quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Mulher o Pescoço que conduz e Mobiliza o Homem.


Olá! amigos leitores. Inauguro a partir desse texto crônicas do cotidiano algumas situações verídicas ocorrida em minha convivência relacional esperando que de alguma forma ajude vocês a também entenderem seus conflitos e questionamentos ou quem sabe confundir tudo de uma vez. Deixando claro que cada situação é única e incomparável então as que serão apresentadas a partir de agora em nenhum momento devem servir de modelo ou padrão mesmo que pareçam similares pois cada indivíduo tem suas particularidades e singularidades apesar de termos semelhanças somos um microcosmo diversificado e com níveis de evolução espiritual diferentes. A filosofia existencialista entre os seus principais pensadores como Soren Kierkegaard (1813-1855) e Jean Paul Sartre (1905-1980) postulam a vida humana como um paradoxo irreconciliável e inexplicável. A princípio não teremos respostas para nossos questionamentos mais profundos e mesmo que queiramos compreensões elas estão num vazio inatingível e impenetrável. Então porque perguntas se não obteremos resposta? Bem essa é uma questão lógica e ilógica pois opino que na verdade queremos é satisfazer nossa curiosidade e não mensurar a realidade da existência. Também sinto que mesmo  tendo as respostas elas não nos convenceriam quanto as nossas necessidades emocionais, sentimentais e espirituais. Um bom exemplo seria quando lemos um livro de auto ajuda entendemos os princípios ali passados gostando daquela fala mágica com formulas prontas e cliches trazendo a solução completa para aquela situação específica que estamos passando. Aplicamos aqueles conceitos uma semana, duas semanas, um mês e parece que a coisa funciona mas logo reconhecemos que simplesmente nos acomodamos a um modelo prefabricado começando a sair do padrão que estávamos enquadrado voltando para a realidade da falta de confiança e segurança. Percebendo assim que foi uma experiência paliativa e não preventiva iniciamos o retorno a nossa condição original que expressam angústia, tédio e melancolia. A psicanálise pra quem tem uma situação financeira melhor é um bom instrumento de entendimento da nossa profundidade consciente e inconsciente. Mas Sigmund Freud (1856-1939) tem um texto de seus primeiros escritos chamado de Análise Terminável e Análise Interminável onde aborda que o analisado (paciente) está sempre atrás de respostas mas a psicanálise esta sempre atrás de perguntas a princípio uma contradição. Entretanto não são as respostas que nos trarão conforto e segurança mas a compreensão de que estaremos no intervalo entre uma e a outra situação assim não chegaremos as respostas e nem entenderemos as perguntas suficientemente. Quanto mais você se analisa mais perceberá que seu inconsciente é um poço sem fim, um começo sem início, um terminar sem acabar, um vazio com muito conteúdo. Assim quase todas as análises psicanalíticas são intermináveis pois somos criatura e criador, espírito e matéria, Deus e homem, anjo e demônio, visível e invisível, personalidade e individualidade somos um pouco do Tudo e um pouco do Nada. Mas é bom entrar nesse mundo da natureza humana mostrado em seu percurso histórico e existencial sendo o Ser no Tempo e o Tempo no Ser a manifestação do temporal e do eterno pois o infinito entra no finito e o finito se introduz no infinito. Como disse no início os fatos e os personagens são reais sendo alterados seus nomes (usarei as letras do alfabeto hebraico para os homens e o grego para as mulheres) guardando a privacidade de cada indivíduo que compõe a história da vida humana. Falarei do casamento do Rhat  e da Alfa mas antes teve alguns antecedentes. As irmãs cajazeiras - é uma alusão a telenovela chamada O Bem Amado que foi ao ar na televisão brasileira em 1973 - (Iota, Gama e Delta) foi quem fizeram o bolo lá em casa e como sempre Delta somente olha as irmãs trabalhando entretanto é sempre um ambiente agradável com muitas brincadeira. Elas estão mais juntas principalmente depois que Gama raramente vai as reuniões e até seu nome foi retirado da lista das irmãs que servem na igreja Sigma mas tem tido outras atividades como massagem terapêutica, está voltando pra Escola de Música, compõe música sendo remunerada pelas canções e foi convidada pra grava. Assim consegue vencer o esquecimento do Resh seu marido com outras amizades pois ele está totalmente envolvido com as atividades (um grupo cristão) do Fruto da Sabedoria. Uma situação de risco mas é através delas que pela livre escolha vivemos e vencemos os medos e os desenganos. Iota também é ajudada tendo assim uma esfera para compartilhar seus momentos de receios expondo seus temores e expectativas quanto ao futuro e todas elas ganham. Voltando ao início da narrativa Rhat é um rapaz que gostamos muito pois conhecemos sua história desde o nascimento e já ainda no ventre da mãe foi rejeitado pois ela por várias vezes tomou remédio pra abortar mas ele venceu essa terrível injustiça cometida contra sua vida. Abandonado pela mãe (que não compareceu ao seu casamento) uma criança bem fraquinha e desnutrida foi cuidada e criada pela Ômega (mãe da Delta) com muito amor e carinho tanto que em consideração a ela entrou na igreja com seu Avô. Pra esclarecer ele é filho do Zayin irmão da Delta. Rhat viveu a maior parte de sua espiritualidade na Fruto da Sabedoria mas depois que conheceu a Alfa (ela é de um grupo cristão) acabou saindo. Como era dito quando estávamos por lá "nossos jovens não podem se misturar com os de outras tribos" e um incidente marcou essa despedida pois uma irmã postou no facebook que ele havia se desviado da "Igreja" e perdido o primeiro amor. Mas o Rhat com sua humildade e coração amoroso até onde sei não respondeu essa irmã por sua maneira imprudente e insensata ao se dirigir a ele publicamente dando a sábia resposta do silencio. O Pastor um paranaense (quem nasce no Estado do Paraná - Brasil) com forte sotaque sulista e bem extrovertido iniciou sua prédica em Éfesios 5: 31 "Deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher tornando-se os dois uma só carne". Falou que o homem é o cabeça da mulher sendo ela o pescoço que conduz e mobiliza a cabeça para onde quer. Assim essa ideia que o homem é quem manda no lar é falsa pois a mulher com sua sensatez e espírito de liderança percebe as necessidade com uma visão mais apurada. Achei interessante essa premissa pois segundo dados oficiais no Brasil metade dos lares são chefiados por mulheres com tendência até o final do século XXI de aumentar (e muito) essa estatística. Ainda não tinha visto uma abordagem liberal como essa de um assunto que todos os preletores machistamente inferiorizam a mulher colocando-a numa posição de sujeição. Teve coragem é visão crítica usando a sensatez num momento onde se costuma ressaltar apenas os conceitos bíblicos. Disse que quando casou tinha apenas alguns talheres e uma caixa de papelão como mesa de cozinha sendo que o indispensável mesmo é apenas um bom colchão e nesse momento houve risos no auditório. Rhat e Alfa são um casal bastante jovem com 21 anos ambos casando-se praticamente sem nada de utensílios ou móveis para o lar indo morar na casa de seu avô inclusive não realizaram o tradicional chá de cozinha. O Pastor enfatizou que os casais precisam ser amigos um do outro (esposa amiga e esposa amigo) isso impede que o laço do relacionamento seja corroído pela ferrugem do ciúme. Pois o matrimônio deve ser baseado no companheirismo, respeito, cumplicidade e responsabilidade de ambos. Um ponto que discordei foi quando se falou de blindar o casamento pois penso que não seja esse o caminho mas precisamos pela aprendizagem e experiências mútuas estarmos dispostos a reconciliarmos com nosso cônjuge sempre que necessário nos desapegando de nossas opiniões fortes aceitando também a opinião as vezes diferente dele.  Fico imaginando que precisamos nos casamentos mencionar mais a reconciliação e o perdão lembrando daquele texto que Pedro pergunta a Jesus quantas vezes devemos perdoar nosso próximo (cônjuge). Pedro pensava que era sete vezes mas Jesus disse que não apenas sete vezes mas setenta vezes sete. O Mestre nos diz que sempre devemos perdoar nosso cônjuge em nossa encarnação atual nas questões de infidelidade se eventualmente surgirem. Há um curioso texto nas Sagradas Escrituras em Jeremias 3: 1 "Eles dizem: Se um homem despedir sua mulher e ela o deixar e se juntar a outro homem porventura tornará ele outra vez a ela? Não se poluirá de todo aquela terra? Ora tu te prostituístes com muitos amantes mas ainda assim torna para mim diz o Senhor". Aqui há o argumento do perdão pois mesmo na condição de traído por sua esposa (tipificada pelo povo de Israel) YHWH ou Jeová ainda assim retoma o matrimônio pelo amor incondicional que tem para com sua amada sendo um exemplo pra nós homens e mulheres. Pois nessa mesma situação pensamos imediatamente em romper o relacionamento dando carta de divórcio esquecendo que o arrependimento vindo de um coração sincero e contrito é capaz de restaurar aquilo que foi quebrado assim aprendamos a dar chances para que o amor vencer as barreiras e os desenganos. Quando chega aquele momento das promessas e juras no casamento não gosto achando desnecessários vendo como protocolo sendo assim uma questão de opção e no meu caso não mencionaria. Promete ser fiel na alegria e na tristeza ( ... ) como ser fiel antecipadamente se o relacionamento precisará ser construído pela história de ambos sendo ilógico e um prognóstico religioso que não trás acréscimo positivo para a convivência do futuro casal. O Budismo tem conceitos mais flexíveis em relação ao matrimônio não sendo considerado um dever religioso mas uma opção pessoal assim do ponto de vista dessa religião o casamento nem é sagrado nem não sagrado. Isso faz uma tremenda diferença pois o peso do aspecto religioso e sagrado colocado nas costas dos nubentes depois casados é insuportável onde as pessoas se enlaçam com a obrigação de serem fieis uma a outra até a morte coisa ilógica e racionalmente impossível. Como prometer fidelidade numa situação que ainda será construída pela história de ambos onde eventos imprevisíveis acontecerão ora para o bem ora para o mal agindo como equilíbrio para discernir o certo do errado, o verdadeiro do falso no relacionamento. A cumplicidade, respeito e companheirismo são em minha opinião fundamentais para sedimentar o relacionamento conjugal e mesmo assim os percalços sucedem-se (infidelidade) não sendo essa situação condição inequívoca para um divórcio ou separação. Mas pela compreensão, misericórdia, perdão, arrependimento e reconciliação pode-se reparar o amor restaurando o companheirismo novamente. São situações que acabam surgindo devido a nossa humanidade ainda está bastante apegada a personalidade (parte inferior) terrena. Que buscando pela vontade nos desejos e prazeres a satisfação transitória acaba produzindo um enorme sentimento de culpa e tristeza atrasando nosso percurso espiritual evolucionário estabelecendo dívidas cármicas que deverão ser infalivelmente retificadas na encarnação atual e dependendo do grau nas futuras encarnações. Essas causas negativas geram efeitos prejudiciais inclusive no carma coletivo ou familiar pois renascemos em ambientes similares a nossa vida passada e aquilo que fizemos de danoso ao nosso próximo deveremos quitar essa dívida com ele também renascido nas futuras encarnações. Isso mostra que precisamos da misericórdia do YHWH Eterno para não cometermos qualquer infortúnio físico, moral ou psicológico contra nossos irmãos e amigos pois como dizem as Escrituras Sagradas em Mateus 7: 2,3 "Não julgueis para que não sejais julgados. Porque com o juízo que julgardes sereis julgados e com a medida que tiverdes medidos vos medirão a vós". Outro texto bíblico dentro desse assunto onde se diz que tudo o que o homem (mulher) semear isso também ceifará está em Mateus 5: 25,26 "Concilia-te depressa com o teu adversário enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial de justiça e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo". São palavras duríssimas que devemos levar ao coração e refletirmos antes de cometermos qualquer ato vicioso, lascivo ou imoral contra quem seja mas YHWH O Eterno é tão compassivo que providenciou o perdão e o arrependimento como nobres sentimentos para com quem amamos e pela reconciliação podemos pagar nossa dívida continuando nosso percurso pela Senda Espiritual. Precisamos urgentemente desenvolver nossa individualidade espiritual (parte superior) pela oração, contemplação, meditação e auto conhecimento sendo realidade transcendente ligada ao Espírito Divino sendo imortal e eterna evoluindo nosso ser através do corpo astral sendo representado pela mentalidade abstrata, imaginação, emoção e nossa divina consciência. Voltando ao evento (cerimônia de casamento) a ministração do Preletor foi boa pois se usou uma linguagem acessível com momentos de descontração criando um ambiente leve e agradável do início ao fim. Nas circunstâncias como essas acontecem coisas inprevisíveis e são momentos de revemos pessoas que em outras situações não seriam possíveis assim conversamos com um casal que conhecemos em 1991 quando Delta e Iota foram ao primeiro Congresso Espiritual. Eles apesar de também irem a esse Congresso nunca participaram na Fruto da Sabedoria e Delta voltou tão empolgada que achei a época que ela tinha recebido uma (tempos idos) lavagem cerebral. Também encontramos o Gimet e a Qoppa  um casal de irmãos da Fruto da Sabedoria do Tsadik com quem tivemos uma convivência bem próxima e amam muito ao Senhor (estando por lá desde 1985) tanto que geralmente os vemos alegres e dispostos (têm um filho dependente químico e outro com pressão alta ambos jovens) mesmo nas situações adversas. Eles fazem questão de falar conosco quando nos encontramos sendo um exemplo de confiança e perseverança Naquele que tudo tem debaixo de seu senhorio e governo. Conheço um pouco da história desse casal pois se encontraram em uma boate antes do casamentos se gostaram e contraíram matrimônio mas acontece que ele tinha um problema (epilepsia) que só revelou para ela depois de casados. Foi difícil ela enfrentar essa situação (presenciamos na convivência) pois ele periodicamente tinha crises com perda da memória e recolhimento de alguns dias para se refazer da angústia e tristeza advindas dessa circunstância mas Qoppa sempre cuidou e entendeu seu marido amando-o e respeitando-o nós momentos de sobriedade e também nas adversidades físicas e emocionais. Mas percebemos que foi a presença do Eterno que preservou, fortaleceu e continua edificando os dois em seu amor, graça e misericórdia sendo pra mim um exemplo de coragem e determinação pela vida.Tive uma grata surpresa ao encontrar o Yod nesse evento e dei-lhe um abraço bem demorado e após na churrascaria tiramos fotos juntos. Rhat e Alfa estavam lindos bem magrinhos os dois e recordei que antes de casar (1982) eu estava com 56 quilos e minha esposa com 45 quilos estando linda até hoje. Creio que Omega (no devachan) donde está ficou muito alegre e comovida (pois ela era alguém de um coração fraterno e um espírito acolhedor) com o que viu sábado passado no enlace matrimonial de seu querido netinho com uma moça de boa índole e disposta a lutar junto com o Rhat evoluindo pela Senda Espiritual. Finalizando Iota e Gama cantaram lindamente (dueto) uma música ópera com o título The Prayer cantada em inglês e italiano arrancando aplausos dos presentes. A última estrofe da canção diz: “Concede-nos uma fé que nos salve. Sonhamos um mundo sem mais violência. Um mundo de justiça e esperança em que cada um dê a mão a seu próximo. Símbolo de paz e fraternidade”. Abraço. Davi.

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