quarta-feira, 11 de abril de 2018

AS CASAS ASTROLÓGICAS 2 E 8, 3 E 9


Astrologia. Texto de Ricardo Lindemann. www.ricardolindemann@uol.com.br. Livro A Ciência da Astrologia e as Escolas de Mistério. Capítulo 13. AS CASAS ASTROLÓGICAS 2 E 8, 3 E 9. Lembrando que as CASA ASTROLÓGICAS estão relacionadas como o movimento de rotação da Terra, e que especificamente a partir da LINHA DO HORIZONTE, temos abaixo do HORIZONTE ORIENTAL as CASAS 1, 2,3 até o NADIR, que corresponde à cúspide ou início da CASA 4, depois a 5 e a 6 até novamente chegar ao HORIZONTE OCIDENTAL em cima do qual temos a 7, a 8 e à 9 até o ZÊNITE. Correspondendo ao Meio do Céu ou cúspide, que é onde inicia a CASA 10, seguidas pela 11 e 12, aproximadamente, em divisões de 30º cada uma, variando ligeiramente de um sistema de domificação para o outro. Veremos que os PLANETAS que caem nestas regiões têm uma profunda influência no MAPA ASTRAL do indivíduo. Podemos observar que o SOL do indivíduo cairá na CASA 1, se ele nascer aproximadamente entre 4 e 6 horas da madrugada. A CASA 1 é a CASA do brilho pessoal, é a CASA DO CORPO e da personalidade, e costuma caracterizar um temperamento muito radiante, carismático, centrado em si mesmo. Pode também estimular o desenvolvimento de atividades na área física, como por exemplo a profissão de personal trainer, ou mesmo de atleta. Podemos também encontrar um temperamento mais exuberante, com relação ao seu carisma, como um político, ou até uma modelo. Basicamente, veste-se de um certo ar de comando, tem presença radiante e um alto astral, mas é geralmente muito centrado em si mesmo e se os ângulos forem afligidos pode apresentar um certo traço de egocentrismo. O caso oposto, como nós vimos no capítulo anterior, apenas para revisão da ideia, seria a CASA 7 que, por exemplo, o SOL ocupa, aproximadamente, entre as 16 e as 18 horas. E, portanto, se a pessoa nasceu nesse horário é muito provável que ela tenha o SOL na CASA 7. Teremos um tipo mais pacificador, um tipo que sabe criar associações, que evita constrangimentos, que sabe ser diplomático, que tem o dom ou um certo grau de comunicação conciliatória. Estes tipos com o SOL na CASA 1 e na CASA 7 são de alguma forma complementares, porque quando a pessoa está centrada em si mesma, ela dá menos atenção para o outro, quando ela está mais centrada no outro ela esquece às vezes de si mesma. Uma mulher muito voltada para o marido pode esquecer de cuidar do seu próprio corpo, ou quando é muito voltada para si mesma, pode esquecer do marido. Então, a dificuldade de equilibrar os dois polos, quando a pessoa se dedica muito a si mesma, dedica-se menos ao companheiro e vice-versa. Porém, apesar da dificuldade, a busca desse equilíbrio é a essência do PRINCÍPIO DA POLARIDADE. Ora, evidentemente, outros PLANETAS poderão cair também na PRIMEIRA CASA e sobre isso existe toda uma pesquisa de Michel Gauquelin (1928-1991), tanto referente à CASA 1 e a CASA 12 quanto às CASAS 9 e 10. Tais PLANETAS são definidores, frequentemente, da carreira profissional do indivíduo. Com relação à CASA 2, lembraríamos que se a CASA 1 é a CASA DO EU, nós dizíamos que a CASA 2 é a CASA DO “MEU” e, por extensão, nós temos a ideia de propriedade, de domínio, de posse, de uso como expressão do SER. Envolve, portanto, aquele motivo que dá um sentido à posse, é aquele aspecto de exteriorização de uma missão no SENTIDO DA VIDA que representa o propósito do SER. Na medida em que dá sentido ao TER, em função daquela atividade que a pessoa exerce. O exemplo que nós podemos dar é: Qual é a necessidade de uma grande enciclopédia para quem só faz um trabalho braçal? Ou também qual a necessidade de pás e picaretas para uma pessoa que só faz um trabalho intelectual? Temos aí extremos de situações em que a posse do utensílio, seja um livro ou seja uma ferramenta, deixam de ser necessárias para um ou para outro. Assim, se algo não está sendo utilizado, a posse carece um pouco de sentido, particularmente se consideramos que outra pessoa poderá estar realmente necessitada desta posse, e vice-versa. Portanto, segundo Platão (428-347), o que justifica a posse é justamente o uso, e o que justifica o uso é a vocação, é a atividade que tem a ver com o estágio de desenvolvimento da ALMA, como nós vamos encontrar em A República, uma das suas magnas obras. Ora, talvez seja bom lembrar que há uma correspondência entre as DOZE CASA e os DOZE SIGNOS. Então, ÁRIES representa o SIGNO que tem analogia com a CASA 1 e rege a cabeça. TOURO rege o pescoço, a tireoide e a capacidade de acumular peso no corpo, porque ela é a glândula mestra que rege o nosso metabolismo. Assim também a CASA 2 tem a ideia de acumular uma reserva de riquezas para dias talvez não tão prósperos, aquela ideia bíblica das sete vacas gordas ou dos sete anos favoráveis, das quais se deve guardar para as sete vacas magras ou para os sete anos desfavoráveis. TOURO incorpora muito essa ideia de acumular a riqueza, como uma espécie de intenção de preservar a VIDA. E neste sentido, fala-se que, enquanto A CASA 1 é a CASA DO EU ou do corpo, a CASA 2 é a CASA DO “Meu” ou do dinheiro. Num sentido geral, todas as acumulações, sejam físicas ou até psicológicas, que trazem saúde e acumulam em condições de preservar a VIDA e, portanto, não só necessariamente a questão estritamente material está, assim, relacionada à ideia da CASA 2. Assim com o CORPO tem necessidades básicas, também tem posses que lhe são próprias e necessárias, roupas a gente pode emprestar até certo ponto. Contudo nem sempre servem em todo mundo, a escova de dente, por exemplo, é uma das posses mais difíceis de emprestar; então, pela própria consequência da dimensão do corpo, existem algumas posses que dificilmente são transferíveis. Neste sentido, nós encontramos na ASTROLOGIA ressonância com a resposta clássica de Platão, ou seja, pelo sentido da genuína posse individual como uma extensão DO EU. Por outro lado, quando a posse vira uma prótese da personalidade, como o carro novo servindo para esconder às vezes as condições psicológicas difíceis do seu motorista. Quando a personalidade não está bem trabalhada e quer impressionar pelo dinheiro, aí esse substitutivo é destruidor. Neste caso, ao invés da posse se justificar pelo uso, ela vira uma compensação, uma espécie de pretensão, até de exaltação da personalidade e, portanto, nós encontramos uma área conflitiva no sentido da posse. Infelizmente na civilização globalizante do capitalismo selvagem essas deformações às vezes acontecem e parecem até ser incentivadas, e depois, obviamente, não deveria nos surpreender por que as pessoas ficam tão apegadas à materialidade. Por outro lado, o oposto da CASA 2 é a CASA 8, que é a CASA DA MORTE. Sabemos que no momento da morte nós somos obrigados a nos desapegar das nossas coisas. Dizia Jiddu Khrisnamurti (1895-1986) que o MEDO da MORTE não é exatamente o medo do desconhecido. Tendo em vista que muitas vezes o desconhecido é até atraente e desperta nossa curiosidade, masque o MEDO da MORTE está associado à perda do conhecimento, ao qual nós estamos apegados. Portanto, se houvesse DESAPEGO, não haveria MEDO da MORTE. A CASA 8 corresponde ao SIGNO DE ESCORPIÃO, que segundo a lenda, se não injetar o veneno no adversário, injetá-lo-á em si mesmo, por isso todas as lutas de ESCORPIÃO são de VIDA ou MORTE. Assim, a CASA 8 também caracteriza todas as preocupações com o além, com o post-mortem e também com sua regeneração ou ressurreição espiritual, se eu puder assim colocar. Como a viam também os antigos egípcios, que ao invés de usar exatamente o ESCORPIÃO como símbolo do OITAVA SOGNO, usavam a águia que voa mais alto olhando diretamente para o SOL. Então, a CASA 8 tem sido chamada a CASA DA MORTE e da REGENERAÇAO e representa o uso das posses coletivas. Portanto, também apresenta as heranças, porque o que não fica conosco tampouco deveria ser desperdiçado, e terá que passar para alguma outra pessoa. No momento DA MORTE, as posses que eram minhas necessariamente serão repassadas para outra pessoa. A ideia de HERANÇA está também associada a administração do coletivo. Por isso se a CASA 7 é a CASA DO “TU”, ou do CASAMENTO e das associações, a CASA 8 seria a CASA DO “NOSSO”, porque é a posse coletiva, é a posse da associação. Ela está, portanto, caracterizada por conceder às pessoas que nascem sob sua influência, por exemplo, com o SOL na CASA 8, certos dons administrativos. Tal posição corresponderá, pelo HORÁRIO DE NASCIMENTO, ao intervalo entre as 14 e as 16 horas, aproximadamente. A CASA 8 está relacionada ao interesse pela tradição ou herança cultural, mas de alguma forma com o saber administrar, saber lidar com as heranças e com as posses coletivas. Além disso, é preciso saber lidar com as proibições da CASA 8, que está ligada à morte e às proibições dos tabus, bem como às limitações que muitas vezes surgem até por superstição do que acontecerá após a MORTE, isso ou aquilo. Relacionado à CASA 8 temos também as oportunidades coletivas, que o rito social das heranças culturais oferece, uma herança de costumes, e não apenas a herança financeira. Frequentemente, filhos que têm o SOL na CASA 8 são, de alguma forma, uma herança viva das culturas daquela família, ou puxam mais alguma tradição dos pais ou sua profissão. Por outro lado, é muito comum o SOL na CASA 8 favorecer as pessoas que querem levar alguma luz sobre o ambiente da MORTE, levar o SOL à CASA DA MORTE. E, portanto, não é incomum ver essas pessoas ligadas a profissões que lidam com situações terminais, como por exemplo um médico. Também as pessoas que lidam com os tabus e as limitações da mente humana, e aí nós encontramos os psiquiatras, os psicólogos. Além disso, as atividades da CASA 8 podem ser de natureza religiosa, ética ou assumem a administração do rito social e da herança cultural nessa área. A CASA 8 pode ainda estar relacionada à ideia da passagem de um certo tipo de poder, seja de natureza sexual, seja de natureza financeira, pois o ESCORPIÃO rege esses dois assuntos no ZODÍACO. AS CASAS são, eu volto a lembrar, a materialização do conceito abstrato dos DOZE TEMPERAMENTOS HUMANOS SIDERAIS, ou mesmo tropicais nos DOZE SIGNOS DO ZODÍACO, quando correspondem nas regiões da Terra, a partir da Linha do Horizonte e da Vertical do Lugar, elas se materializam nas CASA que correspondem as áreas da vida humana. É importante perceber que todo o processo da MORTE é um processo de renascimento num outro plano, numa outra dimensão, que os antigos alquimistas chamavam de ASTRAL ou BRILHANTE, porque, para os que tem a clarividência, tudo ali era radiante como uma estrela. As pessoas que têm o SOL na CASA 8, são geralmente muito interessadas pelo além-túmulo, pela questão parapsicológica, pela questão do post-mortem, e não é incomum que elas dediquem grande parte da sua VIDA a isso. Nós vamos encontrar também advogados e outros, que trabalham na questão das heranças e do encaminhamento dos bens. Todas essas áreas de atividade estão, de alguma forma, associadas à CASA 8, e estão relacionadas como OITAVO SIGNO, mas é pelo ângulo que o PLANETA faz com a Linha do Horizonte e, portanto, não pelo MÊS DO NASCIMENTO, mas pela HORA, que essa influência se faz sentir. Eu costumo insistir neste ponto porque as pessoas nem sempre percebem a importância da HORA NO HORÓSCOPO. A palavra HORÓSCOPO vem de HORA. Em grego HORÓSCOPO é a observação da HORA, como telescópio é a observação do distante, microscópio é observação do pequeno, do radical SCOPEIN que quer dizer observar. Assim, nó temos justamente uma sucessão natural, sendo as CASA 2 e a CASA 8 chamadas de SUCEDENTES. Passaremos agora a uma análise de DUAS CASAS CADENTES, que são a CASA 3 e a CASA 9. A CASA 3 está associada basicamente ao SIGNO DE GÊMEOS, é uma CASA de teste, bem como a CASA 9, por isso elas são chamadas CADENTES, porque o seu teste pode produzir uma queda. A CASA 3 representa o primeiro limite na expansão da personalidade. Se a personalidade, de alguma maneira, está assim associada ao EU do CORPO FÍSICO por identificação, e depois ao sentido de MEU na CASA das posses, quando chega a CASA 3, que é a chamada DOS IRMÃOS e do convívio com a vizinhança e com o meio ambiente. Então, é evidente que ela terá que enfrentar o desafio de aprender a dividir ou compartilhar com os irmãos as suas posses, como, por exemplo, um brinquedo. Lembro-me aqui da minha esposa que nasceu numa família de quatro irmãos. Ela era a mais velha e tinha que dividir a bicicleta que era um só. Então, seja a bola, a bicicleta, a boneca, de alguma forma a pessoa é obrigada a ter um limite. Refiro-me, portanto, a esse sentido de que a vizinhança e o meio ambiente trazem limitações ou desafios e que exigem uma adaptação por meio de um conhecimento empírico (que se baseia na experiência ou dela resulta). A CASA 3 está associada, dessa forma, a aprender a caminhar, a aprender a lei da gravidade, a aprender a lidar com as limitações do meio ambiente, no sentido até de subir numa árvore sem cair. No início da VIDA, esse conhecimento da TERCEIRA CASA é totalmente prático, e é por isso associado à ideia do ensino primário, menos abstrato. As pessoas que têm o SOL na CASA 3, por exemplo, são as que nasceram aproximadamente entre a meia-noite e as duas horas da madrugada. São pessoas que, normalmente, têm uma capacidade de ensinar, de comunicar, e não é incomum que se tornem professores. Gostam de conhecer as regras do jogo no desafio da VIDA e desenvolvem rapidamente o sistema nervoso e uma inteligência rápida. No convívio com o meio ambiente, adaptam-se facilmente às leis da natureza, no seu sentido mais empírico no início, e depois, às regras sociais de comunicação e, portanto, a todo um sentido mais pragmático de convívio com a vizinhança. A CASA 3 é por isso relacionada também com as leis do meio ambiente, com o ensino e a aprendizagem dessas leis, seja na escola propriamente dita, seja na ESCOLA DA VIDA com uma percepção de limites da expressão do CORPO no meio ambiente. A CASA 3 está ainda de certa forma relacionada àquele processo de desenvolvimento que começa com o impulso original do ideal do SER na CASA 1, que se expressa como “TER” na CASA 2. Mas precisa se ajustar e adaptar-se às leis da NATUREZA, do meio ambiente e do relacionamento com os irmãos e a vizinhança, temas próprios da CASA 3. Esta CASA 3 é uma CASA de relacionamento e contato pessoal direto, de experiências de cooperação com os outros, como o exemplo de uma criança, que assim pela primeira vez enfrenta o desafio de sair da esfera de sua casa e vai almoçar na casa do vizinho. Ou de conhecer os costumes da casa do primo, ainda esteja num pequeno círculo social. Não é um grande círculo de relacionamento social, como nós vamos encontrar na CASA 7 e principalmente na 11, e as CASA que correspondem aos SIGNOS DE AR são CASAS DE relacionamentos. A CASA 3, a 7 e a 9 correspondem aos SIGNOS DE GÊMEOS, LIBRA e AQUÁRIO, respectivamente. Portanto, a CASA 3 ser refere a relacionamentos com um ambiente relativamente mais restrito e está associada à ideia de pequenas viagens ou pequenos deslocamento. Observemos, também, as condições da CASA 9, que é oposta da 3. O SOL, por exemplo, ocuparia a CASA 9 se a pessoa nascesse aproximadamente entre o meio-dia e as 14 horas. A posição dos outros PLANETAS nós teríamos que calcular personalizadamente. O MAPA ASTRAL NATAL ou o HORÓSCOPO é calculado a partir da HORA DO NASCIMENTO DO INDIVÍDUO, considerando também a DATA COMPLETA, a cidade em que a pessoa nasceu. Pois nós precisamos da coordenada da Linha do Horizonte, e esse é um trabalho até certo ponto artesanal, um jornal, por exemplo, não poderia fazê-lo, porque tem que ser feito individualmente, principalmente a sua interpretação. Dessa forma, a interpretação da CASA 9 está associada a um conhecimento do coletivo, ela vai além daqueles tabus da CASA 8, ela vai além daquelas preocupações com o que se pode ou não fazer em VIDA e suas consequências após a MORTE. A CASA 9 vai questionar a busca do significado na VIDA, na filosofia, na religião, portanto ela busca o significado e a abstração das coisas. Ela está relacionada com o meio ambiente coletivo e o seu conhecimento enquanto tradição e no auto confronto com outras culturas e por isso associada às grandes viagens. Desta forma, as pessoas que têm o SOL ou outros PLANETAS importantes na NONA CASA gostam de viajar, seja fisicamente para confrontar outras culturas realmente distantes. E portanto, estamos falando em viagens de grandes distâncias, seja mentalmente pelo estudo das características e pensamento de outras culturas. A CASA 9 leva o indivíduo a fazer uma reavaliação do escopo mental, ele terá que abstrair os costumes de uma cultura e de outra e fazer uma reavaliação dos valores da relação com o ambiente coletivo. Assim, esta CASA está relacionada a longas viagens ou contatos com outras culturas, e à síntese de diversos dados em relação ao significado da VIDA e do COSMO. É a CASA que vem depois da CASA DA MORTE, e então  CASA 9 é chamada de a CASA DA RELIGIÃO e da FILOSOFIA, porque ela tenta investigar o significado da VIDA e o que está além, de um ponto de vista racional e filosófico, como é próprio do NONO SIGNO que é chamado SAGITÁRIO. SAGITÁRIO é o arqueiro e, no seu simbolismo, é um CENTAURO, um quadrúpede da cintura para baixo. Ele é o animal humano que busca o divino, que com a flecha tenta transcender a sua própria condição humana, embora da cintura para baixo ainda seja um animal quadrúpede. Ele é assim projetado a buscar o que está além. O SAGITÁRIO aponta para o centro da galáxia, e nesse sentido caracteriza essa busca do significado, do sentido de atingir o alvo num nível mais abstrato e filosófico. Assim, a CASA 9 que corresponde ao SAGITÁRIO se contrapõe a CASA 3, onde a busca do conhecimento é mais restrita à percepção de limites empíricos. Então, nós vamos verificar que a CASA 9 está associada a busca de um significado mais transcendente, está associada, portanto, à Universidade, ao conhecimento abstrato, ao conhecimento da mente superior, ou do ensino superior. Portanto, ela preocupa-se com a preparação de um código ideal de ética, de um código de costumes associado a uma compreensão do sentido da vida. Assim, Immanuel Kant (1724-1804), por exemplo, definiu o imperativo categórico, que nós somente deveríamos fazer as coisas que fôssemos capazes de aceitar que todos os outros também fizessem. Pode=se notar, na CASA 9, essa ideia de abstrair de uma cultura específica e buscar fazer uma LEI UNIVERSAL, é uma característica legislativa, por assim dizer, do idealismo desta CASA. A CASA que busca o significado da VIDA, chamada, assim, de CASA DA FILOSOFIA, da RELIGIÃO, ou das grandes viagens. Se a pessoa tiver diversos PLANETAS nesta CASA, ou que seja pelo menos o SOL, ela será mais focada nessa vocação específica do pensamento abstrato, filosófico, ou de organização de grandes estruturas. Por outro lado, a CASA 3 oportuniza um contato mais pessoal e aquela comunicação mais imediata, que favorece mais o professor, talvez, do ensino mais simples. Enquanto na CASA 9 nós temos o ensino mais rebuscado, mais relacionado a uma pesquisa mais intelectualizada na abstração. Os interesses  da CASA 3 que são empíricos (baseado na experiência e observação) e locais, são o conhecimento pelo nível de expressão da personalidade na sua infância, na relação com os irmãos, com o meio ambiente e a vizinhança. Outro conhecimento, vamos dizer, intercultural de diferentes tradições culturais e religiosas, e mesmo de outros continentes, representa a CASA 9. Esses dois conhecimentos, o empírico e o abstrato filosófico, são complementares, e o indivíduo precisa também encontrar o seu ponto de equilíbrio e convergência entre esses dois extremos. Livro A Ciência da Astrologia e as Escolas de Mistérios. Abraço. Davi

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