Editor do Mosaico Espiritual. GUERRA ENTRE ISRAEL E O HAMAS. O Grupo militar Palestino Hamas
atacou com milhares de foguetes a cidade de Jerusalém no sábado 07/10. Entrando
por terra seus milicianos sequestraram pessoas e as fizeram de reféns. Esse atentado terrorista é reprovável, desumano e condenável. Uma
situação ainda não vista dentre os vários conflitos protagonizados pelos dois lados. Israel contra-atacou e ao todo até hoje 14/10, mais de 3000 palestinos e 1500 israelenses morreram no conflito. 700 crianças foram mortas na Faixa de Gaza e 2450 ficaram feridas,
informações passadas pela UNICEF. Números assustadores que tendem a aumentar na
medida que as beligerâncias se estendam. Historicamente estes dois povos,
judeus - israelenses e palestinos - árabes são irmãos. Filhos do mesmo pai o patriarca hebreu Abraão. Quando em Ur dos Caldeus, Mesopotâmia, atual Iraque a família do patriarca estava reunida ordenou Elohim em Gênesis 12,1 Ora o Senhor disse a Abraão: sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Já em Gênesis 28 o relato bíblico conta que Deus havia prometido a
Abraão um filho. Porém, sua avançada idade, e da esposa, não permitiriam que
isso ocorresse brevemente. Sua mulher Sara, apressada, vendo a impossibilidade
no avançar de sua idade, arquitetou um plano. Dialogando com o esposo,
convenceu o a tomar sua serva Hagar, deitar-se com ela, e ter um descendente
para que a promessa divina se cumprisse. Deus disse que em Abraão seriam
benditas todas as famílias da terra, Gênesis 12,1-3. Com o nascimento do filho,
chamado Ismael, Sara se invejou da serva, persuadindo seu esposo a abandoná-la
no deserto com seu filho. Isso foi terrível para Hagar, todavia YHWH – Deus em
sua sabedoria providenciou um anjo a que os conduzisse em segurança até que o
menino alcançasse a maioridade. Mesmo nessa reprovável decisão, de rejeitar o
filho primogênito, YHWH, Elohim, cumpriu seu juramento a Abraão e Sara teve um
filho chamando o de Isaque. Este fato deve ter ocorrido a mais ou menos 2300
anos antes de Cristo. Esses dois irmãos – Ismael e Isaque – são abençoados por
Deus, mas porque motivos se confrontam tanto desde milênios passados? Não há
evidências razoáveis, pelo menos visíveis, que justifique a guerra iniciada
agora, entre os dois grupos palestinos e Israel. Há sim, algumas colocações que
sugerem situações de fomento fora da Palestina para insuflar os combates. Como
Israel, um país que tem os mais precisos aparelhos e tecnologias de escuta
militar, defesa e prevenção em seu território. Não detectou antes, os milhares
de mísseis vindo da faixa de Gaza, caindo sobre Jerusalém no sábado 07/10?
Boatos correm que, autoridades do Egito alertaram o governo israelense sobre os
possíveis lançamentos; que foram ignorados ou relevados. Israel estava na
eminência de assinar tratado para normatizar relações com a Arábia Saudita. O
país árabe já suspendeu a intenção devido aos ataques israelenses aos
palestinos em Gaza. O Grupo Hamas é financiado por outros países. Os EUA doaram
6 bilhões de dólares ao Irã para apaziguar o país que começaria processo de
desarmamento nuclear. Certamente parte deste dinheiro foi para o Hamas, que tem
apoio iraniano. Talvez Rússia, China e Turquia tenham seus interesses
particulares. Então, em ordem global, estamos assistindo um declínio da
superpotência americana e o Bloco Europeu em assuntos de interesse mundial.
Sendo introduzidos os países emergentes e signatários dos BRICS. As guerras
surgem dos mais variados motivos. Exemplos: O atentado de Sarajevo na Bósnia,
estopim da 1ª Guerra Mundial. Expansionismo da Alemanha Nazista, detonou a 2ª
Guerra Mundial. Questões ideológicas entre os dois Vietnã, foram o motivo desta
guerra em que os EUA se envolveram. Israel atacou o sul do Líbano depois que o
Grupo Hezbollah atacou 4 localidades em seu território. A guerra começa a se
expandir a outros países na região. Acho que todos concordam que a luta de Israel deve
ser contra o Hamas e o Hezbollah, não incluindo a totalidade do povo palestino
que estão fora desta disputa política. É injusto esta punição coercitiva - retirada da população. Obrigar mais de 1 milhão e meio de moradores da Faixa de Gaza a abandonarem
suas residências se deslocando para outra região é desumano e cruel. Lembrando
que grande parte das moradias em que eles viviam foram destruídas ou avariadas
pelos bombardeios israelenses. Hospitais lotados atendendo em condições
precárias e alguns foram destruídos. Sem água para beber e usar nos serviços
básicos de alimentação. Sem luz elétrica para uso de freezers, geladeiras
quanto aos alimentos e demais tarefas diárias. Deportação ou transferência
forçada de populações é crime contra a humanidade. A cidade de Gaza se
continuar assim será comparada a um gueto, bem parecido com os da 2ª Guerra
Mundial onde as pessoas viviam em condições miseráveis aguardando a morte.
Inimaginável o sofrimento das crianças, adolescentes e velhos nessa terrível
situação. Inúmeras mesquitas destruídas pelos bombardeios. Escolas, orfanatos e
instituições sociais e nacionais também arruinadas. Após a saída da população Israel disse bombardear a cidade por terra, mar e ar. Amamos o povo árabe de
igual modo o povo judeu. Todavia não podemos concordar com esse suplício
empreendido ao povo palestino na Faixa de Gaza. Uma região tradicionalmente
pobre e dependente de ajuda humanitária da ONU e entidades que trabalham em
prol da fraternidade e solidariedade. Esperamos que haja uma mobilização da
liderança mundial para pôr fim, o mais depressa possível, a esse perverso
conflito. Que os interesses e egoísmo político sejam banidos nas futuras
conversações de paz. Que os diferentes lados compreendam a gravidade da
situação e deponham as armas. Em sinal de respeito as vítimas e a todas as
destruições até agora implementada de ambos os lados. Em Gênesis 27 temos outro
capítulo da história entre árabes e israelenses. Isaque filho de Abraão teve dois filhos com
Rebeca sua esposa. O relato diz que Jacó, um deles, – pai das doze tribos de Israel,
nasceu segurando o pé de seu irmão Esaú, – de onde os árabes descendem – que era
o primogênito, merecedor da herança do pai. Em sua velhice Isaque chamou os dois
para abençoá-los pois se aproximava sua morte. Como Rebeca tinha mais simpatia
por Jacó, tramou um plano para que o filho favorito, recebesse a benção da
primogenitura no lugar do seu irmão Esaú. Quando esse foi caçar, ela vestiu a
roupa do irmão em Jacó que foi até seu pai dizendo ser Esaú. Isaque mesmo
desconfiando da trapaça abençoou Jacó com a herança. Ao saber que seu irmão o
enganou Esaú o odiou e prometeu matá-lo. Todavia, anos depois a graça divina
faz com que os dois reconciliem se – abraçando, beijando e chorando um no
ombro do outros em Gênesis 33,1-4. Que num futuro, não muito distante, judeus e
árabes possam fazer esse fraterno e amoroso gesto. A Guerra dos Seis Dias
vencida por Israel contra Egito, Síria, Jordânia e Iraque com apoio de Líbia,
Arábia Saudita, Argélia, Kuwait e Sudão em 1967. É considerada um milagre entre
o povo judeu. Israel não tinham armamentos e nem soldados suficientes para derrotar
os árabes. Os aviões de combate eram poucos e obsoletos, contudo, inexplicavelmente, se
multiplicavam nos céus próximos ao Monte Sinai. Soldados judeus em meio dúzia,
eram vistos como centenas ou milhares pelos inimigos. Esses fatos “extraordinários” ocorridos
foram o divisor de águas para a vitória. Agora, em pleno século XXI, a situação
é bem diferente. Os Hebreus parecem não confiar mais em YHWH – Adonai. A
proposta de uma vingança sem precedentes, mostra o ódio e cólera nos olhos dos
israelenses. Seus armamentos poderosos: tanques modernos, artilharia
tecnológica, drones de última geração, aviões militares com super sensores e
bombas atômicas assusta o mundo. Além de um bem treinado exército. São a
garantia de vitória expressiva e esmagadora. Não bastasse tudo isso o apoio
incondicional dos EUA. Talvez esse seja o grande erro das autoridades judaicas.
O excesso de confiança e aplicação da lei em Êxodo 21,24 olho por olho, dente
por dente, mão por mão e pé por pé. Esse mandamento não tem respaldo no amor e compaixão. Pois essas coisas mudaram com a vinda de Jesus e da Nova Aliança. Em
Mateus 5,38-39 é falado: Vocês ouviram o que foi dito: Olho por olho e dente
por dente. Eu, porém, vos digo não se vinguem dos que lhes fazem mal. Se alguém
lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Evidente que
ao falarmos em guerra temos conceitos e regras no Direito Internacional e na
ONU. Todavia o bom senso, equilíbrio e discernimento deve ser usado em todas as
situações. Mesmo em Estado de Guerra. Deus tenha misericórdia dos dois irmãos que
estão lutando entre si. E que a Paz o maior objetivo a ser alcançado nesse situação se estabeleça plenamente para a glória e louvor de Adonai e Alláh. Abraço. Davi
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