quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A Natividade em todas as religiões.

Amigos leitores. No dia 25 de dezembro, comumente, os cristãos do mundo inteiro celebram o Natal. Essa é uma data que marca o nascimento do Salvador Jesus Cristo. Todo cristão mais atento e investigativo sabe, que essa época é uma convenção, sendo que nos primeiros séculos de nossa Era a Igreja tentou de todas as formas precisar a data, mas os esforços foram infrutíferos. Infelizmente a tradição oral e estudos de manuscritos antigos, não foram suficientes para uma assertiva. Acontece que, os registro são escassíssimo, não havendo referências documentais quanto a esse evento. Bem diferente se compararmos a documentos similares relacionados a Sidharta Gauthama, Buda, que segundo a tradição hindu nasceu por volta de 563 AC morrendo no ano de 483 aproximadamente. Mas a Igreja, necessitava de uma referência para o nascimento do Salvador Jesus, assim, adotando a tradição dos antigos "pagãos", que antes de nossa era cristã, tinham o Sol com uma Divindade que era cultuada e adorada com grande pompa e solenidade, principalmente, nos panteões anuais do Solstício de Verão, nas terras do hemisfério Sul e no Equinócio de Inverno no hemisfério Norte. Povos como os Babilônios, Caldeus, Assírios e Egípcios, bem como os Omecas, Teothihuacan, Maias e Zapotecas tinham este costume. Coincidentemente segundo alguns antropólogos a data era 25 de dezembro; exatamente a que a Igreja estipulou para celebrar o nascimento do Salvador Jesus. Essas informações são relevantes, e precisamos delas, para perceber que em todas as religiões há um fio condutor que as assemelha; mostrando que muitos dos rituais e mitos corroboram os dogmas e crenças em suas doutrinas exotéricas. Um contexto advindo das formações arquetípicas milenares, que nunca deixaram de influenciar os povos em sua espiritualidade, em alguns aspectos dessemelhantes; mas em outros misteriosamente uniforme, com diferenças de aculturação e socialização evidentemente devido ao tempo, sendo que, nessa perspectiva o cerne da religiosidade é mantido intacto e análogo na evolução da espiritualidade interior, manifestada nas idiossincrasias das várias religiões e manifestações espirituais antigas e modernas. Assim, o evento da Natividade (festividade relacionada ao nascimento de Jesus) no mundo cristão foi padronizado por força da jurisprudência teológica dos doutores, padres da Igreja; que acompanharam a data prescrita anteriormente no cenário religioso universal de outras comunidades e tradições espirituais. Nesse panorama de diversidade mística, contemplamos nos períodos das estação anuais, que cada povo celebra sua divindade mais importante, distintamente, nas tradições passadas pelos seus ancestrais. Buda, Maomé, Krishna, Zoroastro, Confúcio, Lao Tsé, Messias e Jesus. Todos esses compartilham com seus adeptos e adoradores, momentos especiais de harmonia e paz em festividades previamente estabelecidas pela tradição oral e escrita dessas religiões. Nós cristãos estamos felizes por comungar a Vida Divina na pessoa do Filho de Deus; um processo místico de interação do Logos humano com o Logos Divino. Se estudarmos a vida desses personagens que citamos acima, veremos que, existem grande semelhança entre eles com o Christo. Desde o nascimento até a morte; passando pela infância, adolescente, fase adulta; em alguns a velhice. Como exemplo: Krishna fez muitos milagres em vida, a tradição Védica (Vedanta é um dos Livros Sagrados dos Hindus) diz que sua mãe era virgem ao concebê-lo. Buda morreu ao lado de um árvore. Jesus foi pendurado em uma cruz de madeira. Maomé recebeu revelações de Alah e segundo a tradição muçulmana também ascendeu aos céus. Zaratustra começou seu ministério com 30 anos pregando o amor e a fraternidade; curou muitos desvalidos em sua vida. Ao final foi perseguido e morto. Confúcio foi um grande pensador que estudou história e arqueologia; em suas predicas dava ênfase a vida interior; costumava dizer "quem não sabe o que é a vida, como saberá o que é a morte". Lao Tsé foi mestre de Confúcio; uma alma iluminado vivendo o amor, virtude e pobreza como máxima na sua espiritualidade. Seu princípio supremo era o Tao, que regia o curso do universo.  Tudo parece convergir para uma Única Alma Divina, que tem a necessidade de se manifestar de tempos em tempos, devido a iniquidade e desventura dos homens. Como diz o Mestre Jesus em Mateus 24:12 "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo". Claro está que a medida do esfriamento do amor ainda não se completou, e não temos como saber quando essa taça da iniquidade alcançará seu transbordar. O texto Sagrado Cristão mostra evidências, mas fica o mistério do enchimento pleno, pois a medida do homem não é a medida de Deus. Desse modo, previsões e prognósticos quanto ao cumprimento das últimas palavras proféticas, estão no campo da conjectura e opinião. Isso é bom, pois ninguém tem o pressuposto de autoridade para arcar com o ônus ou o bônus (se podemos pensar assim), de uma palavra definitiva quanto ao tema do retorno do Messias ou Cristo, ou Muhammad ou Buda. Mas logicamente esse evento acontece no "quadro", pintado por esse versículo da Bíblia. Imagino essa salvação mencionada nesse texto como a encarnação de novos Christos, não universalmente mas particularmente dentro de cada uma das tendências espirituais, reveladas como manifestações dos grandes troncos das principais religiões atuais, juntamente como suas derivações próximas e mais afastadas. O Christo como Ser Divino têm particularidades expressas, penso, nas diversas manifestações dos grandes Ícones das importantes religiões que conhecemos no ocidental, e mesmo as que ainda virão a tona. Maomé, Zaratustra, Krishna, Buda, Lao Tse, Confúcio, Messias e outros foram representações do Christo Encarnado. Portanto, a Natividade (festividade do nascimento de Jesus), nesse sentido é uma celebração mundial dentro de cada esfera cultural e tradicional (no tempo apropriado) de cada povo retratado em suas particulares e espiritualidades. Concluo essa dissertação como uma prece e meditação. Oh! Providencia Divina! Logos Universal que tudo perscruta e que nada foge ao seu comando. Agradecemos a graça da manifestação do Christo Universal para todos os povos. Ele como a Revelação da Consciência Cósmica, evolui na individualidade de cada criatura (humana e da natureza) que tem infundida a Tua Vida Imortal. Mãe Natureza! Tu tornastes o berço, para que essa Vida Indestrutível fosse germinada. Te louvamos pelo amor, cuidado e misericórdia proporcionado a cada um de nós, nesse processo de desenvolvimento e progresso. Aumenta nossa integração e harmonia com o mundo visível e o mundo invisível. Obrigado por permitir que esse Christo Maravilhoso e Sublime continue evoluindo em nós até a completude com a Divindade Suprema. Faz com que nosso espírito se mescle com todos os seguimentos religiosos. singularizando compromissos de fraternidade e solidariedade; aumenta o diálogo, entendimento e conciliação com todos. Amém. Confraternizo-me com os meus irmãos das várias religiões que mencionei, e também daquelas que me esqueci de referir. Feliz Natividade. Abraço. Davi.

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