Gnosticismo. www.gnosisonline.org.br. Texto de Sonia Milano. AQUILO QUE NÃO OUSAMOS FALAR. A cor
do Raio feminino é magenta com dourado. Contém fórmulas e ingredientes para a
humanidade e seu alento se derrama como um suspiro sobre o deserto da
atualidade. Tudo na Criação está sujeito a ciclos regidos por uma Inteligência
Cósmica. Condicionados pela necessidade e ritmo, nutrem e influenciam a
humanidade como suas células, com diferentes qualidades e em momentos
diferentes, alternando, marcando eras e determinando sua expressão. O
ingrediente que define uma era como fase evolutiva inicialmente desperta uma
qualidade interna no ser humano e eventualmente se manifesta como um movimento
coletivo. Dirige o propósito imediato da Raça durante sua atividade. Nossa
civilização encontra-se na fase final de um grande ciclo de 5.000 anos e isto
não deve ser confundido com o final dos grandes movimentos de K’atun dos maias.
A influência dos raios de gênero qualifica a expressão social que impulsiona
uma civilização: os ciclos maias se relacionam com o ritmo da liderança solar e
a evolução. Até agora, a atividade decretada para nossa terra, necessária para
o crescimento e expansão, tem sido puramente linear, conquistadora, construtiva
e regida pelo Raio Masculino. No entanto, a influência feminina vem se intensificando.
Graças a uma educação massiva e ao sistema de redes globais que nos colocam em
comunicação uns com os outros, as mulheres se sentem compelidas a participar e
se apossar de uma realidade muito mais ampla e profunda que a de nossas avós.
Sentimo-nos atraídas pelas expressões que até agora tem sido exclusivamente dos
homens. Aproxima-se o Raio Feminino e, uma vez instalado, durará outro ciclo de
5.000 anos. Da última vez, o raio masculino ativou-se em 2.500 a.C. Viu nascer,
entre outras estruturas, Stonehenge, iniciando uma expansão física e material
da humanidade. O Raio Feminino se manifestará plenamente em 2.500 d.C. e verá
nascer uma rede sustentável de paz que, estando ainda no seu início, achamos
inconcebível. Reintroduz um sistema muito antigo de correspondências
dimensionais onde predominam a percepção sutil e dos múltiplos níveis, as
causas sobre os efeitos, o grupo ou a família planetária e a conexão com o
transcendente. A Inteligência cósmica que cuida do planeta e do sistema solar
tem pouca relação com a vontade humana. Nestes momentos, remove na mulher
nostalgias inexplicáveis, sonhos que parecem impossíveis e conexões no nível da
inteligência desconhecida. Como humanidade, estamos digerindo tudo isto pouco a
pouco, mais lentamente do que está ocorrendo em nosso interior. Esta falta de
sincronização é a razão que está por trás dos desastres, tanto naturais quanto
humanos. A pressão se torna incontrolável. As mulheres respondem ao chamado
desta força nascente de maneira potente e espontânea. Sabemos de tudo o que
anda mal em nosso planeta, não porque esteja equivocado, mas porque sentimos
que falta algo. Incomoda-nos, porque o que “falta” somos nós mesmas. Como mães
que somos, nós sabemos disto. É acionado um alarme que desperta nossa percepção
vinculada ao poder da visão e da afinação interiores. Sabemos, mas, todavia,
não sabemos que sabemos nem para onde estamos indo. O equilíbrio que buscamos
desesperadamente e a harmonia que ansiamos são meros passos intermediários e
preparatórios para o que, na realidade, não se trata nem de ajuste nem de
negociação. É uma mudança total de perspectiva que se instala gradualmente com
a influência crescente de emissões cósmicas. Não é questão de retaliação nem de
tirar o poder do homem. Trata-se de introduzir nova perspectiva e novo método.
Na realidade, o alcance da mulher não se manifesta pela competição ou pela
imposição. Possuímos um sistema feminino próprio que apenas agora começamos a
conhecer. Para ativá-lo e instalá-lo, a mulher desperta para o fato de que é
ela que atrai o que todos anseiam. A mulher afeta seu ambiente com emanações
sutis que podem ser físicas, emocionais, mentais ou espirituais. Nosso mundo,
nossas aptidões, nosso valor residem numa conexão profundíssima com a riqueza
da fonte cósmica em nosso interior. Desconhecemos isto porque nosso papel
durante este ciclo que se encerra foi outro: o de apoiar o homem na execução da
sua tarefa particular. Este objetivo já foi cumprido. Conscientizada, tudo na
estrutura da mulher serve a propósitos espirituais. O fato de que a mulher é,
fisicamente, um polo magnético irresistível para o homem e que ele tenha
reagido a isto de maneira dominante e repressora, não muda o fato de que somos
uma força atrativa incontrolável e que não pode ser alterada, reprimida ou
escondida. Somos geradoras e esta função se estende a todos os níveis de
manifestação e, neste momento, mais do que nunca. Possuímos outro polo
magnético igualmente potente que passa despercebido no sistema atual de
valores. Somos extremamente sensíveis às mínimas sutilezas das frequências do
universo. Somos sacerdotisas veladas. As emoções da mulher são fortíssimas, mas
a expressão do pensamento aparece como ilógica, vaga e difusa. A mulher sabe o
que sente, mas não sabe como situá-lo dentro de um quadro maior. Sua
comunicação acontece através de insinuações, espaços vazios, gestos e mensagens
telepáticas variadas e diferentes. Seu mecanismo reflete uma realidade
multidimensional, simultânea e atemporal que atua de forma subliminar e
indireta. Sendo holística e multissensorial, na maioria das vezes, nem ela sabe
o que sabe. Por sua mente receptiva, pela atração magnética do seu corpo e pela
modulação contínua de suas variadíssimas emoções… atrai, prepara e gesta
mundos. Constantemente o reconhecimento do que é a mulher começa com ela mesma.
Requer sair das expectativas e comodismos do passado, da programação coletiva
planetária. Trata-se de outro tipo de inteligência aplicada a todos os aspectos
da sociedade. A mulher, com sua estrutura peculiar, é fundamental. Trata-se de
um salto quântico e não de competição. Com ou sem nossa aprovação, apesar dos
obstáculos e resistências de um mundo que se desmorona, uma transformação
radical está sendo gestada, da qual não poderemos escapar. Brotará uma estrutura
de flexibilidade sem precedentes. O feminino nascente é simultaneidade,
multidimensionalidade, flexibilidade, sutileza e expansão que abraça uma
profunda humanização. O futuro agora depende de um sentir e não de um pensar
isento de ternura e de vulnerabilidade. Nisto está a chave do nosso
desenvolvimento e o acesso às capacidades superiores que não se “fazem” nem se
“veem”. Serão sentidas, vividas e conhecidas. A era que se iniciou em 2.500
a.C. teve como propósito contribuir com normas, regras e medidas, definir
territórios, desenvolver a ciência e o conhecimento explorando e redefinindo
nações, raças e grupos culturais. O resultado é nossa sociedade global: a forma
que reforça o material e a sobrevivência, a força física e linear que se impõe
tanto para criar como para destruir, a que deu luz à autoridade do homem sobre
a mulher e ao reinado do intelecto, da ciência e das organizações religiosas. A
transição da expressão de gênero de um ciclo para o outro é difícil. Estende-se
a toda a estrutura que tem se esmerado na aplicação da força pela competência,
no acúmulo de poder e de todas as formas de força física representativa do
combate, da dominação da matéria e do reino animal, resistindo a qualquer
mudança e vestígio de ineficiência e inconveniência. Hoje, vivemos a
experiência da realidade sequencial de maneira estranha. Parece que o tempo se
detém e se acelera ao mesmo tempo. Estes são momentos de introspecção e
revisão, de impotência, de entrega e de abertura ao desconhecido. Além da
dinâmica dos gêneros representada pelos seres humanos, o masculino coexiste com
o feminino e, mesmo que muitos tentem preservar o status quo procurando o
equilíbrio, o destino cósmico pede uma mudança qualitativa. Estamos entrando em
uma era dirigida pela inteligência superior do coração que, longe de ser
emocional, é uma inteligência holística e abre os portais da percepção
atemporal. Os ditames da Inteligência cósmica são, por um lado, um
realinhamento que corresponde ao final do quinto ciclo maia e, por outro, uma
transição para o ripo de sociedade que estabelecerá a Terra como Planeta da Paz
no centro galáctico deste sistema. O raio feminino será o instrumento. A
mudança social vai ocorrer através da força feminina encarnada. O gênero
masculino não é construído para isto. A mudança surge por meio da experiência
da mulher, suas reverberações psicofísicas e sua ascensão à inteligência
dinâmica do coração. Então, por reverberação, esta energia será amadurecida e,
com a ajuda do gênero masculino, poderá ser implantada na Terra. O homem não
deixará de ser homem no sentido mais nobre do termo, mas, neste ciclo que se
inicia, irá se descobrir em uma nova e mais gloriosa expressão como líder e
mestre sensível. Progressivamente, a conscientização feminina emitirá uma
substância-qualidade-força coesiva que representará a rede da Mãe do Mundo. Do
seu seio, nasceremos todos. www.gnosisonline.org.br. Abraço.
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