quarta-feira, 13 de julho de 2022

VEDANTA - CAPÍTULO I B - O QUE EU QUERO

 

Vedanta. Introdução ao Vedanta em 14 Lições. Tradução do livro de James Swartz. A Essência da Iluminação. CAPÍTULO I B – O QUE EU QUERO.  Definição do Real. Algo é real se ele nunca muda. Objetos não são reais porque eles mudam. Se você pensar sobre isto cuidadosamente, este fato o incomodará porque você não iria perseguir objetos se você soubesse que eles são irreais. De qualquer forma, nós estamos tentando determinar onde os objetos estão localizados e o relacionamento que eu tenho com eles. Aqui está outra detalhada análise do relacionamento entre o sujeito, eu, e os objetos que se apresentam para mim. Esta investigação mostra que os objetos que nós identificamos e imaginamos estar experenciando através de percepções sensoriais, são essencialmente nada mais do que sensações específicas criadas pelos órgãos dos sentidos. As sensações que nós experenciamos não constituem a totalidade do objeto, com o qual as associamos. Por exemplo, a dureza que nós sentimos em nossa extremidade traseira quando sentamos numa cadeira de madeira, não constitui o conhecimento de toda a cadeira. A cadeira torna-­­se uma cadeira somente porque nós fazemos uma dedução baseada numa ideia do que é uma cadeira. O que nós experenciamos são apenas algumas sensações distintas no corpo, as quais por sua vez são interpretadas pela mente para significar algo. Tanto a mente quanto o corpo, aparecem como um objeto em mim, consciência. Estas sensações e o conhecimento que surge com elas, não são iguais nem à experiência da cadeira nem ao conhecimento da cadeira. Tudo o que nós experenciamos é dureza ou maciez (se a cadeira é estofada), e uma ideia de cadeira. O livro de Greg Goode, The Direct Path (O Caminho Direto), apresenta muitos experimentos concretos que provam que objetos parecem estar lá fora, mas não estão realmente localizados onde eles parecem estar. Se você investigar mais profundamente, verá que a cadeira não é nada além da experiência de um órgão sensorial em particular, através do qual ela é percebida. Além disso, a existência independente de qualquer sensação, não pode ser verificada por um outro órgão que não seja o próprio que a experiencia. Para a cadeira ser um objeto sujeito ao conhecimento comum, ela deve ter sido verificada por algum outro órgão de percepção. Mas é somente quando uma dada sensação aparece em mim que eu experiencio o que é chamado visão, audição, gosto, tato ou cheiro. Continuando a investigar, nós descobrimos que órgãos sensoriais são essencialmente nada mais do que eu, a consciência que os vê. Eu não os experiencio como instrumentos, parados, esperando serem usados por mim. Eu não penso “eu quero cheirar uma rosa. Onde será que deixei meu nariz? Eu o tinha comigo ontem, mas parece que ele está perdido. Me deixe chamar minha esposa, talvez ela o tenha colocado no lugar errado”. A análise revela que cada órgão tem uma única função de consciência, através da qual um tipo particular de percepção acontece. Finalmente, já que a consciência é necessária, ou os órgãos sensoriais não podem sentir, é claro que os sentidos são dependentes da consciência plena para sua própria existência – mas a consciência não depende deles. Você, consciência, existe, esteja ou não sentindo os objetos, como em sono profundo, por exemplo. Se os objetos que os sentidos parecem reportar, não tem uma existência independente – a qual é a base de nosso conhecimento sobre eles – esses objetos não têm existência à parte de mim, a consciência que testemunha, sobre a qual muito será dito conforme prosseguirmos. Se os objetos existem somente como sensações, e sensações existem somente em mim, a alegria que é aparentemente causada pelo contato com objetos, está vindo somente de mim. Se nós pensarmos um passo além, ficará claro que eu não posso separar a felicidade que eu sinto, de mim -­­ o sujeito. Assim como uma onda nunca está separada do oceano no qual ondula, a alegria que “ondula” em mim quando eu consigo o que desejo é simplesmente eu, consciência. Então nós vemos que objetos não estão afastados de nós num mundo “lá fora”. Eles são experenciados e conhecidos “em” nós. Se nós levarmos nossa investigação um pouco mais a fundo, nos encontraremos com o fato que é a base do Vedanta, o conhecimento que nos libertará da dependência de objetos: nós descobrimos que a realidade é não-­­dual, e que nós não podemos depender de objetos, porque eles são o que nós somos. Se nossa análise é verdadeira – e ela é – então, os objetos que nós experenciamos não são separados da consciência plena que faz a experiência deles possível. As palavras consciousness (plena consciência) e awareness (consciência) são sinônimas. Ambas referem-­­se mim, o sujeito. Eu tenho propositalmente evitado usar os termos Sânscritos, Brahman e Atman, porque nós não temos meio de avaliá-­­los fora da tradição do Sânscrito. Ambas as palavras se referem a plena consciência (chaitanyam, chetena) visualizadas a partir de ângulos levemente diferentes. E não há diferença entre elas. Eu tendo a favorecer a palavra awareness, porque a mente Ocidental tende a visualizar ‘plena consciência’ como um objeto subjetivo aparecendo na consciência. Isso cria um problema, porque o ponto básico do auto investigação é distinguir plena consciência dos objetos. Os Objetos Sou Eu Deixe me fazer a pergunta de um milhão de dólares. Quão distante você está de sua da sua consciência experienciadora? E a resposta é: você não está nada distante. De fato, não há diferença entre o você real, a consciência testemunha não experienciadora, e sua consciência experienciadora -­­ a pessoa que você pensa ser. Embora a pessoa que você pensa que você é, seja um objeto conhecido por você, tal como os objetos físicos são conhecidos, ela não é separada de você, a testemunha não-­­experiencial – o você real – assim como um anel feito de ouro não está separado do ouro. Se isto é verdade, os objetos são você! Isto é o que nós queremos dizer quando usamos a palavra não dualidade. Dualidade, a distinção entre o sujeito e o objeto, se desmonta quando você investiga a natureza da percepção. Mas Eu Não Sou um Objeto. A mosca na sopa da dualidade é esta: o corpo não pode ser você, porque ele é um objeto conhecido por você, da mesma maneira que qualquer outro objeto é conhecido por você. Como o corpo, você não é suas emoções ou seus pensamentos ou qualquer coisa que aconteça com você, porque todos estes objetos são conhecidos por você. Minha mão é minha, mas eu não sou minha mão. Se minha mão é removida, eu ainda sou o mesmo. É claro que, se eu sou o corpo, eu não sou o mesmo. Eu sou então um corpo sem uma mão. Este é um fato inacreditável para se apreciar, porque significa que eu nunca estou em conflito com os objetos e que ao mesmo tempo, sou livre deles – particularmente daqueles desagradáveis. Definição de Não-­­Dualidade. No início do ensinamento, é de vital importância compreender o significado de não-­­dualidade. É fácil compreender quando você empreende a investigação sobre a percepção, mas é muito difícil aceitar, porque a experiência contradiz essa percepção. Nós não pensamos profundamente a respeito do processo da experiência como a experenciamos. Nós tomamos a aparência da experiência – a de que o sujeito e o objeto são separados – como se fosse a realidade e construímos nossa vida ao redor disso, quando de fato absolutamente nada está separado de nós. Faz uma grande diferença saber que tudo é na verdade você, não alguém ou alguma outra coisa. O conflito virtualmente desaparece, e os pequenos conflitos que se desenvolvem são facilmente resolvidos. Além disso, faz uma igualmente grande diferença saber que você é livre de objetos. Finalmente, a cereja do bolo da vida é o fato de você ser a própria felicidade. Se felicidade não está nos objetos e existem somente duas categorias na existência, o sujeito e os objetos, então a felicidade somente pode ser você. Quando você aprecia a si mesmo como o sujeito, você fica extasiado porque você está sempre presente. Se eu não sou feliz, não é devido à presença ou ausência de um objeto, é devido à falha de distinguir eu mesmo dos objetos que aparecem em mim. Vedanta é um método de trabalho que serve para descobrir tanto nossa unicidade com tudo, quanto a nossa liberdade de tudo. Não dualidade não significa que você ande por aí, em algum tipo de torpor espiritual, estático, orgásmico, incapaz de distinguir você próprio dos objetos e da plena consciência experimentada – o “pequeno” você. Isto não significa que a pessoa que você tem tomado como você mesmo, por tanto tempo, não esteja lá. Você escuta pessoas espirituais dizendo que um “ser iluminado” em particular está “tão fora”, como se houvesse alguma virtude em estar não-­­existente. Fique sabendo que, aquela pessoa – aquela que você está tentando mudar ou livrar-­­se – permanece quando você sabe quem você é. Ela é conhecida apenas como sendo um objeto não separado de você, consciência, a testemunha não experienciada. Aquela pessoa, aquela que dá a você tanto trabalho, é um problema somente porque você se identifica com isto. Quando você compreende claramente que você não é exclusivamente aquela pessoa, e se identifica com quem você realmente é, ela aparece como um bom amigo, um inimigo sem dentes, ou na pior das hipóteses, apenas um pacote divertido de tendências irracionais. Você pode se sentir um pouco tolo quando percebe que foi enganado pela dualidade, e que você é na realidade consciência, a testemunha não ­­experienciada. Não se repreenda por ter pensado que fosse a consciência experiencial por tanto tempo. Todos são enganados pela dualidade. Até agora eu tenho equiparado a compreensão da natureza não-­­dualística da realidade com a palavra felicidade. Talvez felicidade não seja uma palavra precisa para descrever o resultado da discriminação entre o sujeito e os objetos. A felicidade de que nós estamos falando a respeito não é o resultado de um acontecimento, obtendo o que você quer ou evitando o que você não quer. Não é uma felicidade tipo “hahaha”, ou felicidade tipo “eu ganhei na loteria e me apaixonei”. O tipo de felicidade, que é a natureza do ser, é a sensação simples e sutil de plenitude e perfeição, um contentamento silencioso nascido de um sentido inquestionável de autoconfiança: sabendo que não interessa o que aconteça, bom ou mal, eu estou sempre bem porque eu sou uma plenitude indivisível. Eu sou adequado. Não há divisões em mim, sem limites ou fronteiras me separando de tudo. Então o processo de auto investigação se resume a determinar se eu sou pleno e completo – e, portanto, livre – ou se eu sou incompleto – e, portanto, não livre. Se eu sou completo, então eu não preciso perseguir objetos. Se eu sou incompleto, eu devo continuar perseguindo objetos. Auto investigação é existencial, não uma questão filosófica, intelectual, religiosa ou mística. A questão básica é: o que eu estou fazendo aqui na Terra neste tubo de carne? Quem eu sou? Qual é a razão da vida? Se eu pudesse descobrir isto por mim mesmo, eu já o teria feito a essa altura. Mas o problema é muito complicado. Eu preciso de ajuda. Eu preciso de meios de autoconhecimento. Vedanta é um meio de autoconhecimento. Ele revela a lógica escondida de nossa própria experiência e nos convence que, se formos racionais, é nossa vantagem abandonar a perseguição de objetos e seguir para a liberdade diretamente. Nós estamos quase no fim do primeiro ensinamento. Se você quer seguir para o segundo, precisa ter assimilado esta lógica até agora. Se você não pode aceitá-la, o próximo ensinamento não fará sentido, porque você estará ainda esperando algum tipo de objeto – normalmente circunstâncias diferentes – para fazê-­­lo feliz. Se esta lógica não é suficiente – e ela frequentemente não é, devido ao insistente ego cabeça-dura pensando que objetos são a fonte de felicidade – por favor considere um último fato... A Vida É um Jogo de Soma Zero Como mencionado previamente, a tampa sobre o caixão da ideia de a felicidade estar em objetos, é o triste fato de que a vida é um jogo de soma zero (para cada ganho, existe uma perda, resultado: zero). É um jogo de soma zero porque o mundo dos objetos é uma dualidade. Você não pode vencer toda vez. Você perde tanto quanto você ganha. Eu preciso de dinheiro para segurança, mas meu desejo por gastá-lo (de que adianta o dinheiro, se eu não posso gastá-­­lo) me deixa inseguro. Quanto mais prazer eu tenho, mais prazer eu quero. A espera é dolorosa. Eu quero o poder para ser livre de minha sensação de inadequação e pequenez, mas o poder depende de circunstâncias que não estão sob o meu controle, me fazendo sentir impotente. Eu quero ser perfeito, mas quanto mais perfeito eu me torno, mais imperfeições escondidas vem à luz. Eu quero apreciar a intimidade de um relacionamento, mas para obter isto eu preciso estar apegado ao objeto, então eu perco minha liberdade. Se eu quero ser livre, eu tenho que sacrificar a intimidade. E a lista continua. A Quarta Busca Nós dividimos a experiência em três buscas básicas: segurança, prazer e virtude. Objetos podem nos dar as duas primeiras, e a maneira pela qual nós procuramos objetos pode nos dar a terceira. Mas, realmente, existe somente uma busca, a busca da liberdade. Por quê? Porque eu quero um objeto em função da liberdade que vem quando o desejo pelo objeto vai embora. Eu não quero segurança. Eu quero ser livre da insegurança. Eu não quero prazer, eu quero ser livre de sofrimento. Eu não quero virtude, eu quero ser livre de pecado. Nada está errado com os objetos, em si. Mas eles são somente um meio indireto de felicidade temporária. Já que a real finalidade de busca por objetos é a liberdade, eu preciso de um caminho direto. Neste caminho, eu vou diretamente para a felicidade. Eu compreendo claramente que os objetos não ajudarão. Você não é uma pessoa madura, espiritualmente saudável, aquela qualificada para investigação, a menos que você compreenda este ensinamento sobre objetos. Este é o ponto onde o pneu encontra a estrada, espiritualmente. Todo mundo quer liberdade, certo. Mas eles querem liberdade mais objetos. Eles querem manter todas as suas coisas, e adicionar o objeto liberdade na sua pilha de objetos. Isto não funciona, mas isto não os faz parar de pensar que funcione. Isto não funciona, porque liberdade não é um objeto que nós podemos obter como uma experiência. Se nós pudéssemos, então isto não seria liberdade de forma alguma, porque todas as experiências chegam a um final, um belo dia. Compreender que existe um caminho direto para liberdade, é talvez o mais importante momento da vida. Para buscar algo corretamente, quer seja segurança, prazer ou virtude, você deve se comprometer com isto 100%. Quanto mais coisas você busca, menos provável é que você obtenha qualquer uma delas. Você consegue chegar apenas até certo ponto com um desejo em particular, antes que ele entre em conflito com outro desejo. O próximo objetivo parece mais atingível, então você larga o primeiro. Pessoas pulam de uma coisa para outra, nunca encontrando sucesso em um objeto, porque elas acreditam que algum outro objeto funcionará melhor, ou mais rápido. Se você é realmente consciência, e não a carente criatura insuficiente que você pensa que é – e consciência é não-­­dualista e sempre livre dos objetos conhecidos por ela – buscar qualquer outra coisa não irá funcionar. Se você quer buscar segurança, prazer, ou virtude, ou poder, ou fama, ou seja o que for, então vá em frente. Mas não existe substância nessas coisas. Elas oferecem prazer e dor intermitentemente, mas não a felicidade autoconfiante que vem de saber que liberdade é a sua natureza. Perguntas: 1) O que distingue o Vedanta dos modernos ensinamentos não duais? 2) Qual é o primeiro estágio da investigação? 3) Por que ela é difícil? 4) Qual é o segundo estágio? 5) Porque ler textos de Vedanta não funciona? 6) Quais são as três buscas humanas básicas? 7) Por que nós as perseguimos? 8) Por que a busca é inerentemente frustrante? 9) Qual é a definição de um objeto? 10) Por que a felicidade não está nos objetos? 11) O que de verdade eu quero quando desejo um objeto? 12) Qual é a definição de realidade no Vedanta? 13) Por que os objetos não são reais? 14) Por que os objetos não são separados do sujeito? 15) O que faz com que os objetos pareçam ser separados do sujeito? 16) Qual é o relacionamento entre o sujeito e o objeto? 17) Por que o sujeito e o objeto são iguais, mas diferentes? 18) O que é a liberdade? 19) Por que o sujeito, o ser, é livre? 20) Por que você não pode “vencer” na vida ao perseguir objetos? 21) Qual o caminho direto para a liberdade? Respostas 1) Vedanta é um meio completo de autoconhecimento. Ele te entrega a lógica completa ao costurar tudo, o conhecimento individual e a experiência, em uma única visão: a visão da não-­­ dualidade. É um ensinamento impessoal e científico, e ainda evita a armadilha do investigador ser conduzido ao erro pelas opiniões e crenças de professores cuja iluminação é baseada em sua experiência pessoal. 2) Ouvir com uma mente aberta. 3) Porque o buscador tem uma tendência de interpretar o que é ouvido à luz do que ele acredita e, portanto, não irá ouvir o que realmente está sendo ensinado. 4) Olhar para o que se acredita à luz do real significado do ensinamento, não julgando o ensinamento de acordo com o que se pensa ou sente. Para que a investigação dê frutos, o investigador precisa estar disposto a renunciar a noções errôneas. Isso é difícil porque ele/ela assumiu a ignorância como se fosse conhecimento e se tornou apegado a ela. 5) Porque você não sabe quem é, sua ignorância de sua natureza irá provocar uma interpretação equivocada do significado dos ensinamentos. 6) Segurança, Prazer e Virtude. 7) Porque acreditamos que ao obter essas coisas, elas irão nos preencher, nos completar, nos fazer feliz. 8) Porque o mundo de objetos está num estado de fluxo constante; porque a mente não está satisfeita com felicidade temporária; Porque a vida é um jogo de soma zero: para cada ganho há uma perda; Porque o ambiente no qual eu estou buscando felicidade não contribui; Porque minha mente não está num estado que me permita desfrutar do objeto de meu desejo; Porque existe um defeito em um dos meus instrumentos de desfrute. 9) Qualquer coisa que não seja o sujeito, eu, consciência. 10) Se estivesse, um objeto daria felicidade a qualquer um que o contatasse e possuísse. 11) Liberdade do desejo pelo objeto. 12) Aquilo que nunca muda. 13) Porque mudam. 14) Porque eles são experienciados no sujeito, consciência e consciência não é um objeto. 15) O sujeito, eu, se identifica com o corpo. Os objetos não estão “lá fora” no mundo físico. Eles são projetados pelos órgãos sensoriais. 16) Os objetos dependem do sujeito, mas o sujeito não depende dos objetos. 17) Porque o objeto é o sujeito, mas o sujeito não é o objeto. 18) A não dependência de objetos para a sua felicidade. 19) Porque não depende de objetos para a sua felicidade. Ele (isso) é a própria felicidade. 20) Porque a vida é um jogo de soma zero. 21) A busca pelo conhecimento do ser. Livro A Essência da Iluminação. Abraço. Davi

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