUCAM, no Rio de
Janeiro, em 1996. Como se processou tudo isso? Leonardo Avritzer
(1959- ), cientista político que ensina
na Universidade Federal de Minas Gerais, em artigo de 5 de julho deste
ano, no Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, explica: Foram
criados 2 tipos de organismos ao se formar a ONU: a Assembleia Geral
das Nações Unidas, com igualdade de condições, votos e representatividade
entre todos os seus membros. Mas, de outro lado, também foi criado o Conselho
de Segurança, com constituição restrita e direito de veto por parte de vários
membros. De outro lado, foram criados o Banco Mundial e o FMI. Pois bem:
atualmente, segundo o depoimento deste professor de ciência política, países
como o Brasil, a Turquia, a Argentina, por exemplo, são obrigados a produzir
superávits fiscais acima de 3% do PIB ao ano, e o governo brasileiro resolveu
dar uma de bom moço aumentando espontaneamente para 4,5% esse percentual, o que
reduz drasticamente o potencial de aplicação da receita para fins de expansão
de obras de interesse social. Enquanto isso, a Comunidade Europeia tem como
meta (e ainda assim desobedecida pela França e pela Alemanha em 2003), um
déficit de 3%, enquanto que os Estados Unidos têm mantido um déficit de 5%.
Então, diferente de nossos países, continuam devendo, e aplicando seus
dinheiros na expansão de suas economias, enquanto que países como o Brasil, são
mantidos como verdadeiros escravos. Veja-se o que dizem os nossos empresários,
em todos os seus pronunciamentos públicos sobre os recursos disponíveis para a
ampliação de seus negócios, geradores de empregos e alimentadores da riqueza
nacional. A arrecadação não consegue acompanhar o volume acumulado das dívidas
e do serviço destas (juros, amortizações, etc.) Tivemos recentemente em
São Paulo um Congresso da UNCTAD, cuja estruturação é democrática e
equalitária, e em cujas assembleias se busca o consenso; mas sem
efeitos práticos, porque a origem do poder do FMI não passa por essa
Assembleia. É por essas e outras que o Tibetano nos alerta sobre os problemas
que temos de enfrentar. É verdade, que é importante a hierarquia espiritual
alcançar a mente dos homens, como uma etapa para que o Reino de Deus se torne
um fato na Terra; é importante também que se chegue à conscientização de que
existe um Plano Divino para a humanidade. Mas não nos devemos iludir, sabendo
que, com certeza, as Forças das Trevas – ou do Retrocesso, como as queiram
chamar – não tem o menor interesse em que a humanidade, no seu todo, se dê
conta da existência desse Plano Divino e menos ainda, que a participação da
própria Humanidade em sua consecução seja parte integrante desse Plano. É aqui
que entra o problema da globalização e de como ela poderá chegar a ser
realmente um processo de mundialização: Um dos aspectos mais
representativos desse Plano Divino é dirigir o exercício da vontade para o Bem
Geral. Para que haja essa direção, é preciso que ela tenha duas forças atuando:
o Amor e a Sabedoria, ou seja, as forças do Cristo e do Buda conjugadas, e aplicadas
conforme a inteligência ativa, ou seja, adaptadas a cada situação que
consideremos. Sem dúvida, tudo aquilo que ajudar a integrar, a aproximar, a
unir, a incluir, tende para realização, a concretização do Plano Divino e deve
merecer apoio. O inverso é igualmente verdadeiro. As forças do retrocesso nem
sempre agem violentamente: às vezes são sutis e enganosas, como eu disse antes.
Nos Trabalhos de Hércules vemos os 2 tipos exemplificados: as éguas
antropófagas e o Leão de Nemeia agiam agressiva e diretamente sem meias
conversas. Já Busiris, era envolvente, e usando de meias verdades, manteve
Hércules aprisionado durante 1 ano inteiro. Enquanto isso, os pássaros do
Estinfalo impediam a limpeza do pântano e de outro lado, foi preciso
Hércules usar de toda a sua habilidade e empenho para rapidamente limpar as
estrebarias de Augias que acumulavam detritos por mais de 20 anos. Mesmo
assim, o seu dono não admitiu que Hércules houvesse agido corretamente para
alcançar aquele fim, expulsando-o sob ameaça e sem recompensá-lo como ajustado.
Quando duas nações do mundo exclusivamente se recusam a assinar o tratado
de Kioto que visava reduzir o grau de poluição ambiental que é uma
ameaça à Terra inteira, vemos como continuar sendo necessário Hércules se
manifestar na Terra, agora sob a forma da humanidade inteira, mesmo sabendo que
também existem os instrumentos das trevas que se vendem por até por menos de
que os 30 dinheiros de Judas. Em recente Seminário internacional promovido
pela Fundação Cultural Avatar, Tom Carney, falando pela Arcana
Workshops, da Califórnia, focalizou o tema da Arte da Revelação. Nesse
trabalho, referindo-se às forças do retrocesso, diz Tom que “uma das maneiras
favoritas de esconder suas atividades é “gerar tapumes ilusórios, através do uso
deliberado dos conceitos de luz. E adotam esses conceitos para esconder ou
ocultar seus planos maldosos e em acréscimo confundem e tornam as mentes das
pessoas nubladas com a Grande Mentira”. Para ajudar a definir a posição de cada
um e dar também aos nossos discípulos a oportunidade de identificar o
comportamento de cada um, Tom organizou um pequeno guia, que me permito
reproduzir, por seu sentido prático. Sobrevivência do Melhor Preparado. A vida
é uma luta constante, até a morte, por recursos limitados, na qual os mais
preparados sobrevivem e os fracos ou despreparados morrem. O Poder Faz o
Direito. Esse nega o conceito da liberdade humana, e leva à Lei do Direito
Divino dos Reis. Ele estabelece uma Hierarquia de exclusividade e privilégio
baseada na capacidade de subjugar e dominar pela força, algum tipo daqueles
designados como os menos capazes do que o que estamos focalizando. A ideia da
liberdade individual, do direito de um indivíduo de tomar decisões relativas à
sua própria vida não cabe nessa visão. Os Fins Justificam os Meios. Isso conduz
à regra de que qualquer método usado para ganhar e/ou manter o poder está
certo, desde que seja com o propósito de ganhar e/ou manter o poder. O Direito
à Propriedade Indica Valor Pessoal e Poder. Aqueles que têm o direito exclusivo
de ter ou possuir riqueza material de todas as espécies inclusive alimento e
água. Essa é uma verdade auto-evidente porque os poderosos têm os bens. Na
hierarquia da exclusividade, o lugar da pessoa é indicado pela quantidade de
bens materiais e poder pessoal do que é possível se apossar e controlar. Tudo
Pode Ser Possuído. Nada existe fora do paradigma material. Nada é espiritual,
sagrado ou não material. Portanto, tudo que está em existência física,
inclusive os seres humanos, pode ser visto como uma propriedade em
potencial. Além de justificar a escravidão, essa lei conduz para a atitude
de que a natureza, o meio ambiente, os recursos do planeta existem para a
satisfação pessoal, dos desejos e gozo dos que forem poderosos o bastante para
ganhar e conservar o controle sobre os recursos. As Leis e Princípios da Nova
Ordem Mundial. Nota: A seguinte compilação das leis e princípios que governam e
dirigem os esforços das Forças da Luz flui das asserções básicas da Sabedoria
Eterna de que tudo é Vida, e que a Vida não tem começo nem fim, que os três
mundos de nossa existência material são apenas a precipitação densa de Amor e
Sabedoria e Poder, que o Universo é um todo harmônico, incompreensível para a
atual inteligência humana, em cuja Beleza vivemos, nos movemos e
temos nossas variadas existências Os seguintes Princípios e Leis foram tirados
dos Ensinamentos de Djwhal Khul (Discipulado na Nova Era – vol.
II pg.237). Esta relação não esgota o assunto nem é exclusiva. Não é a única
maneira pela qual esses Princípios e Leis podem ser formulados. Destina-se
apenas a oferecer algumas indicações que o trabalhador poderá usar em seu
esforço para revelar a Verdade que está por trás dos véus da distorção. O
Princípio da Divindade Essencial. No Bhagavad-Gītā, Kṛṣṇā diz
para Ārjuna:
“Tendo
permeado todo o Universo com um fragmento de mim mesmo, Eu permaneço”. Esse
princípio significa a natureza dualística da vida. Espírito e Matéria. Ela
indica que toda forma no universo tem em seu núcleo uma centelha da divindade,
que neste sentido ele é um ser vivo sagrado. Este é o princípio básico que
anima e impulsiona todo pensamento e ação do trabalhador hierárquico. O
Princípio da Boa Vontade. A Boa Vontade é o tipo de energia usada pelo
trabalhador hierárquico no trabalho da revelação. O Princípio da Unanimidade
Este é o básico Princípio da Existência. A Lei das Corretas Relações Humanas.
Essa é a Lei que governa toda a interação humana, não somente reciprocamente,
mas também com os Reinos inferior e superior. É uma Lei enraizada na harmonia e
no equilíbrio e uma compreensão do lugar e função de todos os seres. Na
realidade é a implementação do amor, “a medida da compreensão” é o grau do
amor. (Agni loga - pg.24). A Lei do Empenho Grupal. Esta é a Lei
que governa todos os esforços para contatar e implementar o Plano para a Nova
Ordem Mundial. A Lei da Aproximação Espiritual. Sabemos que todos os que
assumem esse serviço são protegidos pelos escudos dos Grandes Seres e têm
sempre, atrás de si, seu amor e suas bênçãos. Contamos com êxito nessa aventura
porque o grau da necessidade é tão grande. Como disse o Mestre: “A medida do
sucesso é o grau da necessidade. Vocês podem estar certos de que ninguém
pularia sobre o abismo se isso não fosse absolutamente necessário. Quanto mais
inevitável a necessidade, mais próximo o passo da vitória. Que o mais
horrendo se erga! A medida da compreensão é o grau do amor. Pode-se memorizar
linhas, palavra por palavra, contudo você ficará morto se o conhecimento não
for aquecido pelo amor”. Na verdade, quando se aprende a discernir as emanações
dos sentimentos dos outros, é possível perceber que precisamente o amor acima
de tudo atrai o Fogo do Espaço. Aquele que disse: ”Amai-vos uns aos outros” era
um verdadeiro Iogue. Portanto, nós saudamos cada explosão de amor auto
sacrifício. Assim como uma alavanca põe as rodas em movimento, também o amor
inspira poderosas respostas. Comparado com a irradiação do amor, o ódio é
apenas um horrendo borrão. Pois o amor é a verdadeira realidade e tesouro. Não
falo sobre o amor de maneira abstrata, mas como um fisiologista. Considero que
como a necessidade é um impulsionador, o amor é o iluminador. Citar mais uma
vez o Mestre Tibetano: “A oportunidade espiritual está emergindo com uma
clareza crescente nas mentes dos homens e mulheres pensantes, mesmo que não
seja expressa por eles em termos, digamos, ortodoxos, nem em termos
reconhecidos ou espirituais. Talvez uma afirmação clara daquilo que as Forças
espirituais ativas estão procurando provocar poderá ser útil. Se as Forças do
Mal são ativas e organizadas, as Forças da Luz são igualmente ativas, mas não
tão bem organizadas. A meta básica é a liberdade e a liberação da humanidade,
mas os trabalhadores espirituais se ressentem do fato que os homens devem fazer,
eles mesmos, a livre escolha e tomar decisões para serem livres. Eles
somente conseguirão libertar-se quando como indivíduos e mais tarde como
grupos, se libertarem do controle do pensamento expresso dos poderosos grupos
dominantes e dos medos que esses grupos intencionalmente engendram. A liberdade
nunca poderá ser alcançada através de métodos totalitários. A libertação não
pode vir através de um ditador ou de grupos ditatoriais. Uma conscientização da
maneira pela qual as forças hierárquicas estão trabalhando e um reconhecimento
de que todos os homens estão hoje imersos em acontecimentos espirituais vitais
pode servir para encorajar os fiéis e dar uma visão aceleradora para aqueles
que lutam em prol da liberdade humana. www.yoganarayana.com.br.
Abraço. Davi
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