quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA E O CORONAVIRUS

 

Astrologia. blogdosaber.com.br. Texto de Ricardo Lindemann, doutor em Ciência da Religião pela UFJF. Mestre em Filosofia pela UNB. Presidente do Sindicato dos Astrólogos de Brasília. Ciência. A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA E O CORONAVÍRUS. O vírus e a vida na transição para a era de Aquário. “A era de aquário será um lindo dia ensolarado, mas temos antes que cruzar a nuvem Kármica de nossas dívidas com o passado, cuja cobrança estamos assistindo”. O grande desafio do momento parece ser o novo coronavírus (SARS-CoV-2) ou a doença que ele gera, a Covid-19. O vírus é novo, surgiu no fim de 2019, durante a conjunção de Saturno com Plutão; o apego à vida é um problema filosófico bem mais antigo, mas o medo da morte, sua sombra inseparável, tornou-se um problema muito atual. Uma vacina poderia resolver o problema, mas apesar dos esforços de vários países, ainda não está disponível. Recentemente, na véspera do Ano Novo Astrológico (20/03/2020) e coincidindo com a conjunção de Marte com Júpiter e Plutão, e do ingresso de Saturno em Aquário (22/03/2020), divulgou-se uma primeira inspiradora notícia de um lenitivo: a Hidroxicloroquina. Tal fato está conforme considerei na minha página do Facebook em 10/02/2020: “A entrada de Saturno em Aquário em 22/03/2020 deverá aliviar mais os efeitos ainda remanescentes da Grande Conjunção de Saturno com Plutão em Capricórnio, cujo processo culminou em 12/01/2020.” Saturno em Aquário pode produzir insegurança social devido ao impulso aquariano pela excentricidade e pelo radicalismo, mas pode estabilizar-se pelo conhecimento definido, pela concentração na pesquisa científica e pelo compromisso com metas sociais ou voltadas para o futuro. Há controvérsias sobre a origem do novo coronavírus, mas a maioria das notícias converge para o seu surgimento no início de dezembro de 2019, em uma feira de Wuhan na China. Há indícios de que havia ali venda de animais vivos bastante exóticos para alimentação, incluindo morcegos, e que assim o vírus que estava nos animais teria contaminado os humanos. No início, houve imposição de sigilo e até repressão aos pesquisadores que identificaram a doença. Chegou a ocorrer a morte, pela própria Covid-19, de um médico, Dr. Li Wenliang, que tentou alertar as autoridades sobre a gravidade da crise, em fevereiro. Os efeitos do novo coronavírus se fizeram sentir durante a lunação que abrangeu o plenilúnio do Eclipse Penumbral Lunar de 10/01/2020 e do ápice da conjunção de Saturno com Plutão em 12/01/2020, conforme considerei na minha página do Facebook em 22/06/2019: “…já tenho assinalado aqui, e em meu livro (A Ciência da Astrologia e as Escolas de Mistérios. Brasília: Teosófica, [2020. 4 ed.]), os aspectos de Saturno com Plutão têm se relacionado com crises internacionais. Tais aspectos têm causado crises particularmente entre o Ocidente e o Oriente, como na oposição em 2001, com a queda das torres do World Trade Center, que parece ter sido o estopim da Guerra do Iraque; e na quadratura em 2011, com a caçada a Osama Bin Laden (1957-2011) e o início do último conflito na Síria. Teremos o ponto crítico da transformação na conjunção exata em 12/01/2020, mas os eclipses podem potencializar efeitos antecipados, que tendem a afetar também a economia internacional. No Brasil, uma vez que pelo menos o Plutão já tem estado em conjunção com a cúspide da casa XII ou do Karma, também chamada Inimici ou dos inimigos, tais aspectos poderão agravar as dificuldades já existentes, período óbvio de aceleramento kármico e ajuste de contas com os excessos do passado.” Num comentário posterior e de retrospectiva dos fatos ocorridos ou atraídos pela conjunção de Saturno com Plutão, também ali considerei em 10/02/2020: “… depois do Eclipse Penumbral da Lua de 10/01/2020. Incidentes ocorridos na proximidade daquela data, cuja gravidade foi aqui antecipada, poderiam ter tido desdobramentos muito mais sérios, o que é motivo de alívio, como se pode destacar, entre outros: A morte do General Soleimani do Irã, produzida por um drone norte-americano, e consequente retaliação iraniana; a derrubada do avião ucraniano por míssil iraniano, o processo parcial de impeachment de Trump; a renúncia do premiê russo; o Brexit inglês ou ROMAN GRAC/PIXABAY respectiva saída da União Europeia; o incêndio na Austrália; a erupção do vulcão nas Filipinas; o terremoto na Turquia; a avalanche na Caxemira; e a ainda não encerrada epidemia do coronavírus iniciada na China.” A Era de Aquário, que é regida por Urano, é esperada há muito tempo como sendo o período da Fraternidade Universal e do fim das guerras, por meio de uma Federação das Nações no modelo da União Europeia ocorrida em 1993 (conjunção de Urano com Netuno), sendo uma Era Astrológica um período de 2.150 anos que abrange uma constelação sideral dentro do movimento de Precessão dos Equinócios. Um grau de transição representa 72 anos que seria provavelmente o período que estamos vivendo, embora haja controvérsias de quando teria iniciado, o que é natural para períodos tão longos. Cada vez que um planeta ingressa em Aquário, um novo impulso vibratório se soma na direção da Era de Aquário, mas grande mesmo será a transformação que se iniciará quando Plutão ingressar em Aquário em março de 2023, quando Saturno sairá daquele signo, depois de ter preparado a chegada de Plutão. O universo é como um grande relógio e tudo indica existirem inteligências que o dirijam, como dizia Helena Petrovina Blavatskky em A Doutrina Secreta: “A Natureza não é um aglomerado fortuito de átomos.” A Astrologia se baseia na unidade da vida e na interdependência de suas formas de manifestação, bem como no princípio da periodicidade universal e no grande axioma hermético: “Como em cima; assim embaixo.” O que acontece no Céu, se espelha na Terra. Conforme também considerei mais detalhadamente sobre as eras na revista SOPHIA nº 26, de abril e junho/2009, bem como no artigo Nostradamus e a Nova Era, publicado na revista SOPHIA nº 27, de jul/set/2009: “Existe uma dinastia espiritual cujo trono nunca está vazio, cujo esplendor jamais decai; seus membros formam uma corrente de ouro cujos elos jamais poderão romper-se porque eles fazem o mundo retornar para Deus de quem proveio.” É o ser humano que costuma transgredir as leis da harmonia espiritual e da natureza fazendo escolhas pouco sábias, como dizia Platão em A República: “A responsabilidade é de quem escolhe: Deus está inocente nisso.” Daí surge o karma coletivo da Humanidade, que colhe o que semeou… A ignorância é a causa do mal… Atualmente estamos ingressando no Ano Novo Astrológico (20/03/2020) com Netuno em Peixes, regente da respectiva era anterior e planeta das águas e do contágio (que se dá por perdigotos ou gotículas d’água…), em semi quadratura com Urano, caracterizando uma crise entre os regentes das eras que estão em transição, ao contrário do período glorioso de 1993, quando iniciou a União Europeia, em que eles estavam em conjunção, como se estivessem “passando o bastão do revezamento”. A partir da primeira Conjunção de Júpiter com Plutão em 04/04/2020, que assim caracteriza uma data para haver uma maior clareza ou um despertar para a real dimensão do problema até o dia 12/05/2020, numa progressiva libertação, onde poderia surgir algum remédio ou tratamento lenitivo. Entretanto, se este diagnóstico for correto, de que a conjunção de Saturno e Plutão teria originado o problema, então deveria ser favorável também o seu maior afastamento neste semestre, que será em 12/05/2020, porém depois o Saturno iniciará seu movimento retrógrado. Outras datas favoráveis seriam 05/06/2020, quando ocorrerá um novo Eclipse Penumbral Lunar que pareceria diluir os efeitos do anterior. Datas assim representam ápices de processos que influenciam todo o período da lunação. Melhor será o dia 27/07/2020, quando ocorrerá o sextil de Júpiter com Netuno, compreendendo com especial intuição ou superando a questão do contágio talvez com algum novo remédio ou alguma tão esperada vacina. É, todavia, importante compreender que na Astrologia Mundial, que trata do karma coletivo que envolve um número muito maior de países com interação de variáveis que não se consegue isolar, as previsões e os prognósticos são naturalmente mais probabilísticos do que no estudo de Mapas Astrais de indivíduos. Conforme o clássico provérbio: “Os astros inclinam; mas não determinam.” Embora se possa interpretar a natureza e direção das circunstâncias envolvidas, é difícil quantificar ou mensurar a sua intensidade. Conforme mencionei também no Facebook em 31/12/2017: “‘Saturno em Capricórnio, desde 20/12/2017, onde ficará pelo menos até março de 2020, parece trazer um ano de austeridades, ajuste de contas e tendências mais conservadoras e realistas em busca de segurança. Pode-se fazer uma analogia com o pêndulo que agora oscila para o outro lado, ou um arco que acumula tensão para lançar a flecha da mudança que virá com Plutão ingressando em Aquário em 2023, e principalmente com o Grande Trígono de Plutão, Urano e Júpiter em 2029, que associo à Federação das Nações simbolizando o fim das guerras na Era de Aquário, conforme publiquei na revista SOPHIA nº 36, de outubro e dezembro/2011 (p. 43), se eu tiver interpretado corretamente a profecia do Bispo + C.W. Leadbeater em 1913.’ Será um lindo dia ensolarado de uma nova era de paz, mas temos antes de cruzar a nuvem kármica de nossas dívidas com o passado, cuja cobrança estamos assistindo.” O novo coronavírus parece fazer parte deste plano divino, que guia as nações, de acordo com as possibilidades do karma coletivo, para mostrar à humanidade que somos todos um, sem as aparentes distinções de raça, crença religiosa, ideologia, classe social, ou como dizia Jiddu Krishnamurti (1895-1986): “vós sois o mundo.” Também em Aos Pés do Mestre: “Deus tem um plano, e esse plano é a evolução.” Por outro lado, o apego à vida ou o medo da morte têm se intensificado com a presença do Covid-19. No mínimo é importante ressaltar que muitos sábios da antiguidade como Samkara, Buddha, Krishna, Platão e talvez Cristo, também parecem concordar nessa questão dá ignorância ser a causa do mal ou do sofrimento, caracterizando um ponto essencial do estudo comparativo entre religião e filosofia. Poderia parecer até que também Cristo concorda neste tema quando afirma “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” [João VIII: 32], pois sugere que há uma escravidão ou submissão, talvez à matéria, causada pela ignorância ou carência do conhecimento da verdade. Pela ignorância de sua verdadeira natureza espiritual o ser humano se identifica com os corpos com os quais seu espírito se reveste, sendo está a raiz do egoísmo. O egoísmo também é definido por Ksemaraja, sábio comentado por I. K.Taimni (1898-1978) em O Segredo da Autorrealização: “A natureza essencial da escravidão, no mundo ilusório da manifestação, é o apaixonar-se pelo próprio poder individual limitado, devido à falta de percebimento daquela Realidade que é a única fonte existente de todo poder.” Dessa identificação com os corpos surge a atração por repetir o prazer ou a repulsão que tenta evitar a dor, abrangendo assim as diversas paixões que aprisionam o ser humano na matéria, resultando no apego à vida e medo da morte, que reforça assim a ignorância de sua verdadeira natureza espiritual. Dessa forma cria-se um círculo vicioso que tende a reforçar-se, mas o vírus pode ser um agente kármico ou um instrumento da natureza para quebrar tal círculo e levar a humanidade a meditar na imortalidade da alma e na ciclicidade da vida, como se encontra em A Tradição-Sabedoria. Assim, o ser humano poderá despertar para a importância do autoconhecimento e perceber sua grandeza divina, como se encontra em O Idílio do Lótus Branco: “A alma do homem é imortal, e o seu futuro é o de algo cujo crescimento e esplendor não têm limites.” www.blogdosaber.com.br. Abraço. Davi



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