quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

I. O SURGIMENTO DA MEDIUNIDADE.

Religião Afro descendente. Umbanda. Texto de Yamusiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Nove. SURGIMENTO DA MEDIUNIDADE – NECESSIDADES – OS SETE SENTIDOS- A TELA ATÔMICA OU ETÉRICA – OS NÚCLEOS VIBRATÓRIOS OU CHACKAS – A VERDADEIRA CABALA – AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS – MANIFESTAÇÕES DOS MAGOS DA RAÇA VERMELHA OU ATLANTE – O QUE SÃO OS MÉDIUNS – O VERDADEIRO MEDIUNISMO – O MEDIUNISMO COMO VIA EVOLUTIVA. Filho de Fé, após viajarmos pelos 4 cantos do planeta, observamos que, no decorrer do espaço-tempo, a Proto Síntese Cósmica, e com ela a Proto Síntese Relígio-Científica, foram sendo deturpadas, confundidas, interpoladas e completamente invertidas em seus mais profundos e puros valores e, por fim, completa e totalmente esquecidas pela grande maioria das humanas criaturas. Assim, antes de adentrarmos no surgimento da mediunidade, é necessário que nos aprofundemos até as raízes das deturpações e, quando lá chegarmos, entenderemos o mecanismo real, sem os véus do mito, do porquê da mediunidade. Como dizíamos, a Lei vinha sendo postergada, quando alguns raríssimos Iniciados, Guardiães da Tradição do Conhecimento ou Proto Síntese Cósmica, guardaram-na, trancafiaram-na no interior das Ordens, Templos, Colégios Divinos, Academias Sagradas, etc. E, por que assim o fizeram? Assim o fizeram porque foram combatidos e perseguidos cruel e ferozmente por todos aqueles interessados em inverter e encobrir as Verdades, isso para que eles pudessem se sobressair e para que seus instintos e desejos ligados ao mundo das sombras pudessem ter caminho livre às ações nefastas e deletérias. Guardaram-na muito principalmente dos olhares e das mãos dos hipócritas de todos os tempos, pois o Conhecimento em suas mãos seria, seguramente, muito perigoso e danoso para toda a humanidade. Nesse período houve uma retração, um ocultamento das Tradições do Conhecimento Uno, surgindo assim, como vimos, as Ciências Esotéricas ou Tradições Herméticas, as quais eram transmitidas apenas no interior dos Templos. Com o ocultamento da Tradição do Conhecimento Uno, ficamos pois com dois Conhecimentos. Primeiramente, o do interior de raríssimos Templos, que eram os Guardiães da Tradição do Conhecimento Uno, que passa a ser chamada de Tradição Oculta ou das Ciências Herméticas, que em verdade velavam e resguardavam o Conhecimento Integral, o Conhecimento Total. O outro conhecimento era o profano, aberto, público, que ficou ou permanece até os dias atuais, que foi denominado como oficial, sendo transmitido a todos. Esse conhecimento é o das nossas Ciências oficiais, ou dos bancos acadêmicos. Foi então, nessa época, que as Ciências foram ocultadas, passando a chamar-se Ciências Ocultas. Ao contrário do que muitos dizem, as Ciências Ocultas não são empíricas, pois contêm a Tradição do Conhecimento Integral. Dias chegarão em que haverá o reconhecimento dessa Tradição; até lá aguardemos, cumprindo a nossa parte. Mas se falamos que essas Verdades eram guardadas nos Templos, que Templos eram esses? Para responder, precisamos nos aprofundar na história das deturpações nos 4 cantos do planeta, o que já esboçamos no capítulo anterior. Então, relembremos: todo o Conhecimento surgiu da pura Raça Vermelha, em pleno solo brasileiro, e ficou velado em Templos que foram e permanecem soterrados em pleno Planalto Central Brasileiro. Velam as 78 placas de nefrita, que se compõem de 21 placas numeradas e grafadas que se correspondem com a Proto-Síntese Cósmica e 57 placas numeradas e grafadas que se correspondem com a Proto-Síntese RelígioCientífica, isto é, o Conhecimento UNO de que fazem parte a Religião, a Filosofia, a Ciência e a Arte. Também já vimos que, através do processo migratório tanto físico como espiritual, a Tradição do Conhecimento Uno ou do Saber Total alcançaria todos os cantos do planeta. Tudo se iniciou na América, no Baratzil, e é daqui que a Luz-Tradição irradiar-se-ia para todo o planeta. Vimos que o primeiro nome dessa Proto Síntese Cósmica foi Aumbandan. Surgiu um sinônimo, ainda no seio da Raça Vermelha — Macauan —, que em verdade significa a mesma Proto Síntese Cósmica. Os condutores da pura Raça Vermelha assim fizeram em virtude das possíveis deturpações e cisões que poderiam surgir, como em verdade surgiram. Assim, o segundo nome foi Macauam. Lembremo-nos de que, quando a ProtoSíntese Cósmica foi ocultada, no seio da Raça Vermelha, foram seus Guardiães Sagrados os 12 Anciãos. Aí teremos o terceiro nome da Proto Síntese Cósmica — TUYABAÉ-CUAÁ — A SABEDORIA DOS ANCIÃOS — A TRADIÇÃO VELADA PELOS 12 ANCIÃOS. Repetimos esses fatos para que os Filhos de Fé possam entender, logo mais, nossos estudos relativos às primeiras manifestações mediúnicas. Bem, após revelar a Tradição do Conhecimento Uno ou Integrado, o povo da Raça Vermelha, através do Tronco Tupy, pela nação Tupy-guarany, levou o Conhecimento deturpado desde a América Central até a América do Norte, atingindo depois o Oriente, principalmente Índia, Nepal, Manchúria, Mongólia, China e arredores. Os brâmanes, sacerdotes hindus, velaram pela Tradição que tinham recebido diretamente dos egípcios, por meio de seus grandes sacerdotes, que eram reencarnações dos próprios Tupy-nambá que haviam ficado no Baratzil, reencarnando apenas no Egito e Índia, para em verdade refazer a união com seus irmãos errantes, os Tupy-guarany. Assim, levaram ao povo do Nilo os ensinamentos relativos ao Tuyabaé-Cuaá. Transmitiram-lhes, em solene e singela cerimônia astral do planeta, as 78 placas de nefrita que, no entanto, para serem decifradas ou decodificadas, precisariam de mais uma chave. Realmente foi uma CERIMÔNIA PLANETÁRIA. Houve, no Egito, a materialização das 78 placas, que, após serem copiadas em 78 placas de ouro, foram desmaterializadas e rematerializaram-se quando voltaram ao seu local original, no Planalto Central Brasileiro. E claro que, nos arquivos Iniciáticos do Astral, existe a cópia original, a qual, como veremos no fim de nosso pequeno livro, está nas mãos da pura Raça Vermelha e de sua representante — a Umbanda. Nesse solo africano, a Raça Vermelha, através dos egípcios, transmitiu seus ensinamentos aos negros do continente, principalmente os etíopes. Muitos sacerdotes egípcios (a pura Raça Vermelha — reencamações dos primitivos e poderosos Tupynambá) reencarnaram na Índia, no intuito de restaurar o Conhecimento que já estava deturpado, pois lá chegou já esfarrapado com os Tupy-guarany. Então, na Índia, os dois povos, ou melhor, as duas nações que formavam o Tronco Tupy, se reencontraram e juntas começaram a reconstrução do poderoso Tronco Tupy, isso em nível kármico-astral. Muito lutaram para isso os Tupy-nambá, que desde o início foram fiéis às Leis Cósmicas. Antes de prosseguir com a Índia, relembremos que a China também recebeu deturpados os Conhecimentos relativos à Proto-Síntese Cósmica. Muito mais tarde é que, através do FO-HI, LAO-TSÉ e outros, tentaram, sem conseguir restaurar o Conhecimento. Rudimentos ou resquícios da ProtoSíntese Cósmica são encontrados no I KING que, como outros, tornou-se um mero jogo especulativo, para divertir e acalmar a curiosidade leiga. É bom que se diga que já há uma forte Corrente Astral restabelecendo a Verdade no seio dessa próspera nação amarela. Mas, voltando às terras banhadas pelo Ganges, a Índia fica parcialmente depositária da Tradição, pois através de Rama, em seu Livro Circular ou Estrelado em futuro teria também as chaves certas para abrir e interpretar os mistérios da Proto-Síntese Cósmica — o Aumbandan. Com tudo isso, os Filhos de Fé devem ter percebido que o vocábulo Sagrado — o Aumbandan — já estava perdido e adulterado. Raríssimos sacerdotes egípcios e hindus (herdeiros dos Tupy-nambá e Tupy-guarany) é que o pronunciavam no âmago do Templo e mesmo assim somente diante da mais alta Cúpula Sacerdotal. A partir dessa época, os Fundamentos da Proto-Síntese Cósmica seriam velados pelos egípcios e estariam pois liberados os hindus, os quais ficariam na retaguarda, como fortes guardiães das Verdades Universais. Assim é que, no Egito, os sacerdotes resolveram (a Raça Vermelha decidiu) velar mais uma vez o nome da Proto-Síntese Cósmica. Lembremo-nos de que o terceiro nome foi Tuyabaé-Cuaá, a Tradição mantida pelos 12 Anciãos ou a Sabedoria dos Velhos. O quarto nome, então, seria ITARAÔ. Decifremos o vocábulo Itaraô: ita — pedra ou I — potência, ta — fogo, portanto, Divindade; raô: ra — reinar, aô — mistério, véu. Assim, podemos traduzi-lo como A PEDRA DO REINO DA LUZ ou o MISTÉRIO DA LEI DIVINA — a própria LEI DIVINA — a SÍNTESE TOTAL. Mais tarde foi chamado Itarô, para finalmente tomar a denominação de Tarô, o qual tem o mesmo significado de Itaraô, podendo também ser decodificado como o Mistério da Vida, vida no sentido de Amor e Sabedoria. Assim, nos Templos de Mênfis e Tebas (nos Templos de Yokabed), o Tarô foi guardado e velado a 7 chaves. O Tarô foi dividido em forma de ARCANOS. Dividiu-se em 21 Arcanos Maiores e 57 Arcanos Menores. Muito depois dessa época é que o Arcano foi definido como mistério, segredo, mas a priori eram as REVELAÇÕES DIVINAS, e com elas certa ordem de fatores moraisespirituais. Só nos falta relembrar ao Filho de Fé e ao amigo leitor que foi no Egito que os dois Troncos se reuniram de fato, para de lá poderem retornar ao Baratzil com toda a Tradição restaurada.* Assim, retorna adulterada a Tradição e com as deturpações ocorre todo o séquito de cisões que invadiu o Baratzil até nossos dias. Mas a ProtoSíntese há de ser restaurada, e está sendo através do MOVIMENTO UMBANDISTA, que justamente surgiu com essa missão. Após as cisões tradicionais, temos as mais recentes, como aquela em que a Ordem Dórica (de Melquesedeque) foi substituída e totalmente vilipendiada pela Ordem Yônica. Na própria Índia, há 6.000 anos aproximadamente, tivemos o Cisma de Irshu, com destruição quase que total da Tradição que já era oculta. Aí está um dos motivos pelos quais os mistérios da Proto-Síntese não foram lá velados, tanto que os sacerdotes egípcios se responsabilizaram por sua guarda. Assim é que até hoje, na Índia, permanece uma série infindável de Filosofias e Religiões, sem que nelas se encontre o substrato da Proto-Síntese Cósmica. Claro que uma ou outra Escola Iniciática hindu tem Fundamentos, os quais, assim como quaisquer outros, devem ser respeitados. Mas daí a se dizer que contenham a Proto-Síntese Cósmica vai uma diferença meridiana. O Movimento Umbandista da atualidade não se utiliza de Conceitos Teosóficos ou mesmo do Ocultismo Indiano, por não representarem eles os anseios da restauração do AUMBANDAN. Muitos dirão que, na própria Índia, no Budismo Esotérico, em sua mística sagrada, encontraremos o termo Kumbandas. Claro que isto é real, mas não com significação de Proto Síntese Cósmica. Como dissemos, as deturpações e interpolações existiram e existem, mas acreditamos que o budista convicto merece nosso sincero respeito e que o Budismo deve atender a muitas almas ainda a ele ligadas por injunções kármicas diversas, sendo ele um dos caminhos ao Religare, assim como outros e quaisquer sistemas religiosos. Mas é bom que se entenda que nós não somos a favor ou contra os sistemas religiosos, pois acreditamos que eles existam com finalidades justas. No entanto, estamos sendo apologistas não de uma religião, pois a nossa religião é aquela que nos une em Espírito com a nossa Essência, ou seja, a nossa Consciência Cósmica, que não é Deus (vide Capítulo 1). Como dizíamos, somos apologistas da Proto Síntese Cósmica e, dentro dela, da Proto Síntese Relígio-Científica. Assim, o verdadeiro umbandista é universalista, não no sentido de fazer uma "grande mistura", mas no sentido de entender as misturas e os vários entendimentos que se encontram dentro delas. Assim, quanto mais dissermos que somos religiosos, menos nos encontraremos próximos da verdade, e sim cada vez mais distantes dela. O verdadeiro Umbandista não é só religioso, é ligado às Filosofias, às Ciências e às Artes. Separa o joio do trigo e, mesmo assim, com critérios. Mas voltemos ao Cisma de Irshu, na Índia. Em relação a ele, devemos dizer que não foi o único, pois o povo hebreu, através de seus condutores, em especial Moisés, inverteu e deturpou a dita Proto Síntese Cósmica, que eles começaram a chamar de Cabala (5º nome), também com seus Arcanos, só que dividimos em 56 Arcanos Menores e 22 Maiores, somente porque seu alfabeto, o hebraico, tinha 22 letras. Assim, embaralhou-se e confundiu-se ainda mais todo o entendimento, no Oriente e no Ocidente. Até hoje, infelizmente, até certo ponto, muitas Escolas Iniciáticas guardam e ensinam a seus prosélitos, até iniciando-os, essa Tradição completamente adulterada e deturpada, rota, arrumada e ajeitada ao entendimento de um e outro e ao bel-prazer de seus dirigentes. Enfim, usurparam e usurpam a Verdade, mas enfim (...). Sim, Moisés ajeitou, ajustou ao seu povo, fez uma nova chave de interpretação, pois em verdade ele, Moisés, sabia que a Proto Síntese Cósmica era composta de 57 Arcanos Menores e 21 Arcanos Maiores. Em outros capítulos, provaremos geométrica e matematicamente que 57 e 21 são os Arcanos menores e maiores, respectivamente. Também tentaremos provar como Moisés chegou nos 22 e 56, velando através de uma chave simples toda a interpretação. Por ora, só queremos que o Filho de Fé perceba que existe uma forte Tradição Esotérica nas figuras geométricas, em especial no triângulo, o qual será motivo de estudo mais avante em nossos humildes apontamentos, bem como na estrela triangulada ou hexagrama, que é o mesmo CÍRCULO ESTRELADO DE RAMA (Emissário da Raça Vermelha, enviado da Confraria de Oxalá), que não é diferente do Livro Circular citado por João em seu Apocalipse. Disso os hebreus tiraram proveito, tanto que seu símbolo máximo é o HEXAGRAMA SAGRADO. Neste exato momento, pedimos ao Filho de Fé que redobre a atenção, pois de forma bem simples provaremos agora o que também faremos, de forma mais profunda, em capítulo ulterior. O dito Tarô é composto de 78 placas. Essas placas são os chamados Arcanos. Dividiram os Arcanos em: 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores (Cabala Hebraica). Analisemos pois geometricamente e aritmeticamente os dois sistemas: o hebraico e o egípcio (o da antiga Tradição, não o atual). Como vemos, o Triângulo e o Hexagrama, que deveriam fazer parte do sistema (entre os menores e maiores) como manifestações da própria Lei, não apareceram. Surgiu a linha singela como símbolo de 2 (—), e o quadrado como símbolo de 4 (□). O hexagrama apareceu no 78, mas o que é o hexagrama senão triângulos entrecruzados em seus centros, com os vértices invertidos? Assim, para surgir um hexagrama, são necessários triângulos, o que não aconteceu. Muitos Filhos de Fé não devem ter entendido como, do número 56, chegamos ao 2. É fácil, Filho de Fé. Observe acima. Do número 56, somamos seus algarismos (5 + 6), temos o nº 11 como resultado; do número 11, somamos seus algarismos (1 + 1 = 2). Assim chegamos ao 2. Em verdade, o que fizemos é tirar aquilo que se aprende em matemática ou aritmética como sendo a "prova dos noves". Observe: 56-9 = 47; 47-9 = 38; 38-9 = 29; 29-9 = 20; 20-9 = 11; 11-9 = 2, como queríamos provar. Na verdade, no sistema por nós aqui mostrado, o 2 é excedente. Todo sistema de numerologia obedece esse esquema, claro que para o sistema cuja base seja 10. Observamos aqui a coerência, pois tanto os Arcanos Maiores como os Arcanos Menores, na Numerologia Sagrada e mesmo na Geometria Sagrada, representam a própria LEI, na forma de ESTRELA TRIANGULADA ou HEXAGRAMA MÓVEL DO LIVRO CIRCULAR (O Livro Cósmico deixado por Rama). Assim: A Síntese, o 78, é representado por um triângulo com um vértice apontado para baixo — Leis Regulativas ao nosso Sistema Kármico, ou seja, ao planeta Terra — e por outro triângulo com um vértice apontado para cima, correspondendo à Proto Síntese Cósmica, isto é, às Leis Regulativas do Universo Astral. Os Triângulos entrelaçados dão o Hexagrama ou a Estrela Triangulada, que é o próprio número 78. Assim, mostramos esses fatos só para que o Filho de Fé estudioso possa ir sentindo e entendendo como aconteceram as deturpações, o que na verdade é uma constante em nossos dias. Outrossim, ao citarmos o ITARAÔ, não podemos deixar de relacioná-lo com o Ifá, que em verdade era Itafaraó, para depois ser chamado Ifaraó. Observemos que aqui houve divergência. A primeira foi que o Sacerdote-Rei, do Egito, era o Faraó. Houve a perda do I, que no alfabeto sagrado quer dizer Potência; Senhor. A segunda foi a perda de RAO, originando Ifá. Perdeuse RAO — o Poder ou o Fogo Poderoso. A sílaba FA significa Vozes Harmoniosas e I, Potência. Enfim, IFÁ significa Potência da Voz ou O que Fala. Ao citarmos Ifá, não poderíamos deixar de grafar um sinal que se relaciona diretamente com o Tuyabaé-Cuaá e com aquilo que ficou vulgarizado como Oponifá. Este sinal é tão velho, que somente antigos sacerdotes de Ifá, no próprio Egito, é que eram conhecedores de seu significado oculto. Bem, Filho de Fé, assim nos expressamos para que você possa entender bem quando citarmos o Oponifá, que, como veremos, nasceu no seio da pura Raça Vermelha, transmitindo-se depois aos Tupynambá e, através desses, aos egípcios, que o passaram aos hindus. Esses, por sua vez transmitiram esse Conhecimento velado aos povos arianos, isso já muito próximo de nossos tempos. Os árabes e persas passaram-no ao povo africano, em especial aos Sudaneses. Em alguns povos, hoje nações africanas de línguas Yoruba (moderna), os Fon, o vocábulo Ifá é chamado Fá (perdeu-se o I inicial e o Raó final). Mas voltemos ao nosso tema central. O mediunismo surgiu justamente para sanar as deturpações que, como vimos, foram uma constante na história de nossa humanidade. Vejamos pois como era o relacionamento astro-matéria antes, ou seja, nas fases imediatamente anteriores ao aparecimento do mediunismo. Na pura Raça Vermelha, possuíam os Seres encarnados 7 sentidos naturais, intrínsecos aos seus corpos físicos. Em outras palavras, os sentidos de ordem astral eram inerentes ao psicossoma dos Seres Espirituais daquela época. Expliquemos mais minuciosamente: entre o corpo físico e o corpo astral não havia nenhum delimitador vibratório ou dimensional, ou seja, os meios de comunicação com o plano astral eram naturais. Não eram necessárias pontes, ou seja, portas vibratórias que se abrem ou fecham. Já dissemos que alguns Seres Espirituais tinham como próprias de suas constituições físicas maiores facilidades de "penetração", tal como qualquer Ser humano normal que possua um ou outro sentido mais desenvolvido. No caso desses Seres Espirituais terem "maior poder de penetração" isso se explica por serem os mesmos Condutores Morais da pura Raça Vermelha, tendo pois um contato mais direto com seus comandos ancestrais. Naqueles áureos tempos, tinha-se plena convicção dos porquês da reencarnação e do desencarne. Tinha-se enfim uma Grande Família Cósmica, composta de Seres Espirituais encarnados e desencarnados, em outras dimensões da matéria. É por isso, por causa desse conhecimento, que muitos aborígines dos tempos atuais dizem que vão retirar-se para as montanhas e lá irão esperar a morte, fazendo isso de maneira natural, tal qual naqueles idos e gloriosos tempos em que o nascer, o viver e o morrer eram considerados condições naturais e necessárias, não causando nenhum trauma. Não havia mortes bruscas, pois não havia contundência em seus corpos. Com isso, afirmamos que humano não matava humano e humano não matar va animal para alimentar-se. A alimentação era totalmente composta por elementos vegeto marinhos. Muito mais TARDE é que houve a inversão da alimentação da humanidade e com ela o terrível fluido de um semelhante destruir a vida de seus semelhantes. Aí acabou o PARAÍSO TERRESTRE, que era uma casa planetária de recuperação e higienização. Por esses fatores, o Filho de Fé atento deve estar entendendo o porquê de ter surgido o mediunismo, pois os fenômenos sensoriais ou os sentidos, principalmente os superiores, foram se deteriorando em cada nova fase reencarnatória. No período em que eram naturais, conscientemente inerentes aos sentidos físicos, a relação entre os Seres Espirituais encarnados e seus ancestrais no plano astral era, como dissemos, natural. Não possuía o Ser encarnado aquilo que erroneamente chamam de tela atômica, a qual teria sido rompida com o aparecimento do mediunismo. Com todo respeito aos Filhos de Fé terrenos que assim pensam, o que aconteceu foi justamente o oposto. Vamos primeiro entender o que é essa tela atômica. Essa tela atômica, de forma bem simples, seria uma espécie de resistência altíssima, que impede que a vida astral se manifeste na vida física densa. Na verdade, quando essa tela atômica surgiu, todas as portas de comunicação entre os planos físico e astral foram fechadas. Com esse fechamento ou proibição vibratória, não era mais possível haver a comunicação natural com o astral. Também a memória de outras vidas foi bloqueada, num complexo mecanismo exercido sobre o corpo mental em seus núcleos vibratórios intrínsecos e até os centros de forças superiores do corpo astral e seus equivalentes no corpo etérico, que passou a ter "consistência" e fazer parte da resistência vibratória que acima falamos. No corpo físico denso, a memória, que antes tinha dimensões ilimitadas, limitou-se e ficou, no que concerne ao passado, impressa em regiões medulares, na denominada paleo psique e nas regiões do encéfalo correspondentes às regiões corticais occipitais, algo que veremos mais adiante. Importantíssimo que citemos que as fontanelas cranianas, na época da comunicação natural, eram abertas, fato esse que também facilitava, magneticamente falando, os processos visuais e auditivos. Aliás, os sentidos superiores seriam os que hoje denominamos de Vidência astral ou clarividência e intuição, sendo essa uma espécie de antena captadora das mensagens dos ancestrais. Eram, enfim, a 4a e 5a dimensões, ou seja, o espaço-tempo ilimitados. Resumamos o que até aqui expusemos, para depois prosseguir rumo ao mediunismo. Então havíamos dito que na pura Raça Vermelha era natural a comunicação entre os Seres Espirituais do plano físico com os do plano astral. Vejamos como era o processo: 1. Os 7 sentidos ou órgãos dos sentidos eram muito mais sensibilizados. Dissemos 7 pois, naqueles tempos, além dos 5 órgãos conhecidos, tínhamos mais 2, ditos superiores. Os 2 sentidos superiores relacionavam-se com a visão astral e a intuição premonitora (devido a centros da memória abertos). Eram a 4a e 5a dimensões (espaço-tempo ilimitados). 2. O corpo mental tinha acesso livre ao corpo físico, através de fracos laços de impedância do corpo astral, facilitando assim a plena consciência do meio. 3. O corpo astral tinha seus núcleos vibratórios em perfeita harmonia; freqüências as mais altas possíveis dominavam seu tônus; havia muita facilidade em ter-se normalmente aquilo que hoje é chamado desdobramento da consciência ou desdobramento astropsíquico (nas ditas viagens ao astral, transes, etc). 4. O corpo etérico, na época, era apenas um anteparo vibratório armazenador de ENERGIAS LIVRES, as quais podiam, por exemplo, ser usadas no ato do desdobramento da consciência. Não tinha a função que desempenha hoje. 5. Não havia a tela atômica, que é uma guarnição protetora aderida às últimas camadas do corpo etérico, filtrando ou impedindo imagens, sensações e vivências de outra dimensão que não esses 3 a que os Seres Espirituais encarnados aqui na Terra estão habituados em seus sentidos e conscienciais. E verdadeiramente uma tela protetora, inibidora das imagens do plano astral no plano físico, bloqueando inclusive certos planos da memória (a do passado). Em verdade, naquela época, essa tela atômica não existia. Portanto, não foi do rompimento da tela atômica que decorreu o mediunismo, ou seja, não foi uma condição sine qua non para o mediunismo. Ela surgiu para impedir a comunicação natural com as outras dimensões. Quando ela surgiu, essa comunicação natural desapareceu. Não faziam mais parte da constituição física os outros órgãos superiores do sentido. Com isso, fica patente que os órgãos se atrofiaram com o surgimento da tela atômica. Mas insistimos que, naquela época de comunicação natural, não havia a tela atômica. Ela surgiu justamente para impedir essa comunicação natural entre o plano astral e o plano físico. 6. Como a relação entre os Seres Espirituais no corpo físico denso e os de corpo astral era natural, conheciam os do corpo físico denso meios de alimentação que os preservavam de sacrificar qualquer animal. Não conheciam o que era o sangue vermelho. A alimentação era basicamente constituída de algas e vegetais. Aproveitavam o máximo a energia solar e respiravam com sabedoria, absorvendo ele mentos vitais para sua organização. Quando citamos a alimentação, os Filhos de Fé devem ter imaginado que os corpos físicos eram fragilíssimos. Puro engano, caro Filho de Fé! Ao contrário, eram corpos muito mais hígidos e robustos, sem precisarem, é claro, ficar distróficos devido aos excessos alimentares e aos hábitos menos refinados de alimentação. Assim, a alimentação era essencialmente natural. Nada de doces (glicídios), nada de sais (cloreto de sódio) e muito menos as hoje tão propaladas dietas dessa ou daquela forma. A alimentação era sagrada e como tal os alimentos. Não se alimentavam por prazer, mas por necessidade de manter seus corpos físicos e astrais hígidos para desempenhar as funções que os ajudassem a se elevar espiritualmente. Fala-se muito, hoje em dia, da Macrobiose. Acreditamos que seja ela uma tentativa empírica de se conseguir um balanço energético no organismo já intoxicado e impregnado de carnes e mais carnes sangrentas. Por ter ela essa finalidade, achamos uma valiosa tentativa. Visa dar uma pausa e, quem sabe, restaurar as funções naturais dos órgãos. Acreditamos que mesmo essa alimentação deve ser criteriosamente analisada e, por preconizar somente o arroz, ou como base o arroz, carece de maiores estudos por parte das humanas criaturas, que naturalmente têm um tendência a serem radicais. Ainda neste livro, preconizaremos uma alimentação que visa energizar sem ferir as organizações etérico-físicas. Vimos pois que a alimentação era algo que facilitava, e muito, a comunicação natural entre os 2 planos. 7. A conduta dos Seres Espirituais da pura Raça Vermelha era essencialmente responsável e fraterna. Não tinham sentimentos menos dignos, tão comuns nos melhores Filhos da Terra em nossos dias. Assim não conheciam ações contundentes sobre seus corpos — físico, astral e mental. Pelas próprias ações benéficas, as reações eram as melhores possíveis, e mesmo a Natureza nunca os agredia, pois eles viviam em perfeita harmonia com a mesma. Também não conheciam os reveses naturais e nem as ditas fatalidades. Ninguém morria por morte violenta, quer fosse por acidente quer fosse provocada. Não havia o fratricídio e nenhuma forma de violência contra a vida. Claro está que o suicídio era completamente ignorado. Não havia desvios de conduta sexual. O sexo era ato divino, era ato de "despertar Consciências" e de unir mais profundamente as Almas. Era a concretização do Amor das Almas e não era considerado coisa pecaminosa ou contrária aos bons costumes. Após esse pequeno resumo, devem os Filhos de Fé estar pensando como seria bom termos uma humanidade com esses elevados e dignos padrões conscienciais e vivenciais. Filho de Fé, o caminho é longo, a jornada íngreme, mas caminhemos para aqueles gloriosos tempos. Essa é a finalidade da Proto Síntese Cósmica. A via é a Tradição rediviva e é por isso que existe a Corrente Astral de Umbanda e a mediunidade como meio para se alcançar esses novos tempos. Não paremos, já perdemos muito tempo. Teremos de trabalhar, trabalhos árduos nos aguardam. Mas valerá a pena, pois iremos reconstruir. Aliás, já começamos e só pararemos quando retornarmos àqueles tempos de Amor e Sabedoria. Bem, o Filho de Fé deve estar pensando quando aconteceu esse obscurecimento da humanidade, como foi o rompimento desse mecanismo natural de comunicação entre os planos astral e físico. A resposta não é tão simples, não foi apenas um fato isolado em si, mas sim a contaminação e deterioração da mente e da conduta da humanidade que levaram ao rompimento dessa porta aberta entre os planos. Isso aconteceu na 4a Raça Raiz, a Raça Atlante. Aconteceu porque a pura Raça Vermelha foi deixando de reencarnar e iniciaram seus processos evolutivos, através da encarnação terrena, outros Seres Espirituais desgarrados do Universo. Quando dissemos que deixaram de reencarnar, não queremos dizer que "todos" deixaram de reencarnar. Os grandes Condutores haviam preparado outros Condutores, e esses, outros e mais outros. Os primeiros Condutores da Raça Vermelha não estavam reencarnando, estavam participando da Confraria dos Espíritos Ancestrais e aceitaram receber SERES ESPIRITUAIS MARGINAIS DO UNIVERSO, que encarnaram em conjunto com os seus remanescentes retardatários. Isso aconteceu na Atlântida, em um de seus locais, e não na Atlântida toda. Nesse local, onde encarnaram em massa os marginais do universo, eram eles a população dominante. Infiltraram-se, mui sutilmente e sabiamente, através das migrações reencarnatórias, entre muitos Vermelhos da própria Atlântida, os quais mantinham vivos em seus conscienciais os mecanismos naturais da comunicação com o plano astral. Começaram então a incrementar a evolução dos até então marginais do universo. Muitos deles conseguiram evoluir, desataram os laços do crime em que tinham se envolvido e logo passaram a ajudar seus irmãos ainda envoltos e caídos nos fulcros do crime. E claro que os Marginais do Universo não possuíam os mecanismos naturais da comunicação astral, pois já possuíam a tela atômica em seus organismos astrofísicos. Assim, tinham que evoluir e redimir-se e muitos até que conseguiram, mas a maioria voltou aos velhos costumes e hábitos onde predominavam o orgulho, o egoísmo, a vaidade, o autoritarismo, o militarismo, etc. Tinham recebido a chance de se remodelarem, buscando a senda da reabilitação, mas em verdade se revoltaram, foram insubmissos e formaram verdadeiras rebeliões, as quais se estenderam sobre toda a Atlântida. Se insurgiram contra os Condutores que lhes mostravam o caminho da libertação e da recuperação. Movimentaram várias formas de opressão contra seus tutores beneméritos. Usaram da agressividade, do militarismo e do autoritarismo para coagir, para coibir idéias e ideais, usando violência física e astral. Iniciam-se então os morticínios, criando um karma passivo muito negro aos seus executores intelectuais. A par desse morticínio, desenrolaram-se verdadeiras GUERRAS MÁGICAS. Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.

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