sábado, 14 de outubro de 2023

GUERRA ENTRE ISRAEL E O HAMAS

 

Editor do Mosaico Espiritual. GUERRA ENTRE ISRAEL E O HAMAS. O Grupo militar Palestino Hamas atacou com milhares de foguetes a cidade de Jerusalém no sábado 07/10. Entrando por terra seus milicianos sequestraram pessoas e as fizeram de reféns. Esse atentado terrorista é reprovável, desumano e condenável. Uma situação ainda não vista dentre os vários conflitos protagonizados pelos dois lados. Israel contra-atacou e ao todo até hoje 14/10, mais de 3000 palestinos e 1500 israelenses morreram no conflito. 700 crianças foram mortas na Faixa de Gaza e 2450 ficaram feridas, informações passadas pela UNICEF. Números assustadores que tendem a aumentar na medida que as beligerâncias se estendam. Historicamente estes dois povos, judeus - israelenses e palestinos - árabes são irmãos. Filhos do mesmo pai o patriarca hebreu Abraão. Quando em Ur dos Caldeus, Mesopotâmia, atual Iraque a família do patriarca estava reunida ordenou Elohim em Gênesis 12,1 Ora o Senhor disse a Abraão: sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Já em Gênesis 28 o relato bíblico conta que Deus havia prometido a Abraão um filho. Porém, sua avançada idade, e da esposa, não permitiriam que isso ocorresse brevemente. Sua mulher Sara, apressada, vendo a impossibilidade no avançar de sua idade, arquitetou um plano. Dialogando com o esposo, convenceu o a tomar sua serva Hagar, deitar-se com ela, e ter um descendente para que a promessa divina se cumprisse. Deus disse que em Abraão seriam benditas todas as famílias da terra, Gênesis 12,1-3. Com o nascimento do filho, chamado Ismael, Sara se invejou da serva, persuadindo seu esposo a abandoná-la no deserto com seu filho. Isso foi terrível para Hagar, todavia YHWH – Deus em sua sabedoria providenciou um anjo a que os conduzisse em segurança até que o menino alcançasse a maioridade. Mesmo nessa reprovável decisão, de rejeitar o filho primogênito, YHWH, Elohim, cumpriu seu juramento a Abraão e Sara teve um filho chamando o de Isaque. Este fato deve ter ocorrido a mais ou menos 2300 anos antes de Cristo. Esses dois irmãos – Ismael e Isaque – são abençoados por Deus, mas porque motivos se confrontam tanto desde milênios passados? Não há evidências razoáveis, pelo menos visíveis, que justifique a guerra iniciada agora, entre os dois grupos palestinos e Israel. Há sim, algumas colocações que sugerem situações de fomento fora da Palestina para insuflar os combates. Como Israel, um país que tem os mais precisos aparelhos e tecnologias de escuta militar, defesa e prevenção em seu território. Não detectou antes, os milhares de mísseis vindo da faixa de Gaza, caindo sobre Jerusalém no sábado 07/10? Boatos correm que, autoridades do Egito alertaram o governo israelense sobre os possíveis lançamentos; que foram ignorados ou relevados. Israel estava na eminência de assinar tratado para normatizar relações com a Arábia Saudita. O país árabe já suspendeu a intenção devido aos ataques israelenses aos palestinos em Gaza. O Grupo Hamas é financiado por outros países. Os EUA doaram 6 bilhões de dólares ao Irã para apaziguar o país que começaria processo de desarmamento nuclear. Certamente parte deste dinheiro foi para o Hamas, que tem apoio iraniano. Talvez Rússia, China e Turquia tenham seus interesses particulares. Então, em ordem global, estamos assistindo um declínio da superpotência americana e o Bloco Europeu em assuntos de interesse mundial. Sendo introduzidos os países emergentes e signatários dos BRICS. As guerras surgem dos mais variados motivos. Exemplos: O atentado de Sarajevo na Bósnia, estopim da 1ª Guerra Mundial. Expansionismo da Alemanha Nazista, detonou a 2ª Guerra Mundial. Questões ideológicas entre os dois Vietnã, foram o motivo desta guerra em que os EUA se envolveram. Israel atacou o sul do Líbano depois que o Grupo Hezbollah atacou 4 localidades em seu território. A guerra começa a se expandir a outros países na região. Acho que todos concordam que a luta de Israel deve ser contra o Hamas e o Hezbollah, não incluindo a totalidade do povo palestino que estão fora desta disputa política. É injusto esta punição coercitiva - retirada da população. Obrigar mais de 1 milhão e meio de moradores da Faixa de Gaza a abandonarem suas residências se deslocando para outra região é desumano e cruel. Lembrando que grande parte das moradias em que eles viviam foram destruídas ou avariadas pelos bombardeios israelenses. Hospitais lotados atendendo em condições precárias e alguns foram destruídos. Sem água para beber e usar nos serviços básicos de alimentação. Sem luz elétrica para uso de freezers, geladeiras quanto aos alimentos e demais tarefas diárias. Deportação ou transferência forçada de populações é crime contra a humanidade. A cidade de Gaza se continuar assim será comparada a um gueto, bem parecido com os da 2ª Guerra Mundial onde as pessoas viviam em condições miseráveis aguardando a morte. Inimaginável o sofrimento das crianças, adolescentes e velhos nessa terrível situação. Inúmeras mesquitas destruídas pelos bombardeios. Escolas, orfanatos e instituições sociais e nacionais também arruinadas. Após a saída da população Israel disse bombardear a cidade por terra, mar e ar. Amamos o povo árabe de igual modo o povo judeu. Todavia não podemos concordar com esse suplício empreendido ao povo palestino na Faixa de Gaza. Uma região tradicionalmente pobre e dependente de ajuda humanitária da ONU e entidades que trabalham em prol da fraternidade e solidariedade. Esperamos que haja uma mobilização da liderança mundial para pôr fim, o mais depressa possível, a esse perverso conflito. Que os interesses e egoísmo político sejam banidos nas futuras conversações de paz. Que os diferentes lados compreendam a gravidade da situação e deponham as armas. Em sinal de respeito as vítimas e a todas as destruições até agora implementada de ambos os lados. Em Gênesis 27 temos outro capítulo da história entre árabes e israelenses. Isaque filho de Abraão teve dois filhos com Rebeca sua esposa. O relato diz que Jacó, um deles, – pai das doze tribos de Israel, nasceu segurando o pé de seu irmão Esaú, – de onde os árabes descendem – que era o primogênito, merecedor da herança do pai. Em sua velhice Isaque chamou os dois para abençoá-los pois se aproximava sua morte. Como Rebeca tinha mais simpatia por Jacó, tramou um plano para que o filho favorito, recebesse a benção da primogenitura no lugar do seu irmão Esaú. Quando esse foi caçar, ela vestiu a roupa do irmão em Jacó que foi até seu pai dizendo ser Esaú. Isaque mesmo desconfiando da trapaça abençoou Jacó com a herança. Ao saber que seu irmão o enganou Esaú o odiou e prometeu matá-lo. Todavia, anos depois a graça divina faz com que os dois reconciliem se – abraçando, beijando e chorando um no ombro do outros em Gênesis 33,1-4. Que num futuro, não muito distante, judeus e árabes possam fazer esse fraterno e amoroso gesto. A Guerra dos Seis Dias vencida por Israel contra Egito, Síria, Jordânia e Iraque com apoio de Líbia, Arábia Saudita, Argélia, Kuwait e Sudão em 1967. É considerada um milagre entre o povo judeu. Israel não tinham armamentos e nem soldados suficientes para derrotar os árabes. Os aviões de combate eram poucos e obsoletos, contudo, inexplicavelmente, se multiplicavam nos céus próximos ao Monte Sinai. Soldados judeus em meio dúzia, eram vistos como centenas ou milhares pelos inimigos. Esses fatos “extraordinários” ocorridos foram o divisor de águas para a vitória. Agora, em pleno século XXI, a situação é bem diferente. Os Hebreus parecem não confiar mais em YHWH – Adonai. A proposta de uma vingança sem precedentes, mostra o ódio e cólera nos olhos dos israelenses. Seus armamentos poderosos: tanques modernos, artilharia tecnológica, drones de última geração, aviões militares com super sensores e bombas atômicas assusta o mundo. Além de um bem treinado exército. São a garantia de vitória expressiva e esmagadora. Não bastasse tudo isso o apoio incondicional dos EUA. Talvez esse seja o grande erro das autoridades judaicas. O excesso de confiança e aplicação da lei em Êxodo 21,24 olho por olho, dente por dente, mão por mão e pé por pé. Esse mandamento não tem respaldo no amor e compaixão. Pois essas coisas mudaram com a vinda de Jesus e da Nova Aliança. Em Mateus 5,38-39 é falado: Vocês ouviram o que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo não se vinguem dos que lhes fazem mal. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Evidente que ao falarmos em guerra temos conceitos e regras no Direito Internacional e na ONU. Todavia o bom senso, equilíbrio e discernimento deve ser usado em todas as situações. Mesmo em Estado de Guerra. Deus tenha misericórdia dos dois irmãos que estão lutando entre si. E que a Paz o maior objetivo a ser alcançado nesse situação se estabeleça plenamente para a glória e louvor de Adonai e Alláh. Abraço. Davi              

Nenhum comentário:

Postar um comentário